Defesa de Mestrado apresenta o tema: AVALIAÇÃO DO PAPEL DO GENE lpg2 DURANTE INFECÇÃO DE MACRÓFAGOS POR Leishmania amazonensis

Aluna: Astrid Madeleine Calero Goicocheasob

Orientador: Dra. Valéria de Matos Borges

Título: AVALIAÇÃO DO PAPEL DO GENE lpg2 DURANTE INFECÇÃO DE MACRÓFAGOS POR Leishmania amazonensis.

Programa: Pós-Graduação em Patologia da Universidade Federal da Bahia e da Fundação Oswaldo Cruz

Data: 15/08/2025

Horário: 9H

Local: São PauloIngressar na reunião ZoomLink

ID da reunião: 826 9842 5505

Senha: PGPAT

Suplente: Dr. Bruno Solano de Freitas Souza – IGM/FIOCRUZ

Banca aprovada:

  • Dr. Diogo Rodrigo de Magalhães Moreira – IGM/FIOCRUZ
  • Dra. Patrícia Sampaio Tavares Veras – IGM/FIOCRUZ
  • Dra. Valéria de Matos Borges- IGM/FIOCRUZ

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Pesquisadora da Fiocruz Bahia participa de conferência Pré-COP 30

A pesquisadora da Fiocruz Bahia, Nelzair Vianna, participou da Conferência Global sobre Clima e Saúde, realizada em Brasília entre os dias 29 e 31 de julho. O presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Mario Moreira, e o ex-presidente e atual coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030 (EFA 2030), Paulo Gadelha, também participaram do encontro, reafirmando o papel histórico da instituição no reconhecimento e na investigação da relação entre clima, ambiente e saúde. 

O evento reuniu especialistas, autoridades, pesquisadores, movimentos sociais e sociedade civil em torno da necessidade de adaptação do setor da saúde frente à realidade das mudanças climáticas, construindo propostas concretas para o Plano de Ação de Saúde, buscando alinhar compromissos e evidências científicas sobre os impactos do clima na saúde pública.

A programação foi alinhada ao Plano de Ação em Saúde de Belém – proposta que o Brasil apresentará durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em novembro, em Belém – capital paraense. 

Para Nelzair Vianna, a conferência foi uma importante oportunidade para promover o debate de forma intersetorial, contando com a participação social e diversas representações empenhadas em discutir o plano de ação para a saúde. “Esse é um plano participativo, é um plano muito importante pra gente e tem considerado toda a participação da sociedade”, destacou. 

A conferência foi organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Governo Federal e a Aliança para Ação Transformadora sobre Clima e Saúde (ATACH). A programação contou com sessões plenárias, painéis, oficinas, rodas de conversa e Idea Labs, com foco na troca de experiências e apresentação de soluções inovadoras adotadas por diversos países. 

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Tese analisa células endoteliais, dapsona e polimorfismos genéticos como moduladores da interação hospedeiro–Schistosoma mansoni sob estresse oxidativo e terapia farmacológica

Aluna: Bruna Oliveira Lopes Souza

Orientador:  Dr. Ricardo Riccio Oliveira

Título: “Células endoteliais, dapsona e polimorfismos genéticos como moduladores da interação hospedeiro–Schistosoma mansoni sob estresse oxidativo e terapia farmacológica”.

Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana-UFBA /FIOCRUZ

Data: 15/08/2025

Horário: 13H

Local: Sala de Videoconferência

Suplente: Dra. Natália Machado Tavares – IGM/FIOCRUZ

Titulares da Banca:

Dra. Joelma Nascimento de Souza – UFBA
Dr. Filipe Ferreira de Almeida Rego -IGM/FIOCRUZ
Dr. Leonardo Paiva Farias – IGM/FIOCRUZ
Dr. Luciano Kalabric Silva – IGM/FIOCRUZ
Dr. Ricardo Riccio Oliveira – IGM/FIOCRUZ

Resumo

INTRODUÇÃO: A esquistossomose é uma doença parasitária prevalente em países tropicais em desenvolvimento, e o praziquantel (PZQ) é a principal droga utilizada para o tratamento. No entanto, relatos de falha terapêutica têm sido descritos. Fatores do hospedeiro, como a produção de enzimas antioxidantes, especialmente a catalase, podem contribuir para a manutenção da viabilidade do parasito. Um dos metabólitos da dapsona, a dapsona hidroxilamina (DDS-NOH), é conhecido por inibir a catalase.
Assim, a redução da resposta antioxidante do hospedeiro, especialmente pela inibição da catalase, poderia potencializar o efeito do PZQ. OBJETIVO: Avaliar, in vitro e em modelo experimental, o efeito da dapsona e de seu metabólito DDS-NOH na viabilidade do Schistosoma mansoni, além de investigar, em população residente em área endêmica, a frequência de polimorfismos nos genes CAT, TSLP e IL33, e suas
associações com a presença de infecção por helmintos e indicadores laboratoriais de morbidade. METODOLOGIA: No modelo in vitro, vermes adultos de S. mansoni foram desafiados com DDS-NOH na presença de H₂O₂, catalase recombinante ou células endoteliais HUVEC. A viabilidade dos vermes foi avaliada por microscopia óptica. Em modelo experimental, camundongos infectados foram tratados com PZQ, dapsona ou a combinação de ambos. A eficácia foi avaliada por contagem de vermes e a segurança por parâmetros clínicos e hematológicos. Em estudo transversal com moradores de área endêmica para esquistossomose foram realizados exames parasitológicos, genotipagem dos polimorfismos CAT rs7943316, TSLP rs1898671, IL33 rs7044343 e IL33 rs928413, e análise de parâmetros hematológicos.
RESULTADOS: Observou-se que as células endoteliais humanas exercem um efeito protetor sobre os vermes, aumentando sua viabilidade mesmo em condições de estresse oxidativo. A hidroxilamina dapsona, por sua vez, foi capaz de reverter esse efeito protetor, ao inibir a catalase e reduzir a viabilidade dos vermes. No modelo experimental, a associação de dapsona com PZQ não aumentou a eficácia
antiparasitária em relação ao PZQ isolado. Em humanos, o genótipo selvagem (CC) do polimorfismo TSLP rs1898671 esteve associado à maior frequência de infecção por S. mansoni, além de alterações em parâmetros laboratoriais, como níveis mais baixos de hemoglobina e hemácias em infectados com esse genótipo. CONCLUSÃO: O sistema pró/antioxidante do hospedeiro pode favorecer a sobrevivência de vermes adultos de S. mansoni, e sua modulação representa uma possível via terapêutica adjuvante. Fatores genéticos relacionados à resposta antioxidante e à imunidade inata também influenciam a suscetibilidade à infecção por helmintos e a morbidade associada.

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Seminário sobre proteções contra a desinformação reúne cerca de 500 participantes em Salvador

Realizado entre os dias 29 e 31 de julho, o Seminário Educação, Informação, Comunicação e Saúde: Proteções Contra a Desinformação reuniu pesquisadores, professores, estudantes, profissionais da saúde, da comunicação e de diferentes áreas do conhecimento, além de autoridades, membros de instituições públicas, acadêmicas e científicas. 

Promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), através do Instituto Gonçalo Moniz (IGM-Fiocruz Bahia), a Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e  Universidade Federal Fluminense (UFF), o evento contou com 500 participantes, entre estudantes, pesquisadores, professores, profissionais de saúde e usuários do SUS. Além disso, o evento teve 115 trabalhos inscritos, 65 avaliadores, 50 monitores e mais de quarenta palestrantes, que se distribuíram por conferências, mesas-redondas, rodas de conversa e apresentações de pesquisas e relatos de experiências de grupos de trabalho.

A programação contou ainda com oficinas voltadas para mais de cem estudantes do ensino médio de escolas públicas de Salvador, realizadas na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA). 

A mesa de abertura contou com a presença do diretor da Fiocruz Bahia, Valdeyer dos Reis;  do presidente da comissão organizadora, Antonio Brotas; da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Marly Cruz – representando o presidente Mário Moreira, da reitora da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Adriana Marmori, e da diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Juana Nunes.

A cerimônia de abertura foi iniciada com a fala do presidente da comissão organizadora, Antonio Brotas, que deu as boas vindas a todas as pessoas presentes e falou sobre o esforço coletivo para a realização do evento. “Esse é um seminário multidisciplinar e interinstitucional, concebido da necessidade de pensar o enfrentamento à desinformação em saúde, ciência ou em qualquer campo. A desinformação é um fenômeno multifacetado e as ações precisam ser coordenadas e organizadas”, afirmou. 

Em seguida, o diretor da Fiocruz Bahia, Valdeyer dos Reis, falou sobre a importância de promover ações e debates em defesa da ciência. “Esse evento reafirma o papel das instituições e das pessoas presentes com a defesa do conhecimento científico como um bem público e a saúde como um direito de todos. Que ele seja um espaço vivo de aprendizado, articulação e esperança por tempos melhores”, disse.

Adriana Marmori, reitora da UNEB, também defendeu a importância de promover diálogos sobre a ciência e o fazer científico. “É uma alegria ver um tema tão importante sendo o foco das discussões. Vocês conseguiram trazer um tema que agrega pesquisa, produção, formulação da ciência e a reflexão em uma conjuntura que nós estamos vivenciando que é extremamente evidente e necessária. Eu quero parabenizar cada pessoa que está aqui durante esses dias, trazendo suas inquietações, suas pesquisas, suas formulações, fazendo que outras pessoas se agreguem para que possamos estar, de fato, construindo e reconstruindo a pátria que nós queremos”, ponderou. 

Representando o presidente Mário Moreira, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Marly Cruz, reafirmou o compromisso da instituição com a ciência, a saúde e a defesa do SUS, destacando o papel da divulgação científica e da popularização da ciência neste contexto. “Esse é também um agradecimento por estarmos caminhando de mãos dadas pra poder enfrentar essas e outras ameaças à nossa saúde pública, ao nosso país, a nossa democracia. Que a gente possa continuar caminhando juntos, de mãos dadas para que possamos construir um Brasil melhor e para que possamos construir também uma saúde pública mais viva e mais potente naquilo que a gente hoje precisa para um bem viver”, defendeu. 

A diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Juana Nunes, defendeu o tema do seminário como essencial para toda a sociedade.  “O debate sobre a desinformação e a aliança que ele tem com o tema da popularização da ciência, da divulgação científica e de uma educação de qualidade é essencial… Nós não temos um desafio pequeno.  Nós temos que enfrentar esses desafios e disputar com uma força desigual que tanto molda as mentes e a forma como a gente vê o mundo”, ressaltou. 

O evento também contou com a Conferência de Abertura Desafios Contemporâneos no Enfrentamento à Desinformação,  ministrada pelo professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), Marco Schneider. O convidado abordou os desafios relacionados ao debate regulatório sobre plataformas e a própria Inteligência Artificial, que tocam em questões sensíveis como a liberdade de expressão, que por sua vez confronta as noções de liberdade individual e coletiva, especialmente diante das crescentes ondas de desinformação e fraudes generalizadas. O conferencista também é coordenador da Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD) e editor da Liinc em Revista e da International Review of Information Ethics (IRIE).

O Seminário Educação, Informação, Comunicação e Saúde: proteções contra a desinformação teve o apoio da Fundação de apoio à Fiocruz (Fiotec), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb),  da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI),  do Ministério da Saúde, da Fiocruz Brasília e do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a saúde (CIDACS-Fiocruz Bahia).

Prêmio Igor Sacramento

Após a mesa de abertura, foi realizada uma homenagem ao jornalista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Igor Sacramento, que faleceu no dia 21 de abril de 2025, em decorrência de uma meningite bacteriana. Durante a cerimônia, o diretor do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), Adriano Silva, lembrou a trajetória de Igor e suas contribuições para a instituição e para a produção científica brasileira. “É muito especial ter um evento onde estamos juntos pensando como fazer o enfrentamento da desinformação e poder ter também o presente que é o Prêmio Igor Sacramento…Igor era alegria, era muita seriedade, rigor acadêmico e rigor científico, mas também, muita alegria, muita potência, muita…muita inspiração”, disse. 

O prêmio, que contemplou três trabalhos apresentados durante o seminário, foi construído em parceria com o ICICT e tem como objetivo reconhecer e estimular o desenvolvimento de trabalhos acadêmicos, iniciativas institucionais e projetos extensionistas que possam oferecer alternativas para o enfrentamento à desinformação.

Os participantes João Victor Paixão de Jesus e Deboraci Brito Prates, da Universidade Federal da Bahia, foram os vencedores na categoria Melhor Trabalho com o projeto intitulado A cor da desinformação: uma análise qualitativa de mídias sobre fotoproteção e saúde da população negra no Brasil. 

Os participantes Viviane Giusti Balestrin, Ana Valéria Machado Mendonça, Aline Melo, Luís Maciel Costa e Isabel Christina Raulino Miranda, da Universidade de Brasília, foram contemplados com menção honrosa com o artigo Capacitismo e Superdotação: Entre a Invisibilidade e a Desinformação na Sociedade.

A segunda menção honrosa foi para o artigo Educação em Informação no Combate à Desinformação: Relato de Experiência de Projeto de Extensão Universitária com a Iniciação Científica no Ensino Médio, que tem como primeira autora, Marianna Zattar, da Fundação Oswaldo Cruz. O trabalho tem co-autoria de Nysia Oliveira de Sá, Rute da Silva Cavalcanti, Raphaella Teodoro e Bruna Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Laura de Azeredo Santos, da Fundação Oswaldo Cruz.

Sobre Igor Sacramento

O homenageado era cientista do Laboratório de Pesquisa em Comunicação e Saúde (Laces) do ICICT e professor permanente no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGCOM/UFRJ) e do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS), do Icict/Fiocruz.

Igor foi, e continua sendo, referência nos estudos sobre desinformação e outros temas que articulam comunicação e saúde, sendo reconhecido por inúmeros prêmios. Autor de mais de uma dezena de livros, foi contemplado com a Bolsa de Produtividade em Pesquisa do CNPq — uma das maiores distinções que um pesquisador pode receber no Brasil.  

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Fiocruz Bahia recebe visita da Vice-presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas

A Fiocruz Bahia recebeu, no dia 24/07, a visita da Vice-presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fundação Oswaldo Cruz. Participaram do encontro a vice-presidente, Alda Maria da Cruz; a assessora Ana Beatriz Ayres e o assessor especial da Presidência, Wilson Savino. 

Durante a programação, a equipe se reuniu com o diretor da Fiocruz Bahia, Valdeyer dos Reis; o vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Serviço de Referência, Washington Luis Conrado dos Santos; a vice-diretora de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Flavia Maciel e  a vice-diretora de Ensino e Informação, Clarissa Gurgel. 

A vice-presidente também esteve com pesquisadores, servidores e membros da comunidade da Fiocruz Bahia. O encontro teve como tema o desenvolvimento de estudos científicos na instituição e contou com a apresentação dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia vinculados à Fiocruz Bahia aprovados na chamada do CNPq. Durante a tarde, a equipe ainda visitou as Plataformas Tecnológicas discutindo os desafios da área com os colaboradores do setor. 

Para o diretor da Fiocruz Bahia, Valdeyer dos Reis, o encontro foi uma oportunidade de compartilhar os planos da Vice-Presidência para os próximos anos e ter uma escuta ativa com a comunidade, discutindo os desafios da Fiocruz Bahia, especialmente no âmbito da pesquisa. “Foi um aprendizado muito grande para todos que participaram. A Fiocruz só tem a ganhar com a otimização de recursos e com o aumento da produtividade científica e desenvolvimento tecnológico da unidade”, ponderou. 

A Vice-Presidente, Alda Maria da Cruz, descreveu a visita como um encontro muito especial, ressaltando a oportunidade de anunciar a realização do Fórum Oswaldo Cruz – um espaço de amplo debate sobre as pesquisas desenvolvidas em toda a Fiocruz que tem como principal objetivo discutir o plano de desenvolvimento de pesquisas na instituição. “A Fiocruz é extremamente diversa, com uma grande distribuição no país, muitas cooperações internacionais, uma potência da ciência e do desenvolvimento tecnológico. Estamos no momento de nos fortalecer, nos conhecer melhor e tornar a nossa rede mais integrada para que a gente possa cumprir a nossa missão de atender o país e, principalmente, o Sistema Único de Saúde”, afirmou. 

Segundo o vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Serviço de Referência, Washington dos Santos, receber a vista de Alda Cruz foi uma importante oportunidade para discutir os desafios e estratégias para o campo da produção científica. O vice-diretor  destacou a participação dos pesquisadores da Fiocruz Bahia nos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT’s) aprovados na chamada do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Ter esses INCTs é muito importante para o desenvolvimento tecnológico, não só regional, mas de todo o país. Eles reúnem pesquisadores renomados, de grande competência em áreas estratégicas. O nosso instituto está de parabéns e tem um trabalho muito importante pela frente”, disse. 

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Fiocruz divulga o resultado para Pibic, Pibit e ICS – 2025/2026

A Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), por meio do Programa de Fomento à Pesquisa, informa o resultado dos processos seletivos para renovação de bolsas e para bolsas novas dos Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic/CNPq) e de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibit/CNPq) para o período 2025/2026. A lista está disponível na página Fomento à Pesquisa.

Os pedidos de recurso deverão ser enviados para os e-mails pibic@fiocruz.br e pibiti@fiocruz.br entre os dias 31/7 e 1º/8/2025. Todas as solicitações deverão ser enviadas com cópia para a coordenação do Pibic/Pibiti da unidade.

Já a lista com os nomes dos bolsistas Pibic ICS Manguinhos, Maré e Mata Atlântica, que se apresentaram na RAIC de 2025 e tiveram suas bolsas continuadas até novembro de 2025, está disponível aqui .

Confira os resultados – Novas Bolsas 1

Confira os resultados – Novas Bolsas 2

Confira os resultados – Renovação 1

Confira os resultados – Renovação 2

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Seminário Educação, Informação, Comunicação e Saúde: Proteções Contra a Desinformação será realizado de 29 a 31 de julho, em Salvador

De onde vem a informação que você consome? Como ter certeza que os conteúdos que vemos nas redes sociais e recebemos em nossos grupos são confiáveis? 

Essas e outras perguntas serão discutidas durante o seminário “Educação, Informação, Comunicação e Saúde: Proteções Contra a Desinformação”, que será realizado entre os dias 29 e 31 de julho, em Salvador, Bahia. 

O evento, promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), tem como objetivo promover debates sobre o enfrentamento à desinformação em ciência e saúde a partir dos saberes de povos e comunidades tradicionais e das contribuições dos diversos campos do conhecimento. 

As discussões irão abordar os principais desafios frente ao avanço das informações fraudulentas ou enganosas em circulação, especialmente nas mídias sociais, destacando as estratégias de governos, universidades, institutos de pesquisas e sociedade civil organizada para produção, distribuição e promoção do acesso a informações qualificadas sobre ciência e saúde.

A iniciativa é destinada a estudantes de graduação e pós-graduação, pesquisadores, professores, profissionais de saúde e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Na programação também está prevista uma série de oficinas formativas e mostras de ciências e saúde voltadas para estudantes do ensino médio.

A atividade conta com o apoio da Fundação de apoio à Fiocruz (Fiotec), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb),  da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI),  do Ministério da Saúde, da Fiocruz Brasília e do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a saúde (CIDACS-Fiocruz Bahia).
As inscrições podem ser realizadas através do site oficial do evento. Outras atualizações podem ser acompanhadas através do instagram.

Clique aqui e confira a programação do Seminário.

Clique aqui e confira a programação da apresentação de poster

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Fiocruz Bahia lamenta o falecimento do servidor Adilson da Hora Sampaio

A Fiocruz Bahia lamenta profundamente o falecimento do servidor Adilson da Hora Sampaio, ocorrido na segunda-feira, (21/07). O sepultamento será realizado nesta quarta-feira (23/07), no Cemitério Jardim da Saudade, às 15h. O velório terá início às 12h, na capela C. 

Adilson Sampaio era Analista de Gestão em Saúde da Fiocruz Bahia e atuava à frente da Gestão de Compras. O servidor também integrava o Núcleo Pró-Equidade de Gênero e Raça e a banca de heteroidentificação da unidade. Durante a sua trajetória, foi coordenador financeiro regional da Associação dos Servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc), de 2009 a 2011, e de atividades associativas de 2012 a 2014, além de coordenador geral da no triênio 2015-2017. 

O diretor da Fiocruz Bahia, Valdeyer Reis, lamentou, em nome de toda a comunidade da unidade, a perda precoce do servidor. “Adilson Sampaio sempre foi uma pessoa muito querida por todos, um profissional exemplar e uma liderança natural nas várias dimensões da sua vida.  Atencioso, íntegro, competente e sempre disposto a ajudar, deixou sua forte marca pelo comprometimento com o trabalho e pelo respeito com todos ao redor. Essa perda tão precoce nos toca profundamente. A nossa solidariedade à família, amigos e colegas, desejando força e serenidade para enfrentar esse momento difícil”, afirmou. 

O presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Mário Moreira, diretores de outras unidades, coordenadores de diversas áreas da Fiocruz e colegas que o conheciam também manifestaram solidariedade aos familiares e colegas da Fiocruz.

Nas redes sociais, instituições como a Asfoc e a Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia — de onde Sampaio era egresso do Mestrado e Doutorado Profissional em Administração do NPGA/EAUFBA, publicaram nota de pesar. 

Doutor em Administração pelo NPGA da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (UFBA), realizou estágio de Pesquisa Doutoral no Instituto Mundial para Pesquisa sobre Desenvolvimento Econômico da Universidade das Nações Unidas (UNU-WIDER), no programa de PhD online “Visiting Fellowship”. Era também mestre em Administração pelo mesmo programa da UFBA.

Em 2022, foi agraciado com o “Prêmio 19 de Março”, no 18º Congresso Brasileiro de Pregoeiros, na categoria “Melhor Artigo sobre Pregão Publicado no Ano de 2022”. Em 2023, foi homenageado na edição do Trajetórias Negras na Fiocruz, que reúne trabalhadoras e trabalhadores negros da instituição para compartilharem suas vivências profissionais e pessoais, e refletirem sobre o racismo estrutural e as desigualdades raciais enfrentadas no cotidiano.

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Pesquisa aponta caminhos para enfrentamento à doença de Chagas no Brasil

Estudo analisa os avanços, desafios e estratégias adotadas para o enfrentamento da doença de Chagas crônica no Brasil e ressalta a importância da notificação compulsória para aprimorar as respostas de saúde pública. A pesquisa apresenta uma análise abrangente da situação atual da enfermidade no país, uma infecção negligenciada que ainda afeta milhões de brasileiros. Coordenado pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Fred Luciano Santos, o trabalho foi publicado no periódico Memórias do Instituto Oswaldo Cruz.

O artigo revisita a trajetória da doença de Chagas, sua forma de transmissão, os estágios da infecção, os impactos na saúde dos indivíduos infectados, além das medidas institucionais implementadas ao longo do tempo para seu controle e eliminação. Contextualiza a relevância da notificação compulsória da forma crônica da doença, instituída nacionalmente em 2020, e do sistema eletrônico “e-SUS Notifica”, lançado em 2023, como ferramentas fundamentais para mapear a carga da doença, orientar o planejamento de políticas públicas e direcionar recursos de forma mais eficaz.

A pesquisa faz uma ampla revisão de dados epidemiológicos, regulatórios e institucionais, com destaque para o histórico das políticas públicas de controle da doença no Brasil, a análise do impacto da notificação obrigatória, e o acompanhamento da implementação de estratégias como o uso de testes rápidos, programas regionais de rastreio e experiências de outros países latino-americanos com elevada carga da doença.

Os autores enfatizam a importância do novo modelo de vigilância para a identificação precoce dos casos, a orientação da alocação de recursos e a promoção de cuidados contínuos. Além disso, mostram que apesar dos avanços com a notificação eletrônica e a incorporação de testes rápidos mais sensíveis, como o TR-Chagas Bio-Manguinhos, persistem desafios como a baixa disponibilidade de benznidazol, principal medicamento antiparasitário, e as dificuldades para identificar portadores assintomáticos.

Também são relatadas ações positivas como a pactuação nacional pela eliminação da transmissão vertical e o envolvimento da sociedade civil são passos importantes na ampliação da resposta à doença de Chagas. Os pesquisadores reforçam que eliminar a doença de Chagas como problema de saúde pública até 2030 exige uma resposta articulada, com fortalecimento da atenção primária, envolvimento comunitário, garantia de acesso aos medicamentos e uso eficiente de ferramentas de vigilância e diagnóstico.

Por fim, o estudo recomenda a formulação de estratégias específicas baseada em dados regionais e populacionais, a integração dos infectados ao sistema de saúde, e promoção da cooperação internacional para otimizar os resultados e superar os obstáculos existentes.

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Estudo desenvolveu e testou estratégia para promover vacinação contra HPV em pessoas vivendo com HIV/AIDS

Um estudo desenvolveu e testou uma intervenção inovadora baseada na web e direcionada a pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA), o e-HPV. Essa estratégia tem como objetivo promover a vacinação contra HPV em PVHA. A pesquisa foi publicada no periódico Plos One como parte da tese de doutoramento de Kaliane Brito, orientada pelo pesquisador da Fiocruz Bahia Edson Duarte Moreira Jr.

O papilomavírus humano (HPV) é um vírus que causa uma infecção sexualmente transmissível associada a praticamente todos os casos de verrugas anogenitais e de câncer de colo do útero. Além disso, o HPV é a causa de mais de 90% dos casos de câncer de ânus, e metade dos casos de câncer de vulva, vagina e orofaringe. O HPV afeta desproporcionalmente PVHA, aumentando a suscetibilidade à infecção bem como diminuindo o tempo de progressão dos cânceres a ele associados.

Apesar de segura, eficaz, e recomendada para esse grupo, a cobertura da vacina contra o HPV é baixa nessa população. Há uma escassez de estudos sobre intervenções para promover o uso da vacina contra o HPV nesse grupo.

Participaram do estudo mais de 650 pessoas com HIV, entre 18 e 45 anos, que nunca tinham tomado a vacina. Elas foram divididas em dois grupos: um grupo acessou a página e-HPV; e outro que acessou um site tradicional com informações do Ministério da Saúde. Depois de navegar pelos sites, os participantes responderam perguntas sobre sua vontade de se vacinar e, dois meses depois, informaram se haviam tomado a vacina.

Os resultados do ensaio randomizado e controlado indicam que o e-HPV é uma estratégia eficaz para promover a disposição de se vacinar contra o HPV e aumentar a adesão à vacinação contra o HPV. A intenção de se vacinar foi aproximadamente duas vezes maior entre os participantes que utilizam e-HPV. Além disso, o início da vacinação contra o HPV também foi significativamente mais comum entre os participantes do grupo e-HPV: o dobro em relação aos participantes do grupo controle, que não utilizaram o e-HPV. O estudo também capturou que a percepção de risco (vulnerabilidade percebida) é um importante preditor na intenção de se vacinar.

Os pesquisadores destacam a inovação trazida pelo e-HPV em dois pontos: o conteúdo e a forma de apresentação. A mensagem foi direcionada a uma população específica, com informações relevantes para esse grupo. Além disso, o layout foi adaptado para dispositivos móveis, com apresentação gráfica e texto sucinto, tornando a mensagem mais atrativa e interessante para a população em geral. A estratégia de divulgação utilizando massivamente mídias sociais também foi um diferencial da pesquisa, que contou com alta taxa de participação.

O e-HPV mostrou-se uma ferramenta promissora, com baixo custo e alto poder de disseminação, podendo ser utilizada como uma alternativa na estratégia de promover informações sobre a vacinação.

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Encerra em julho o Eixo 2 do Programa de Desenvolvimento de Lideranças Acadêmicas

Encerra em julho o Eixo 2 do Programa de Desenvolvimento de Lideranças Acadêmicas, que abordou a formação de novos pesquisadores. O Eixo 1, coordenado pela professora Hilda Gomes, da Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (CEDIPA/Fiocruz) abordou a promoção da equidade, inclusão e diversidade como estratégias para a transformação social. O Eixo 2, coordenado pela professora do Instituto de Psicologia da UFBA, Sônia Gondim, voltado à formação de novos pesquisadores, foi composto de 3 módulos que abordaram aspectos relevantes na pós-graduação, como a relação de orientação de estudantes, a saúde mental dos estudantes e os riscos psicossociais envolvidos no trabalho do docente/pesquisador. Durante os módulos, foram elaborados produtos como sugestões de intervenções, a elaboração de um questionário para mapeamento do perfil psicossocial dos estudantes ingressantes na pós-graduação e, nesse último módulo foi elaborada uma síntese dos principais aspectos que impactam o bem estar dos pesquisadores e docentes, com sugestões de ação a serem apresentadas à diretoria do IGM.

O Eixo 3 da formação abordará a liderança grupos de pesquisa, focando em estratégias para a comunicação e coordenação dos grupos. Esse eixo está sendo planejado para atender interesses dos pesquisadores e docentes, como líderes de equipes de pesquisa; interesses dos estudantes, enquanto pesquisadores em formação; e também para promover um diálogo entre os estudantes da pós-graduação e os docentes/pesquisadores. As inscrições estão abertas até o dia 18/07 através do link.

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Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia vinculados à Fiocruz Bahia são aprovados em chamada do CNPq

Propostas do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) vinculados à Fiocruz Bahia foram aprovadas em chamada do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O resultado foi divulgado no site do CNPq no dia 30 de junho. Dos aprovados, três são sediados na Fiocruz Bahia, e três têm pesquisadoras da unidade na vice-coordenação. O programa foi criado em 2008, chega à sua quinta chamada pública, com um investimento de aproximadamente R$ 1,45 bilhão.

O objetivo da ação é fortalecer o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação por meio da consolidação e expansão dos INCTs, reunindo grupos de pesquisa de excelência para atuar de forma cooperativa, interdisciplinar e inovadora em áreas estratégicas e de impacto social e econômico.

Os institutos são formados a partir de uma instituição sede, caracterizada pela excelência de sua produção científica e/ou tecnológica, alta qualificação na formação de recursos humanos e com capacidade de alavancar recursos de outras fontes. Além de um conjunto de laboratórios ou grupos associados de outras instituições, articulados na forma de redes científico-tecnológicas que devem incluir pesquisadores de grupos em novos campi universitários, e/ou em instituições em regiões mais vulnerabilizadas.

Confira os INCTs sediados na Fiocruz Bahia:

Doenças Tropicais (INCT-DT)

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Doenças Tropicais (INCT-DT) é coordenado por Edgar Marcelino de Carvalho Filho, e foi criado em 2007, por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Fiocruz-CPqRR-Minas Gerais. 

Tem como linhas de pesquisa as imunopatogêneses da leishmaniose tegumentar, leishmaniose visceral, doença de Chagas e da infecção pelo HTLV-1, leishmaniose tegumentar e visceral canina, novas formas de tratamento das leishmanioses e controle da transmissão das leishmanioses.

O INCT-DT conta com um grupo de 21 investigadores sêniores, todos reconhecidos pelo CNPq, pertencentes a sete universidades: UFBA, UFRN, UFRB, UFMG, UFOP, UFRJ, USP; três institutos de pesquisas: Fiocruz-Bahia, IIEPAE-SP, Fiocruz Paraná; e situados em cinco estados: Bahia, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo; com a participação de jovens pesquisadores, alunos de pós-graduação, graduação e iniciação científica.

Outros sete pesquisadores da Fiocruz Bahia fazem parte do INCT: Lucas Carvalho, Thiago Marconi, Camila Indiani, Patrícia Veras, Deborah Bittencourt, Juliana Fullam e Diogo Moreira.

Edgar Carvalho explicou quea aprovação do instituto permitirá a ampliação e modernização de equipamentos que contribuirão para o avanço da ciência. “O INCT-DT, como os outros, são virtuais e os trabalhos são desenvolvidos com uma forte colaboração entre investigadores de diferentes estados brasileiros e a aprovação da proposta permitirá que as colaborações fiquem mais amplas e mais produtivas”, pontuou.

Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde Digital (INCT- DigiSaúde)

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde Digital (INCT DigiSaúde) será liderado por Manoel Barral Netto (coordenador) e Mauricio Lima Barreto (vice-coordenador), ambos pesquisadores sêniores da Fiocruz Bahia, e tem como principais desafios fortalecer a saúde pública no Brasil, com o desenvolvimento e aplicação de abordagens multidisciplinares e tecnologias inovadoras em saúde digital.

O projeto inclui estratégias para enfrentar diarreia infantil e arboviroses a partir de ferramentas de detecção antecipadas de surtos, sistemas inteligentes para prever a distribuição de enfermidades e educomunicação com recursos digitais. Também inclui análises sobre fatores climáticos, migração, impacto de políticas sociais e de imunização, além de investigações sobre anemia falciforme.

A pesquisa será conduzida em quatro eixos: Mudanças Climáticas, Investigações Genômicas e Imunológicas em áreas críticas identificadas, Modelagem Matemática e Computacional e Divulgação Científica. Esses eixos serão trabalhados de forma transversal, com objetivo de realizar análises complexas para tomadas de decisão e de tradução e disseminação de conhecimentos científicos. A proposta pretende realizar um diálogo permanente com movimentos sociais, formadores de opinião e tomadores de decisão, para produzir evidências científicas que possam subsidiar políticas públicas para a equidade e melhoria da qualidade de vida das populações mais vulnerabilizadas.

Além disso, o projeto visa se posicionar como catalisador de inovações no Sistema Único de Saúde (SUS) para responder aos desafios de saúde do país nos próximos anos, com alinhamento ao panorama científico global e fortalecendo a capacidade nacional de resposta em saúde pública.

A iniciativa é composta por 44 pesquisadores de instituições nacionais e internacionais. Além dos coordenadores, oito pesquisadores da Fiocruz Bahia fazem parte da iniciativa:  Viviane Boaventura, Pablo Ramos, Aldina Barral, Marilda Gonçalves, Ricardo Khouri, Bethania Almeida e Leonardo Farias.

De acordo com Manoel Barral, a partir da conexão de informações de diversas fontes e origens, será criada uma base sólida de conhecimento em temas que impactam a saúde no presente e com potencial agravamento nos próximos anos, como doenças diarreicas, arboviroses, doença falcêmica, efetividade vacinal, migrações e mudanças climáticas, fatores socioeconômicos e ambientais, emergências epidemiológicas.

“Esses temas constituem um cenário complexo da saúde pública, formando relações de causa e efeito que afetam populações de formas diversas e desiguais e não podem ser entendidos isoladamente. Utilizaremos abordagens integradas, multidisciplinares e uso de dados multimodais para compreender, prever, comunicar e mitigar esses desafios”, afirmou Barral.

A criação do DigiSaúde representa um passo estratégico para incorporar inovações no SUS, utilizando as valiosas fontes de dados do Brasil e fortalecendo a capacidade nacional de responder aos desafios de saúde.

Instituto Nacional de Patologia Molecular e Computacional

Coordenado pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Mitermayer Reis, o Instituto Nacional de Patologia Molecular e Computacional tem como objetivo desenvolver ferramentas tecnológicas baseadas em Inteligência Artificial e Aprendizagem de Máquina para apoiar patologistas e pesquisadores no avanço do diagnóstico, monitoramento e tratamento do câncer e de outras doenças, com foco em medicina personalizada e inovação terapêutica.

De acordo com Mitermayer, o projeto propõe a integração de métodos clássicos com tecnologias avançadas, como genômica e transcriptômica, inteligência artificial e aprendizagem de máquina, visando acelerar a resolução de desafios relacionados à patologia.

O projeto será sustentado pela formação de redes interinstitucionais nacionais e internacionais, envolvendo grupos de pesquisa especializados em patologia e empregando abordagens inter e transdisciplinares. Essas redes serão fundamentais para a identificação de marcadores genéticos e epigenéticos, os quais auxiliarão na tomada de decisões clínicas relacionadas ao diagnóstico, tratamento e monitoramento da resposta terapêutica das doenças estudadas.

“Esperamos identificar novos marcadores moleculares e alvos terapêuticos com potencial de patenteamento, relevantes para a indústria farmacêutica no desenvolvimento de medicamentos. Planejamos a criação de biorrepositórios contendo amostras clínicas rigorosamente caracterizadas, processadas, armazenadas e rastreáveis”, relatou Mitermayer.

A INCT é composta por três pesquisadores brasileiros e seis estrangeiros; três estudantes de graduação e 10 de pós-graduação; cinco membros do Comitê Gestor; oito pesquisadores colaboradores; um coordenador e um vice-coordenador; e, um líder de Laboratório Associado. Oito instituições fazem parte do projeto: Fiocruz, UFBA, University of Sheffield (Reino Unido), University of Southampton (Reino Unido), Leiden University (Holanda), Kanazawa University (Japão) e Université D’Abomey-Calavi (Benin), e Pontifícia Universidade Católica (PUC-Chile).

INCTs com pesquisadoras da Fiocruz Bahia na vice-coordenação:

Instituto de Investigação em Imunologia (iii-INCT)

O Instituto de Investigação em Imunologia (iii-INCT) atua desde 2001. Atualmente é coordenado pelo pesquisador Jorge Kalil, e está sediado no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Conta com 30 pesquisadores de 20 centros de pesquisa localizados em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Goiás e Distrito Federal. Além da vice-coordenadora Aldina Barral, três pesquisadores da Fiocruz Bahia fazem parte do iii-INCT: Manoel Barral-Neto, Natália Machado Tavares e Viviane Boaventura.

Os projetos desenvolvidos atualmente estão divididos em seis áreas temáticas: alergia, autoimunidade, doenças infecciosas, imunodeficiências, transplantes e câncer. Cada uma reúne especialistas que trabalham de forma integrada, dinâmica e eficiente, compartilhando conhecimentos e ações.

Instituto de Multiômica Aplicada à Saúde de Precisão (IMASP)

O INCT – Instituto de Multiômica Aplicada à Saúde de Precisão (IMASP) é coordenado pelo pesquisador Roberto Giugliani, da UFRGS, e tem a pesquisadora Milena Soares como vice-coordenadora. Tem quatro linhas principais de investigação: farmacogenômica, doenças neurodegenerativas, terapias avançadas e genética médica populacional. Participam do IMASP 10 laboratórios de oito estados das regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste do Brasil.

Instituto de Investigação em Doenças infecciosas e crônicas nas mucosas e pele (INCT Mucosas e Pele)

O “Instituto de Investigação em Doenças infecciosas e crônicas nas mucosas e pele” estuda diferentes aspectos da imunologia das mucosas e da pele, com ênfase nos mecanismos imunológicos nessas superfícies corporais, na fisiologia desses locais de interação, bem como em doenças inflamatórias, infecciosas e tumorais que se originam nessas áreas. Além disso, o instituto investigará o impacto desses processos em outros órgãos e explorará alternativas diagnósticas e terapêuticas para essas doenças.

Coordenado pela pesquisadora da UFMG, Ana Maria Caetano Faria, tem a pesquisadora da Fiocruz Bahia, Claudia Ida Brodskyn como vice coordenadora. O INCT envolve 16 instituições do Brasil e 36 pesquisadores da área.

Os objetivos principais do instituto estão integrados em diversas linhas de pesquisa, interligados por iniciativas transversais como o estudo das interações com a microbiota local (mucosas e pele); plataformas diagnósticas e terapêuticas, incluindo: nanotecnologia, probióticos, moléculas bioativas isoladas de venenos, agentes imunobiológicos, leite materno, e o desenvolvimento de outras ferramentas de intervenção voltadas a essas vias.

Claudia Brodskyn relatou que os projetos visam investigar os mecanismos imunológicos ativados em mucosas e pele para manter a regulação imunológica local e sistêmica; auxiliar na defesa contra patógenos e tumores; compreender os processos envolvidos na interação entre mucosas, pele, fígado e cérebro. “Os desafios são muitos, mas entre eles estão: implantar novas tecnologias, cumprimento das metas e objetivos em diferentes partes do Brasil”, ressaltou.

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Pesquisa comparou desempenho diagnóstico de 17 testes sorológicos para doença de Chagas

Um estudo multicêntrico avaliou o desempenho diagnóstico de 17 ensaios sorológicos para a detecção de anticorpos do Trypanosoma cruzi, protozoário causador da doença de Chagas. O trabalho foi coordenado pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Fred Luciano Santos, e publicado no periódico Memórias do Instituto Oswaldo Cruz.

A doença de Chagas permanece um desafio significativo para a saúde pública, frequentemente subdiagnosticada em regiões endêmicas e afetando milhões de pessoas globalmente. O diagnóstico preciso é fundamental; contudo o desempenho dos métodos diagnósticos existentes varia amplamente em sensibilidade e especificidade. A sensibilidade refere-se à capacidade de um teste identificar corretamente os casos positivos, enquanto a especificidade indica a capacidade de identificar corretamente os casos negativos.

Utilizando o mesmo painel de amostras de um estudo anterior do grupo, que empreg testes rápidos (RDTs), foram analisados 17 testes sorológicos quanto à sensibilidade, especificidade e acurácia. A pesquisa incluiu ensaios imunoenzimáticos comerciais (EIA), ensaios de hemaglutinação indireta (IHA), ensaios de imunofluorescência indireta (IIF), testes de diagnóstico rápido (RDT) e um imunoensaio quimiluminescente de micropartículas (CMIA).

Os resultados revelaram uma ampla variabilidade no desempenho diagnostico entre os testes avaliados. Alguns EIAs e o CMIA demonstraram 100% de sensibilidade, enquanto IHAs e IIFs apresentaram menor especificidade, particularmente em ensaios que empregavam antígenos brutos. A combinação de plataformas distintas aprimorou a sensibilidade, atingindo mais de 99% em alguns casos, embora com impacto variável na especificidade. O estudo também avaliou diferentes pares de testes, evidenciando que a seleção criteriosa de combinações pode otimizar o diagnóstico. A reatividade cruzada com outras doenças parasitárias representou um desafio à especificidade, especialmente em ensaios que utilizavam antígenos brutos.

Os pesquisadores enfatizam a importância de selecionar cuidadosamente os testes sorológicos, considerando as características específicas de cada plataforma e o contexto epidemiológico. Além disso, alertam que, embora a realização de dois testes em paralelo possa aumentar a sensibilidade, essa abordagem pode comprometer a especificidade caso os testes não sejam criteriosamente selecionados. As evidências geradas pelo estudo, portanto, podem ser usadas como base para a formulação de políticas públicas mais eficazes e para o aprimoramento das estratégias diagnósticas da doença de Chagas.

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Fiocruz Bahia e HUPES lançam programa de treinamento em autópsias minimamente invasivas

Uma parceria entre a Fiocruz Bahia e o Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES), conhecido como Hospital das Clínicas, está promovendo a implantação de um Programa de Treinamento em Autópsias Minimamente Invasivas Guiadas por Ultrassonografia (AMIGUS). A iniciativa é voltada para professores, residentes e técnicos do serviço de Patologia do hospital.

No dia 16 de junho, foi realizada a primeira autópsia minimamente invasiva no HUPES, como parte do treinamento, conduzido pelo pesquisador do Laboratório de Patologia Estrutural e Molecular (LAPEM), da Fiocruz Bahia, Geraldo Gileno —  o primeiro a realizar o procedimento no estado. 

O programa implementado está conectado a um projeto, elaborado pelo pesquisador, tem como um dos seus objetivos capacitar profissionais, além de modernizar o processo de investigação post mortem, utilizando técnicas menos invasivas, mais rápidas e com maior aceitação por parte dos familiares. A ação integra equipes multiprofissionais — como patologistas, radiologistas, técnicos e clínicos — e visa contribuir para o ensino, assistência e, futuramente, a vigilância em saúde.

Segundo o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (FMB/UFBA), Antonio Alberto Lopes, graças ao Programa, as atividades de sessões e treinamento de estudantes e médicos residentes ganharam um novo fôlego, permitindo expandir a base de casos disponíveis para discussão, tanto para revisão sistemática nas sessões de óbitos, quanto para a seleção de casos relevantes nas sessões anátomo-clínicas. “É uma retomada que alia tradição e inovação, reafirmando o papel da Faculdade de Medicina da Bahia e do HUPES como centros de excelência no ensino médico. O retorno pleno dessas atividades formativas não apenas honra a história da instituição, mas projeta sua missão de formar profissionais mais críticos, humanos e tecnicamente qualificados”, afirmou. 

Para o coordenador do projeto, Geraldo Gileno, a AMIGUS surge como uma alternativa promissora uma vez que que as amostras obtidas podem ser submetidas a diversas análises, incluindo histológicas, microbiológicas, moleculares e ultraestruturais. “Por demandar uma infraestrutura mais simples, ser culturalmente mais aceitável, representar menor risco para as equipes médicas e manter alto valor diagnóstico, a AMIGUS apresenta-se como uma ferramenta útil em investigações de surtos epidêmicos, pesquisa científica, controle de qualidade médico-hospitalar e geração de dados sobre morbimortalidade em serviços de verificação de óbito, podendo apoiar a formulação de políticas públicas e a educação médica”, ressaltou. 

Para a médica infectologista e professora da UFBA, Áurea Paste, a AMIGUS é extremamente importante e necessária em todo hospital de grande ou até mesmo de pequeno porte porque ajuda a esclarecer as causas de óbito. “Contar com esse serviço em um hospital universitário como o Hospital das Clínicas é de suma importância porque vai agregar conhecimento na formação dos estudantes, internos, residentes, além dos profissionais e professores. Vai trazer muitos benefícios para ampliar, otimizar e melhorar o conhecimento de todos”, relatou a Dra Áurea, responsável por indicar a primeira AMIGUS no HUPES.

O médico patologista e chefe do Serviço de Patologia do HUPES, Eduardo Studart, destacou as contribuições do projeto para o aprimoramento do ensino, já que a correlação entre os achados clínicos e anatomopatológicos é essencial para a formação de estudantes e residentes, representando uma valiosa contribuição para a qualificação dos médicos em formação na área de Patologia. “A implementação da autópsia minimamente invasiva (AMIGUS) no HUPES-UFBA permitirá expandir a base de casos disponíveis para discussão e revisão sistemática nas sessões de óbitos e anátomo-clínicas do hospital”, destacou.

Para Carolina Calixto, gerente de Atenção à Saúde do HUPES e responsável pela elaboração do fluxograma para a realização de AMIGUS no hospital, o esforço de toda a gestão foi fundamental para que o procedimento voltasse a ser realizado. “O objetivo das autópsias é obter mais informações sobre os processos patológicos e determinar os fatores contributivos para a morte. Foram várias mãos, equipe da Patologia em nome de Dr. Eduardo Studart, Drª Áurea, Dr. Geraldo, equipes da Radiologia e multi do Hupes e a parceria da Fiocruz”, disse.

Após experiências em São Paulo, o professor do Departamento de Patologia e Medicina Legal da UFBA, Dário Nunes Moreira Júnior, participou do primeiro treinamento e descreveu a atividade como uma importante oportunidade de difusão do conhecimento. “O professor Geraldo é muito paciente e didático. Nos conduziu muito bem a coleta das amostras dos diversos órgãos e nos deu oportunidade de participar de várias etapas, realizando com nossas mãos as biópsias. Creio que cada profissional que participar de necrópsias micro invasivas com ele sairá pronto e seguro para realizar as necrópsias futuras e ajudar a difundir esse conhecimento prático”, ponderou. 

Para a residente de Anatomia Patológica, do segundo ano do Serviço de Patologia do HUPES, Niara Almeida, o treinamento representa uma grande contribuição para as atividades do hospital. “Considerei muito importante participar desse treinamento, como um marco para o retorno das autópsias no Hospital das Clínicas com uma técnica inovadora, menos invasiva e de melhor aceitação pelos familiares de pacientes em diagnósticos post mortem. Acredito que o treinamento no setor da Patologia irá somar não somente no aprendizado dos residentes de Patologia, mas terá grande contribuição para o serviço”, disse.

Diferente da autópsia tradicional, que exige a abertura completa das cavidades do corpo, a AMIGUS emprega a ultrassonografia para guiar a realização da coleta de amostras por agulha em órgãos como coração, pulmões, fígado, rins, cérebro, entre outros. As amostras obtidas são analisadas histologicamente, permitindo esclarecer a causa da morte, confirmar ou revisar diagnósticos clínicos e contribuir para a formação médica e a pesquisa científica. Essa abordagem, já validada internacionalmente, apresenta alta taxa de concordância com a autópsia convencional (cerca de 83%) e representa um avanço técnico, ético e pedagógico para os hospitais universitários. 

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Pesquisadores e estudantes da Fiocruz Bahia participam do Congresso Internacional Brain, Behavior and Emotions 2025

Pesquisadores e estudantes do Grupo de Pesquisas em Biotecnologia e Terapia Celular, atuante no Laboratório de Patologia e Biologia Molecular da Fiocruz Bahia e no Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, participaram do Congresso Internacional Brain, Behavior and Emotions 2025, realizado entre os dias 18 e 21 de junho, em Fortaleza (CE). 

O evento, uma referência no campo científico, reuniu mais de 6.400 participantes e é voltado para profissionais que buscam integrar os avanços mais recentes da pesquisa científica à prática clínica, promovendo atualização e excelência em suas áreas de atuação. Nesta edição, foram submetidos 1.334 trabalhos, dos quais 994 foram aprovados, incluindo 18 selecionados para apresentações orais e 136 pôsteres impressos.

O pesquisador da Fiocruz Bahia, Bruno Solano participou das mesas “Hot Topics em Neurociência Aplicada” e “Implementation Science: Uma Jornada pelos Transtornos de Humor”. Além disso, foram apresentados três resumos de pesquisas realizadas pelo grupo. 

O doutorando Erik Aranha Rossi, do Programa de Pós-Graduação em Patologia Humana (PGPAT), realizou a apresentação oral do trabalho “Restauração da funcionalidade de neurônios derivados de iPSCs de pacientes com transtorno do espectro autista via modulação do gene SCN2A por CRISPR”, na mesa “Biologia do Transtorno do Espectro Autista”. Pelo seu desempenho, Erik recebeu o Prêmio CCM de Incentivo à Pesquisa, que inclui passagem aérea, hospedagem e inscrição para o Brain 2026.

A doutoranda Barbara Porto Cipriano, do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI), apresentou o trabalho oral intitulado “Vesículas extracelulares derivadas de células-tronco mesenquimais do cordão umbilical humano no tratamento de lesões medulares em ratos”, na mesa redonda “Por onde anda a reabilitação neurológica”. Barbara recebeu o Prêmio Jovem Pesquisador, que inclui a inscrição para o congresso Brain 2026. 

O pós-doutor Erick Correia Loiola apresentou o pôster intitulado “Phenotypic alterations and reactive astrogliosis in iPSC-derived astrocytes from autism spectrum disorder patients”, trabalho do mestrando Júlio Cesar Queiroz Figueiredo (PGPAT). A apresentação de Erick foi reconhecida com Menção Honrosa e com o Prêmio Jovem Pesquisador, garantindo também a inscrição para o Brain 2026.

Bruno Solano, orientador dos estudantes premiados, falou sobre a importância de celebrar as conquistas dos alunos que estão em processo de desenvolvimento das suas trajetórias na pesquisa. “Celebrar conquistas como essas é reforçar a importância da pesquisa colaborativa, da dedicação dos nossos alunos e do apoio institucional. Esses prêmios mostram a força da ciência produzida na Bahia e o impacto direto que nosso esforço coletivo tem para o avanço do conhecimento em neurociências e saúde”, afirmou.

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Diretor eleito da Fiocruz Bahia, Valdeyer dos Reis toma posse em cerimônia

Foi realizada nesta terça-feira, 17/06, a Cerimônia de Transmissão de Cargo de Diretor da Fiocruz Bahia. O evento, realizado no auditório Sônia Andrade, marcou o encerramento do mandato de Marilda Gonçalves, primeira mulher diretora da unidade, e o início do mandato do novo diretor eleito, Valdeyer Galvão dos Reis, que irá dirigir a instituição no período de 2025 a 2029. 

A mesa institucional foi composta pelo diretor executivo da Fundação Oswaldo Cruz, Juliano Carvalho Lima, que representou o presidente Mário Moreira; pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia, André Joazeiro; pela diretora-presidente da Bahiafarma, Ceuci Nunes, que representou o governador do Estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues, pela secretária de saúde, Roberta Santana; e pela diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, que realizou a transmissão do cargo ao novo diretor. 

A cerimônia contou com a presença de autoridades, representantes de instituições parceiras, servidores, pesquisadores e demais membros da comunidade da Fiocruz Bahia. 

A cerimônia teve início com a fala do Secretário Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, André Joazeiro, que reforçou o desejo de continuar a parceria entre a secretaria e a Fiocruz Bahia. “Nós temos chance de fazer uma grande parceria entre o governo do estado, a Fiocruz e os pesquisadores que estão aqui. A Fiocruz é uma peça fundamental dessa engrenagem”, afirmou. 

Em seguida, o diretor executivo da Fiocruz, Juliano Carvalho Lima, representando o presidente Mário Moreira, falou sobre o prestígio da Fundação Oswaldo Cruz e da Fiocruz Bahia no âmbito da ciência no Brasil e no mundo e destacou a importância da escolha de um novo diretor através de um processo democrático. “Esse é um processo que precisa ser celebrado porque é um privilégio nós termos a prerrogativa de escolhermos os nossos diretores. Essa é uma etapa central do que somos hoje. A Fiocruz já passou por muitas turbulências, mas boa parte da nossa estabilidade institucional e da nossa coesão interna decorre dos nossos mecanismos democráticos de condução dessa instituição”, ressaltou. 

A diretora-presidente da Bahiafarma, Ceuci Nunes, falou sobre os desafios de fazer ciência em meio a tantos obstáculos. “A ciência precisa ser a força de resistência a esse mundo que estão tentando construir à nossa revelia. Fazer ciência hoje é resistência. Fazer ciência hoje é defender a democracia”, ponderou. 

Na sequência, a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves proferiu o seu discurso encerrando o seu mandato e desejando as boas vindas ao novo diretor. “Que você tenha sabedoria, serenidade, saúde, simplicidade e suavidade. Que siga com vigor, força e equilíbrio porque eu tenho certeza que você vai ser um sucesso”, disse Marilda, emocionada. 

Durante o seu discurso de posse, o novo diretor falou sobre o compromisso de dirigir a instituição durante os próximos anos. Ele agradeceu aos colegas servidores e a toda comunidade da Fiocruz Bahia, aos parceiros institucionais, à sua família e aos amigos que fez durante a sua trajetória. Em sua fala, Valdeyer reforçou o compromisso com a  geração de conhecimento científico para a melhoria da qualidade de vida de toda a população. “Ao iniciar esse novo ciclo de gestão, reafirmamos os princípios que nos movem: a valorização das pessoas, o respeito à diversidade e à vida, o compromisso com o conhecimento e com a justiça social. Nossa prioridade será fortalecer o papel da Fiocruz Bahia como instituição comprometida com a Saúde Pública, com a formação crítica, com a pesquisa conectada aos territórios e com a construção de caminhos inovadores sem abrir mão da ética, da participação e da responsabilidade social”, afirmou. 

O diretor finalizou falando dos desafios que encontrará no caminho. “Vivemos em tempos de crise sanitária, social, ambiental e política e temos diante de nós um cenário que exige coragem, lucidez e, sobretudo, união”, afirmou. 

Apresentação dos novos vice-diretores 

Durante a cerimônia foram apresentados os novos nomes que passam a compor as vice-diretorias da instituição. O pesquisador da Fiocruz Bahia, Washington Luis Conrado dos Santos, estará à frente da Vice-Diretoria de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Serviço de Referência. Washington Luis é professor adjunto de Patologia da Faculdade de Medicina da Bahia (UFBA). Coordena o Programa de apoio ao desenvolvimento diagnóstico em Patologia Hepática e Renal da Fiocruz Bahia, no qual é também responsável pelo diagnóstico, formação de especialistas e por um programa de educação continuada em Nefropatologia. Atualmente ocupa a chefia do Laboratório de Patologia Estrutural e Molecular do IGM / Fiocruz Bahia.

A Vice-Diretoria de Ensino e Informação será liderada pela pesquisadora da Fiocruz Bahia, Clarissa Gurgel, que foi representada na cerimônia pela também pesquisadora da unidade, Valéria Borges. Clarissa é Professora Associada da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Na Fiocruz Bahia, a sua trajetória é marcada por sua atuação em programas de ensino e formação, em destaque a coordenação do programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) e do Programa de Pós-Graduação em Patologia Humana (PGPAT), da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em ampla associação com a Fiocruz Bahia, além de contribuir efetivamente em ações, projetos e programas vinculados à Vice-Diretoria de Ensino da Fiocruz Bahia. 

Já a Vice-Diretoria de Gestão e Desenvolvimento Institucional fica sob a responsabilidade de Flávia Maciel, ex-coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica – NIT da Fiocruz Bahia. A nova vice-diretora possui larga experiência em gestão de projetos de pesquisa na área de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, financiados por agências de fomento nacionais (FAPESB, CNPq, CAPES, FINEP, entre outras) e internacionais, atuando principalmente na elaboração de orçamento/cronograma, execução financeira e prestação de contas. Possui experiência também em gestão de projetos multicêntricos, de infraestrutura e em estudos clínicos. 

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Leishmaniose cutânea: diabetes favorece infecção e pode dificultar resposta imunológica

Um estudo investigou como os níveis de glicose impactam na vulnerabilidade à infecção por Leishmania braziliensis em células do sistema imunológico de pacientes com leishmaniose cutânea. Os resultados reforçam a importância de considerar o controle glicêmico em pacientes com a doença, uma vez que o ambiente hiperglicêmico favorece a infecção e pode dificultar a resposta imunológica eficaz contra o parasita. A autoria do artigo, publicado no periódico Emerging Microbes & Infections, é do Dr. Ícaro Bonyek-Silva e da doutoranda Rana Bastos, sob orientação de Natalia Machado Tavares, pesquisadora da Fiocruz Bahia.

No contexto da leishmaniose cutânea, estudos prévios indicam que pacientes diabéticos demoram mais tempo para apresentar cura das lesões. Este novo trabalho aprofundou a investigação, focando nos macrófagos, células essenciais da resposta imune. O estudo contribui também para a compreensão dos mecanismos que agravam a leishmaniose cutânea em pacientes diabéticos e destaca a necessidade de estratégias terapêuticas integradas que levem em conta as condições metabólicas do paciente.

Os pesquisadores cultivaram macrófagos em ambientes com diferentes concentrações de glicose e observaram que, em condições de alta glicose, essas células apresentaram maior carga parasitária em comparação aos macrófagos expostos a níveis normais de glicose. A pesquisa também analisou biópsias de 11 pacientes com leishmaniose cutânea e 10 pacientes com a doença e diabetes, todos atendidos na Clínica Municipal de Saúde de Corte de Pedra e Jiquiriçá, na Bahia.

A leishmaniose é uma doença infecciosa grave, causada pelo protozoário do gênero Leishmania, presente em mais de 80 países, com alta incidência na América Latina — especialmente no Brasil, onde a maior parte dos casos ocorre. Entre os diversos fatores que influenciam a progressão da doença, o diabetes mellitus tem ganhado destaque. O diabetes aumenta a suscetibilidade a infecções, devido a alterações no sistema imunológico e na integridade da pele, que é a primeira linha de defesa do corpo. Estima-se que cerca de 30% dos indivíduos com diabetes mellitus desenvolvam problemas de pele, frequentemente associados a infecções.

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Coordenadores de pesquisas desenvolvidas pela Fiocruz Bahia participaram da Semana de Ciência, Tecnologia e Inovação para o SUS, em Brasília

Coordenadores de pesquisas desenvolvidas pela Fiocruz Bahia e seus representantes participaram da Semana de Ciência, Tecnologia e Inovação para o SUS, realizada no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília, entre os dias 02 e 05 de junho. O evento, promovido pelo Ministério da Saúde através do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit), tem como objetivo reunir coordenadores de pesquisas para apresentação das propostas a uma banca composta por profissionais das áreas técnicas do Ministério da Saúde e especialistas dispostos a contribuir com os trabalhos e seus resultados.

A Fiocruz Bahia foi representada pela pesquisadora Fernanda Grassi, por Mariana Araújo Pereira, Fred Luciano Santos, Eugenia Terra Granado Pina, Ricardo Riccio Oliveira, Moreno Magalhães de Souza Rodrigues, Beatriz Barreto Duarte e Antonio Brotas. 

Confira as pesquisas participantes: 

Maria Fernanda Rios Grassi

PREVINIR HTLV-TV Brasil. Avaliação do uso de inibidor deintegrase para prevenção da transmissão vertical do HTLV-1: um estudo clínico randomizado, duplo cego, controlado por placebo no Brasil.

Mariana Araújo Pereira / Instituto Gonçalo Moniz – Fiocruz/BA

Investigação das bases genômicas e inflamatórias da falha terapêutica em pacientes com tuberculose em uma coorte multicêntrica brasileira: um estudo do RePORT-Brasil. 

Fred Luciano Neves Santos

Avaliação de efetividade de um teste rápido para Doença de Chagas: Coorte Oxente Chagas Bahia. 

 Eugenia Terra Granado Pina

Aplicação de vias imunorregulatórias no diagnóstico, estratificação de risco e desenvolvimento de novas terapias para leucemias no SUS.

Ricardo Riccio Oliveira

Inovações no Tratamento da Esquistossomose e Tricuríase Frente aos Desafios da Resistência Medicamentosa. 

Moreno Magalhaes de Souza Rodrigues

Estimação da subnotificação dos casos de Tuberculose pulmonar no Brasil: Um modelo Espaço Temporal Bayesiano para dados secundários. 

Beatriz Barreto Duarte

Mapeamento epidemiológico e análise de prevalência de infecções por MTB, HIV, hepatites virais e sífilis em unidades prisionais.

Antonio Marcos Pereira Brotas

A desinformação, a hesitação vacinal e a saúde mental nas redes de vozes juvenis de territórios de saúde na Bahia.

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Fiocruz Bahia realiza Cerimônia de Transmissão de Cargo para o novo diretor eleito

Será realizada na terça-feira, 17/06, a cerimônia de Transmissão de Cargo de diretor da Fiocruz Bahia. O evento acontecerá às 9h30, no auditório Sonia Andrade, na Fiocruz Bahia. A cerimônia marca o encerramento do mandado de Marilda Gonçalves, primeira mulher diretora da unidade, que exerceu dois mandatos e esteve à frente da instituição entre os anos de 2017 e 2025, e o início do mandato do novo diretor eleito, Valdeyer Galvão dos Reis, que irá dirigir a instituição no período de 2025 a 2029. 


Eleito com 64,1% dos votos válidos, Valdeyer Galvão dos Reis atua na instituição há quase trinta anos e já participou ativamente de sete gestões da diretoria. Graduado em ciências econômicas, sua formação acadêmica inclui especialização em gestão organizacional e desenvolvimento humano, mestrado em saúde pública com área de concentração em gestão de instituições de ciência e tecnologia em saúde e doutorado em gestão e tecnologia industrial. Paralelamente à formação acadêmica, fez diversos cursos de capacitação, dentre os quais o Programa de Desenvolvimento Gerencial (para altos gestores da FIOCRUZ) e o de desenvolvimento gerencial da Escola Nacional de Administração Pública.

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Estudo aponta que lipídios não polares micobacterianos imunorregulam prostaglandinas em macrofágos

Pesquisa revelou como os lipídios da bactéria Mycobacterium tuberculosis (Mtb) modulam a resposta imune. O estudo, de autoria de Jéssica Dias Petrilli, bolsista de pós-doutorado, com a participação de estudantes de doutorado e mestrado do IGM-LASP, com a coordenação do pesquisador da Fiocruz Bahia, Sérgio Arruda e Adriano Queiroz, da University of Texas Southwestern Medical Center, foi publicado no periódico The Journal of Immunology.

O objetivo da investigação foi caracterizar como os lipídios apolares do Mtb modulam o comportamento dos macrófagos (células de defesa), levando a um estado imunológico que poderia favorecer a persistência da bactéria no organismo.

O Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch, agente causador da tuberculose, infectou aproximadamente um quarto da população mundial e causou mais de 1,3 milhão de mortes em 2020. Na maioria dos indivíduos infectados, a bactéria não causa tuberculose sintomática, e os bacilos podem permanecer no hospedeiro por toda a vida (infecção latente). O sucesso do patógeno em estabelecer sobrevivência a longo prazo no hospedeiro se deve à sua capacidade de escapar dos mecanismos de defesa. Em particular, o Mtb tem uma capacidade notável de sobreviver em macrófagos.

Os pesquisadores estimularam macrófagos murinos (de camundongos) com extratos lipídicos apolares (não polares) extraídos de duas cepas do Mycobacterium tuberculosis: uma cepa comum (tipo selvagem – WT) e uma cepa modificada com o operon mce1 desativado. Eles usaram análises multiômicas para entender, de forma abrangente, como esses lipídios influenciam o comportamento dos macrófagos.

Foi feito o sequenciamento de RNA para saber quais genes foram ativados nos macrófagos; foi realizada a espectrometria de massas para investigar o perfil de eicosanoides, moléculas lipídicas envolvidas na inflamação, como prostaglandinas e leucotrienos; e a lipidômica não direcionada, ou seja, uma análise ampla das alterações no metabolismo de lipídios nos macrófagos.

A partir dos resultados, os pesquisadores concluem que os lipídios não polares do Mtb induzem macrófagos imunorreguladores, ativando marcadores inflamatórios, desequilibrando o metabolismo lipídico do macrofágo e direcionando a síntese de eicosanoides para a via das prostaglandinas. Esses achados apontam um mecanismo complexo que pode favorecer a sobrevivência prolongada do Mtb no hospedeiro.

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Instalado pela Fiocruz, Grupo de Trabalho sobre qualidade do ar e saúde será coordenado por pesquisadora da Fiocruz Bahia

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS), realizou a primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) sobre Qualidade do Ar e Saúde, do Programa de Saúde, Ambiente e Sustentabilidade (FioProsas). Os integrantes se reuniram de forma remota, em maio, para estruturar a atuação do GT que tem o objetivo de analisar os impactos da poluição atmosférica na saúde humana, além de propor ações de prevenção, mitigação de riscos e promoção da saúde ambiental. O GT foi criado por meio da Portaria nº 3/2024.

“O Grupo de Trabalho é um espaço extraordinário, estamos estruturando esse GT, materializamos com a normativa e, agora, com a instalação iniciam-se as atividades. Todos nós estaremos juntos trabalhando nessa dimensão que se relaciona com a agenda climática, agenda da biodiversidade, entre outras pautas relevantes”, ressalta Guilherme Franco Netto, coordenador de Saúde e Ambiente, da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz).

Na reunião de instalação, foi definida a responsável pela coordenação técnica do GT, Nelzair Vianna, do Instituto Gonçalo Moniz (IGM), pesquisadora da Fiocruz Bahia, que possui contribuições importantes sobre o tema e tem passagem pelo serviço de saúde, e, também, foi conversado sobre a necessidade de elaborar o Termo de Referência. O grupo também definiu a periodicidade das reuniões que será toda primeira sexta-feira do mês. O GT sobre Qualidade do Ar e Saúde, associado à Câmara Técnica de Saúde e Ambiente da Fiocruz, contará com pesquisadores e colaboradores especialistas no tema, podendo incluir convidados externos.

“A criação do Grupo de Trabalho sobre Qualidade do Ar e Saúde representa um passo importante no fortalecimento das ações institucionais frente aos impactos da poluição atmosférica sobre a saúde humana, reconhecendo a complexidade e a gravidade deste problema, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e está diretamente associada a muitos desfechos de saúde, como doenças respiratórias, cardiovasculares, neurológicas, câncer, entre outras. Como coordenadora do GT, assumo a responsabilidade de articular conhecimento técnico-científico, ações de formação, produção de evidências e proposições de políticas públicas voltadas à promoção do ar limpo como direito fundamental. Nosso compromisso é transformar conhecimento em ação, conectando saúde, justiça ambiental e sustentabilidade”, comentou Nelzair Vianna, coordenadora do GT.

Os objetivos do grupo estão definidos na Portaria n° 3/2024 e visam as seguintes atividades: assessorar a Fiocruz no conhecimento, análise e avaliação sobre a poluição atmosférica e a saúde humana, nos âmbitos nacional e internacional; propor e induzir processos estratégicos de pesquisa, inovação, educação, formação, extensão, comunicação, informação e cooperação relacionados à qualidade do ar e seus efeitos na saúde; articulação com outras unidades, programas e grupos de trabalho da Fiocruz; desenvolvimento de estudos, notas técnicas, análise de situação de saúde e disseminação de conhecimento; subsidiar o acompanhamento e a implementação de políticas públicas para a saúde das populações expostas à poluição do ar; e, identificar parceiros externos à Fiocruz para o desenvolvimento de projetos, estudos e atividades de ensino sobre a qualidade do ar e saúde, propondo cooperações e alianças estratégicas.

“Atuando de forma transversal, a poluição do ar é um dos principais desafios sanitários e ambientais da atualidade. A Fiocruz, como instituição pública de ciência e tecnologia em saúde, assume com este GT o papel de fortalecer o conhecimento técnico-científico sobre o tema e transformá-lo em ações concretas para proteger a saúde da população, em especial das populações mais vulnerabilizadas. O GT integra diferentes unidades da Fiocruz e dialoga com redes externas, fortalecendo uma abordagem intersetorial e baseada em evidências”, explicou a coordenadora.

“Desde 2001, a gente fala de qualidade do ar em saúde. Essa questão vem de forma orgânica contribuindo para estruturação de políticas públicas junto ao Ministério da Saúde, isso é um histórico formidável, uma construção estratégica. O GT trouxe a possibilidade de sistematizar, organizar e apontar os elementos relevantes, contribuindo para a construção do campo de saúde e ambiente”, ressaltou Juliana Wotzasek Rulli Villardi, assessora de Saúde e Ambiente da VPAAPS/Fiocruz.

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