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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS), realizou a primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) sobre Qualidade do Ar e Saúde, do Programa de Saúde, Ambiente e Sustentabilidade (FioProsas). Os integrantes se reuniram de forma remota, em maio, para estruturar a atuação do GT que tem o objetivo de analisar os impactos da poluição atmosférica na saúde humana, além de propor ações de prevenção, mitigação de riscos e promoção da saúde ambiental. O GT foi criado por meio da Portaria nº 3/2024.
“O Grupo de Trabalho é um espaço extraordinário, estamos estruturando esse GT, materializamos com a normativa e, agora, com a instalação iniciam-se as atividades. Todos nós estaremos juntos trabalhando nessa dimensão que se relaciona com a agenda climática, agenda da biodiversidade, entre outras pautas relevantes”, ressalta Guilherme Franco Netto, coordenador de Saúde e Ambiente, da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz).
Na reunião de instalação, foi definida a responsável pela coordenação técnica do GT, Nelzair Vianna, do Instituto Gonçalo Moniz (IGM), pesquisadora da Fiocruz Bahia, que possui contribuições importantes sobre o tema e tem passagem pelo serviço de saúde, e, também, foi conversado sobre a necessidade de elaborar o Termo de Referência. O grupo também definiu a periodicidade das reuniões que será toda primeira sexta-feira do mês. O GT sobre Qualidade do Ar e Saúde, associado à Câmara Técnica de Saúde e Ambiente da Fiocruz, contará com pesquisadores e colaboradores especialistas no tema, podendo incluir convidados externos.
“A criação do Grupo de Trabalho sobre Qualidade do Ar e Saúde representa um passo importante no fortalecimento das ações institucionais frente aos impactos da poluição atmosférica sobre a saúde humana, reconhecendo a complexidade e a gravidade deste problema, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e está diretamente associada a muitos desfechos de saúde, como doenças respiratórias, cardiovasculares, neurológicas, câncer, entre outras. Como coordenadora do GT, assumo a responsabilidade de articular conhecimento técnico-científico, ações de formação, produção de evidências e proposições de políticas públicas voltadas à promoção do ar limpo como direito fundamental. Nosso compromisso é transformar conhecimento em ação, conectando saúde, justiça ambiental e sustentabilidade”, comentou Nelzair Vianna, coordenadora do GT.
Os objetivos do grupo estão definidos na Portaria n° 3/2024 e visam as seguintes atividades: assessorar a Fiocruz no conhecimento, análise e avaliação sobre a poluição atmosférica e a saúde humana, nos âmbitos nacional e internacional; propor e induzir processos estratégicos de pesquisa, inovação, educação, formação, extensão, comunicação, informação e cooperação relacionados à qualidade do ar e seus efeitos na saúde; articulação com outras unidades, programas e grupos de trabalho da Fiocruz; desenvolvimento de estudos, notas técnicas, análise de situação de saúde e disseminação de conhecimento; subsidiar o acompanhamento e a implementação de políticas públicas para a saúde das populações expostas à poluição do ar; e, identificar parceiros externos à Fiocruz para o desenvolvimento de projetos, estudos e atividades de ensino sobre a qualidade do ar e saúde, propondo cooperações e alianças estratégicas.
“Atuando de forma transversal, a poluição do ar é um dos principais desafios sanitários e ambientais da atualidade. A Fiocruz, como instituição pública de ciência e tecnologia em saúde, assume com este GT o papel de fortalecer o conhecimento técnico-científico sobre o tema e transformá-lo em ações concretas para proteger a saúde da população, em especial das populações mais vulnerabilizadas. O GT integra diferentes unidades da Fiocruz e dialoga com redes externas, fortalecendo uma abordagem intersetorial e baseada em evidências”, explicou a coordenadora.
“Desde 2001, a gente fala de qualidade do ar em saúde. Essa questão vem de forma orgânica contribuindo para estruturação de políticas públicas junto ao Ministério da Saúde, isso é um histórico formidável, uma construção estratégica. O GT trouxe a possibilidade de sistematizar, organizar e apontar os elementos relevantes, contribuindo para a construção do campo de saúde e ambiente”, ressaltou Juliana Wotzasek Rulli Villardi, assessora de Saúde e Ambiente da VPAAPS/Fiocruz.
Amanda Mendonça (Coordenação de Ambiente - VPAAPS/Fiocruz)