Tese avalia pausa no comportamento sedentário e marcadores cardiometabólicos nos participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)

Estudante: Philipe Faria Santos

Orientação: Maria da Conceição Chagas de Almeida

Título da dissertação: pausa no comportamento sedentário e marcadores cardiometabólicos nos participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)

Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde

Data da defesa: 13/06/2025

Horário: 9h

Local: Auditório Sonia Andrade – Fiocruz Bahia

Resumo

O comportamento sedentário (CS) é caracterizado por atividades que são realizadas na posição sentadas, reclinadas ou deitadas, que tenham um gasto energético <1,5 equivalentes metabólicas (METs). O CS é considerado um fator de risco para doenças cardiometabólicas e vasculares. As pausas no comportamento sedentário são mudanças de posição de um estado pouco ativo para uma posição mais ativa, como ficar em pé. Estudos tem demonstrado que as pausas no comportamento sedentário podem influenciar positivamente nas variáveis de saúde cardiometabólicas tendo relação nos níveis glicêmicos e perfil lipídico. OBJETIVO: Avaliar a associação entre as pausas no comportamento sedentário e presença de hipertrigliceridemia (HTG) e resistência à insulina (RI) em participantes do ELSA-Brasil. MÉTODOS: Foi realizado um estudo de corte transversal, com dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto-Brasil (2017-2019), a maior coorte da América Latina. Foram obtidos dados socioeconômicos por entrevista com questionário padronizado. O peso e altura foram mensurados para cálculo do IMC. A variável exposição número de pausas no CS e tempo por pausa foi obtida por meio do acelerômetro ActiGraph wGT3X-BT. A pausa no CS foi definida quando o acelerômetro registrou uma contagem ≥ 100 counts/minuto. O tempo de duração de cada pausa corresponde ao período contínuo em que o acelerômetro registrou contagem ≥100 counts/minuto. Exames laboratoriais, com jejum de 12 horas, foram realizados para dosagem de glicemia, insulina e triglicerídeos. HTG foi definida por dosagens de triglicerídeo sérico≥150 mg/dl. A RI foi definida por HOMA-IR>2,35. Regressão Poisson foi realizada para investigar a associação entre pausa no CS e HTG e RI. Foram realizados modelos independentes para homens e mulheres. RESULTADOS: A prevalência de HTG e RI foi 31,0% e 62,0%, respectivamente. Após ajuste por IMC, a presença de HTG foi maior nas mulheres que faziam até 109 pausas no CS e com duração média de até 4min36seg (RP: 1,21 [IC95%:1,01-1,45]). Nos homens a presença de HTG foi maior nos que realizaram pausas com duração média de até 4min36seg, independentemente do número de pausas (RP: 1,19 [IC95%:1,04-1,35] naqueles com mais de 109 pausas diárias e RP:1,19 [IC:1,02-1,38] naqueles com até 109 pausas diárias). Para RI, entres as mulheres, após ajuste para IMC, não foi encontrada associação entre número de pausas no CS, tempo de duração das pausas e o desfecho (RP:1,08 [1,00-1,16]). Já entre os homens, realização de pausas no CS com duração < 4min36seg foi associada a presença de RI, independentemente do número de pausas realizadas (RP:1,29 [1,18-1,41] entre aqueles que realizaram até 109 pausas no CS por dia; RP: 1,21 [1,12-1,31] entre aqueles com mais de 109 pausas). CONCLUSÃO: A chance de ter HTG e RI foi maior entre aqueles com menor tempo de duração das pausas no CS, sugerindo que a realização de pausas com maior tempo de duração é uma recomendação a ser incorporada nas orientações para redução do CS. O papel do número de pausas diferiu entre os sexos, reforçando a importância de considerar as diferenças de gênero nas recomendações para interrupção no comportamento sedentário.

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Dissertação avalia mutações no gene SCN2A e seus efeitos moleculares em neurônios derivados de células-tronco de pacientes com Transtorno do Espectro Autista

Estudante: Adne Vitória Rocha de Lima

Orientação: Dr. Bruno Solano de Freitas Souza

Coorientação: Dr. Erik Aranha Rossi

Título da dissertação: Moleculares em neurônios derivados de células-tronco de pacientes com Transtorno do Espectro Autista

Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde

Data da defesa: 22/05/2025

Horário: 13h

Local: Sala virtual Zoom

ID da reunião: 868 5468 9757

Senha: adne

Resumo:

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um grupo de condições do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits persistentes na comunicação e na interação social, acompanhados por padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. A prevalência global do TEA é estimada em cerca de 1 em cada 100 crianças. Os genes da família SCN tem sido frequentemente associados a doenças do neurodesenvolvimento e o SCN2A tem se destacado pela forte associação estatística com o fenótipo de TEA. Esse gene codifica o canal de sódio voltagem-dependente Nav1.2, essencial para a excitabilidade neuronal, embora seus mecanismos específicos de contribuição para a fisiopatologia do TEA ainda não estejam totalmente compreendidos. A elucidação de como variantes genéticas específicas afetam a expressão gênica e proteica desses canais poderá ser fundamental para o desenvolvimento de abordagens terapêuticas personalizadas, potencialmente direcionadas forma variante-específica. Nesse cenário, as células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs) emergem como uma ferramenta promissora para a modelagem de doenças do neurodesenvolvimento, possibilitando a geração de neurônios humanos derivados de pacientes. Isso permite a investigação in vitro da relação genótipo-fenótipo e dos mecanismos celulares e moleculares subjacentes ao TEA. OBJETIVO: Investigar os efeitos moleculares de mutações de perda de função no gene SCN2A em neurônios derivados de iPSCs de pacientes com TEA, com ênfase na expressão gênica e proteica do canal de sódio Nav1.2 e suas implicações na morfologia neuronal. MÉTODOS: Três linhagens de iPSCs de indivíduos neurotípicos (grupo controle) e três linhagens de iPSCs de pacientes com TEA portadores de variantes nonsense no gene SCN2A foram cultivadas, caracterizadas quanto à pluripotência e diferenciadas em neurônios excitatórios por meio da expressão induzível do fator de transcrição Neurogenina-2 (NGN2) ativada por doxiciclina. Os neurônios gerados foram submetidos a análises de expressão gênica por RT-PCR, expressão gênica por RT-PCR, expressão proteica por Western Blot e caracterização morfológica por imunofluorescência, com foco na distribuição da proteína Nav1.2 e nos efeitos das variantes sobre a arborização dendrítica. RESULTADOS: As iPSCs mantiveram suas propriedades de pluripotência e foram eficientemente diferenciadas em neurônios excitatórios por meio do sistema induzível Ngn2/doxiciclina. As análises de expressão gênica e proteica demonstraram que as variantes nonsense resultaram em uma redução significativa da expressão de SCN2A tanto em nível do mRNA quanto na proteína nas linhagens derivadas dos pacientes. A imunofluorescência demonstrou alterações na distribuição subcelular da proteína Nav1.2, associadas a uma diminuição da expressão de canais de sódio voltagem-dependentes e à redução da complexidade da arborização dendrítica. Esses achados indicam que as mutações impactam não apenas a expressão molecular, mas também a morfologia neuronal, sugerindo consequências importantes para a conectividade e funcionalidade dos circuitos neurais.

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Pesquisa aponta que anticorpos produzidos na fase aguda da chikungunya podem persistir por anos em pacientes com artralgia crônica

Um estudo analisou a presença de anticorpos do tipo IgM contra o vírus Chikungunya (CHIKV) em pacientes diagnosticados com a doença na sua fase aguda e acompanhados por um longo período por terem desenvolvido artralgia crônica. Durante infecções virais, anticorpos do tipo IgM costumam estar presentes ao fim da primeira semana de sintomas e permanecem detectáveis por cerca de três meses. Esse padrão também era esperado em infecções pelo CHIKV e por isso um teste laboratorial positivo no IgM contra o CHIKV deveria sugerir uma infecção ainda ativa pelo vírus ou uma infecção recente. No entanto, os resultados da pesquisa mostraram que nem sempre isso ocorre.

O trabalho, fruto da tese de Leile Camila Jacob-Nascimento no Programa de Pós-Graduação em Patologia Humana (PGPAT) da Fiocruz e UFBA, sob orientação dos pesquisadores da Fiocruz Bahia, Guilherme Ribeiro e Mitermayer Reis, foi publicado no periódico Virology Journal.

Os pacientes incluídos na investigação foram diagnosticados entre junho de 2019 e março de 2020, quando grandes epidemias de chikungunya se espalharam por Salvador. No trabalho foi utilizado um teste de ELISA comercial para avaliar a frequência de detecção de anticorpos IgM contra o vírus Chikungunya ao longo do tempo. Foram analisadas 145 amostras de soro, obtidas de 45 pacientes com confirmação laboratorial da doença.

Entre as 21 pessoas que desenvolveram artralgia crônica e tiveram pelo menos uma amostra de sangue coletada mais de dois anos após o início dos sintomas, 7 (33%) ainda tinham IgM contra o vírus Chikungunya detectável. Isso sugere que aproximadamente um terço dos pacientes com artralgia crônica após chikungunya pode manter esses anticorpos detectáveis por mais de dois anos após a doença aguda.

Os pesquisadores apontam que a persistência detectável dos anticorpos IgM contra o CHIKV por um tempo substancialmente maior do que o normalmente observado para infecções agudas por vírus de RNA tem implicações significativas para o diagnóstico e vigilância da chikungunya. Os autores sugerem que mais pesquisas são necessárias para determinar se a persistência de IgM em longo prazo também ocorre em pacientes sem sintomas crônicos da enfermidade.

Chikungunya

A chikungunya é uma doença febril aguda que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. O vírus emergiu durante o século XXI, como uma preocupação significativa de saúde global, espalhando-se para novas regiões tropicais e subtropicais em todo o mundo e causando grandes epidemias. A maioria das infecções é sintomática, com febre, dor de cabeça, erupção cutânea, dor muscular, edema articular e, especialmente, dor nas articulações, que tende a ser grave e pode evoluir cronicamente, podendo durar meses ou anos após a infecção.

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Lançamento do programa Mais Ciência na Escola Bahia

Na próxima segunda-feira, 19 de maio, a partir das 14h, será realizado o lançamento do Programa Mais Ciência na Escola na Bahia (MCE-BA), através do projeto Rede Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Inovação em Territórios Escolares (Rede-ICTITE), uma iniciativa da Fiocruz Bahia em parceria com instituições de ciência, tecnologia e inovação, secretarias municipais e estadual de educação e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb). O evento contará com a presença da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, além de autoridades e lideranças acadêmicas.

A cerimônia de lançamento será realizada no teatro da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), localizado na Rua Silveira Martins, no bairro do Cabula, em Salvador, e integra a celebração dos 40 anos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que instalará no local uma exposição comemorativa intitulada Caravana da Ciência.

Durante o evento, também será apresentado o Programa PopCiência Bahia – Trilha da Inovação, com destaque para a Lei que institui o Programa de Promoção, Popularização e Difusão da Ciência, Tecnologia e Inovação – PopCiência Bahia, além do lançamento do Edital Clubes de Ciências – FAPESB/SECTI/SEC. Estarão presentes a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Marly Cruz, representando o presidente da instituição, Mário Moreira, e Marilda Gonçalves, diretora da Fiocruz Bahia.

O Programa Mais Ciência na Escola é uma iniciativa do MCTI, do Ministério da Educação (MEC), e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que tem como um de seus principais objetivos disseminar a cultura maker, por meio da implantação de laboratórios maker. A proposta inclui ainda promover o letramento digital e a formação científica de estudantes em escolas públicas. A Rede-ICTITE, por sua vez, vai reunir mais de 50 pesquisadores, 90 professores e 900 estudantes do ensino fundamental e médio, na condição de bolsistas, em 51 municípios da Bahia. O projeto baiano é coordenado por Antonio Brotas, pesquisador e gestor da Comunicação e Divulgação Científica da Fiocruz Bahia.

O primeiro Laboratório Maker do projeto no estado será instalado na próxima terça-feira, 20 de maio, às 8h, no Centro Estadual de Educação, Inovação e Formação da Bahia Mãe Stella, localizado no bairro do Cabula, em Salvador. O espaço contará com recursos tecnológicos e ferramentas de prototipagem que irão possibilitar aos estudantes o desenvolvimento e acompanhamento de projetos educativos.

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Fiocruz Bahia completa 68 anos com evento comemorativo

A comemoração em homenagem aos 68 anos da Fiocruz Bahia será realizada no dia 26 de maio, às 10 horas, na instituição. O evento é gratuito e aberto ao público. Na ocasião a diretora Marilda de Souza Gonçalves vai realizar uma apresentação sobre o histórico e as atividades da instituição, ressaltando sua importância para a geração e difusão de conhecimento científico e tecnológico no estado da Bahia e no Brasil. Além disso, serão lançados produtos de memória institucional.

Fundado em 1957, como Núcleo de Pesquisa da Bahia (NEB), por meio de um convênio com o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), a unidade técnico científica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no estado completa 68 anos de história e contribuições para a ciência e a saúde. São quase sete décadas atuando, principalmente, na produção de conhecimento em doenças infecciosas e parasitárias, crônicas e degenerativas, buscando novas formas de diagnósticos e tratamentos mais eficazes, além do enfrentamento de epidemias, sendo as mais recentes, o surto de zika, em 2016, e a pandemia de Covid-19.

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Pesquisador Mitermayer Reis toma posse como membro da Academia Brasileira de Ciências

O pesquisador da Fiocruz Bahia, Mitermayer Galvão dos Reis, tomou posse no dia 08 de maio, como membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na categoria Ciências da Saúde. Além do cientista, mais 16 membros titulares, 6 correspondentes e 30 afiliados receberam seus diplomas. O evento foi realizado durante a Reunião Magna da ABC, no Rio de Janeiro.

Mitermayer Reis é doutor em Patologia Humana pela Universidade Federal da Bahia, realizou pós-doutorado na Escola de Saúde Pública de Harvard, nos EUA, e outro na Case Western Reserve University, também nos EUA. Destaca-se em pesquisas na área de epidemiologia clínica e molecular, e imunopatogênese de doenças infecciosas e parasitárias, com foco em arboviroses, câncer, doença de Chagas, esquistossomose, hepatites virais, leptospirose, meningites bacterianas e viroses respiratórias. 

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Evento sobre saúde indígena reuniu pesquisadores e lideranças na Fiocruz Bahia

A Fiocruz Bahia realizou no dia 30 de abril, o evento “Olhares sobre a Saúde Indígena: imagens que integram pesquisa e território”. Promovido pelo Núcleo de Estudos da Saúde Indígena (NESI), no contexto do Abril Indígena, o encontro teve apresentação de projetos de pesquisa sobre a saúde da população indígena, rodas de conversa, apresentação de documentário e exposição.

A mesa de abertura contou com representantes da Fiocruz Bahia, Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia (DSEI-BA), NESI, Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (MUPOIBA), Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB) e Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (SEPROMI).

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, destacou que a divulgação dos resultados de pesquisas relacionadas à saúde indígena é importante para que possam ser transformados em políticas públicas de saúde. “É muito importante estarmos aqui recebendo as lideranças, a população indígena, e discutindo esses resultados. Espero que possamos aumentar o número de aldeias visitadas, e ampliar o número de pesquisadores atuando nessa área”, afirmou.

Para a pesquisadora da Fiocruz Bahia e coordenadora do NESI, Isadora Siqueira, o evento foi um momento importante de socialização dos resultados das pesquisas desenvolvidas pelo núcleo, além de constituir um espaço de diálogo entre ciência e territórios. “Tivemos a honra de contar com a presença de profissionais da saúde indígena e lideranças indígenas, que participaram ativamente das mesas de conversa, enriquecendo as discussões com suas experiências e perspectivas. A atividade reafirmou o compromisso da Fiocruz com a promoção de uma ciência comprometida com os direitos dos povos indígenas e com a construção de políticas públicas de saúde baseadas no respeito, na escuta e na interculturalidade”, declarou.

No evento foram apresentados os projetos “Estudo Multicêntrico de Doenças Infecciosas em populações Indígenas” e “Instituto de Pesquisa em Populações Prioritárias: o que somos e o que propomos fazer”. Houve ainda a exibição do documentário e exposição “Olhares sobre a Saúde Indígena – Imagens que integram pesquisa e território”. Para finalizar, as rodas de conversa “Diálogos Indígenas sobre Saúde: Fiocruz nos Territórios Indígenas” e “Conexões entre Fiocruz e DSEI-BA pela Saúde Indígena” contaram com a participação de lideranças indígenas, representantes dos Polo Base Ribeira do Pombal, Euclides da Cunha e Paulo Afonso, além do cacique da Aldeia Nova Pankararé, Elismar Lima, de Rodelas.

Agnaldo Pataxó Hã Hã Hã, coordenador do MUPOIBA, comentou sobre a importância da atividade e do retorno do trabalho realizado nos territórios para a comunidade. “Pudemos comprovar com a apresentação do trabalho, a partir do diálogo com os pesquisadores e nossas lideranças, que a pesquisa é importante para diagnosticar doenças e para fazer o tratamento. Até porque na nossa comunidade há uma certa dificuldade de diagnóstico, temos sofrido muito com diagnóstico tardio ou errado, aí entra a importância da Fiocruz”, pontuou.

De acordo com o coordenador da DSEI-BA, Cacique Flávio Kaimbé, o evento demonstra a parceria e trabalho da Fiocruz junto ao DSEI. “Essa parceria tem se fortalecido a cada dia, levando mais saúde para a população indígena do estado. O evento é de uma importância grandiosa para que a gente possa dialogar, alinhar e buscar fazer um trabalho conjunto DSEI, Fiocruz, NESI, que possa trazer mais saúde para a população indígena do nosso estado”.

Sirlene Pataxó, responsável técnico Polo Base Porto Seguro do DSEI, observou a importância de estreitar o diálogo para promover uma melhor saúde para a comunidade. “Estamos muito felizes de estar aqui hoje, participar da roda de conversa, e foi muito gratificante poder falar dos nossos desafios diários na nossa comunidade, e assim poder falar o quão relevante é esse tema da saúde indígena”.

Chefe da Divisão de Atenção à Saúde Indígena (DIASI) do DSEI – BA, Tavila Guimarães, reforçou a importância do evento que se soma a luta dos povos indígenas, no abril indígena, um cotidiano de resistência dessa população. “Tivemos a oportunidade de sentar-se com outros parceiros para dialogar sobre esses dados, e pensar a partir deles as intervenções que serão propostas. Foi um momento de grande importância, que soma esse olhar que nós temos com relação à saúde, formada por várias mãos e vários atores”.

Para a liderança indígena da Aldeia Acuipe do Meio I, Nicinha Tupinambá, a atividade fortaleceu a luta dos povos indígenas. “Estar aqui é a certeza de que temos parceiros competentes, capazes de fazer com que tenhamos visibilidade. Não estamos invisíveis para a sociedade, temos pessoas doentes e carentes, mas nesse espaço tem pessoas capazes de fazer a diferença. Assim como na comunidade, tivemos aqui uma experiência de troca de conhecimento importante”, concluiu.

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Resultado da eleição para diretor da Fiocruz Bahia

A Comissão Eleitoral divulga o resultado da votação para diretor do Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia) para o quadriênio 2025-2029, apurado pela comissão no dia 07 de maio e aprovado pelo Conselho Deliberativo (CD-IGM) no dia 08 de maio.

Resultado em ordem de classificação:

1. Valdeyer Galvão dos Reis (64,1% dos votos válidos)
2. Ricardo Riccio Oliveira (33,33% dos votos válidos)
3. Gilmar José da Silva Ribeiro Júnior (0,85% dos votos válidos)

Os dados da apuração podem ser consultados neste link

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29º Congresso Brasileiro de Parasitologia reuniu mais de 600 pessoas em Salvador

O 29º Congresso Brasileiro de Parasitologia – PARASITO 2025 reuniu 632 pessoas, entre os dias 22 e 25 de abril, em Salvador. A atividade contou com a presença de especialistas nacionais e internacionais, gestores e estudantes para debater os últimos avanços científicos em parasitologia, compartilhar experiências e promover a integração entre diferentes áreas do conhecimento.

Organizado pela Sociedade Brasileira de Parasitologia (SBP) e pela Fiocruz Bahia, a edição do evento teve como tema “Revisitando o Passado para Revolucionar o Futuro na Era da Transformação Digital”. Além do Brasil, participaram palestrantes e estudantes de países como Israel, Holanda, Suécia, Reino Unido, Estados Unidos da América, Argentina, Bolívia e Alemanha.

Os pesquisadores da Fiocruz Bahia, Augusto Carvalho, Washington dos Santos, Cláudia Brodskyn, Ricardo Riccio, Edgar Carvalho, Deborah Mothé, Milena Soares, Mitermayer Reis, Camila Indiani, Antônio Brotas, Valéria Borges, Lucas Carvalho e Vinícius Araújo, apresentaram conferências e participaram de mesas redondas. No final do evento, Camila Indiani recebeu o prêmio de pela Sociedade Brasileira de Parasitologia, de Dintinguished Sientist: Women in Science.

Os cientistas abordaram temas como imunopatologia na parasitologia, obesidade e leishmaniose cutânea, estratégias para a modulação da inflamação na cardiomiopatia chagásica crônica, esquistossomose urbana, estratégias de comunicação científica em parasitologia, iniciativas de extensão científica em parasitologia da Fiocruz Bahia, entre outros. Houve ainda, apresentações orais de pós-doutoranda e estudantes da instituição Thamires Quadros Froes, Yasmin da Silva Luz, Ronald Alves dos Santos e Pedro Brito Borba.

Além da participação de pesquisadores e estudantes no evento, a Fiocruz Bahia contou com um estande com materiais e jogos de divulgação científica e apresentação de atividades de pesquisa, da Olimpíada de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz, do projeto Mulheres e Meninas na Ciência e com uma exposição de coleção entomológica.

A mesa de abertura foi composta pela pesquisadora da Fiocruz Bahia Patrícia Veras, presidente do evento; Arabela Leal, diretora do Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (LACEN Bahia), representando o Governo do Estado da Bahia, Alda Cruz, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, representando o presidente Mário Moreira; Lucimar Rocha, Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, representando a Prefeitura de Salvador, Claudia Brodskyn, vice-diretora de Ensino e Informação da Fiocruz Bahia, representando a diretora Marilda Gonçalves; Jadel Kratz, líder da  América Latina – Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi); e Ricardo Fujiwara, presidente da Sociedade Brasileira de Parasitologia.

Patricia Veras observou que o tema da edição incentiva os pesquisadores a honrarem o legado da parasitologia enquanto são exploradas novas fronteiras impulsionadas pelos avanços tecnológicos. “É um chamado para unir tradição e inovação, garantindo que nossa área continue a avaliar e a contribuir de forma impactante para a saúde pública”, afirmou. Na oportunidade, a pesquisadora homenageou as mulheres pioneiras que superaram desafios sociais e institucionais para alcançar descobertas significativas em um campo com predominância masculina.

O presidente da SBP, Ricardo Fujiwara, disse que se sente muito feliz pela realização de mais um congresso com os associados e futuros associados em parasitologia. “A sociedade está completando 60 anos, graças aos esforços de quem acredita na parasitologia, de quem vem aos congressos, quem discute, quem aprende um pouco mais. Fico muito feliz de tê-los aqui, a sociedade estará aberta para todos”.

Jadel Kratz, destacou a importância de construir novas parcerias para avançar no conhecimento que será a base para o desenvolvimento de novas ferramentas e tratamentos para todas essas doenças que são relevantes tanto para a saúde animal quanto para a saúde humana. “A DNDi é uma organização que desenvolve medicamentos e se beneficia imensamente do conhecimento adquirido pelos cientistas que fazem parte da Sociedade Brasileira de Parasitologia”, comentou.

A diretora da atenção especializada da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, Lucimar Rocha, disse que a parasitologia é um campo da ciência que a SMS cuida com muito carinho. “As parasitoses ainda acometem a nossa população em torno de 15 a 80%, sejam elas por questões socioeconômicas ou por falta de educação sanitária”, considerou. Para Alda Cruz, o congresso ser ministrado majoritariamente em inglês, demonstra a importância da internacionalização e das interações entre os colegas.

Arabela Leal relatou que estavam presentes na atividade alguns profissionais das unidades do LACEN descentralizadas no estado. “Isso mostra a força de uma rede capilarizada onde a gente consegue rapidamente detectar em qualquer ponto do estado um agravo e tentar sanar e controlar a doença em nome da saúde pública”, pontuou.

Ricardo Lustosa, professor da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), avaliou que o congresso é um ambiente rico na produção do conhecimento com estudantes e pesquisadores. “Essa atividade é muito relevante, pois recebe a comunidade acadêmica para discutir o que há de inovação e o que há de mais recente nas pesquisas relacionadas à parasitologia, às doenças negligenciadas, e o que há de tecnologia para multiplicar o conhecimento, com outros entes e parceiros acadêmicos, com diferentes níveis de formação”, concluiu.

O evento finalizou no dia 25/04, com a palestra de Walderez Dutra, professora da UFMG, com o relevante tema “How can you mend a broken heart? Insights from Chagas disease cardiomyopathy”.

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Curso sobre febre oropouche reuniu profissionais, estudantes e técnicos em vigilância em Salvador

Curso sobre identificação e vigilância de maruins vetores da febre oropouche foi realizado entre os dias 28 e 30 de abril, em Salvador. Organizada pela Fiocruz Bahia e Fiocruz Amazonas, em colaboração com a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), a formação teve como objetivo capacitar profissionais de saúde, estudantes e agentes na tarefa de identificar os maruins vetores e fortalecer as estratégias de vigilância epidemiológica e ambiental.

A mesa de abertura do evento foi composta por Alina Lins, diretora do Departamento de Ciências da Vida (DCV), da UNEB; Isadora Siqueira, pesquisadora da Fiocruz Bahia; Artur Dias Lima, professor da UNEB; e Felipe Pessoa, pesquisador da Fiocruz Amazônia. A programação contou com um ciclo de palestras teóricas com breve história do vírus Oropouche; aspectos epidemiológicos e clínicos; complicações neurológicas da febre oropouche; taxonomia e conservação de vetores; já a parte prática, abrangeu o tema da taxonomia e coleta relacionadas à conservação de vetores.

De acordo com Isadora Siqueira, esse é o primeiro curso com a perspectiva da análise entomológica, ou seja, estudo dos insetos vetores do Oropouche, realizado no estado. “É um curso de extrema importância para a questão das arboviroses e relacionado às epidemias recentes do vírus Oropouche em vários estados do Brasil e na Bahia”. A pesquisadora disse ainda que espera que seja o primeiro de muitas edições.

A febre oropouche é uma doença viral transmitida principalmente por maruins (Culicoides paraensis) e causada pelo vírus Oropouche. A doença, identificada em 1955 em Trinidad e Tobago e na Amazônia, tem avançado no país, gerando um alerta na saúde pública devido aos sintomas semelhantes aos da dengue, bem como ao potencial para surtos urbanos e quadros graves.

Felipe Pessoa, pesquisador da Fiocruz Amazônia, explicou que a febre oropouche era uma situação basicamente amazônica que está se espalhando em toda a América Latina e traz consequências no que se conhecia sobre os vetores, reservatórios e surtos. “Aparentemente temos uma situação um pouco diferente da situação amazônica no resto do Brasil. Estamos tentando compreender a dinâmica de quem está transmitindo, as áreas que estão tendo a ocorrência desses surtos, para formar um link de trabalho e troca de experiências no estado, para que em um futuro muito próximo, possamos dar ideias e conselhos para medidas de controle, ou pelo menos de diminuição do número de casos em humanos, e assim podermos ter predições e prevenção da doença”, pontuou.

Pessoa compartilhou que a proposta do curso é conversar sobre a ecologia mais voltada ao Culicoides, chamado popularmente de maruim ou mosquito-pólvora, para aprender a identificar especificidades da espécie e assim avançar nas pesquisas. “A identificação dos Culicoides é um pouco complexa, pois é preciso verificar várias estruturas morfológicas e identificar a espécie. É um inseto diminuto, pode variar de um até dois milímetros e meio, e nós temos pouquíssimos taxonomistas desses insetos na América Latina. A ideia é as pessoas saberem reconhecer o que é um Culicoides, aprender a manejar as chaves de identificação para podermos conhecer um pouquinho da fauna daqui da Bahia”, afirmou.

Artur Dias Lima, professor do Departamento de Ciências da Vida (DCV) da UNEB e da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, comentou que nos últimos períodos o vírus tem chamado a atenção de diversos segmentos, seja dentro dos setores da epidemiologia, do governo federal, das secretarias de saúde estaduais ou municipais.

“Nesse processo, a universidade entra exatamente na formação das pessoas que vão trabalhar no controle dessa doença. Então é importante esse encontro, de onde vão surgir bons projetos de trabalho para investigar mais a fundo o Oropouche e os seus vetores, bem como trabalhar perspectivas de profilaxia e controle”, concluiu. A parte prática do curso, também contou com a presença da Dra. Claudia Rios Velasquez, e Jhonata Santiago, da Fiocruz Amazônia, e pela taxonomista Sâmia Luzia Sena da Silva, do Instituto Evandro Chagas, Pará.

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Seminário Educação, Informação, Comunicação e Saúde: Proteções Contra a Desinformação será realizado de 29 a 31 de julho, em Salvador

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) realizam, de 29 a 31 de julho, em Salvador, Bahia, o seminário “Educação, Informação, Comunicação e Saúde: Proteções Contra a Desinformação”. O evento tem como objetivo promover debates sobre o enfrentamento à desinformação em ciência e saúde a partir dos  saberes de povos e comunidades tradicionais e das contribuições dos diversos campos do conhecimento. 

As discussões irão abordar os principais desafios frente ao avanço das informações fraudulentas ou enganosas em circulação, especialmente nas mídias sociais, destacando as estratégias de governos, universidades, institutos de pesquisas e sociedade civil organizada para produção, distribuição e promoção do acesso a informações qualificadas sobre ciência e saúde.

A iniciativa é destinada a estudantes de graduação e pós-graduação, pesquisadores, professores, profissionais de saúde e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Na programação também está prevista uma série de oficinas formativas e mostras de ciências e saúde voltadas para estudantes do ensino médio.

De âmbito nacional, o Seminário está ancorado na lógica das metodologias participativas da inclusão, da diversidade e da equidade de gênero e raça. O formato inclui conferências, mesas-redondas, rodas de conversa e apresentação de pesquisas e relatos de experiências nos Grupos de Trabalhos (GTs).

Os trabalhos podem ser submetidos até o dia 30 de maio. Já as inscrições podem ser realizadas até o dia 30 de maio, no primeiro lote, e de 1 a 15 de junho no segundo lote.

A atividade conta com o patrocínio da Fundação de apoio à Fiocruz – Fiotec e do Ministério da Saúde. O apoio é do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq. 

As inscrições podem ser realizadas através do site oficial do evento . Outras atualizações podem ser acompanhadas através do instagram .

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Fiocruz Bahia participará do festival Pint Of Science 2025

O Festival Internacional de Divulgação Científica Pint of Science 2025, em Salvador, ocorrerá de 19 a 21 de maio, das 19h às 22h, na Cervejaria Art Malte, no Rio Vermelho, com entrada gratuita. Os temas das mesas nos três dias serão “Poderes plurais: Ciência e interseccionalidades”, “Ciência está em tudo: Crise ecológica, povos originários e desinformação” e “Pinceladas da mente: Neurociências e saúde mental”, respectivamente.

O festival é coordenado mundialmente a partir de Londres e celebra dez anos desde que chegou ao Brasil, em 2015. No Nordeste ocorre desde 2017, sob a coordenação do pesquisador Denis Soares, da UFBA, que também coordenou o evento na capital soteropolitana. Desde 2024, em Salvador, a coordenação geral é da cientista Valéria Borges, da Fiocruz Bahia.

Este ano, o evento acontecerá simultaneamente em 25 países e em mais de 400 cidades em todo o mundo. O Brasil é a nação com maior número de cidades confirmadas. Ao todo, são 169 municípios participantes no país, incluindo a capital soteropolitana.

Não será necessário fazer inscrição prévia. No local, será cobrado somente o valor do consumo.

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Fiocruz Bahia lamenta morte do vice-presidente Marco Aurélio Krieger e adia comemoração dos 68 anos

É com imenso pesar que a Diretoria informa que as comemorações pelos 68 anos Fiocruz Bahia foram adiadas, com data a definir, em função do falecimento, nesta segunda-feira (28/4), do vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Aurélio Krieger. Ele faria 61 anos no próximo domingo (4/5) e lutava contra um câncer.

No cargo desde 2017, Krieger era referência em temas como imunização e vacinas. Foi um dos cientistas que dominaram a cobertura jornalística durante a pandemia, em especial sobre a liberação, pela Anvisa, do uso emergencial das vacinas, desempenhando papel importante no combate ao negacionismo científico e ao movimento antivacinas.

Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná (1987), com mestrado (1989) e doutorado (1997) em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Krieger foi diretor-adjunto de Desenvolvimento Tecnológico, Prototipagem e Produção do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná), coordenador do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e coordenador-técnico da Unidade de Produção da Fiocruz para Diagnóstico de Ácido Nucleico. Teve papel fundamental na implantação da Fiocruz Paraná e na aliança com o IBMP, contribuindo de forma definitiva para a construção de unidade técnico-científica da Fundação naquele estado. Foi autor de várias publicações, incluindo seis patentes.

Krieger era entusiasta da inovação tecnológica e estava sempre empenhado em incorporar novas vacinas, fármacos e produtos ao SUS. Em sua trajetória foi um defensor incansável da tecnologia para o bem-estar e a saúde da população brasileira.

A Fiocruz Bahia expressa suas condolências e sentimentos a familiares, amigos e à comunidade científica.

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Candidatos a diretor participaram de debate com a comunidade da Fiocruz Bahia

Os candidatos a diretor da Fiocruz Bahia para o quadriênio 2025 a 2029 participaram de debate com servidores e colaboradores da instituição. O evento, organizado pela comissão eleitoral da Fiocruz Bahia, foi realizado na manhã do dia 28 de abril, no auditório Sonia Andrade.

Gilmar Ribeiro, Ricardo Riccio e Valdeyer Reis apresentaram suas propostas e responderam a perguntas anônimas enviadas pela comunidade, via formulário eletrônico e sorteadas na ocasião, e pelo público presente, mediados pela jornalista Gabriela De Paula. A votação ocorrerá nos dias 05 a 07 de maio e o resultado será divulgado logo após o encerramento da votação. Os documentos do processo eleitoral podem ser consultados neste link.

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Resultado da 1ª etapa do edital PIBIC FAPESB 2025

A Coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) da Fiocruz Bahia divulga o resultado da 1ª Etapa do Edital PIBIC FAPESB – 2025 do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC), apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) através do sistema de cotas institucionais.

Clique aqui para consultar.

Todos os orientadores aprovados deverão proceder com a indicação do estudante bolsista conforme descrito no Edital, entre os dias 29/04 a 12/05/2025. Para a implementação da bolsa na FAPESB é necessário encaminhar os documentos solicitados para o e-mail proiic@fiocruz.br. Os documentos devem ser encaminhados em formato PDF, sendo cada documento um arquivo, nomeados conforme descrito no Edital. 

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Fiocruz Bahia promove evento sobre Saúde Indígena

O Núcleo de Estudos da Saúde Indígena (NESI) está promovendo, no contexto do Abril Indígena, o evento “Olhares sobre a Saúde Indígena: imagens que integram pesquisa e território”. O encontro será realizado no dia 30 de abril, das 09h às 17h, no auditório Sonia Andrade, na Fiocruz Bahia.

Confira a programação:

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Identificação e vigilância da febre oropouche é tema de curso

Entre os dias 28 e 30 de abril, será realizado o “I Curso de Identificação e Vigilância de Maruins Vetores e da Febre Oropouche do Estado da Bahia”. O curso é uma realização da Fiocruz Bahia e Fiocruz Amazonas, em colaboração com a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), e tem como objetivo fornecer um panorama completo e atualizado sobre a febre oropouche, explorando seus aspectos históricos, clínicos e epidemiológicos. As vagas são limitadas.

A formação visa capacitar profissionais de saúde, estudantes e agentes na tarefa de identificar os maruins vetores e fortalecer as estratégias de vigilância epidemiológica e ambiental. Ao longo de três dias de atividades teórico-práticas, que irão ocorrer na Fiocruz Bahia e na UNEB, os participantes do curso terão a oportunidade de aprender com especialistas renomados na área e aprofundar seus conhecimentos sobre esta importante questão de saúde pública.

A iniciativa resulta da preocupação com a febre oropouche, doença viral transmitida principalmente por maruins (Culicoides paraensis) e causada pelo vírus Oropouche. A doença, identificada em 1955 em Trinidad e Tobago e na Amazônia, tem avançado no Brasil e na Bahia, gerando um alerta na saúde pública devido aos sintomas semelhantes aos da dengue, bem como ao potencial para surtos urbanos e quadros graves. A identificação precisa dos vetores, o controle eficaz de sua população e a vigilância contínua são considerados pilares para a prevenção.

O ciclo de palestras teóricas é aberto ao público geral e não necessita de inscrição. A programação será realizada na Sala de Reuniões da Biblioteca da Fiocruz Bahia, no dia 28 de abril, a partir das 09 horas, com mesa de abertura, breve história do vírus Oropouche e aspectos epidemiológicos.

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Pesquisa sugere gerenciamento do risco de doenças transmitidas por vetores na Europa a partir da experiência de países endêmicos

Pesquisadores propuseram um conjunto de ferramentas e intervenções para gerenciar o risco crescente de doenças transmitidas por vetores na Europa, diante das mudanças climáticas, da degradação ambiental e da globalização, que têm ampliado a presença de insetos e expondo populações de países desse continente a novos patógenos.

O trabalho teve o objetivo de ajudar os formuladores de políticas a adaptarem estratégias de preparação e controle de doenças, a partir das lições aprendidas em países que enfrentam transmissão endêmica e acumulam décadas de experiência no enfrentamento desses desafios, oferecendo referências valiosas para adaptação local. O pesquisador da Fiocruz Bahia, Guilherme Ribeiro, participou do trabalho, que foi publicado no periódico The Lancet Regional Health – Europe.

Os métodos utilizados na pesquisa incluíram uma busca sistemática por melhores práticas e literatura recente nas bases Google Acadêmico e PubMed (junho de 2024), através de termos como “doença infecciosa sensível ao clima”, “arbovírus”, “vetor”, “mosquito”, “carrapato”, “febre hemorrágica da Crimeia-Congo”, entre outros. A seleção foi orientada para identificar estudos relevantes sobre prevenção e controle de vetores, com ênfase em intervenções eficazes implementadas em cenários endêmicos.

Também foram analisados dois estudos de caso que exemplificam como essas práticas podem ser aplicadas no contexto europeu: a emergência do Aedes aegypti na República do Chipre; e o surto de febre hemorrágica da Crimeia-Congo em Barcelona. Outra experiência de sucesso, citada no artigo, pelo potencial de ser adaptada para o contexto Europeu, se baseou em um estudo coordenado por Guilherme Ribeiro, em Salvador. Neste estudo, foi observado que uma intervenção estrutural em bocas de lobo da cidade foi capaz de melhorar o sistema de drenagem, prevenindo o acúmulo de água nessas estruturas e, consequentemente, reduzindo a presença dos mosquitos Culex e Aedes, que usavam estes locais para repouso e reprodução.  

Os autores enfatizam a importância de parcerias transdisciplinares de One Health (Saúde Única), com a mobilização de setores, disciplinas e comunidades para atuarem juntos na interface saúde humana-animal-ambiente. Além disso, defendem a cocriação de medidas adaptadas ao contexto europeu, aproveitando a experiência de profissionais de áreas endêmicas e destacam que as intervenções devem considerar a ecologia local dos vetores, o comportamento humano e os fatores sociais e econômicos que influenciam a exposição aos patógenos.

O trabalho também propõe que a combinação de vigilância, educação pública, infraestrutura adequada e resposta rápida a ameaças emergentes é crucial para fortalecer a resiliência da Europa frente às doenças transmitidas por vetores. O aprendizado contínuo com regiões endêmicas é visto como uma oportunidade estratégica para antecipar riscos e reduzir impactos futuros.

Por Jamile Araújo, com supervisão de Júlia Lins.

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Estudo ressalta papel crucial dos cães na vigilância da doença de Chagas e da leishmaniose visceral

Uma pesquisa investigou a prevalência de anticorpos relacionados à doença de Chagas e à leishmaniose visceral em cães domésticos no município de Tremedal, área endêmica, localizada no sudoeste da Bahia. Parte do projeto Oxente Chagas, o estudo teve o objetivo de aprofundar a compreensão do papel que os cães desempenham na transmissão desses patógenos e informar estratégias mais eficazes de controle da doença. O trabalho foi coordenado pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Fred Luciano Santos, e publicado no periódico Parasites & Vectors.

A doença de Chagas e a leishmaniose visceral são doenças zoonóticas negligenciadas e potencialmente fatais, causadas pelos protozoários hemoflagelados Trypanosoma cruzi e Leishmania infantum, respectivamente. O controle dessas doenças representa desafios significativos para a saúde pública na América Latina. Os cães domésticos, devido ao contato próximo com humanos, servem como reservatórios-chave tanto para o T. cruzi quanto para a L. infantum, tornando-os importantes sentinelas na vigilância de doenças.

Foram analisadas amostras de soro de 17 cães por ensaio imunoenzimático indireto (ELISA), usando antígenos recombinantes (IBMP-8.1, IBMP-8.2, IBMP-8.3, IBMP-8.4) para T. cruzi e o teste rápido TR DPP® Leishmaniose Visceral Canina Bio-Manguinhos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e ELISA para L. infantum. Os resultados mostraram que 5,9% (1/17) dos cães testados foram soropositivos para T. cruzi, indicando a presença do parasita na região. Da mesma forma, 5,9% (1/17) dos cães foram confirmados como positivos para L. infantum por ELISA, embora os resultados do teste TR DPP® tenham sugerido inicialmente uma prevalência maior (41,2%), evidenciando o risco de falso-positivos.

Os resultados obtidos ressaltam o papel crucial dos cães na vigilância da doença de Chagas e da leishmaniose visceral, dado seu envolvimento nos ciclos de transmissão domésticos e peridomiciliares. Enfatizam também a necessidade de testes confirmatórios para garantir a precisão diagnóstica, o que contribuirá para estratégias de controle de doenças mais eficazes em áreas endêmicas.

Os pesquisadores observaram que a presença persistente de vetores triatomíneos em Tremedal exige esforços contínuos de vigilância e controle. Apontam também, que pesquisas futuras devem expandir o tamanho da amostra e o escopo geográfico para melhor compreender a epidemiologia das infecções por Leishmania spp. e T. cruzi. Destacam ainda, a importância de uma abordagem de One Health (Saúde Única), na qual a saúde humana e animal são monitoradas de perto para amenizar a transmissão de doenças zoonóticas.

Por Jamile Araújo, com supervisão de Júlia Lins.

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Meninas Baianas na Ciência participa de evento da Rede de Mulheres em STEM

O Meninas Baianas na Ciência participou do evento “Diversidade e Extensão Acadêmica: Rede de Mulheres em STEM”, no SENAI CIMATEC, no dia 10 de abril. O projeto foi apresentado, por uma das coordenadoras, Karine Damasceno, pesquisadora da Fiocruz Bahia, junto com outras iniciativas. Na ocasião, estiveram presentes as pesquisadoras Natalia Machado, que também coordena o projeto, e Valéria Borges.

A Rede de Mulheres STEM tem como objetivo promover a conexão e integração entre projetos e iniciativas que incentivam a inclusão de meninas e mulheres nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM). A programação do evento incluiu palestras e rodas de conversa com a participação de instituições como UESC, UFBA, UFRB, UNEB, SENAI CIMATEC e UNESCO. Um dos destaques foi a palestra “Panorama atual da Presença Feminina nas áreas de STEM”, ministrada por Julieta Palmeira, assessora da Diretoria Financeira, de Crédito e Captação (DRFC) da FINEP (MCTI) e ex-secretária de Estado de Políticas para Mulheres da Bahia.

A vice-reitora da Universidade SENAI CIMATEC, Josiane Dantas, abriu o encontro e deu as boas-vindas aos participantes. “Importante que a gente tenha mais momentos como esse de hoje, para trocar experiências que deram certo, lições aprendidas de experiências que não deram certo, mas que são possíveis. Como somos resilientes, a gente vai sempre buscando como melhorar e como avançar enquanto sociedade”, afirmou.

Karine Damasceno contou o histórico do Meninas Baianas na Ciência e as ações desenvolvidas pelo projeto, que tem como grande objetivo motivar meninas e estudantes do ensino médio das escolas públicas para seguirem as carreiras de ciência e de tecnologia, promovendo visitas e palestras com cientistas da Fiocruz Bahia. “Ao longo desses 5 anos nós já já realizamos cinco edições, em todas elas nós podemos envolver outras pesquisadoras da instituição que puderam contribuir contando suas trajetórias, tanto na carreira de ciências, quanto na sua formação”, declarou.

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Edital Pibic Fapesb 2025 – Prorrogação de prazo

A coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) do Instituto Gonçalo Moniz (IGM) informa que foi prorrogada até 14/04/2025 às 12:00 a apresentação de propostas em resposta ao Edital PIBIC FAPESB – 2025 do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC), apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB).

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Tese descreve fatores socioeconômicos, epidemiológicos e clínicos associados à esquistossomose

Estudante: Pedro Santos Muccillo Reis
Orientação: Mitermayer Galvão dos Reis
Título da tese: Avaliação sociodemográfica, epidemiológica e clínica associada à infecção por Schistosoma mansoni na cidade de Salvador – BA
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 16/04/2025
Horário: 14h00
Local: Auditório Sonia Andrade

Resumo

Após 114 anos dos trabalhos de Pirajá da Silva, temos constados que ainda existe risco para transmissão do Schistosoma mansoni na cidade de Salvador, como consequência da transição demográfica e expansão habitacional sem ou com saneamento precário. O objetivo central foi descrever os fatores socioeconômicos, epidemiológicos e clínicos associados a infecção pelo Schistosoma mansoni e impacto nas formas clínicas da esquistossomose na cidade de Salvador. Foram realizados cortes-transversais e coortes prospectivas para identificar bairros com maior prevalência na principal área metropolitana de Salvador, Bahia. Um total de 6.863 moradores da cidade forneceram informações demográficas e pelo menos uma amostra de fezes. Os participantes (N = 680) positivos para S. mansoni, foram convidados a serem reexaminados por meio de exame clínico, laboratorial (análise de sangue) e de imagem ultrassonográfica (USG). Utilizou-se como base a padronização da avaliação do parênquima hepático (Escore IP), hipertensão portal (Escore PH) e espessamento periportal (Escore PT). A prevalência global em Salvador no exame inicial foi de 7%. Independentemente dos intervalos de tratamento, a prevalência em toda a comunidade diminuiu em mais da metade e não voltou a aumentar. Clicamente, 5 casos (2,1%) de fribrose e espessamento periportal foram identificados. Este estudo avaliou os possíveis impactos na saúde individual, manutenção e implicações da esquistossomose urbana, especialmente em áreas de maior vulnerabilidade social. Assim, esses resultados contribuirão para entender e descrever as condições clínicas e o estadiamento da esquistossomose em uma grande área urbana como Salvador. Muitas melhorias podem ser associadas a mudanças estruturais nas comunidades que melhoraram o saneamento e impediram o contato com águas superficiais.

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