Fiocruz Bahia completa 68 anos com evento comemorativo

A comemoração em homenagem aos 68 anos da Fiocruz Bahia será realizada no dia 26 de maio, às 10 horas, na instituição. O evento é gratuito e aberto ao público. Na ocasião a diretora Marilda de Souza Gonçalves vai realizar uma apresentação sobre o histórico e as atividades da instituição, ressaltando sua importância para a geração e difusão de conhecimento científico e tecnológico no estado da Bahia e no Brasil. Além disso, serão lançados produtos de memória institucional.

Fundado em 1957, como Núcleo de Pesquisa da Bahia (NEB), por meio de um convênio com o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), a unidade técnico científica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no estado completa 68 anos de história e contribuições para a ciência e a saúde. São quase sete décadas atuando, principalmente, na produção de conhecimento em doenças infecciosas e parasitárias, crônicas e degenerativas, buscando novas formas de diagnósticos e tratamentos mais eficazes, além do enfrentamento de epidemias, sendo as mais recentes, o surto de zika, em 2016, e a pandemia de Covid-19.

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Pesquisador Mitermayer Reis toma posse como membro da Academia Brasileira de Ciências

O pesquisador da Fiocruz Bahia, Mitermayer Galvão dos Reis, tomou posse no dia 08 de maio, como membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na categoria Ciências da Saúde. Além do cientista, mais 16 membros titulares, 6 correspondentes e 30 afiliados receberam seus diplomas. O evento foi realizado durante a Reunião Magna da ABC, no Rio de Janeiro.

Mitermayer Reis é doutor em Patologia Humana pela Universidade Federal da Bahia, realizou pós-doutorado na Escola de Saúde Pública de Harvard, nos EUA, e outro na Case Western Reserve University, também nos EUA. Destaca-se em pesquisas na área de epidemiologia clínica e molecular, e imunopatogênese de doenças infecciosas e parasitárias, com foco em arboviroses, câncer, doença de Chagas, esquistossomose, hepatites virais, leptospirose, meningites bacterianas e viroses respiratórias. 

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Evento sobre saúde indígena reuniu pesquisadores e lideranças na Fiocruz Bahia

A Fiocruz Bahia realizou no dia 30 de abril, o evento “Olhares sobre a Saúde Indígena: imagens que integram pesquisa e território”. Promovido pelo Núcleo de Estudos da Saúde Indígena (NESI), no contexto do Abril Indígena, o encontro teve apresentação de projetos de pesquisa sobre a saúde da população indígena, rodas de conversa, apresentação de documentário e exposição.

A mesa de abertura contou com representantes da Fiocruz Bahia, Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia (DSEI-BA), NESI, Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (MUPOIBA), Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB) e Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (SEPROMI).

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, destacou que a divulgação dos resultados de pesquisas relacionadas à saúde indígena é importante para que possam ser transformados em políticas públicas de saúde. “É muito importante estarmos aqui recebendo as lideranças, a população indígena, e discutindo esses resultados. Espero que possamos aumentar o número de aldeias visitadas, e ampliar o número de pesquisadores atuando nessa área”, afirmou.

Para a pesquisadora da Fiocruz Bahia e coordenadora do NESI, Isadora Siqueira, o evento foi um momento importante de socialização dos resultados das pesquisas desenvolvidas pelo núcleo, além de constituir um espaço de diálogo entre ciência e territórios. “Tivemos a honra de contar com a presença de profissionais da saúde indígena e lideranças indígenas, que participaram ativamente das mesas de conversa, enriquecendo as discussões com suas experiências e perspectivas. A atividade reafirmou o compromisso da Fiocruz com a promoção de uma ciência comprometida com os direitos dos povos indígenas e com a construção de políticas públicas de saúde baseadas no respeito, na escuta e na interculturalidade”, declarou.

No evento foram apresentados os projetos “Estudo Multicêntrico de Doenças Infecciosas em populações Indígenas” e “Instituto de Pesquisa em Populações Prioritárias: o que somos e o que propomos fazer”. Houve ainda a exibição do documentário e exposição “Olhares sobre a Saúde Indígena – Imagens que integram pesquisa e território”. Para finalizar, as rodas de conversa “Diálogos Indígenas sobre Saúde: Fiocruz nos Territórios Indígenas” e “Conexões entre Fiocruz e DSEI-BA pela Saúde Indígena” contaram com a participação de lideranças indígenas, representantes dos Polo Base Ribeira do Pombal, Euclides da Cunha e Paulo Afonso, além do cacique da Aldeia Nova Pankararé, Elismar Lima, de Rodelas.

Agnaldo Pataxó Hã Hã Hã, coordenador do MUPOIBA, comentou sobre a importância da atividade e do retorno do trabalho realizado nos territórios para a comunidade. “Pudemos comprovar com a apresentação do trabalho, a partir do diálogo com os pesquisadores e nossas lideranças, que a pesquisa é importante para diagnosticar doenças e para fazer o tratamento. Até porque na nossa comunidade há uma certa dificuldade de diagnóstico, temos sofrido muito com diagnóstico tardio ou errado, aí entra a importância da Fiocruz”, pontuou.

De acordo com o coordenador da DSEI-BA, Cacique Flávio Kaimbé, o evento demonstra a parceria e trabalho da Fiocruz junto ao DSEI. “Essa parceria tem se fortalecido a cada dia, levando mais saúde para a população indígena do estado. O evento é de uma importância grandiosa para que a gente possa dialogar, alinhar e buscar fazer um trabalho conjunto DSEI, Fiocruz, NESI, que possa trazer mais saúde para a população indígena do nosso estado”.

Sirlene Pataxó, responsável técnico Polo Base Porto Seguro do DSEI, observou a importância de estreitar o diálogo para promover uma melhor saúde para a comunidade. “Estamos muito felizes de estar aqui hoje, participar da roda de conversa, e foi muito gratificante poder falar dos nossos desafios diários na nossa comunidade, e assim poder falar o quão relevante é esse tema da saúde indígena”.

Chefe da Divisão de Atenção à Saúde Indígena (DIASI) do DSEI – BA, Tavila Guimarães, reforçou a importância do evento que se soma a luta dos povos indígenas, no abril indígena, um cotidiano de resistência dessa população. “Tivemos a oportunidade de sentar-se com outros parceiros para dialogar sobre esses dados, e pensar a partir deles as intervenções que serão propostas. Foi um momento de grande importância, que soma esse olhar que nós temos com relação à saúde, formada por várias mãos e vários atores”.

Para a liderança indígena da Aldeia Acuipe do Meio I, Nicinha Tupinambá, a atividade fortaleceu a luta dos povos indígenas. “Estar aqui é a certeza de que temos parceiros competentes, capazes de fazer com que tenhamos visibilidade. Não estamos invisíveis para a sociedade, temos pessoas doentes e carentes, mas nesse espaço tem pessoas capazes de fazer a diferença. Assim como na comunidade, tivemos aqui uma experiência de troca de conhecimento importante”, concluiu.

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29º Congresso Brasileiro de Parasitologia reuniu mais de 600 pessoas em Salvador

O 29º Congresso Brasileiro de Parasitologia – PARASITO 2025 reuniu 632 pessoas, entre os dias 22 e 25 de abril, em Salvador. A atividade contou com a presença de especialistas nacionais e internacionais, gestores e estudantes para debater os últimos avanços científicos em parasitologia, compartilhar experiências e promover a integração entre diferentes áreas do conhecimento.

Organizado pela Sociedade Brasileira de Parasitologia (SBP) e pela Fiocruz Bahia, a edição do evento teve como tema “Revisitando o Passado para Revolucionar o Futuro na Era da Transformação Digital”. Além do Brasil, participaram palestrantes e estudantes de países como Israel, Holanda, Suécia, Reino Unido, Estados Unidos da América, Argentina, Bolívia e Alemanha.

Os pesquisadores da Fiocruz Bahia, Augusto Carvalho, Washington dos Santos, Cláudia Brodskyn, Ricardo Riccio, Edgar Carvalho, Deborah Mothé, Milena Soares, Mitermayer Reis, Camila Indiani, Antônio Brotas, Valéria Borges, Lucas Carvalho e Vinícius Araújo, apresentaram conferências e participaram de mesas redondas. No final do evento, Camila Indiani recebeu o prêmio de pela Sociedade Brasileira de Parasitologia, de Dintinguished Sientist: Women in Science.

Os cientistas abordaram temas como imunopatologia na parasitologia, obesidade e leishmaniose cutânea, estratégias para a modulação da inflamação na cardiomiopatia chagásica crônica, esquistossomose urbana, estratégias de comunicação científica em parasitologia, iniciativas de extensão científica em parasitologia da Fiocruz Bahia, entre outros. Houve ainda, apresentações orais de pós-doutoranda e estudantes da instituição Thamires Quadros Froes, Yasmin da Silva Luz, Ronald Alves dos Santos e Pedro Brito Borba.

Além da participação de pesquisadores e estudantes no evento, a Fiocruz Bahia contou com um estande com materiais e jogos de divulgação científica e apresentação de atividades de pesquisa, da Olimpíada de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz, do projeto Mulheres e Meninas na Ciência e com uma exposição de coleção entomológica.

A mesa de abertura foi composta pela pesquisadora da Fiocruz Bahia Patrícia Veras, presidente do evento; Arabela Leal, diretora do Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (LACEN Bahia), representando o Governo do Estado da Bahia, Alda Cruz, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, representando o presidente Mário Moreira; Lucimar Rocha, Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, representando a Prefeitura de Salvador, Claudia Brodskyn, vice-diretora de Ensino e Informação da Fiocruz Bahia, representando a diretora Marilda Gonçalves; Jadel Kratz, líder da  América Latina – Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi); e Ricardo Fujiwara, presidente da Sociedade Brasileira de Parasitologia.

Patricia Veras observou que o tema da edição incentiva os pesquisadores a honrarem o legado da parasitologia enquanto são exploradas novas fronteiras impulsionadas pelos avanços tecnológicos. “É um chamado para unir tradição e inovação, garantindo que nossa área continue a avaliar e a contribuir de forma impactante para a saúde pública”, afirmou. Na oportunidade, a pesquisadora homenageou as mulheres pioneiras que superaram desafios sociais e institucionais para alcançar descobertas significativas em um campo com predominância masculina.

O presidente da SBP, Ricardo Fujiwara, disse que se sente muito feliz pela realização de mais um congresso com os associados e futuros associados em parasitologia. “A sociedade está completando 60 anos, graças aos esforços de quem acredita na parasitologia, de quem vem aos congressos, quem discute, quem aprende um pouco mais. Fico muito feliz de tê-los aqui, a sociedade estará aberta para todos”.

Jadel Kratz, destacou a importância de construir novas parcerias para avançar no conhecimento que será a base para o desenvolvimento de novas ferramentas e tratamentos para todas essas doenças que são relevantes tanto para a saúde animal quanto para a saúde humana. “A DNDi é uma organização que desenvolve medicamentos e se beneficia imensamente do conhecimento adquirido pelos cientistas que fazem parte da Sociedade Brasileira de Parasitologia”, comentou.

A diretora da atenção especializada da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, Lucimar Rocha, disse que a parasitologia é um campo da ciência que a SMS cuida com muito carinho. “As parasitoses ainda acometem a nossa população em torno de 15 a 80%, sejam elas por questões socioeconômicas ou por falta de educação sanitária”, considerou. Para Alda Cruz, o congresso ser ministrado majoritariamente em inglês, demonstra a importância da internacionalização e das interações entre os colegas.

Arabela Leal relatou que estavam presentes na atividade alguns profissionais das unidades do LACEN descentralizadas no estado. “Isso mostra a força de uma rede capilarizada onde a gente consegue rapidamente detectar em qualquer ponto do estado um agravo e tentar sanar e controlar a doença em nome da saúde pública”, pontuou.

Ricardo Lustosa, professor da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), avaliou que o congresso é um ambiente rico na produção do conhecimento com estudantes e pesquisadores. “Essa atividade é muito relevante, pois recebe a comunidade acadêmica para discutir o que há de inovação e o que há de mais recente nas pesquisas relacionadas à parasitologia, às doenças negligenciadas, e o que há de tecnologia para multiplicar o conhecimento, com outros entes e parceiros acadêmicos, com diferentes níveis de formação”, concluiu.

O evento finalizou no dia 25/04, com a palestra de Walderez Dutra, professora da UFMG, com o relevante tema “How can you mend a broken heart? Insights from Chagas disease cardiomyopathy”.

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Curso sobre febre oropouche reuniu profissionais, estudantes e técnicos em vigilância em Salvador

Curso sobre identificação e vigilância de maruins vetores da febre oropouche foi realizado entre os dias 28 e 30 de abril, em Salvador. Organizada pela Fiocruz Bahia e Fiocruz Amazonas, em colaboração com a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), a formação teve como objetivo capacitar profissionais de saúde, estudantes e agentes na tarefa de identificar os maruins vetores e fortalecer as estratégias de vigilância epidemiológica e ambiental.

A mesa de abertura do evento foi composta por Alina Lins, diretora do Departamento de Ciências da Vida (DCV), da UNEB; Isadora Siqueira, pesquisadora da Fiocruz Bahia; Artur Dias Lima, professor da UNEB; e Felipe Pessoa, pesquisador da Fiocruz Amazônia. A programação contou com um ciclo de palestras teóricas com breve história do vírus Oropouche; aspectos epidemiológicos e clínicos; complicações neurológicas da febre oropouche; taxonomia e conservação de vetores; já a parte prática, abrangeu o tema da taxonomia e coleta relacionadas à conservação de vetores.

De acordo com Isadora Siqueira, esse é o primeiro curso com a perspectiva da análise entomológica, ou seja, estudo dos insetos vetores do Oropouche, realizado no estado. “É um curso de extrema importância para a questão das arboviroses e relacionado às epidemias recentes do vírus Oropouche em vários estados do Brasil e na Bahia”. A pesquisadora disse ainda que espera que seja o primeiro de muitas edições.

A febre oropouche é uma doença viral transmitida principalmente por maruins (Culicoides paraensis) e causada pelo vírus Oropouche. A doença, identificada em 1955 em Trinidad e Tobago e na Amazônia, tem avançado no país, gerando um alerta na saúde pública devido aos sintomas semelhantes aos da dengue, bem como ao potencial para surtos urbanos e quadros graves.

Felipe Pessoa, pesquisador da Fiocruz Amazônia, explicou que a febre oropouche era uma situação basicamente amazônica que está se espalhando em toda a América Latina e traz consequências no que se conhecia sobre os vetores, reservatórios e surtos. “Aparentemente temos uma situação um pouco diferente da situação amazônica no resto do Brasil. Estamos tentando compreender a dinâmica de quem está transmitindo, as áreas que estão tendo a ocorrência desses surtos, para formar um link de trabalho e troca de experiências no estado, para que em um futuro muito próximo, possamos dar ideias e conselhos para medidas de controle, ou pelo menos de diminuição do número de casos em humanos, e assim podermos ter predições e prevenção da doença”, pontuou.

Pessoa compartilhou que a proposta do curso é conversar sobre a ecologia mais voltada ao Culicoides, chamado popularmente de maruim ou mosquito-pólvora, para aprender a identificar especificidades da espécie e assim avançar nas pesquisas. “A identificação dos Culicoides é um pouco complexa, pois é preciso verificar várias estruturas morfológicas e identificar a espécie. É um inseto diminuto, pode variar de um até dois milímetros e meio, e nós temos pouquíssimos taxonomistas desses insetos na América Latina. A ideia é as pessoas saberem reconhecer o que é um Culicoides, aprender a manejar as chaves de identificação para podermos conhecer um pouquinho da fauna daqui da Bahia”, afirmou.

Artur Dias Lima, professor do Departamento de Ciências da Vida (DCV) da UNEB e da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, comentou que nos últimos períodos o vírus tem chamado a atenção de diversos segmentos, seja dentro dos setores da epidemiologia, do governo federal, das secretarias de saúde estaduais ou municipais.

“Nesse processo, a universidade entra exatamente na formação das pessoas que vão trabalhar no controle dessa doença. Então é importante esse encontro, de onde vão surgir bons projetos de trabalho para investigar mais a fundo o Oropouche e os seus vetores, bem como trabalhar perspectivas de profilaxia e controle”, concluiu. A parte prática do curso, também contou com a presença da Dra. Claudia Rios Velasquez, e Jhonata Santiago, da Fiocruz Amazônia, e pela taxonomista Sâmia Luzia Sena da Silva, do Instituto Evandro Chagas, Pará.

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Seminário Educação, Informação, Comunicação e Saúde: Proteções Contra a Desinformação será realizado de 29 a 31 de julho, em Salvador

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) realizam, de 29 a 31 de julho, em Salvador, Bahia, o seminário “Educação, Informação, Comunicação e Saúde: Proteções Contra a Desinformação”. O evento tem como objetivo promover debates sobre o enfrentamento à desinformação em ciência e saúde a partir dos  saberes de povos e comunidades tradicionais e das contribuições dos diversos campos do conhecimento. 

As discussões irão abordar os principais desafios frente ao avanço das informações fraudulentas ou enganosas em circulação, especialmente nas mídias sociais, destacando as estratégias de governos, universidades, institutos de pesquisas e sociedade civil organizada para produção, distribuição e promoção do acesso a informações qualificadas sobre ciência e saúde.

A iniciativa é destinada a estudantes de graduação e pós-graduação, pesquisadores, professores, profissionais de saúde e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Na programação também está prevista uma série de oficinas formativas e mostras de ciências e saúde voltadas para estudantes do ensino médio.

De âmbito nacional, o Seminário está ancorado na lógica das metodologias participativas da inclusão, da diversidade e da equidade de gênero e raça. O formato inclui conferências, mesas-redondas, rodas de conversa e apresentação de pesquisas e relatos de experiências nos Grupos de Trabalhos (GTs).

Os trabalhos podem ser submetidos até o dia 30 de maio. Já as inscrições podem ser realizadas até o dia 30 de maio, no primeiro lote, e de 1 a 15 de junho no segundo lote.

A atividade conta com o patrocínio da Fundação de apoio à Fiocruz – Fiotec e do Ministério da Saúde. O apoio é do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq. 

As inscrições podem ser realizadas através do site oficial do evento . Outras atualizações podem ser acompanhadas através do instagram .

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Candidatos a diretor participaram de debate com a comunidade da Fiocruz Bahia

Os candidatos a diretor da Fiocruz Bahia para o quadriênio 2025 a 2029 participaram de debate com servidores e colaboradores da instituição. O evento, organizado pela comissão eleitoral da Fiocruz Bahia, foi realizado na manhã do dia 28 de abril, no auditório Sonia Andrade.

Gilmar Ribeiro, Ricardo Riccio e Valdeyer Reis apresentaram suas propostas e responderam a perguntas anônimas enviadas pela comunidade, via formulário eletrônico e sorteadas na ocasião, e pelo público presente, mediados pela jornalista Gabriela De Paula. A votação ocorrerá nos dias 05 a 07 de maio e o resultado será divulgado logo após o encerramento da votação. Os documentos do processo eleitoral podem ser consultados neste link.

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Resultado da 1ª etapa do edital PIBIC FAPESB 2025

A Coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) da Fiocruz Bahia divulga o resultado da 1ª Etapa do Edital PIBIC FAPESB – 2025 do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC), apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) através do sistema de cotas institucionais.

Clique aqui para consultar.

Todos os orientadores aprovados deverão proceder com a indicação do estudante bolsista conforme descrito no Edital, entre os dias 29/04 a 12/05/2025. Para a implementação da bolsa na FAPESB é necessário encaminhar os documentos solicitados para o e-mail proiic@fiocruz.br. Os documentos devem ser encaminhados em formato PDF, sendo cada documento um arquivo, nomeados conforme descrito no Edital. 

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Fiocruz Bahia promove evento sobre Saúde Indígena

O Núcleo de Estudos da Saúde Indígena (NESI) está promovendo, no contexto do Abril Indígena, o evento “Olhares sobre a Saúde Indígena: imagens que integram pesquisa e território”. O encontro será realizado no dia 30 de abril, das 09h às 17h, no auditório Sonia Andrade, na Fiocruz Bahia.

Confira a programação:

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Identificação e vigilância da febre oropouche é tema de curso

Entre os dias 28 e 30 de abril, será realizado o “I Curso de Identificação e Vigilância de Maruins Vetores e da Febre Oropouche do Estado da Bahia”. O curso é uma realização da Fiocruz Bahia e Fiocruz Amazonas, em colaboração com a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), e tem como objetivo fornecer um panorama completo e atualizado sobre a febre oropouche, explorando seus aspectos históricos, clínicos e epidemiológicos. As vagas são limitadas.

A formação visa capacitar profissionais de saúde, estudantes e agentes na tarefa de identificar os maruins vetores e fortalecer as estratégias de vigilância epidemiológica e ambiental. Ao longo de três dias de atividades teórico-práticas, que irão ocorrer na Fiocruz Bahia e na UNEB, os participantes do curso terão a oportunidade de aprender com especialistas renomados na área e aprofundar seus conhecimentos sobre esta importante questão de saúde pública.

A iniciativa resulta da preocupação com a febre oropouche, doença viral transmitida principalmente por maruins (Culicoides paraensis) e causada pelo vírus Oropouche. A doença, identificada em 1955 em Trinidad e Tobago e na Amazônia, tem avançado no Brasil e na Bahia, gerando um alerta na saúde pública devido aos sintomas semelhantes aos da dengue, bem como ao potencial para surtos urbanos e quadros graves. A identificação precisa dos vetores, o controle eficaz de sua população e a vigilância contínua são considerados pilares para a prevenção.

O ciclo de palestras teóricas é aberto ao público geral e não necessita de inscrição. A programação será realizada na Sala de Reuniões da Biblioteca da Fiocruz Bahia, no dia 28 de abril, a partir das 09 horas, com mesa de abertura, breve história do vírus Oropouche e aspectos epidemiológicos.

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Fiocruz Bahia participará do festival Pint Of Science 2025

O Festival Internacional de Divulgação Científica Pint of Science 2025, em Salvador, ocorrerá de 19 a 21 de maio, das 19h às 22h, na Cervejaria Art Malte, no Rio Vermelho, com entrada gratuita. Os temas das mesas nos três dias serão “Poderes plurais: Ciência e interseccionalidades”, “Ciência está em tudo: Crise ecológica, povos originários e desinformação” e “Pinceladas da mente: Neurociências e saúde mental”, respectivamente.

O festival é coordenado mundialmente a partir de Londres e celebra dez anos desde que chegou ao Brasil, em 2015. No Nordeste ocorre desde 2017, sob a coordenação do pesquisador Denis Soares, da UFBA, que também coordenou o evento na capital soteropolitana. Desde 2024, em Salvador, a coordenação geral é da cientista Valéria Borges, da Fiocruz Bahia.

Este ano, o evento acontecerá simultaneamente em 25 países e em mais de 400 cidades em todo o mundo. O Brasil é a nação com maior número de cidades confirmadas. Ao todo, são 169 municípios participantes no país, incluindo a capital soteropolitana.

Não será necessário fazer inscrição prévia. No local, será cobrado somente o valor do consumo.

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Pesquisa sugere gerenciamento do risco de doenças transmitidas por vetores na Europa a partir da experiência de países endêmicos

Pesquisadores propuseram um conjunto de ferramentas e intervenções para gerenciar o risco crescente de doenças transmitidas por vetores na Europa, diante das mudanças climáticas, da degradação ambiental e da globalização, que têm ampliado a presença de insetos e expondo populações de países desse continente a novos patógenos.

O trabalho teve o objetivo de ajudar os formuladores de políticas a adaptarem estratégias de preparação e controle de doenças, a partir das lições aprendidas em países que enfrentam transmissão endêmica e acumulam décadas de experiência no enfrentamento desses desafios, oferecendo referências valiosas para adaptação local. O pesquisador da Fiocruz Bahia, Guilherme Ribeiro, participou do trabalho, que foi publicado no periódico The Lancet Regional Health – Europe.

Os métodos utilizados na pesquisa incluíram uma busca sistemática por melhores práticas e literatura recente nas bases Google Acadêmico e PubMed (junho de 2024), através de termos como “doença infecciosa sensível ao clima”, “arbovírus”, “vetor”, “mosquito”, “carrapato”, “febre hemorrágica da Crimeia-Congo”, entre outros. A seleção foi orientada para identificar estudos relevantes sobre prevenção e controle de vetores, com ênfase em intervenções eficazes implementadas em cenários endêmicos.

Também foram analisados dois estudos de caso que exemplificam como essas práticas podem ser aplicadas no contexto europeu: a emergência do Aedes aegypti na República do Chipre; e o surto de febre hemorrágica da Crimeia-Congo em Barcelona. Outra experiência de sucesso, citada no artigo, pelo potencial de ser adaptada para o contexto Europeu, se baseou em um estudo coordenado por Guilherme Ribeiro, em Salvador. Neste estudo, foi observado que uma intervenção estrutural em bocas de lobo da cidade foi capaz de melhorar o sistema de drenagem, prevenindo o acúmulo de água nessas estruturas e, consequentemente, reduzindo a presença dos mosquitos Culex e Aedes, que usavam estes locais para repouso e reprodução.  

Os autores enfatizam a importância de parcerias transdisciplinares de One Health (Saúde Única), com a mobilização de setores, disciplinas e comunidades para atuarem juntos na interface saúde humana-animal-ambiente. Além disso, defendem a cocriação de medidas adaptadas ao contexto europeu, aproveitando a experiência de profissionais de áreas endêmicas e destacam que as intervenções devem considerar a ecologia local dos vetores, o comportamento humano e os fatores sociais e econômicos que influenciam a exposição aos patógenos.

O trabalho também propõe que a combinação de vigilância, educação pública, infraestrutura adequada e resposta rápida a ameaças emergentes é crucial para fortalecer a resiliência da Europa frente às doenças transmitidas por vetores. O aprendizado contínuo com regiões endêmicas é visto como uma oportunidade estratégica para antecipar riscos e reduzir impactos futuros.

Por Jamile Araújo, com supervisão de Júlia Lins.

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Estudo ressalta papel crucial dos cães na vigilância da doença de Chagas e da leishmaniose visceral

Uma pesquisa investigou a prevalência de anticorpos relacionados à doença de Chagas e à leishmaniose visceral em cães domésticos no município de Tremedal, área endêmica, localizada no sudoeste da Bahia. Parte do projeto Oxente Chagas, o estudo teve o objetivo de aprofundar a compreensão do papel que os cães desempenham na transmissão desses patógenos e informar estratégias mais eficazes de controle da doença. O trabalho foi coordenado pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Fred Luciano Santos, e publicado no periódico Parasites & Vectors.

A doença de Chagas e a leishmaniose visceral são doenças zoonóticas negligenciadas e potencialmente fatais, causadas pelos protozoários hemoflagelados Trypanosoma cruzi e Leishmania infantum, respectivamente. O controle dessas doenças representa desafios significativos para a saúde pública na América Latina. Os cães domésticos, devido ao contato próximo com humanos, servem como reservatórios-chave tanto para o T. cruzi quanto para a L. infantum, tornando-os importantes sentinelas na vigilância de doenças.

Foram analisadas amostras de soro de 17 cães por ensaio imunoenzimático indireto (ELISA), usando antígenos recombinantes (IBMP-8.1, IBMP-8.2, IBMP-8.3, IBMP-8.4) para T. cruzi e o teste rápido TR DPP® Leishmaniose Visceral Canina Bio-Manguinhos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e ELISA para L. infantum. Os resultados mostraram que 5,9% (1/17) dos cães testados foram soropositivos para T. cruzi, indicando a presença do parasita na região. Da mesma forma, 5,9% (1/17) dos cães foram confirmados como positivos para L. infantum por ELISA, embora os resultados do teste TR DPP® tenham sugerido inicialmente uma prevalência maior (41,2%), evidenciando o risco de falso-positivos.

Os resultados obtidos ressaltam o papel crucial dos cães na vigilância da doença de Chagas e da leishmaniose visceral, dado seu envolvimento nos ciclos de transmissão domésticos e peridomiciliares. Enfatizam também a necessidade de testes confirmatórios para garantir a precisão diagnóstica, o que contribuirá para estratégias de controle de doenças mais eficazes em áreas endêmicas.

Os pesquisadores observaram que a presença persistente de vetores triatomíneos em Tremedal exige esforços contínuos de vigilância e controle. Apontam também, que pesquisas futuras devem expandir o tamanho da amostra e o escopo geográfico para melhor compreender a epidemiologia das infecções por Leishmania spp. e T. cruzi. Destacam ainda, a importância de uma abordagem de One Health (Saúde Única), na qual a saúde humana e animal são monitoradas de perto para amenizar a transmissão de doenças zoonóticas.

Por Jamile Araújo, com supervisão de Júlia Lins.

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Meninas Baianas na Ciência participa de evento da Rede de Mulheres em STEM

O Meninas Baianas na Ciência participou do evento “Diversidade e Extensão Acadêmica: Rede de Mulheres em STEM”, no SENAI CIMATEC, no dia 10 de abril. O projeto foi apresentado, por uma das coordenadoras, Karine Damasceno, pesquisadora da Fiocruz Bahia, junto com outras iniciativas. Na ocasião, estiveram presentes as pesquisadoras Natalia Machado, que também coordena o projeto, e Valéria Borges.

A Rede de Mulheres STEM tem como objetivo promover a conexão e integração entre projetos e iniciativas que incentivam a inclusão de meninas e mulheres nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM). A programação do evento incluiu palestras e rodas de conversa com a participação de instituições como UESC, UFBA, UFRB, UNEB, SENAI CIMATEC e UNESCO. Um dos destaques foi a palestra “Panorama atual da Presença Feminina nas áreas de STEM”, ministrada por Julieta Palmeira, assessora da Diretoria Financeira, de Crédito e Captação (DRFC) da FINEP (MCTI) e ex-secretária de Estado de Políticas para Mulheres da Bahia.

A vice-reitora da Universidade SENAI CIMATEC, Josiane Dantas, abriu o encontro e deu as boas-vindas aos participantes. “Importante que a gente tenha mais momentos como esse de hoje, para trocar experiências que deram certo, lições aprendidas de experiências que não deram certo, mas que são possíveis. Como somos resilientes, a gente vai sempre buscando como melhorar e como avançar enquanto sociedade”, afirmou.

Karine Damasceno contou o histórico do Meninas Baianas na Ciência e as ações desenvolvidas pelo projeto, que tem como grande objetivo motivar meninas e estudantes do ensino médio das escolas públicas para seguirem as carreiras de ciência e de tecnologia, promovendo visitas e palestras com cientistas da Fiocruz Bahia. “Ao longo desses 5 anos nós já já realizamos cinco edições, em todas elas nós podemos envolver outras pesquisadoras da instituição que puderam contribuir contando suas trajetórias, tanto na carreira de ciências, quanto na sua formação”, declarou.

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Oxente Chagas realizou mutirão de testagem no Sudoeste da Bahia

O Projeto Oxente Chagas promoveu, entre os dias 24 e 28 de março, um mutirão de testagem rápida para doença de Chagas, em 470 moradores da comunidade de São João dos Britos, no município de Tremedal, no Sudoeste baiano. Coordenada por Fred Santos, pesquisador da Fiocruz Bahia, a iniciativa tem como principal objetivo validar o uso do teste rápido TR Chagas Bio-Manguinhos em campo, contribuindo para sua futura incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Os primeiros mutirões do projeto foram realizados em 2024, nas comunidades de São Felipe (Tremedal) e Vila dos Remédios (Novo Horizonte). De acordo com Fred Santos, os casos positivos identificados no primeiro mutirão já foram confirmados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN), e os próximos passos incluem início do tratamento e acompanhamento dos indivíduos diagnosticados. “Nossa equipe médica irá até a comunidade para realizar os primeiros atendimentos, e em seguida os casos serão acompanhados pela rede municipal de saúde, sob nossa supervisão”, explicou.

A doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, continua sendo um grave problema de saúde pública na Bahia e em diversas regiões do mundo, afetando milhares de pessoas. O TR Chagas Bio-Manguinhos é um teste de tecnologia 100% nacional e permite identificar rapidamente a infecção, facilitando o acesso precoce ao tratamento e prevenindo complicações da doença.

Para João Victor França, mestrando e integrante da equipe do projeto, o mutirão foi marcado por intensa dedicação e aprendizado. “Foi uma experiência enriquecedora. Conhecemos diferentes realidades e histórias, e fomos muito bem acolhidos pelas pessoas da comunidade, o que tornou nosso trabalho mais leve e significativo”, pontuou. França também destacou a mobilização e o acolhimento dos agentes comunitários de saúde e de outros colaboradores locais. “Todos esses fatores nos impulsionaram e continuam nos dando energia para que os próximos mutirões do Oxente Chagas sejam exitosos e que também gerem bons resultados”, observou.

Moradora da comunidade, Edinalva Trindade participou da ação com a família e ressaltou a importância da testagem. “Acho muito importante porque é um teste que em 15 minutos você sabe se tem a doença ou não. É um teste que também conscientiza a população, faz com que a gente tenha mais cuidado em nossas casas, com a limpeza e higienização”, declarou. Ela contou que, a partir do mutirão, ficará mais atenta: “Vou observar mais, primeiro se tem o besouro (barbeiro), observar o galinheiro, e dentro de casa também, os barbeiros diferentes que aparecem”, sinalizou.

A moradora ainda ressaltou a importância de tomar cuidado. “Em caso de aparecer o barbeiro, procure os agentes de saúde da região. Não tenham medo de fazer esses testes rápidos, eu já fiz outros testes rápidos de outras doenças, e é bom porque você fica sabendo ali na hora o resultado”, explicou Trindade. Também participante da ação, Delmin Ferraz comemorou o resultado negativo do teste e elogiou o atendimento: “Eu vim com minha esposa para fazer o teste e achei ótimo, foi um atendimento muito bom”, concluiu.

Projeto busca validar teste rápido para incorporação no SUS

O Projeto Oxente Chagas aposta em uma abordagem inovadora para a detecção precoce da doença de Chagas na Atenção Primária, com o objetivo de reduzir o impacto da doença na vida das pessoas e de suas famílias. A validação em campo do teste rápido TR Chagas Bio-Manguinhos, já registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), é um passo essencial para sua inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS).

Para isso, ainda são necessários estudos adicionais que subsidiem a solicitação junto à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), órgão responsável por avaliar e recomendar novas tecnologias para o sistema público de saúde. A expectativa é que, uma vez incorporado, o teste facilite o diagnóstico precoce, o início rápido do tratamento e a melhoria do cuidado às populações afetadas pela doença.

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Estudo sugere que enzimas presentes no tumor influenciam a agressividade do câncer de mama

Um estudo investigou o efeito da degradação de uma molécula presente no estroma do tumor, chamada versican, pela ação das enzimas ADAMTS em câncer de mama espontâneo em cadelas. A pesquisa foi coordenada pela pesquisadora da Fiocruz Bahia, Karine Araújo Damasceno, e publicada no periódico Cancers.

O trabalho avaliou a presença de enzimas importantes para o desenvolvimento da metástase no câncer de mama. Estes elementos atuam no remodelamento da matriz extracelular, que é uma rede constituída por várias moléculas que se encontra ao redor das células, promovendo sustentação aos tecidos, através de um processo denominado proteólise, no qual enzimas específicas quebram proteínas em fragmentos menores.

O versican, um dos elementos da matriz extracelular, fornece suporte às células e pode regular o comportamento dos tumores. Quando degradado por enzimas da família das metaloproteinases, como a ADAMTS-15, forma-se fragmentos denominados matriquinas, como a versikina, que podem influenciar o crescimento e a disseminação do tumor, além de impactar a resposta imune ao câncer.

Foram analisados tumores de 47 animais diagnosticados com câncer de mama, divididos em dois grupos principais: 30 com tumores com melhor prognóstico e 17 com tumores com pior prognóstico. As amostras foram coletadas após cirurgias realizadas no Hospital Veterinário da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da UFBA, em Salvador. Foram examinadas a presença de versican e das enzimas ADAMTS, bem como a quantidade de colágeno nas áreas tumorais para avaliar o remodelamento da matriz extracelular.

Os resultados indicaram que a versikina estava presente em maior quantidade nas áreas com invasão de células neoplásicas e que a enzima ADAMTS-15 estava diretamente relacionada à proteólise do versican. Além disso, observou-se que nas regiões tumorais com menor quantidade de colágeno havia maior degradação do versican. Esses achados reforçam que a quebra dessa proteína está associada ao remodelamento da matriz extracelular e à agressividade do tumor.

Os pesquisadores concluíram que a proteólise do versican desempenha um papel importante no comportamento do tumor, especialmente em sua capacidade de invadir tecidos adjacentes e modificar o microambiente tumoral. A identificação da versikina e da ADAMTS-15 como participantes desse processo pode contribuir para o entendimento da dinâmica do microambiente tumoral, direcionando a busca por novas estratégias de tratamento para o câncer focadas na modulação da matriz extracelular.

Por Jamile Araújo

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Abertas as inscrições para submissão de trabalhos de seminário sobre enfrentamento à desinformação em ciência e saúde 

As inscrições para submissão de trabalhos do Seminário Educação, Informação, Comunicação e Saúde: Proteções Contra a Desinformação estão abertas até 14 de maio. O evento será realizado de 29 a 31 de julho de 2025, no Wish Hotel da Bahia, em Salvador. Acesse o site do evento para consultar as diretrizes, os formatos dos trabalhos e realizar a submissão.

O evento tem o propósito de debater as contribuições da divulgação científica e da educação midiática no enfrentamento à desinformação em ciência e saúde. Um dos objetivos é apontar os principais desafios frente ao espalhamento de informações falsas e enganosas nas mídias sociais, destacando as estratégias de governos, universidades, institutos de pesquisas e sociedade civil organizada, que buscam a produção, distribuição e acesso à informação íntegra.

Buscando inserir os estudantes do ensino médio, de graduação e pós-graduação, pesquisadores, professores, profissionais de saúde e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no debate, o Seminário também será realizado com as escolas, através de oficinas formativas e/ou feiras de ciências e saúde. Promovido pela Fiocruz Bahia, em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal Fluminense (UFF), o evento tem dimensão nacional e está ancorado na lógica das metodologias participativas da inclusão, da diversidade e da equidade de gênero e raça.

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60º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MedTrop 2025) recebe inscrições

O 60º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MedTrop2025) ocorrerá no Centro de Convenções de João Pessoa, na Paraíba, no período de 02 a 05 de novembro de 2025, e terá como tema central ‘Mudanças climáticas e impactos nas doenças tropicais’, com a programação dividida em 20 eixos temáticos . As inscrições estão abertas e já encontram-se no segundo lote.

Organizado pela Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), o MedTrop é considerado o maior evento multidisciplinar em medicina tropical da América Latina, reunindo mais de 4 mil participantes. Para inscrição e outras informações, consulte o site do evento https://medtrop2025.com.br.

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Seminário sobre enfrentamento à desinformação em ciência e saúde está com inscrições abertas

O Seminário Educação, Informação, Comunicação e Saúde: Proteções Contra a Desinformação será realizado de 29 a 31 de julho de 2025, no Wish Hotel da Bahia, em Salvador. As inscrições podem ser realizadas neste link, até 30 de maio, para o primeiro lote, e até 26 de julho, para o segundo lote. Estão previstas na programação conferências, mesas-redondas, rodas de conversa e apresentação de pesquisas e relatos de experiências nos Grupos de Trabalhos (GTs).

O evento tem o propósito de debater as contribuições da divulgação científica e da educação midiática no enfrentamento à desinformação em ciência e saúde. Um dos objetivos é apontar os principais desafios frente ao espalhamento de informações falsas e enganosas nas mídias sociais, destacando as estratégias de governos, universidades, institutos de pesquisas e sociedade civil organizada, que buscam a produção, distribuição e acesso à informação íntegra.

Buscando inserir os estudantes do ensino médio, de graduação e pós-graduação, pesquisadores, professores, profissionais de saúde e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no debate, o Seminário também será realizado com as escolas, através de oficinas formativas e/ou feiras de ciências e saúde. Promovido pela Fiocruz Bahia, em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal Fluminense (UFF), o evento tem dimensão nacional e está ancorado na lógica das metodologias participativas da inclusão, da diversidade e da equidade de gênero e raça.

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Aula inaugural marcou início das atividades acadêmicas da Fiocruz Bahia

A aula inaugural da Fiocruz Bahia foi realizada no dia 27 de março, com o tema ‘Inteligência artificial (IA) e sua aplicação na pesquisa em saúde’, ministrada pela professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Barbara Coelho. O público foi recebido pela Vice-Diretora de Ensino da Fiocruz Bahia, Claudia Brodskyn e pela coordenadoras dos programas, Clarissa Gurgel, Deborah Fraga e Conceição Almeida. A aula contou com a participação virtual da Vice-Presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado.

O evento reuniu, principalmente, professores e estudantes dos programas de pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PGBSMI) e em Patologia Humana (PGPAT – UFBA/Fiocruz Bahia) e do Mestrado Profissional em Pesquisa Clínica (PGPCT), marcando o início das atividades acadêmicas.

A vice-presidente falou da importância do momento de abertura do ano letivo, com a chegada de novos estudantes e de novas questões. “A pós-graduação é um período de muito aprendizado e muitos desafios, tem dificuldades e insegurança no caminho. Mas há, sobretudo, oportunidades, perspectivas profissionais e descobertas. Trabalhar com ciência, com pesquisa e com saúde pública é maravilhoso. Que vocês tenham um ano letivo excelente, que esse período na Fiocruz seja muito produtivo para a vida pessoal e profissional de vocês”, concluiu a Machado.

Claudia Brodskyn, deu as boas-vindas aos pós-graduandos. “Hoje vamos começar oficialmente as nossas atividades com a aula inaugural. Os nossos programas de pós-graduação trabalham também para o Sistema Único de Saúde (SUS), isso é importante e encorajador”, afirmou a vice-diretora.

Durante a apresentação, Barbara Coelho abordou a importância da IA na área da saúde e ressaltou que as discussões devem ser tratadas de forma que acompanhem as questões éticas. “A área de saúde sempre trabalhou com grandes volumes de dados e a ética faz parte. Está todo mundo meio deslumbrado com o nível de avanço que a gente tem agora, o patamar de desenvolvimento que temos hoje é muito grande, não só a IA, mas também evolução da computação quântica. E a junção de ambas tecnologias na área de saúde é algo extraordinário. A IA tem potencial de agregar e favorecer muito grande”, declarou.

A palestra foi gravada e está disponível no canal do Youtube da Fiocruz Bahia.

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Rede de Vigilância Genômica da Tuberculose promove webinar

Webinar “Sim! Podemos Acabar com a Tuberculose: Por que Investir em Genômica no Brasil”, que está sendo realizado como parte das ações globais do Dia Mundial de Combate à Tuberculose, vai acontecer no dia 31 de março, às 11h, pelo canal do YouTube da Fiocruz Bahia. O evento é gratuito e emitirá certificado mediante inscrição.

Este curso destina-se prioritariamente aos profissionais de saúde e gestores envolvidos na vigilância, diagnóstico e tratamento da tuberculose, em especial da doença resistente aos fármacos utilizados no tratamento, além de pesquisadores e estudantes de pós-graduação envolvidos com o tema. Outros grupos de interesse incluem empresas e organizações da sociedade civil com foco em tuberculose e a comunidade acadêmica da área da saúde atuando em doenças infecciosas.

O webinar vai discutir o tratamento da tuberculose, a necessidade de vigilância da resistência aos fármacos, em particular aqueles que recentemente passaram a compor as opções para o tratamento da tuberculose multirresistente, e a oportunidade de implementar o sequenciamento completo do genoma (WGS) como ferramenta para nos ajudar com o manejo da doença. O evento apresenta a Rede de Vigilância Genômica da Tuberculose (REVIGET) e suas ações em andamento para a capacitação em WGS de tuberculose da rede de LACENs das regiões Norte e Nordeste: Amazonas, Bahia, Ceará e Pará.

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Salvador recebe o 29º Congresso Brasileiro de Parasitologia em abril

Entre os dias 22 e 25 de abril, acontece o 29º Congresso Brasileiro de Parasitologia – PARASITO 2025, em Salvador. Organizado pela Sociedade Brasileira de Parasitologia (SBP) e pela Fiocruz, a edição do evento tem como tema “Revisitando o Passado para Revolucionar o Futuro na Era da Transformação Digital”. As inscrições para participantes estão abertas.

O congresso reunirá pesquisadores, professores, estudantes e profissionais para discutir os últimos avanços científicos em parasitologia, compartilhar experiências e promover a integração entre diferentes áreas do conhecimento e marca os 60 anos de fundação da SBP. A pesquisadora da Fiocruz Bahia, Patrícia Sampaio Tavares Veras, é a presidente do PARASITO 2025, e os pesquisadores Camila Indiani, Deborah Bitencourt Mothé Fraga, Edgar Carvalho e Valéria de Matos Borges foram confirmados como palestrantes.

Patrícia Veras ressaltou que o congresso acontece em um momento crucial para o campo da parasitologia, pois os pesquisadores da área enfrentam novos desafios e avanços empolgantes em pesquisa, educação e aplicação prática do conhecimento para o benefício da sociedade. “Nosso objetivo para este congresso é criar um fórum vibrante para a troca de conhecimento, ideias e experiências entre parasitologistas de todo o mundo. Organizamos um programa científico que contará com especialistas de renome mundial, apresentações de pesquisas de ponta e discussões interativas que inspiram inovação e colaboração”, destacou.

O programa do congresso inclui sessões plenárias e palestras com líderes globais em seus respectivos campos, mesas redondas e fóruns de discussão sobre tópicos transversais em parasitologia, bem como cursos, workshops e uma seção de expositores, proporcionando inúmeras oportunidades de networking com diferentes setores.

Para informações sobre inscrições, programação e detalhes sobre envio de resumos, acesse www.parasito2025.com.

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Evento Trajetórias Negras é realizado na Fiocruz Bahia

Realizado na terça-feira, 18/03, o evento Trajetórias Negras na Fiocruz teve a sua primeira edição em uma unidade regional. Promovido pelo Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz e pelo Núcleo Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz Bahia, o evento foi mediado por Luciana Lindenmeyer (Fiocruz Ceará) e contou com a participação das trabalhadoras da Fiocruz Bahia, Lorena Magalhães, Karina Ferreira dos Santos Soares, Marcela Maiana Ramos da Silva e Carine Machado Azevedo. A ação reuniu funcionários, familiares das convidadas e membros da comunidade interna.

Durante a abertura, a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, ressaltou o comprometimento da instituição em contribuir para uma sociedade mais diversa. “Esse é um momento especial. Desejo a todos um evento profícuo, que nós possamos ter discussões importantes porque é muito bom ver a trajetória dessas mulheres maravilhosas.” pontuou.

A coordenadora da Fiocruz Ceará, Carla Celedonio, elogiou a organização do evento e falou sobre a importância de ver mulheres ocupando diferentes espaços, especialmente nas unidades da Fiocruz. “Esse é um espaço que garante não só a visibilidade, mas a escuta, a fala e o respeito a cada uma. Que a gente utilize esse espaço para refletir e pensar em ações concretas que possam ajudar no enfrentamento ao racismo estrutural, contribuir para a garantia da representatividade, da diversidade e da equidade”, ponderou.

Luciana Lindenmeyer, mediadora do evento, falou sobre a importância de realizar a atividade nas unidades regionais “Nós temos muitas pessoas negras na instituição, então é importante ampliar esse olhar. Fazer o primeiro Trajetórias Negras fora do Rio de Janeiro, e no estado mais negro do país, é muito simbólico”, destacou.

A primeira convidada a se apresentar foi Lorena Magalhães, servidora da Fiocruz Bahia. Durante a sua fala, ela destacou a sua formação no ensino público, a relação familiar e o seu trabalho como integrante do Comitê Pró-equidade de Gênero e Raça da Fiocruz e como coordenadora do Núcleo Pró-equidade da Fiocruz Bahia. “Acho que todos nós temos o mesmo propósito de tornar a Fiocruz mais diversa, com menos racismo para que possamos viver em um ambiente mais igualitário”. Lorena finalizou a sua participação citando a escritora Conceição Evaristo, dizendo que “mais importante do que ser a primeira ou a única, é abrir caminhos”.

Segunda a se apresentar, Marcela Maiana, falou sobre a sua trajetória de vida, destacando as suas primeiras experiências na Fiocruz Bahia, ainda como bolsista do Programa de Formação Técnica em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (Profortec-Saúde), até a sua chegada ao Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT/Fiocruz Bahia). A convidada também falou sobre a necessidade de ser protagonista da sua própria história. “Vamos ser autores da nossa própria história, seja de vida, de pesquisa ou de trabalho”, finalizou.

Carine Azevedo, servidora da Fiocruz Bahia, também compartilhou a sua história, passando pelas relações familiares e pela sua trajetória acadêmica e profissional, destacando as experiências vividas na Fiocruz Bahia, a passagem pelo Laboratório de Patologia Experimental (LAPEX/Fiocruz Bahia) e pelo Laboratório de Engenharia Tecidual e Imunofarmacologia (LETI / Fiocruz Bahia), destacando os laços que criou ao longo dos anos. “Também é importante que tenhamos momentos de confraternização e interação com os colegas porque é o que torna a nossa caminhada mais leve e agradável, construindo amizades importantes na nossa trajetória”, disse.

A última convidada a se apresentar foi Karina Ferreira, secretária executiva da diretoria da Fiocruz Bahia. Durante a sua fala, Karina falou sobre a importância da família na sua formação e dos ensinamentos deixados por seus avós. A participante falou sobre os desafios de ser uma mulher negra no mercado de trabalho e sobre o orgulho de fazer parte da comunidade da Fiocruz Bahia. “A Fiocruz é alinhada a um dos princípios básicos que é a saúde e eu acho que saúde, educação e moradia têm que ser direito de todos, sem distinção de raça, cor ou credo. Então eu fico muito feliz de estar nessa instituição…é gratificante trabalhar aqui”, declarou.

A iniciativa Trajetórias Negras na Fiocruz tem como objetivo reunir trabalhadores negros da instituição para compartilharem suas vivências profissionais e pessoais, e refletirem sobre o racismo estrutural e as desigualdades raciais enfrentadas no cotidiano. A ação tem o apoio da Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (Cedipa), ligada à Presidência da Fiocruz para fortalecer o enfrentamento às desigualdades na instituição.

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Inscrições abertas para fórum sobre impactos do mofo na qualidade do ar interno

O fórum ‘Qualidade do ar e mofo nos ambientes internos: riscos para a saúde humana’ será realizado no dia 28 de março, das 14h30 às 17h30, na Fiocruz Bahia. O encontro tem como objetivo proporcionar uma visão abrangente sobre os impactos do mofo na qualidade do ar interno e na saúde, bem como apresentar soluções eficazes para sua identificação, remediação e prevenção. Interessados em participar podem se inscrever preenchendo este formulário, que é gratuito. As vagas são limitadas. 

O público-alvo é de profissionais da saúde; pesquisadores e acadêmicos interessados na temática; engenheiros, arquitetos e técnicos em edificações; fiscais da Vigilância Sanitária; gestores hospitalares e de ambientes públicos; empresas especializadas em controle ambiental; e profissionais da construção civil e manutenção predial.

A presença de mofo em ambientes internos representa um sério problema de saúde pública, especialmente em locais com alta umidade. Estudos científicos demonstram a correlação entre a exposição prolongada ao mofo e o aumento de casos de doenças respiratórias, imunológicas, demências e outras. Profissionais da área da saúde, engenharia, arquitetura e manutenção predial necessitam de conhecimento técnico para lidar com esse problema e implementar estratégias eficazes de mitigação.

O evento visa disseminar conhecimento técnico e científico sobre os riscos associados ao mofo e à qualidade do ar interno. Ao reunir especialistas renomados, o evento fornecerá um panorama completo sobre o tema, garantindo atualização profissional e aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos.

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