Alunas de pós-graduação se destacam em projeto de sequenciamento do genoma do Zika

Jaqueline Goes e Nuno Faria, da Universidade de Oxford (UK), no ZIBRA 1. Foto de Ricardo Funari.

Um estudo de sequenciamento do genoma do vírus Zika, realizado pelo pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Luiz Alcantara, em parceria com pesquisadores de outras instituições de pesquisa nacionais e internacionais, resultou, recentemente, em duas publicações na Nature, uma das revistas científicas mais citadas no mundo. O Zika in Brazil Real Time Analysis (ZiBRA) é um projeto itinerante que, em junho de 2016, visitou 5 estados da região Nordeste em um laboratório móvel e analisou amostras de cerca de 1250 pacientes com perfil clínico da infecção pelo vírus. A proposta fundamental do projeto foi dar suporte às autoridades em saúde pública, nas medidas de prevenção em áreas com risco de introdução ou incidência de arbovirus, como Zika.

Da equipe coordenada pelo pesquisador Luiz Alcantara, da Fiocruz Bahia, participaram as estudantes da Fiocruz Bahia Jaqueline Goes, doutoranda pelo programa de Pós-graduação em Patologia da UFBA/Fiocruz (PgPAT), e Marta Giovanetti, pós-doutoranda pelo programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Medicina Investigativa (PgBSMI).

Jaqueline conta que foi inserida no grupo a convite do coordenador do estudo e seu orientador. “Alcântara tem essa característica de sempre envolver os estudantes dele em projetos, principalmente internacionais. Ele fez uma reunião com o nosso grupo que estava trabalhando com arbovirose e perguntou se a gente tinha interesse em participar. Eu achei superinteressante a ideia e aceitei”, conta a biomédica, mestre pelo PgBSMI.

Depois da experiência no ZIBRA, Jaqueline já considera seguir a carreira de pesquisadora. “Com a participação no projeto, comecei a ter uma noção maior de como a ciência funciona. O ganho para saúde pública proporcionado pela pesquisa me estimula muito e hoje, eu diria que iniciei com a ideia da docência, mas já começo a pensar na carreira de pesquisadora, até porque como pesquisador você acaba ensinando”, revela.

A pós-doutoranda Marta Giovanetti em atividade no Zibra.
Marta Giovanetti no laboratório móvel. Foto de Ricardo Funari.

Marta explica que, para o desenvolvimento do projeto, assim como toda a equipe, elas foram inicialmente treinadas em todas as atividades realizadas: “fizemos seleção das amostras, organização dos dados; coleta dos mosquitos e caracterização das espécies; extração do RNA das amostras e dos mosquitos; diagnóstico molecular; preparo da biblioteca e corrida do sequenciamento; input e output dos dados e análises das sequências”, detalha a bióloga e doutora em biologia molecular, pela Universidade de Roma Tor Vergata, na Itália.

O ZIBRA foi inspirado na experiência da análise genômica do Ebola na África durante o surto de 2014-2015. Atualmente, os pesquisadores estão trabalhando na execução do ZIBRA-2, em que, além do Zika, estão sendo monitorados também os vírus da dengue, chikungunya e febre amarela. Para esta segunda etapa, a equipe esteve no Amazonas, onde foi montado um laboratório fixo para analisar amostras dos LACEN de cinco estados da região Norte, com vistas a seguir para a região Sudeste e, posteriormente fazer análises em outros países da América do Sul e Central.

“Participar de projetos de uma grandeza e com um impacto científico como o ZIBRA permite para nós, jovens pesquisadores, estarmos inseridos nas mais novas tecnologias, colaborar com pesquisadores nacionais e internacionais de excelência no mundo e principalmente alimentar aquela que, na minha opinião, deveria ser a principal característica de um pesquisador, a curiosidade”, declara Marta.

Os cursos

A proposta do PgPAT, que possui conceito 6 pela Capes, é formar pesquisadores, entendendo que a condução de pesquisa de qualidade é essencial para o bom desempenho do ensino acadêmico. A área de concentração é composta por dois grandes eixos: Patologia Humana e Patologia Experimental. Já o PgBSMI destina-se à formação de profissionais com elevada qualificação para o exercício de atividades acadêmicas, científicas e tecnológicas nas seguintes áreas de concentração: Biotecnologia Aplicada à Saúde, Epidemiologia Molecular e Medicina Investigativa, Biologia Celular e Biologia Computacional Aplicada a Saúde.

Jaqueline salienta a importância do curso de Patologia em sua formação. “A macro disciplina, lecionada logo no primeiro semestre, me proporcionou uma base para que eu conseguisse compreender a fisiopatologia do vírus Zika e me deu a base para eu entender quase tudo relacionado a parte clínica dos arbovírus”, comenta. Durante o curso, surgiu a oportunidade de participar do programa Ciência sem Fronteiras, a doutoranda submeteu um projeto para seleção, através do PgPAT, e foi contemplada com uma bolsa para doutorado sanduíche na Inglaterra.

“Irei passar seis meses desenvolvendo meu projeto junto com um outro pesquisador parceiro no ZIBRA e no ZIBRA-2. A ideia é desenvolver outros protocolos de sequenciamento, inclusive para outros vírus emergentes e que existe a possibilidade não muito remota de apresentarem surtos aqui, no Brasil. As vezes o protocolo funciona muito bem na Inglaterra, mas a gente tem que adaptar à nossa realidade que é diferente da inglesa”, conta Jaqueline.

Marta em atividade com o sequenciador MinION.
A pós-doutoranda com o MinION. Foto de Ricardo Funari.

Sempre inserida em projetos de pesquisas ligados ao estudo da diversidade genética e história evolutiva de diferentes vírus, Marta desenvolve projetos na Itália. “Através do reconhecimento que o Curso de Pós-graduação em Biotecnologia da Fiocruz possui no Brasil e no mundo, e além da oportunidade e do desafio que me foi dado, decidi escolher o Curso para poder contribuir com a minha pesquisa e principalmente adquirir novos conhecimentos havendo a oportunidade de colaborar com pesquisadores de excelência no Brasil”, explica a bióloga.

Publicações na Nature

O sequenciamento do genoma tornou-se uma poderosa ferramenta para o estudo de doenças infecciosas emergentes. Contudo, o sequenciamento realizado diretamente a partir de amostras clínicas (isto é, sem isolamento e cultura) como sangue, urina e saliva, permanece desafiante no caso de vírus como Zika, para o qual os métodos de sequenciamento podem gerar números insuficientes de leituras virais.

Com base nesse desafio, foi publicado em 24 de maio, no periódico Nature Protocols, o artigo intitulado “Multiplex PCR method for MinION and Illumina sequencing of Zika and other virus genomes directly from clinical samples“, de autoria dos participantes do ZiBRA, que é um protocolo para a geração de genomas de codificação-sequência-completa utilizado pelos pesquisadores no projeto. A Nature Protocols apresenta os protocolos em um estilo de “receita”, fornecendo descrições passo a passo dos procedimentos que os pesquisadores podem levar ao laboratório e aplicar imediatamente em sua própria pesquisa.

No mesmo dia, a Nature publicou online o artigo Establishment and cryptic transmission of Zika virus in Brazil and the Americassendo o tema capa da revista, no qual os pesquisadores afirmaram que, embora a recente epidemia do vírus Zika nas Américas e sua relação com defeitos congênitos tenham atraído grande atenção, ainda permanecem desconhecidas a epidemiologia da doença e a evolução do vírus, em parte devido à falta de dados genômicos. Os cientistas geraram 110 genomas do Zika, de amostras clínicas e do mosquito, de 10 países e territórios, expandindo a diversidade genética viral observada no grande surto.

De acordo com os autores, evidências indicam que o Zika circulou sem ser detectado em várias regiões, durante muitos meses, antes da confirmação dos primeiros casos transmitidos localmente, destacando a importância da vigilância das infecções virais. As análises de genomas com dados ecológicos e epidemiológicos permitiram aos pesquisadores estimar que o vírus esteve presente no Nordeste do Brasil em fevereiro de 2014 e é provável que tenha se disseminado a partir de lá, nacional e internacionalmente, antes da primeira detecção de Zika nas Américas.

Confira os links:

– Projeto ZIBRA.

– Capa da Revista Nature.

 

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Tese avalia potencial alvo para o desenvolvimento de vacina para HTLV-1

AUTORA: Fernanda Khouri Barreto
ORIENTADOR: Luiz Carlos Júnior Alcantara
TÍTULO DA TESE: ORF-1 do HTLV-1 como potencial alvo para o desenvolvimento de uma vacina terapêutica
PROGRAMA: Doutorado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
DATA DE DEFESA: 27/07/2017

RESUMO

O HTLV-1 é o agente etiológico de doenças humanas, tais como leucemia/linfoma de célula T do adulto (ATLL), paraparesia espástica tropical/mielopatia associada ao HTLV (HAM/TSP), dermatite infectiva associada ao HTLV-1 (DIH), entre outras. Estima-se que cerca de 5-10 milhões de pessoas estejam infectadas pelo HTLV-1 no mundo e apesar dessa infecção ser endêmica em diferentes regiões geográficas, ainda permanece sem métodos terapêuticos eficazes. O genoma desse retrovírus é composto por duas fitas simples de RNA, com os genes gag, pol, env e uma região próxima à extremidade 3′ conhecida como pX. A região pX contém quatro quadros abertos de leitura (ORFs) que codificam proteínas regulatórias específicas. A ORF-I codifica as proteínas p12 e p8, que quando expressas em quantidades equivalentes favorecem a infectividade e persistência viral. Mutações gênicas específicas na ORF-I do HTLV-1 podem alterar o padrão de expressão e, consequentemente, a concentração relativa destas proteínas, implicando na alteração da persistência viral e no desfecho da infecção.

Portanto, esse trabalho teve como objetivo caracterizar a ORF-I do HTLV-1 de pacientes com diferentes perfis clínicos visando o desenvolvimento de uma vacina terapêutica que possa ser utilizada para o controle da infecção. Para tal, inicialmente foi realizada a anotação completa do principal genoma do HTLV-1 (ATK1), utilizado como sequência referência para a caracterização molecular da ORF-I. Em seguida, 1530 sequências da ORF-I provenientes de indivíduos assintomáticos e com HAM/TSP foram submetidas a análise de dataming para busca de associações entre mutações, carga proviral e sintomatologia. Esses dados demonstraram que apesar da baixa diversidade genética dessa região, alterações nucleotídicas específicas quando combinadas com alta carga proviral podem estar associadas ao desenvolvimento de HAM/TSP. Para avaliar o grau de conservação genética da ORF-I em outros perfis clínicos, amostras de 23 pacientes assintomáticos, 11 pacientes com DIH, 13 com ATLL e 16 com HAM/TSP foram coletadas e submetidas à amplificação e sequenciamento.

As sequências foram analisadas in silico utilizando programas de bioinformática para caracterização molecular. Os dados demonstraram a baixa diversidade genética desta região, corroborando com o fato de que o genoma do HTLV-1 é geneticamente estável e, portanto, o desenvolvimento de uma vacina terapêutica é viável. Esse trabalho possibilitou a disponibilização no GenBank das primeiras sequências da ORF-I do HTLV-1 provenientes de pacientes com DIH. Utilizando os dados gerados nas análises in silico foram preparados plasmídeos para expressão de peptídeos correspondentes aos sítios de clivagem da p12 para formação da p8, além de plasmídeos de expressão contendo a região gênica que codifica as proteínas p12 e p8 separadamente. Esses produtos poderão ser utilizados para o desenvolvimento e avaliação de vetores capazes de alterar a expressão da ORF-I.

A partir desses dados foi possível identificar a ORF-I do HTLV-1 como um possível alvo para uma vacina terapêutica e estabelecer um modelo de construção de peptídeos de competição enzimática capazes de influenciar a expressão de p12 e p8.

Palavras-chave: HTLV-1; ORF-I; mutação; vacina.

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Investigação do surto de zika é premiada na 15ª EXPOEPI

Foto: Andrea Losacco
Cristiane Cardoso em apresentação na mostra do evento. Foto: Andrea Losacco.

A investigação conduzida pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) de Salvador em conjunto com pesquisadores da Fiocruz Bahia sobre o surto de zika foi premiada como a experiência mais bem-sucedida na área de epidemiologia, prevenção e controle de doenças, durante a 15ª edição da Mostra de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (15º EXPOEPI), que ocorreu em Brasília, nos dias 28 a 30 de junho. O prêmio de primeiro lugar foi conquistado na categoria “Vigilância, prevenção e controle das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti”, durante a mostra competitiva do evento.

A sanitarista Cristiane Wanderley Cardoso, gerente do CIEVS e colaboradora do Laboratório de Patologia Biologia Molecular (LPBM) da Fiocruz Bahia, apresentou o trabalho que contou com a participação da sanitarista Ana Paula B. Pitanga Prates da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) e com a contribuição de pesquisadores da Fiocruz Bahia como Guilherme Sousa Ribeiro e Mitermayer Galvão dos Reis.

Foto: Cristiane Cardoso
Um importante prêmio em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças. Foto: Cristiane Cardoso.

A apresentação abordou de forma descritiva o surto do vírus Zika e suas consequências em Salvador, destacando a relação do surto de doença exantemática atribuído ao Zika e o aumento do número de casos de Síndrome de Guillan-Barré e de casos microcefalia, atualmente reconhecida como Síndrome congênita do vírus.

“O trabalho integrado da SMS com instituições de ensino e pesquisa é fundamental para o aprimoramento do conhecimento e para o benefício da população e do serviço, especialmente em momentos que precisamos dar respostas rápidas para eventos de emergência em saúde pública”, destacou Cristiane Cardoso que, no evento, também recebeu menção honrosa por sua tese de doutorado realizado pela Fiocruz Bahia, orientada pela pesquisadora Joice Neves Reis Pedreira, sobre a efetividade da vacina meningocócica C conjugada.

Criado em 2001 pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, a EXPOEPI é um evento que promove a atualização técnica e capacitação dos profissionais que atuam em diversas frentes do SUS. Clique aqui para acessar a lista de premiados no evento.

Publicações

Confira também alguns artigos que foram publicados como resultado das investigações conduzidas pela SMS, Fiocruz e outros parceiros sobre os surtos de Zika e de Chikungunya em Salvador, nos links abaixo:

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Ano Oswaldo Cruz: ciência e saúde no projeto nacional

Nesta área especial você pode entender melhor a iniciativa e conhecer seus eixos temáticos, conhecer com mais profundidade a obra de Oswaldo cruz e sua herança, ter acesso a um vasto material histórico e acompanhar todas as notícias relacionadas ao Ano Oswaldo Cruz.

 

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Abertas as inscrições para Mestrado e Doutorado 2017.2 em Patologia

PGPATA EDITAL 2017

A Secretaria Acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Patologia (PgPAT) divulgou o Edital de seleção 2017.2 para alunos de Mestrado e Doutorado. Para realização das inscrições, que encerram em 1º de agosto, o candidato deve preencher o formulário no site do programa e entregar a documentação na Secretaria Acadêmica, conforme Edital.

O Edital prevê a reserva de vagas para negros (pretos e pardos), indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência e pessoas trans (transexuais, transgêneros e travestis), em cumprimento a Resolução do Conselho Acadêmico de Ensino – CAE- 01/2017- UFBA.

A proposta do Curso de Patologia é formar pesquisadores, entendendo que a condução de pesquisa de qualidade é essencial para o bom desempenho do ensino universitário. A área de concentração é composta por dois grandes eixos: Patologia Humana, restrito a Médicos com Residência em Anatomia Patológica, e Patologia Experimental, aberto a graduados na área biomédica com pelo menos um ano de treinamento em pesquisa biomédica. O curso obteve conceito 6 nas últimas avaliações dos triênios 2005-2007 e 2008-2010 da Capes.

 

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Abertas inscrições para vagas de estágio não obrigatório

Foi publicado nesta ESTAGIOsegunda-feira (10) o novo edital para seleção de estagiários da Fiocruz  na modalidade de estágio não obrigatório, que é remunerado. Para se candidatar à vaga, o candidato deve preencher o formulário online até o dia 1º de agosto, com prazo para envio de documentos estendido até o dia 8. O período de seleção acontecerá entre 14 de setembro e 6 de outubro e o resultado final será divulgado entre os dias 6 e 16 de outubro.

As vagas podem ter carga horária de quatro ou seis horas diárias, conforme requisitos dispostos em cada perfil e os limites previstos na lei. Os selecionados receberão bolsa estágio de acordo com o nível e a carga horária: Nível superior (quatro horas) R$ 364,00, (seis horas) R$ 520,00, nível médio (quatro horas) R$ 203,00, (seis horas) R$ 290,00. Além da bolsa, os estagiários receberão o auxílio transporte no valor de R$ 132,00.

O edital e seus anexos detalham todas as etapas do processo seletivo por grupos e perfis. A divulgação do resultado da primeira fase (análise da documentação) está prevista para 11 de setembro.

 

Vagas para Bahia (nível superior):

Administração com interesse em gestão de projetos –  1 VAGA
Arquivologia/Biblioteconomia – 2 VAGAS
Administração ou  Gestão de Pessoas – 1 VAGA
Comunicação Social com habilitação em Jornalismo –  1 VAGA
Engenharia Ambiental, Química , Biologia, Farmácia  ou Segurança do Trabalho – 1 VAGA
Administração, Contabilidade ou Economia – 1 VAGA
Engenharia Civil – 1 VAGA
Engenharia Elétrica – 1 VAGA

 

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Palestra sobre Linfoma de Hodgkin acontece hoje (10/7)

Facebook Palestra Doença de Hodgkin

 

Ministrada pela médica patologista Christiana de Freitas Vinhas, a palestra sobre a doença de Hodgkin acontecerá hoje (10/7), das 19h às 21h, na Fiocruz Bahia. A apresentação será aberta ao público.

O evento faz parte do Curso de Atualização em Hematopatologia, de capacitação continuada para médicos clínicos, patologistas, hematologistas e estudantes de medicina; que apresenta palestras mensais sobre diversos temas na área. Iniciado em março de 2017, o curso se desenvolve através de discussões clinico-patológicas, com apresentações clinicas e projeções de lâminas sobre os aspectos histopatológicos.

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Tese analisa complexos de rutênio contendo piplartina contra diferentes tipos de células tumorais

AUTORA: Cinara Oliveira D’Sousa Costa
ORIENTADOR: Daniel Pereira Bezerra
TÍTULO DA TESE: “Potencial citotóxico de novos complexos de rutêncio contendo piplartina como ligante”
PROGRAMA: Doutorado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
DATA DE DEFESA: 12/07/2017

RESUMO

A quimioterapia ainda é uma importante forma de tratamento de diversos tipos de cânceres; entretanto, as células cancerosas podem adquirem resistência aos agentes quimioterápicos, que por sua vez, também induzem efeitos colaterais graves. Em busca de novos tratamentos, se busca nas plantas com fins medicinais, novos fármacos. Uma dessas moléculas que vem sendo bastante estudada é a piplartina, também conhecida como piperlongumina. Adicionalmente, com o objetivo de potencializar os efeitos citotóxicos em células tumorais, tem sido realizado a síntese de complexos metálicos, tais como rutênio, com diferentes bioligantes. Assim, no presente trabalho propomos a síntese e o estudo da atividade citotóxica de novos complexos de rutênio contendo piplartina como ligante. Os complexos de rutênios [Ru(dppb)(bipy(piplartina)]2(PF6) e [Ru(dppf)(bipy(piplartina)]2(PF6) foram sintetizados e testado contra diferentes tipos de células tumorais (K562, HL-60, B16-F10, HepG2, SCC4, SCC9, HSC3 e HCT116) e não tumorais (MRC-5 e PBMC), através do ensaio do alamar blue após 72 h de incubação. Posteriormente, células HCT116 foram incubadas por 24 e 48 h com os complexos e o número de células viáveis foi determinado pelo ensaio de exclusão com o azul de tripam. A análise do ciclo celular, o potencial transmembrânico mitocondrial, marcação para anexina V/iodeto de propídeo e a quantificação de espécies reativas de oxigênio foram determinadas por citometria de fluxo. O efeito sobre a expressão gênica foi determinado por PCRarray. Ambos os complexos sintetizados apresentaram potencial citotóxico superior a piplartina. Na análise por exclusão com o azul de tripam, ambos os compostos reduziram o número de células viáveis, sem aumentar o número de células não viáveis. Um aumento da fragmentação do DNA internucleosomal sem afetar a permeabilidade da membrana citoplasmática, redução do potencial transmembrânico mitocondrial e um aumento da externalização de fosfatidilserina foram observados, sugerindo indução de morte celular apoptótica. Um aumento expressivo das espécies reativas de oxigênio também foi observado. O nível de expressão de mRNA de vários genes, incluindo proliferação celular, ciclo celular, apoptose e estresse oxidativo também foram alterados após o tratamento. Os resultados demostram que apesar dos complexos de rutênio contendo piplartina como ligante serem mais potente do que a piplartina, o mecanismo de ação parece ser semelhante. Os resultados obtidos contribuem para melhor compreensão dos efeitos desses compostos como moléculas úteis para o tratamento do câncer.

Palavras-Chaves: Piplartina, piperlongumina, produtos naturais, quimioterápicos naturais.

 

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Inscrições abertas para o curso de Introdução à Revisão Sistemática

Curso Revisão sistematica

 

A Biblioteca da Fiocruz Bahia, através do Programa de Treinamentos Continuados, está promovendo o curso de Introdução à Revisão Sistemática, que acontecerá no dia 06 de julho, na Sala de Aula I da Biblioteca, das 14h às 17h. As inscrições podem ser realizadas clicando aqui.

O curso tem como objetivo conhecer as diferentes etapas da Revisão Sistemática com ênfase nas estratégias de busca. O público-alvo são os interessados em realizar ou entender uma revisão sistemática.

Vagas limitadas!

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Biblioteca da Fiocruz Bahia se destaca por excelência em preservação do acervo

A equipe da biblioteca com Marcelo LIma, ao centro.
A equipe da biblioteca durante visita de Marcelo Lima.

A Biblioteca de Ciências Biomédicas Eurydice Pires de Sant’Anna, da Fiocruz Bahia, recebeu o coordenador da Seção de Preservação do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT) da Fiocruz, Marcelo de Lima da Silva, entre os dias 12 e 14 de junho, para avaliação de aspectos como preservação do acervo, ambiente e limpeza. O objetivo da visita foi identificar os agentes de degradação das coleções e propor medidas de controle.

“A utilização da coleção e as medidas realizadas pelos profissionais foram surpreendente, a forma como o acervo é tratado, acondicionado e alocado, obedecem aos mais altos padrões de qualidade”, afirmou o avaliador em laudo técnico, que pode ser lido na íntegra clicando aqui.

A preservação e salvaguarda das coleções bibliográficas da Fiocruz fazem parte da política de valorização e preservação da memória institucional. O ICICT é responsável pela preservação dos acervos bibliográficos e por meio da Seção de Preservação – ligada a Gestão de Acervos Bibliográficos – é responsável pela gestão de preservação das bibliotecas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“Solicitamos esta avaliação, pois é uma etapa necessária aos procedimentos de higienização do acervo que iremos realizar em breve. Estamos felizes com o diagnóstico, resultado de dedicação diária da nossa equipe”, conta a coordenadora da biblioteca, Ana Maria Fiscina Vaz Sampaio.

De acordo com o avaliador, a biblioteca está em concordância com os parâmetros internacionais para a área de preservação de acervos. Dados coletados acerca da temperatura e umidade relativa do ar, dois fatores responsáveis por danos estruturais, indicam que as coleções estão em ótimo estado de conservação. “Outros fatores de riscos tais como: ação danosa por má utilização, danos causados por usuários as coleções, agente biológicos como fungos e bactérias, insetos xilófagos, danos causados por radiação, entre outros fatores de risco, não foram identificados”, afirma o laudo.

Na avaliação, foi reafirmada a necessidade de realização das atividades de higienização do acervo, para manutenção do serviço de excelência. “Recomendamos que a higienização seja realizada ao menos uma vez ao ano, desta forma, estará garantida a preservação e longevidade do acervo que pode se tornar uma referência em preservação nas bibliotecas fora do Rio de Janeiro”, conclui. A operação técnica de higienização deve ser executada por meio de técnicas apropriadas, sendo retiradas de cada livro toda poeira e fuligem, bem como materiais danosos agregados aos suportes, como grampos e clips metálicos que oxidam com o tempo.

A Biblioteca

Situada no Instituto Gonçalo Moniz (IGM), a Biblioteca da Fiocruz Bahia integra a Rede de Bibliotecas da Fundação Oswaldo Cruz e conta com um acervo estimado em aproximadamente 300.000 exemplares entre livros, periódicos, teses, dissertações, incluindo tanto as defendidas dentro dos programas de pós-graduação da instituição, como as recebidas por doação de outras Instituições. Livros, relatórios, separatas, DVDs e CDs da Editora Fiocruz e do Ministério da Saúde, de extrema relevância para a comunidade científica, também compõem a coleção.

Fundamental aos Cursos de Pós-Graduação e ao desenvolvimento técnico e científico da instituição, seu acervo é especifico a seus fins e proporciona serviços de auxílio aos mestrandos e doutorandos na pesquisa bibliográfica e normalização documental de teses e dissertações. Os usuários podem realizar pesquisa nas diversas bases de dados, no Portal CAPES, e fazer empréstimo de livros, reprografia, busca e solicitação de artigos no Brasil e no exterior através do Sistema Integrado de Bibliotecas da FIOCRUZ (SIBI), COMUT / INTERNET / SCAD-BIREME.

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Inscrições abertas para o Módulo 2 da Formação em Metodologias Ativas

formativas-2017-OKEstão abertas, até o dia 05 de julho, as inscrições para o Módulo 2 da Formação em Metodologias Ativas e Participativas de Ensino. A formação visa apresentar o conhecimento de diferentes modalidades de metodologia, com vistas a definir qual é mais adequada para o aprofundamento em um novo módulo. O público-alvo são docentes (permanentes, colaboradores e visitantes), pesquisadores (colaboradores, vistantes e pós-doc) e demais servidores da Fiocruz Bahia.

As aulas, que ocorrerão no dia 08 de julho, das 09h00 às 17h00, serão realizadas nas dependências da instituição. Em conjunto com os docentes que participaram de Módulo 1, foi definido um módulo com palestras de especialistas para apresentação de diferentes modalidades divididos em dois turnos.

Clique aqui para acessar a programação e outras informações.

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Níveis de proteína C reativa e ferritina podem identificar pacientes que permanecem com culturas positivas durante tratamento anti-tuberculose

tb ferritina proteina c reativaUm estudo coordenado pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Bruno Andrade, envolvendo 11 instituições de saúde, pesquisa e ensino, testou se os níveis de proteína C-reativa (CRP) e ferritina no sangue refletem a carga bacilar e inflamação sistêmica em pacientes com tuberculose pulmonar submetidos a terapia anti-tuberculose (ATT).

Publicado no periódico científico PlosOne, no dia 6 de abril, o artigo intitulado “Sustained elevated levels of C-reactive protein and ferritin in pulmonary tuberculosis patients remaining culture positive upon treatment initiation”, descreve o trabalho realizado com amostras de soro criopreservados de uma coorte de 165 pacientes brasileiros.

De acordo com os autores, ensaios clínicos que avaliam novos fármacos anti-tuberculose e regimes de tratamento levam anos para concluírem devido à depuração lenta da infecção por Mycobacterium tuberculosis, bactéria causadora da doença, e à falta de biomarcadores iniciais que prevêem os resultados do tratamento.

Os pesquisadores realizaram medições prospectivas de PCR e ferritina, utilizadas como leituras de inflamação sistêmica, em pacientes com tuberculose pulmonar no início do tratamento. Também foram testadas associações entre os níveis desses parâmetros laboratoriais com a carga de micobactéria presente no escarro no 60º dia do ATT.

Como resultado, os níveis circulantes de ferritina e CRP gradualmente diminuíram ao longo do tempo no ATT. No pré-tratamento, as concentrações desses parâmetros não conseguiram distinguir os pacientes com resultados positivos daqueles com bacilos ácidos negativos em culturas de escarro.

No entanto, os pacientes que permaneceram com culturas positivas no 60º dia do ATT apresentaram níveis elevados desses marcadores inflamatórios em comparação com aqueles com culturas negativas. Os achados levaram os pesquisadores a concluírem que os níveis de CRP e ferritina no soro podem ser úteis para identificar pacientes com culturas positivas com 60 dias de tratamento.

Clique aqui e acesse o artigo na íntegra.

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Salvador recebe a Feira Soluções para a Saúde – Zika

Por Wagner Vasconcelos

Evento reúne, em agosto, pesquisadores e criadores de iniciativas de combate e prevenção às arboviroses

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É por onde o Brasil começou que terá início, dia 8 de agosto, a Feira de Soluções para a Saúde – Zika. A Bahia de todos os santos receberá, até o dia 10, centenas de expositores que apresentarão um importante conjunto de soluções para as arboviroses que acometem o Brasil. Reunindo parceiros nacionais e internacionais, a Feira é coordenada pela Fiocruz Brasília e pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fiocruz Bahia (Cidacs).

Durante os três dias do evento, uma rica programação apresentará soluções de caráter social, industrial e de serviços que podem, em muitos casos, ser replicadas por diversas pessoas e instituições em todo o Brasil e até no exterior. E a criatividade é o traço comum entre essas iniciativas. Esse é o caso dos chamados “adequadores posturais de baixo custo”. Feitos em papelão, esses adequadores são cadeirinhas para crianças com síndromes ligadas às arboviroses e que têm dificuldades em se posicionar para se alimentar ou para receber estimulação motora apropriada. Para a produção dessas cadeirinhas, as crianças são medidas e recebem uma cadeirinha feita especificamente para cada uma delas. Pais, profissionais e voluntários participarão de uma oficina, durante a Feira, em que aprenderão  a fazer os adequadores com a responsável por esta iniciativa, a fisioterapeuta e pesquisadora Dafne Herrero. Essa e outras soluções serão cadastradas em um site que, além de permitir a inscrição no evento, se transformará num grande banco de dados de soluções para a saúde.

Outra atração da Feira será o Hackathon, maratona tecnológica em que os participantes serão desafiados a propor o desenvolvimento de softwares ou aplicativos que facilitem a prevenção e o combate às arboviroses como zika, dengue e chikungunya.

A Feira de Salvador será a primeira de uma série de cinco – cada uma realizada em uma região do País. Todas elas reúnem pesquisadores, instituições dos setores público e privado e movimentos sociais interessados e comprometidos com o combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Da programação, constam atividades como rodas de conversa, apresentações orais, mesas redondas, oficinas, estandes, manifestações culturais e espaços de comunicação em saúde.

Nos dois primeiros dias da Feira, a programação contempla também o Seminário Internacional da resposta brasileira ao Zika vírus, organizado pelo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e parceiros. O evento é uma oportunidade de aprendizado sobre as melhores práticas de prevenção do mosquito Aedes aegypti e as estratégias de apoio às mulheres gestantes, famílias e cuidadores de crianças com a Síndrome Congênita do Zika vírus (SCZv) e outras deficiências em âmbito nacional e internacional. Durante o Seminário, experts nacionais e internacionais, gestores, pesquisadores, conselheiros de direitos, profissionais de saúde, educação e assistência social e mulheres mães e cuidadores de crianças compartilharão as lições aprendidas em relação a estimulação de crianças com alterações no desenvolvimento no ambiente domiciliar e escolar, ao apoio psicossocial e na garantia de direitos. As vagas neste seminário são limitadas e haverá inscrição prévia.

As feiras fazem parte do projeto Plataforma de Vigilância de Longo Prazo para Zika vírus e microcefalia no âmbito do SUS, financiado pelo Ministério da Saúde e Fiocruz. Em Salvador,  a Feira Soluções para a Saúde – Zika incorpora parceiros importantes como a Universidade de Brasília (UnB), o  Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Primeira Região (Crefito1), o Conselho Nacional das Secretarias Municipais da Saúde (Conasems), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass),  o Fundo das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (Onu Mulheres), o Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa), o Unicef, a Rede Nacional de Especialistas em Zika e Doenças Correlatas (Renezika),  o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Cimatec) e Sistema Fieb.  Esta iniciativa conta com o patrocínio da Organização Panamericana da Saúde, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, Agência Nacional de Vigilância Sanitária e os seguintes órgãos do Ministério da Saúde: Departamento de Ciência e Tecnologia, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos e  Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde.

A Feira Soluções para a Saúde – Zika será realizada no Cimatec (Av. Orlando Gomes, 1845 – Piatã, Salvador – BA).  Para mais informações sobre o evento, acesse o site: www.feirazika.unb.br ou entre em contato com a Assessoria de Comunicação da Fiocruz Brasília, pelos telefones: (61) 3329-4581/4752/4584. E-mail: ascombrasilia@fiocruz.br

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Homenagens marcam cerimônia de transmissão de cargo à nova diretora da Fiocruz Bahia

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A cerimônia oficial de transmissão de cargo à nova diretora da Instituto Gonçalo Moniz (IGM-Fiocruz Bahia), Marilda de Souza Gonçalves, para o quadriênio de 2017-2021, aconteceu na sexta-feira (9/6), no auditório da instituição. A mesa de convidados contou com a presença da Presidente da Fiocruz, Nísia Trindade; do diretor da Fiocruz Rondônia e representante do Fórum das Unidades Regionais da Fiocruz (FUR), Ricardo Godoi; e do ex-diretor da Fiocruz Bahia (2013-2017), Manoel Barral Netto.

Na abertura, que contou com a participação de autoridades dos campos da ciência e da saúde, além de gestores de instituições do governo federal, estadual e municipal, Nísia Trindade frisou a importância de ter a primeira mulher negra como diretora da Fiocruz Bahia. “Nós sabemos que nosso país é marcado por uma história de exclusão e violências, mas uma luta constante, em todos os campos, para uma sociedade com mais equidade e mais justiça. Então devemos fazer este reconhecimento”, destacou. Marilda de Souza Gonçalves é a primeira mulher na direção do IGM, desde sua origem em 1950.

“No caso da Marilda, que eu conheci há mais de 20 anos na pesquisa, tem um significado especial, porque a carreira cientifica dela se inicia com um belíssimo trabalho de pesquisa em anemia falciforme. Marilda não é só uma estudiosa, mas também uma pesquisadora cidadã, uma pesquisadora que está neste espaço público preocupada com a atenção a saúde e o desenvolvimento das pessoas”, apontou a presidente, ressaltando o significado especial da posse. A presidente fez um agradecimento especial às instituições acadêmicas presentes no evento, que colaboram com a Fiocruz em preservar a autonomia da pesquisa e desenvolvimento das ações de ensino.

Em discurso emocionado, a nova diretora, agradeceu à comunidade da Fiocruz Bahia pelo apoio durante a campanha, aos seus colegas de carreira, estudantes, amigos e família. Dentre os pontos destacados em seu discurso, Marilda Gonçalves salientou o desafio de ser mulher e negra, o que acentua a dificuldade da caminhada em uma sociedade liderada pelos homens e com oportunidades escassas para o universo feminino. “Estou pronta para dar conta deste desafio, pois não me faltam coragem e entusiasmo. Que neste momento de escassez de recursos e solidariedade apostemos no desenvolvimento de um projeto coletivo, visando integrar e construir a nossa unidade de uma forma dinâmica e participativa”, ratificou.

Marilda Gonçalves ressaltou ainda os compromissos assumidos durante a campanha para diretoria do IGM. “Estamos trabalhando para concretizar as nossas propostas com objetivo de promover maior transparências na nossa gestão, fortalecimento dos nossos mecanismos institucionais de comunicação e informação, ampliar ações voltadas para o bem estar e capacitação dos nossos servidores. Reforço ainda a importância de buscarmos apoio parlamentar na busca de recursos extra orçamentários que possam beneficiar o desenvolvimento de nossas atividades”, afirmou em tom de otimismo ao reforçar o slogan da campanha. “Comprometemo-nos em não evitar esforços para essa construção e nos tornamos publicamente receptivos a críticas e propostas de solução para nossos problemas, para que o IGM seja verdadeiramente de todos nós”.

Vice-Diretores do IGM

Na ocasião, também foram apresentados os Vice-Diretores do IGM. As pesquisadoras Camila Indiani de Oliveira e Patricia Sampaio Tavares Veras assumem as áreas de Pesquisa e Educação, respectivamente. Valdeyer Galvão dos Reis será o vice-Diretor de Gestão e Desenvolvimento Institucional. Os dois últimos já faziam parte da vice-diretoria da gestão passada (2013-2017).

O diretor da Fiocruz Rondônia e representante do (FUR) no evento, Ricardo Godoi, apontou que o Fórum vai dar total apoio aos novos diretores, uma vez que o objetivo é fortalecer o projeto nacional da Fiocruz. A importância da criação do CIDACS, como centro de referência em dados em saúde, inaugurado na Bahia também foi destacado. “Marilda, com certeza, vai cuidar muito bem deste processo, conte com o apoio de todos nós”, destacou.

Já o ex-diretor da Fiocruz Bahia (2013-2017) e atual Vice-Presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Manoel Barral Netto, agradeceu à sua equipe – incluindo a atual diretora, Marilda Gonçalves, que era vice-diretora de Pesquisa -,   enquanto esteve na gestão e fez um rápido balanço das conquistas do quadriênio que se encerrou. “Nesses quatro anos fizemos uma diretoria bastante colegiada, com muitas discussões internas acerca dos novos rumos. Hoje eu penso que não fui um diretor apenas, mas um coordenador desta equipe que dirigiu a Fiocruz Bahia”, avaliou Barral Netto, que agradeceu o apoio dos seus vice-diretores, da Presidência da Fiocruz e de todos os membros da comunidade do IGM.  “Aproveito para homenagear a parceria com a UFBA e outras porque quanto mais contarmos com colaboração e ação conjunta de outras instituições mais avançaremos”.

No evento, além da comunidade do Instituto, estavam presentes importantes nomes do universo acadêmico como o reitor da UFBA, João Carlos Salles Pires da Silva, além de diretores e ou representantes de diversas unidades desta Universidade. O mesmo ocorreu com a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) e Unifacs, que enviaram representantes em nome dos seus reitores. Destaque ainda para as representações do Conselho Regional de Farmácia, Vigilância Sanitária de Salvador, Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Hemoba, dentre outras.

A cerimônia foi encerrada com uma homenagem do Sindicato dos Servidores de Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública (Asfoc -Ba) à nova diretora e à presidente da Fiocruz. Ambas receberam flores e desejos de sucesso na gestão.

Perfil Marilda Gonçalves

No dia 29 de maio, a pesquisadora foi empossada como nova diretora em um evento nacional na Fiocruz (Rio de Janeiro), ao lado dos diretores eleitos de outras unidades da Fundação. Marilda foi eleita em maio e assume o cargo após exercer interinamente a direção da instituição, em função do diretor eleito ter assumido a Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, em janeiro de 2017.

Marilda Gonçalves é farmacêutica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), doutora em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pós-doutora pela Universidade da Pensilvânia. Desde 1996 desenvolve atividades de pesquisa e ensino nas áreas de Epidemiologia Molecular, Hematologia, Genética Médica e Humana e Biologia Molecular. Pesquisadora titular da Fiocruz Bahia desde 2004, Marilda é chefe do Laboratório de Hematologia, Genética e Biologia Computacional (LHGB).

Clique aqui para acessar o Currículo Lattes da nova diretora.

Confira as fotos do evento:

 

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Fiocruz Bahia divulga Relatório Anual 2016 e balanço da gestão 2013-2017

relatórioA Diretoria da Fiocruz Bahia divulga o Relatório Anual 2016, que documenta as atividades, ações e metas alcançadas no ano passado. O documento está dividido em seções que contemplam a pesquisa, o ensino, a gestão, as premiações e homenagens e a divulgação científica, além de trazer uma retrospectiva dos principais eventos ocorridos na instituição.

O Relatório traz ainda o balanço de gestão da Diretoria da Fiocruz Bahia durante o quadriênio 2013-2017, em que os Vice-Diretores de Pesquisa, Ensino e Gestão destacaram a produção científica e os avanços obtidos na produção do conhecimento e no desenvolvimento tecnológico, no período em que a instituição esteve sob a Direção do pesquisador Manoel Barral Netto.

Clique aqui e confira o documento na íntegra, que tem 89 páginas.

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Cerimônia de transmissão de cargo à nova diretoria da Fiocruz Bahia acontece no dia 09 de junho

dra marildaA Fiocruz Bahia realiza, nesta sexta-feira (9/6), a cerimônia oficial de transmissão do cargo de Diretora à pesquisadora Marilda de Souza Gonçalves, para o quadriênio de 2017-2021. O evento acontecerá às 9h00, no auditório da instituição. Na ocasião, também serão apresentados pela nova Diretora os Vice-Diretores de Pesquisa, Ensino e Gestão. Na mesa de convidados, estarão a Presidente da Fiocruz, Nísia Trindade; o diretor da Fiocruz Rondônia, Ricardo Godoi; e o diretor da Fiocruz Bahia 2013-2017, Manoel Barral Netto. Também está prevista a presença de autoridades políticas e civis.

No dia 29 de maio, a pesquisadora foi empossada como nova diretora em um evento nacional na Fiocruz (Rio de Janeiro), ao lado dos diretores eleitos de outras unidades da Fundação. Marilda foi eleita em maio e assume o cargo após exercer interinamente a direção da instituição, em função do diretor eleito ter assumido a Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, em janeiro de 2017.

Marilda Gonçalves é farmacêutica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), doutora em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pós-doutora pela Universidade da Pensilvânia. Desde 1996 desenvolve atividades de pesquisa e ensino nas áreas de Epidemiologia Molecular, Hematologia, Genética Médica e Humana e Biologia Molecular. Pesquisadora titular da Fiocruz Bahia desde 2004, Marilda é chefe do Laboratório de Hematologia, Genética e Biologia Computacional (LHGB).

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Laboratório abre vaga para bolsa de pós-doutorado

bOLSA-zika-JUNHOO Laboratório de Patologia e Biologia Molecular (LPBM) divulga a seleção de bolsa Capes de pós-doutorado – Prevenção e Combate ao vírus Zika. Os interessados têm até o dia 30 de junho para se inscrever. Serão oferecidas duas vagas, com vigência de um ano (renovável), para iniciar no segundo semestre de 2017.

Os profissionais selecionados integrarão o grupo de pesquisa sobre a epidemiologia e a dinâmica de transmissão de arboviroses no meio urbano, liderado pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Guilherme Ribeiro.

Para a vaga na Área de Entomologia, o candidato deve ter doutorado na área da Ciências Biológicas, preferencialmente em entomologia ou áreas correlatas. Na área de Epidemiologia com ênfase em investigações eco-epidemiológicas relacionadas à arboviroses, o candidato à vaga deve ter doutorado na área da saúde, preferencialmente em epidemiologia, saúde pública, saúde coletiva ou áreas correlatas.

Os candidatos devem manifestar interesse em realizar pesquisa interdisciplinar, na interface da epidemiologia, estatística, eco-epidemiologia, e em realizar pesquisa de campo em uma comunidade urbana. Devem comprovar elevado nível acadêmico e ser aptos para comunicação em inglês.

Para informações sobre inscrição e mais detalhes acesse os links abaixo:

Bolsa Pós-Doutorado em Entomologia

Bolsa Pós-Doutorado em Epidemiologia

 

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Inscrições abertas para o curso PubMed

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Será realizado no dia 08 de junho, das 9h ás 11h, na Sala de Aula I da Biblioteca da Fiocruz Bahia, o curso PubMed, de busca de informação científica usando a base de dados Medline/PubMed. Os interessados devem se inscrever gratuitamente através do hotsite do Programa. As vagas são limitadas.

O curso faz parte do Programa de Treinamentos Continuados da Biblioteca, que visa desenvolver habilidades e competências na busca, uso e manejo de informação científica em saúde. Se divide em módulos que podem ser assistidos de forma independente. Trata sobre as fontes de informação, as bases de dados e as estratégias de busca em vários níveis, inclusive estratégias para revisões sistemáticas e aborda também o manejo de programas úteis para a escrita científica, as normas de apresentação e critérios para submissão aos periódicos.

Serviço:
Data: 08/06/2017
Horário: das 9 horas às 11 horas
Local: Fiocruz Bahia, rua Waldemar Falcão, 121, Candeal – Salvador/BA

 

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Diretora eleita da Fiocruz Bahia toma posse em evento nacional

A pesquisadora Marilda de Souza Gonçalves foi empossada, nesta segunda-feira (29/5), como a nova diretora da Fiocruz Bahia, juntamente com diretores eleitos de outras unidades da Fundação. O evento nacional aconteceu em meio as celebrações dos 117 anos da Fiocruz, realizado no Campus Manguinhos, no Rio de Janeiro. A cerimônia oficial de transmissão de cargo acontecerá no início de junho, na Fiocruz Bahia. O mandato é para o período de 2017-2021.

“Fiquei muito emocionada e orgulhosa por representar nossa instituição. Aproveito para reafirmar o compromisso de construirmos um IGM para a todos, visando uma maior integração e comunicação entre os nossos servidores e diferentes setores. Contribuirei para processos institucionais mais humanizados e dinâmicos, com uma gestão democrática e participativa, comprometida com a manutenção e avanços do Sistema Único de Saúde (SUS)”, comemorou a diretora.

Marilda Gonçalves assume o cargo após exercer interinamente a direção da instituição, em função do diretor eleito ter assumido a Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, em janeiro.

A nova diretora é farmacêutica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), doutora em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pós-doutora pela Universidade da Pensilvânia. Desde 1996 desenvolve atividades de pesquisa e ensino nas áreas de Epidemiologia Molecular, Hematologia, Genética Médica e Humana e Biologia Molecular. Pesquisadora titular da Fiocruz Bahia desde 2004, Marilda é chefe do Laboratório de Hematologia, Genética e Biologia Computacional (LHGB).

Confira as imagens:

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Investimento em saúde básica reduz desigualdade racial no Brasil

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Quase 130 anos após a abolição da escravidão no Brasil, a desigualdade racial continua estruturalmente enraizada no país. O índice de mortalidade por condições sensíveis à atenção primária (mortes evitáveis) é entre 17% e 23% maior em brasileiros que se autodeclaram negros ou pardos. Entretanto, a expansão da atenção primária possui um papel importante na redução de iniquidades sociais em saúde e pode ajudar a reverter estes números.

Estes são alguns dos resultados apontados no estudo “Association between expansion of primary healthcare and racial inequalities in mortality amenable to primary care in Brazil: a national longitudinal analysis”, publicado nesta terça-feira, 30, no influente periódico científico de acesso aberto PLoS Medicine.

Ao analisar o impacto da expansão do programa Estratégia de Saúde da Família (ESF) no período de 2000 a 2013, os pesquisadores identificaram uma redução duas vezes maior na mortalidade evitável nas populações autodeclaradas negras ou pardas quando comparada com populações brancas. Ainda que a expansão da ESF tenha sido associada a uma redução de 6,8% na mortalidade por Condições Sensíveis à Atenção Primária entre pessoas brancas, a redução entre negros e pardos foi de 15,4%.

O trabalho foi liderado pelos pesquisadores do Imperial College London Thomas Hone e Christopher Millet em colaboração com os pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz) Davide Rasella e Mauricio Barreto. Para chegar a tais conclusões, o estudo utilizou modelagem estatística a partir de dados de 1.622 municípios brasileiros, selecionados segundo registros adequados de estatísticas vitais.

O estudo realça a relação pouca estudada, especialmente em países de baixa e média renda, entre a expansão da rede de saúde primária e as iniquidades em saúde, incluindo a racial. As evidências encontradas ainda reforçam estudos anteriores que demonstram que há uma associação entre a expansão da atenção primária e a redução da mortalidade evitável.

Os autores ressaltam a necessidade de expansão e consolidação da Estratégia de Saúde da Família em municípios mais pobres e menores, em áreas rurais e periferias urbanas onde residem populações socialmente vulneráveis, a fim de reduzir significativamente as iniquidades em saúde e assegurar o cumprimento do 10º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

“A possibilidade de redução de gastos para a saúde e para as políticas sociais pode ter efeitos danosos e reverter as tendências consistentes de melhoria dos padrões de saúde da nossa população”, afirma o coordenador do Cidacs e um dos colaboradores do estudo, Mauricio Barreto, em referência a políticas de austeridade adotadas recentemente pelo governo federal do Brasil.

Uma questão de tom

A desigualdade racial é abrangente no Brasil: populações negras e pardas possuem as maiores taxas de analfabetismo, têm menor renda e utilizam os serviços de saúde menos. Em relação à saúde, possuem menor expectativa de vida, são mais afetados por doenças infecciosas (tuberculose, hanseníase, leishmaniose, entre outras), desnutrição, anemia e têm maiores taxas de mortalidade por causas externas, como overdose e homicídio.

Além disso, esse grupo racial possui um menor acesso ao sistema de saúde e maiores taxas de abandono de tratamento de saúde. Deste modo, os resultados do estudo sugerem que a ESF pode ter facilitado o acesso e a ao sistema de saúde dessas populações, especialmente devido a abordagem proativa dos agentes de saúde.

Cobertura Universal

A Estratégia de Saúde da Família (ESF) é um programa brasileiro de atenção primária à saúde, de base comunitária, que vem se expandindo desde a década de 1990 e é a principal plataforma para atingir acobertura universal à saúde no país.

Além da diminuição da desigualdade social, a expansão da Estratégia de Saúde da Família já foi associada com a redução da mortalidade infantil, hospitalizações evitáveis e mortes por doença cardiovasculares e doenças respiratórias.

Acesse o artigo na íntegra aqui.

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