Dissertação avalia a expressão de mRNA em células umbilicais desafiadas com schistosoma

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AUTORIA: Kelvin Edson Marques de Jesus
ORIENTAÇÃO: Ricardo Riccio Oliveira
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: ” EXPRESSÃO DE mRNA DE MEDIADORES ANTIOXIDANTES E DO PROCESSO INFLAMATÓRIO EM CÉLULAS ENDOTELIAIS  DA VEIA UMBILICAL HUMANA DESAFIADAS COM Schistosoma mansoni
PROGRAMA: Pós-Graduação em Patologia Humana-UFBA /FIOCRUZ
DATA DE DEFESA: 20/121/2018

RESUMO

INTRODUÇÃO: A esquistossomose humana é uma doença parasitária que pode ser causada por cinco diferentes espécies do gênero Schistosoma, dentre elas a espécie S. mansoni, a qual apresenta ampla distribuição geográfica mundial e com altas taxas de prevalência. A patologia a ela associada diz respeito a sobrevivência do parasito ao longo da circulação dentro do hospedeiro humano, e consequente depósito de ovos que são migrados pela veia porta aos sinusóides e interstício hepático. Apesar dos estudos que levaram a compreensão da imunopatogênese na esquistossomose, ainda pouco se tem estudado sobre a importância das células endoteliais neste contexto, uma vez que elas estão em constante contato com o parasito e são fundamentais para sua sobrevivência ao longo do curso crônico da patologia.

OBJETIVO: Avaliar a expressão de mRNA de mediadores da resposta imune inata relacionados ao processo inflamatório e ao stress oxidativo em células endoteliais da veia umbilical humana desafiadas com Schistosoma mansoni.

METODOLOGIA: Culturas de células HUVEC foram desafiadas com antígenos do S. mansoni, e após os tempos de 3 e 6 horas foi realizada a extração de RNA total. Posteriormente, foi realizada a quantificação de RNA, reação de conversão em cDNA e quantificação por qPCR dos genes SOD1, GPX, GSR, HMOX-1, TLR4, TLR9, NLRP3, CASPASE-1, IL-1β e IL-18.

RESULTADOS: Não foi possível detectar mínimo de reação para os genes TLR4, TLR9, NLRP3 CASPASE-1, IL-1β, em nenhum dos tempos estudados. Entretanto, no tempo de 3 horas, foi possível detectar a expressão de IL-18 em HUVEC quando desafiadas com os antígenos SWAP, SEA, Sm29 e SmKI-1, porém sem diferenças estatísticas entre eles. Quanto aos genes relacionados ao stress oxidativo as células HUVEC, também no tempo de 3 horas, expressaram frente a todos os desafios, porém com destaque para Sm29 que foi capaz de induzir significativamente mais SOD1 do que SWAP, bem como GSR mais do que SEA e SmKI-1.

CONCLUSÃO: É possível que a comunicação entre parasito e células endoteliais desencadeie processos que permitam a sobrevivência dos vermes, uma vez que ativados os fatores antioxidantes não seja possível desencadear resposta inflamatória. Além disso, quando expostas a antígenos do ovo, a expressão de antioxidantes parece ser insuficiente o que pode ser crucial para a progressão da reação granulomatosa com fibrose. Desta forma, esses conhecimentos permitem elucidar a comunicação entre o parasito e as células endoteliais na perspectiva de novas abordagens de estudos e terapêutica.

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