“Marcadores moleculares prognósticos em melanoma de coróide”

24 03 sarah coupland

 

Sarah Coupland, as Lead of the Liverpool Ocular Oncology Research Group (LOORG), is a Consultant Histopathologist and the George Holt Chair of Pathology, University of Liverpool. She is also the Director of the North West Cancer Research Centre-University of Liverpool. Sarah’s clinical and scientific research focuses on molecular genetics of cancers with particular interests in uveal melanoma; conjunctival melanoma; intraocular and ocular adnexal lymphomas; and CNS lymphoma.

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Mobilização pelo Dia Mundial da Tuberculose começa dia 20 de março

“Unidos para o Fim da Tuberculose” é o slogan do Dia Mundial da Tuberculose (24 de março), este ano. Em torno desta data, ações de mobilização, que acontecem de 20 a 30 de março, em Salvador, estão sendo coordenadas pela Fiocruz Bahia. Além de palestras e mesas redondas, diversas atividades serão realizadas nos bairros da cidade. Os interessados em participar das ações devem doar de 1 kg de alimento não perecível ou 1 lata de leite em pó, na ocasião do evento. Os alimentos arrecadados serão encaminhados ao Hospital Especializado Octávio Mangabeira (HEOM) e às Obras Sociais Irmã Dulce, pelo Centro Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP), e repassados aos pacientes com tuberculose e/ou as famílias afetadas pela doença.

A abertura da Mobilização foi realizada hoje (20/3), no HEOM, com um ato interreligioso, apresentação do coral do Lacen e uma mesa de debate que contemplou o tema Nova estratégia pós-2015: é possível o fim da tuberculose na Bahia?, ministrada pelo Dep. Antônio Brito (Frente Parlamentar para o Enfretamento da Tuberculose) e Waldemar Santos Filho/ Ubiraci Matildes (Coordenador de Equidade em Saúde da SESAB).

As ações do programa estão sendo realizadas em conjunto com a Secretaria Estadual de Saúde da Bahia e o Comitê Baiano para o Controle da Tuberculose, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, Hospitais Irmã Dulce, São Rafael e Octávio Mangabeira; Fundação José Silveira, Universidade Federal da Bahia, Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização, Escola Estadual de Saúde Pública e o Fórum Parlamentar Contra a Tuberculose.

A tuberculose – Embora 43 milhões de vidas tenham sido salvas, no mundo, por meio de diagnóstico e tratamento efetivo entre 2006 e 2015, epidemiologicamente falando, a tuberculose está entre as doenças infecciosas que mais mata no Brasil. A Bahia ocupa o 3º lugar com maior carga da doença no país. No estado, anualmente, são diagnosticados mais de 4.500 de casos novos de tuberculose, destes, apenas 61,8% são curados e o abandono de tratamento chega a 6,1%.

Destaca-se, no entanto, que mais de 400 mortes pela doença ocorram no estado a cada ano, atingindo principalmente as populações em situação de vulnerabilidade social, entre elas, as pessoas residentes nas áreas mais pobres dos municípios, e especialmente as pessoas em situação de rua, os negros, os indígenas, as pessoas vivendo com HIV/Aids, os quilombolas e as pessoas privadas de liberdade.

Clique na imagem e confira a programação das palestras e debates:

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Aberta seleção para bolsas de Iniciação Científica Cota Fapesb/ Fiocruz 2017

Fiocruz-Bahia-abre-chamada-de-propostas-para-edital-do-PROIIC_3A Coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) da Fiocruz Bahia torna público o Edital de Bolsas de Iniciação Científica Cota Fapesb/ Fiocruz – 2017. A Iniciação Científica tem como objetivo estimular pesquisadores produtivos a envolverem estudantes de graduação nas atividades científica, tecnológica, profissional, artística e cultural, despertando a vocação científica e incentivando talentos potenciais. As propostas devem ser apresentadas até 17 de abril.

Para o Edital 2017, a Fapesb concederá 36 bolsas, com duração de 12 (doze) meses. Poderão solicitar bolsas os pesquisadores com doutorado, exercendo atividade de pesquisa com vínculo com a Fiocruz em tempo integral (regime de 40 horas); pesquisadores visitantes e pós-doutorandos da Fiocruz, que se dedicam exclusivamente a atividades de pesquisas na Instituição.

Para mais detalhes sobre inscrições, requisitos e outras informações acesse o Edital.

 

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Desempenho diagnóstico de proteínas para a doença de Chagas é tema de estudo

fred luciano chagasO pesquisador da Fiocruz Bahia, Fred Luciano, foi o primeiro autor do artigo Accuracy of chimeric proteins in the serological diagnosis of chronic chagas disease – a Phase II study, publicado no periódico PLOS Neglected Tropical Desease, no dia 8 de março. O trabalho, desenvolvido em parceria com o Instituto Carlos Chagas (Fiocruz Paraná), Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco) e Biomanguinhos (Fiocruz-RJ), descreve um estudo de Fase II, que buscou testar o desempenho diagnóstico de quatro proteínas quiméricas para a doença de Chagas.

O diagnóstico laboratorial da doença de Chagas crônica é baseado na pesquisa de anticorpos específicos contra o parasita causador da doença, o Trypanosoma cruzi. Diversas metodologias diagnósticas estão comercialmente disponíveis, mas os seus desempenhos dependem da matriz antigênica utilizada para identificar estes anticorpos.

Neste estudo, os pesquisadores testaram, através de imunoensaio, o desempenho diagnóstico das proteínas quiméricas IBMP-8.1, IBMP-8.2, IBMP-8.3 e IBMP-8.4, compostas por diversos epítopos repetitivos do parasita. Inicialmente, os antígenos foram expressos em Escherichia coli e purificados por métodos cromatográficos. Após esta etapa, foi avaliada a acurácia das proteínas em diagnosticar a doença de Chagas crônica, utilizando amostras de soro de 857 indivíduos portadores da doença e de 689 indivíduos não infectados.

Os resultados mostraram valores do odds ratio diagnóstico (ORD) – medida de eficácia de um diagnóstico – de 6.462 para o antígeno IBMP-8.1, 3.807 para o IBMP-8.2, 32.095 para o IBMP-8.3 e 283.714 para o IBMP-8.4, números superiores àqueles encontrados para alguns testes comerciais. Também foram analisadas 1.079 amostras de indivíduos positivos para outras doenças, para verificação de reações cruzadas, e o índice de reatividade encontrado foi considerado baixo, variando de 0,37% a 0,74%, mesmo para Leishmania spp., patógeno que apresenta similaridade antigênica com o T. cruzi.

O conjunto dos resultados permitiu concluir que as proteínas IBMP são estáveis e apresentaram resultados reprodutíveis. Além disso, os achados mostram que o antígeno IBMP-8.4 pode ser seguramente usado em testes sorológicos para T. cruzi, tanto para triagens em bancos de sangue quanto para o diagnóstico laboratorial da doença.

Clique aqui para acessar o artigo na íntegra.

 

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Níveis circulantes de Resolvina D1 em pacientes com leishmaniose são avaliadas em dissertação

AUTORA: Hayna Malta Santos
ORIENTADORA: Valéria de Matos Borges
TÍTULO DA TESE: “Importância das Resolvinas na infecção por Leishmania amazonensis
PROGRAMA: Mestrado em Patologia Humana- Fiocruz Bahia
DATA DE DEFESA: 20/03/2017

RESUMO

 

A Leishmaniose Cutânea Difusa (LCD) é uma manifestação clínica rara causada pela Leishmania amazonensis que é caracterizada por uma resposta celular parasitária ineficiente e macrófagos intensamente parasitados nas lesões cutâneas. Eicosanoides e seus precursores desempenham um papel crucial durante a infecção por Leishmania. Estudos prévios demonstram que pacientes com leishmaniose tegumentar, exibem um distinto balanço de eicosanoides in situ e sistêmico. Recentemente, demonstrou-se que mediadores lipídicos especializados na pró-resolução desempenham um papel crítico na redução de processos inflamatórios patológicos induzindo a restauração da homeostasia em diferentes modelos experimentais. Entre esses mediadores, as resolvinas da série D exibem potente atividade anti-inflamatória e imuno-regulatória que inclui a inibição da quimiotaxia leucocitária e bloqueio na produção de citocinas pró-inflamatórias. No entanto, ainda é desconhecido se as resolvinas desempenham um papel significativo no estabelecimento e persistência da infecção por Leishmania. Nesse estudo, avaliamos os níveis circulantes de Resolvina D1 (RvD1) em pacientes com leishmaniose tegumentar apresentando a forma clínica cutânea localizada (LCL) ou difusa. Nossos resultados demonstram que pacientes com LCD apresentam maiores níveis plasmáticos de RvD1 quando comparados a LCL ou controles endêmicos. Além disso, os níveis séricos de RvD1 em pacientes com LCD se correlacionam positivamente com a Arginase I e TGF- β,  enquanto  que  inversamente  com  os  níveis  sistêmicos  de  TNF-α.  Experimentos adicionais in vitro utilizando macrófagos humanos revelaram que a RvD1 promove a replicação intracelular da L. amazonensis por um mecanismo associado a indução da enzima heme oxigenase-1. Esses resultados sugerem que a via de produção da RvD1 pode servir como uma potencial estratégia terapêutica para os pacientes com LCD.

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Dissertação caracterizou molecularmente cepas de N. meningitidis isoladas de portadores assintomáticos

AUTORA: Ana Rafaela Silva Simões Moura
ORIENTADORA: Alan John Alexander McBride
TÍTULO DA TESE: “Caracterização molecular de cepas de Neisseria meningitidis isoladas de portadores assintomáticos de 11 a 19 anos de idade residentes em Salvador, BA”
PROGRAMA: Mestrado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa- Fiocruz Bahia
DATA DE DEFESA: 16/03/2017

RESUMO

INTRODUÇÃO: Neisseria meningitidis é uma bactéria que tem como nicho ecológico a nasofaringe dos humanos e que ocasionalmente pode vir a causar doenças, como a meningite e a septicemia. O perfil populacional dos isolados de N. meningitidis é altamente diversificado tanto geneticamente como antigenicamente, devido à plasticidade genômica característica de Neisseria spp. e as frequentes transferências horizontais de genes observadas neste microrganismo. Uma vez que os jovens adultos são considerados os principais portadores e transmissores deste microrganismo e, consequentemente, fonte de alelos virulentos, o estudo da população de portadores do meningococo pode fornecer informações úteis para a compreensão da epidemiologia molecular do meningococo e para embasar medidas de prevenção contra este microrganismo. O objetivo desse estudo consiste em caracterizar molecularmente cepas de N. meningitidis isoladas de portadores assintomáticos da cidade de Salvador, Bahia. Para este estudo foram coletados material de orofaringe de 1.200 alunos de 11 a 19 anos de idade, de 137 escolas da rede pública de Salvador. METODOLOGIA: Um total de 59 cepas de N. meningitidis foram identificadas através de métodos clássicos. A identificação dos genogrupos foi realizada através da técnica de PCR em tempo real ou por sequenciamento do genoma total. Os 59 isolados foram caracterizados genotipicamente através da técnica de Multilocus Sequence Typing e através da genotipagem das proteínas de membrana externa (PorA, PorB, FetA) e dos antígenos vacinais do sorogrupo B (fHbp, NadA e NhbA). RESULTADOS: Dos 59 isolados, 36 (61%) apresentaram-se não grupáveis. Entre as cepas capsuladas, o genogrupo B foi o mais prevalente (11,8%), seguido do Y (8,4%), E (6,7%), Z (5%), C (3,3%) e W (3,3%). Foram identificados 34 STs distribuídos em 14 complexos clonais, incluindo oito (23,5%) STs novos. O complexo clonal mais frequente foi o ST-1136 em 20% dos isolados. Dentre as variações de PorA e FetA, as mais prevalentes descritas foram P1.18,25-37 (11,86%), P1.18-1,3 (10,17%) e F5-5 (23,73%), F4-66 (16,95%) e F1-7 (13,56%), respectivamente. Observou-se um predomínio das proteínas de classe 3 (93,22%) dentro das variantes de PorB descritas. As três principais variantes da lipoproteína fHbP foram encontradas nos isolados com a variante fHbp 2 sendo a mais prevalente (n=30; 50,8%), seguida pela fHbP-1 (n=15; 25,4%) e fHbP-3 (n=14; 23,7%). Cerca de 90% dos isolados não apresentaram o gene nadA, enquanto que todos os isolados possuíam o gene nhba, sendo as subvariantes 10 (18,64%) e 600 (16,95%) as mais prevalentes. Foi possível observar, ainda, a presença de isolados com perfis semelhantes aos de outras cepas de linhagens hipervirulentas responsáveis por surtos descritos ao redor do mundo e do Brasil, como B: P1.19,15: F5-1: ST-639 (cc32); C: P1.22,14-6: F3-9: ST-3780 (cc103) e W: P1.5,2: F1-1: ST-11 (cc11). CONCLUSÃO: Os resultados obtidos destacam a necessidade de uma contínua vigilância molecular de N. meningitidis e o monitoramento de cepas emergentes. A distribuição de proteínas de membrana externa e dos antígenos vacinais do sorogrupo B podem ser de grande importância para avaliar os efeitos de medidas preventivas futuras contra a doença meningocócica.

Palavras-chave: Neisseria meningitidis, linhagens hipervirulentas, portador assintomático, complexos clonais.

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Emergência de casos de Chikungunya em Salvador não foi imediatamente reconhecida, aponta estudo

Unrecognized Emergence of ChikungunyaPesquisadores da Fiocruz Bahia realizaram um estudo com o objetivo de determinar a intensidade da transmissão do vírus Chikungunya, em Salvador (BA), no período de novembro de 2014 a abril de 2016, quando ocorria simultaneamente um surto do vírus Zika no país. Os resultados da pesquisa estão descritos no artigo Unrecognized Emergence of Chikungunya Virus during a Zika Virus Outbreak in Salvador, Brazil, publicado pelo periódico científico Plos Neglected Tropical Diseases, no dia 23 de janeiro.

Dentre os autores do artigo estão os pesquisadores da Fiocruz Bahia estão os pesquisadores da Fiocruz Bahia Guilherme Ribeiro, Uriel Kitron, Laura Tauro e Mitermayer Reis e os estudantes de doutorado Mariana Kikuti, Igor Paploski e Monaise Silva e de mestrado Perla Santana. O trabalho foi realizado em parceria com as Secretarias de Saúde de Salvador e do Estado da Bahia, Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Emory University (EUA).

O Chikungunya é um arbovírus transmitido por mosquitos do gênero Aedes aegypti, cuja manifestação clínica é similar à de outras arboviroses, como a dengue. De acordo com o artigo, os primeiros casos do vírus Chikungunya no Brasil foram detectados em 2014, em Feira de Santana (BA), cidade a 100 km da capital baiana, onde houve um surto significativo da doença. Posteriormente, apesar de muitos casos terem sido notificados em Salvador, a intensa circulação do vírus Chikungunya na cidade não foi imediatamente identificada, em contraste com os surtos do Zika.

A pesquisa – Resultados indicaram que, devido à atenção direcionada ao surto do vírus Zika e suas complicações, as autoridades de saúde pública e os profissionais não reconheceram imediatamente o aumento do número de casos do Chikungunya.

Para chegar à essa conclusão, foi obtido o registro de todos os testes laboratoriais para o vírus Chikungunya realizados no setor público, verificando-se a frequência de testes positivos por semana epidemiológica. Dos 2.736 testes laboratoriais, aproximadamente 17% foram positivos. As análises mostraram que houve um aumento na taxa de testes positivos a partir de janeiro de 2015 e o maior pico de confirmações foi em agosto (68%), após o surto da doença exantemática, que é atribuída ao vírus Zika.

De acordo com os pesquisadores, é importante que profissionais de saúde e gestores de regiões do mundo que abrigam o Aedes e que não tenham tido transmissão intensa de Zika e Chikungunya estejam atentos para o co-surgimento potencial desses dois arbovírus.

Confira aqui o artigo na íntegra.

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“Metagenômica na Investigação de Agentes Infeciosos”

 

17 03 Ana Carolina

 

 

Ana Carolina possui graduação em Biologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1978), mestrado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1982) e doutorado em Ciências Biológicas (Genética) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992). É pesquisadora titular da Fundação Oswaldo Cruz e foi a criadora do Laboratório de Genética Molecular de Microrganismos e é curadora da Coleção de Bactérias do Ambiente e Saúde (antiga Bactérias da Mata Atlântica). Áreas de interesse e produção científica e formação de pesquisadores: Genômica de Microrganismos, Genética de População de Microrganismos (vírus e bactérias), Taxonomia e Evolução de Vírus e Bactérias. Genética e evolução da resistência das bactérias aos antimicrobianos. Orientadora do Programa de Pós-graduação em Biologia Parasitárias (Conceito CAPES 7) e Biologia Computacional e Sistemas (FIOCRUZ) (Texto informado pelo autor).

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Aula inaugural abordou necessidade de reflexão crítica e intelectual

Pg_Inaug_2017Com o tema “Autonomia intelectual”, a Fiocruz Bahia realizou, no dia 7 de março, a Aula Inaugural de 2017, que marcou a abertura das atividades acadêmicas dos cursos de Pós-Graduação em Patologia Humana (PgPAT) e Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI).

A abertura do evento contou com as boas-vindas da vice-diretora de Ensino e Informação da Fiocruz Bahia e vice-coordenadora do PgPAT, Patrícia Veras. Em seguida, a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, fez um breve discurso apresentando a Instituição e suas expectativas em relação às atividades acadêmicas.

“Somos a instituição das oportunidades e, independente de credo, raça e diversidade sexual e de gênero, nós colocamos em primeiro lugar o bem estar, a saúde e o cuidado com o ser humano. Espero que todos vocês, no desempenho de suas atividades acadêmicas, sejam invadidos por esse sentimento e pelo orgulho de ser Fiocruz”, frisou a diretora. De acordo com Marilda Gonçalves, do total de pesquisadores da Fiocruz Bahia, 50% foram alunos dos programas de Pós-Graduação da Instituição.

Autonomia intelectual – O palestrante convidado, professor de Filosofia da UFBA, Waldomiro José da Silva Filho, ministrou uma apresentação sobre os processos intelectuais dos indivíduos (agentes epistêmicos), principalmente no meio acadêmico, em que as capacidades crítica e reflexiva são características importantes. Em sua visão, a autonomia intelectual, ou autonomia epistêmica, diz respeito à capacidade de um indivíduo em refletir acerca de suas performances e realizações cognitivas e participar de situações nas quais ideias, crenças e teorias são objetos principais de interesse.

“Dificuldade, competência, consciência, capacidade reflexiva e capacidade de sustentar uma posição intelectual são, ao meu ver, os cinco elementos de um agente epistêmico virtuoso. Esse último elemento é muito importante, especialmente para nós que vivemos no meio acadêmico e científico”, ressaltou Waldomiro.

No evento, também participaram Guilherme Ribeiro, coordenador do PgBSMI; Milton Moraes, da coordenação geral de Pós-Graduação da Fiocruz, e Joice Reis, coordenadora de Iniciação a Pesquisa, Criação e Inovação da UFBA.

O PgPAT, fruto de um convênio com a Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Famed/UFBA), que tem ênfase nas áreas de imunopatologia de doenças infecciosas e crônicas, inserindo-se em Patologia Humana e Patologia Experimental, alcançou o conceito 6 na CAPES nas últimas três avaliações. Criado em 2005, o PgBSMI atua nas áreas de Biotecnologia Aplicada à Saúde, Epidemiologia Molecular e Medicina Investigativa e Biologia Celular, tendo sido avaliado com conceito 4 na CAPES. Ambos estão classificados na área de Medicina II da CAPES e oferecem curso de mestrado e doutorado.

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Programa Para Mulheres na Ciência 2017 abre inscrições no dia 08 de março

para mulheres na ciencia 2017O programa Para Mulheres na Ciência tem como objetivo promover e encorajar jovens mulheres brasileiras na Ciência. Promovido pela L’Oréal Brasil em parceria com a UNESCO e com a Academia Brasileira de Ciências, o programa identifica e recompensa jovens cientistas talentosas no campo das Ciências da Vida, Ciências Físicas, Matemática e Química. As inscrições vão de 08 de março a 08 de abril e podem ser realizadas através do formulário disponível no site.

Serão selecionadas 7 pesquisadoras para o programa de bolsa-auxílio no valor de R$50.000, que visa apoiar projetos científicos viáveis e de alto valor, a serem desenvolvidos durante 12 meses, por pesquisadoras que tenham residência estável no Brasil e desenvolvam projetos de pesquisa em instituições nacionais.

Outras informações estão disponíveis no regulamento do programa.

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“Caracterização, validação e avaliação do potencial diagnóstico de poliantígenos para detecção do Trypanosoma cruzi na fase crônica da doença de Chagas”

06 03 Fred Luciano

Fred Luciano possui graduação em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Federal da Bahia e mestrado em Patologia Humana pela Universidade Federal da Bahia e doutorado em Biociências e Biotecnologia em Saúde pelo Centro de Pesquisas Aggeu Magalhçes (Fiocruz-PE). Atualmente é Tecnologista em Saúde Pública do Instituto Gonçalo Moniz (IGM, Fiocruz-BA), perfil Diagnóstico Laboratorial e Suporte a Pesquisa em Doenças Parasitárias e Infecciosas. Possui experiência em diagnóstico parasitológico e molecular das parasitoses humanas. (Texto informado pelo autor)

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Vagas abertas até 30/04 para as Conferências Clínico Patológicas 2017

Conferencias clinico patologicas 2017Nos dias 11 a 13 de maio, a Fiocruz Bahia reunirá especialistas em patologias clínicas, pesquisadores das ciências da computação com interesse em análise de imagens, médicos e estudantes de medicina, em mais uma edição das Conferências Clínico Patológicas 2017. Este ano, o evento terá como tema Definindo Lesões Anatomopatológicas para Médicos e Máquinas e discutirá possíveis estratégias de ensino para o reconhecimento de lesões teciduais, por estudantes e por máquinas, dentre outras questões relacionadas.

As inscrições serão abertas no dia 1º de março e encerrarão em 30 de abril, podendo ser realizadas no site do curso. O público-alvo são profissionais interessados em Patologia Renal, Hepática e da Pele e profissionais da Ciências da computação. O evento contará com mesas redondas e está incluso na programação a realização da Sessão Anatomoclinica, para médicos e graduandos de medicina; o seminário anual de Pesquisas do projeto PathoSpotter e reuniões dos clubes de Patologia Hepática, Renal e Dermatológica, destinadas a médicos e estudantes de medicina.

Clique aqui para informações sobre inscrições, submissão de trabalhos, a programação completa, e outros dados.

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Especialistas sugerem escala de pontuação de sinais clínicos para ajudar no diagnóstico da leishmaniose

MEMORIAS IOC-Scoring clinical signs can help diagnoseEm artigo publicado no periódico “Memórias do Instituto Oswaldo Cruz”, em janeiro de 2017, pesquisadores discutem o desenvolvimento de uma escala de pontos para facilitar o diagnóstico da leishmaniose visceral canina. Intitulada Scoring clinical signs can help diagnose canine visceral leishmaniasis in a highly endemic area in Brazil, a publicação conta com a assinatura dos pesquisadores da Fiocruz Bahia Aldina Maria Prado Barral e Manoel Barral Netto, atual vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz.

A leishmaniose visceral é uma doença causada pela infecção do protozoário Leishmania infantum chagasi, transmitida através da picada do mosquito-palha e disseminada na América Latina. Caracteriza-se por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia e anemia. No Brasil, país onde ocorrem 90% dos casos na América Latina, mais de 3.300 pessoas são afetadas todo ano.

A zoonose, a princípio considerada rural, vem se expandindo para o meio urbano. Nas cidades, os cães são os principais reservatórios do parasita e, por essa razão, são considerados a principal fonte de infecção. Contudo, devido a uma limitação de recursos para diagnóstico em áreas endêmicas de leishmaniose visceral, a identificação dos cães infectados é dificultada.

Nesse contexto, em parceria com a Universidade Federal do Piauí, Universidade Federal da Bahia e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, a equipe de especialistas propôs uma escala de pontuação com o potencial de distinguir casos positivos e negativos de infecção da leishmaniose visceral canina, que varia de acordo com sinais clínicos e gravidade das lesões. O trabalho foi desenvolvido com avaliação de 265 cães que apresentaram resultado positivo para leishmaniose visceral no teste diagnóstico ELISA e em testes parasitológicos.

Resultados – Constatou-se que cães infectados tiveram uma maior manifestação da maioria das evidências clínicas, previstos na escala de pontuação, como aumento dos gânglios linfáticos, lesões de focinho e orelha, estado nutricional, mucosa pálida, onicogrifose, lesões cutâneas, hemorragia, despigmentação do focinho, alopecia, blefarite e ceratoconjutivite em relação aos não infectados ou daqueles com erliquiose, que pode ser uma condição confundidora para o diagnóstico de LVC no Brasil.

Concluiu-se que a pontuação baseada nas evidências clínicas pode auxiliar veterinários a identificar de forma mais precisa cães infectados em áreas endêmicas, que contam com recursos limitados para o diagnóstico.

Clique aqui para acessar o artigo na íntegra.

 

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Efeitos do transplante de células de medula óssea na neuropatia periférica são avaliados em dissertação

AUTORA: Anna Lethícia Lima Oliveira
ORIENTADORA: Cristiane Flora Villarreal
TÍTULO DA TESE: “Efeitos do tratamento com células mesenquimais de medula óssea sobre a neuropatia crônica induzida por oxaliplatina em camundongos”
PROGRAMA: Mestrado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa- Fiocruz Bahia
DATA DE DEFESA: 22/02/2017

RESUMO

INTRODUÇÃO: A neuropatia periférica é um efeito adverso comum de diversas drogas antitumorais, incluindo os complexos platinos. A oxaliplatina (OXL) é um fármaco de terceira geração amplamente usado no combate ao câncer colorretal metastático, ovariano e outras malignidades. Quando comparado a outros análogos platinos apresenta menor toxicidade sistêmica mas acentuada neurotoxicidade. A neuropatia periférica associada à OXL é um fator dose limitante do tratamento quimioterápico que se manifesta como alterações de sensibilidade e dor, e pode perdurar mesmo após descontinuidade do tratamento em sua forma crônica. A neuropatia induzida por quimioterápico tem sido considerada uma das mais refratárias à medicação. A gabapentina, apesar de representar opção farmacológica frequente no controle clínico da neuropatia tem mostrado efeito apenas paliativo, transitório e de baixa efetividade. A terapia celular é considerada uma promessa na terapêutica de doenças neurológicas. Estudos iniciais demonstraram que células mesenquimais reduzem a neuropatia comportamental em modelos experimentais. Entretanto, até o presente momento, os efeitos de células-tronco na neuropatia quimioterápica não foram ainda investigados. OBJETIVO: O presente trabalho visa avaliar os efeitos do transplante de células mesenquimais de medula óssea (CMsMO) na neuropatia periférica crônica induzida por OXL em camundongos. MÉTODOS: CMsMO foram obtidas a partir de camundongos  EGFP e foram caracterizadas por citometria de fluxo e diferenciação celular. Camundongos C57Bl/l6 machos foram submetidos à indução do modelo de neuropatia crônica pela administração endovenosa de OXL (1 mg/kg), durante quatro semanas e meia, totalizando nove administrações. Os camundongos do grupo controle receberam dextrose a 5% (veículo). Uma semana após o fim da indução do modelo, os animais foram tratados com uma única administração endovenosa de CMsMO (1×106) ou veículo. Gabapentina (70 mg/kg, 12/12h por 6 dias consecutivos, via oral), foi utilizada como tratamento farmacológico de referência. Os limiares nociceptivos mecânico e térmico foram avaliados durante todo o período experimental com filamentos de von Frey e cold plate, respectivamente. Secções dos nervos isquiáticos foram coletados nos tempos de platô de analgesia e final (14 semanas) para análises morfológicas e morfométricas das fibras A e C por microscopia óptica e eletrônica, além da quantificação de nitrito e MDA como parâmetros bioquímicos de estresse oxidativo. RESULTADOS: O tratamento com OXL reduziu o limiar nociceptivo mecânico e térmico frio de modo duradouro, indicando sucesso na indução do modelo crônico de neuropatia por OXL em camundongos. As avaliações comportamentais sugerem que CMsMO produzem efeito antinociceptivo, levando os limiares nociceptivos de animais neuropáticos a níveis similares aos de animais saudáveis. O tratamento com gabapentina teve efeito antinociceptivo discreto e de curta duração. A avaliação microscópica revelou poucos vestígios de degeneração axonal em fibras de nervo isquiático de animais neuropáticos e as análises morfométricas mostraram que tais alterações não eram significantes. Por outro lado, a ocorrência de mitocôndrias atípicas em axônios mielinizados e fibras C de animais neuropáticos foi maior que em animais não neuropáticos. O tratamento com CMsMO reduziu a atipia mitocondrial e os níveis de nitrito e MDA nos nervos de animais com neuropatia para níveis estatisticamente similares ao dos não neuropáticos. CONCLUSÃO: O presente trabalho demonstra que uma única administração de CMsMO é capaz de reverter as alterações de sensibilidade, e reduzir a atipia mitocondrial e níveis de produtos de estresse oxidativo no nervo periférico, característicos da neuropatia crônica por OXL. Considerando os efeitos de CMsMO sobre as mitocôndrias e produtos oxidativos no nervo isquiático, o efeito antinociceptivo pode decorrer da melhora no ambiente homeostático oxidativo.

Palavras-Chave: neuropatia, quimioterapia, células-tronco, oxaliplatina, mitocôndrias, estresse oxidativo.

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Nísia Trindade Lima recebe o cargo de presidente da Fiocruz

Agência Fiocruz de Notícias (AFN)*

“Ao longo de sua trajetória de quase 117 anos, nossa instituição vem contribuindo para promover a saúde dos brasileiros e dos países com os quais cooperamos. Esse compromisso eu reafirmo aqui. Na singularidade da minha experiência profissional eu encontrei na Fiocruz uma escola que traz em si a valorização da ciência como parte de um projeto civilizatório. Ampliar as conquistas sociais faz parte do ideário dos que buscam promover a ciência e a saúde como base para a efetivação dos direitos de cidadania. Este é o grande compromisso do meu mandato. Um mandato que, faço questão de dizer, estará a serviço da sociedade brasileira, da participação entre os povos, pela paz, pelos direitos, pela equidade e pela soberania”.

Nísia é a primeira mulher e socióloga na Presidência da Fundação Oswaldo Cruz (fotos: Peter Ilicciev)
Com estas palavras, a nova presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, recebeu o cargo das mãos do ex-presidente Paulo Gadelha (gestões 2009-2012/2013-2016), em cerimônia realizada nesta sexta-feira (10/2), em Manguinhos, no Rio de Janeiro. O evento que levou cerca de mil pessoas a Praça Pasteur, ao lado do histórico Castelo Mourisco, contou com a participação de diversas autoridades da Saúde, da Ciência e da política brasileira, que expressaram seu apoio à primeira mulher e socióloga a comandar a Fundação Oswaldo Cruz.

Nomeada pelo presidente da República, Michel Temer, em decreto publicado no Diário Oficial da União do dia 4 de janeiro, para a gestão 2017-2020, Nísia Trindade Lima foi a candidata mais votada nas eleições internas da Fiocruz, realizadas em novembro de 2016, com 59,7% dos votos em primeira opção. Em discurso emocionado durante a cerimônia, Nísia homenageou gestores e pesquisadores da Fiocruz, em especial as mulheres, com quem conviveu desde que ingressou na Fundação em 1987. A presidente agradeceu o apoio de todos e reafirmou sua responsabilidade com o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), diante das graves ameaças à saúde da população brasileira.

“Quando ingressei aqui como pesquisadora, eu participei da construção de um projeto institucional democrático, tendo uma visão da Saúde como parte de um processo de desenvolvimento econômico e social da conquista da cidadania. Nos últimos anos, a instituição cresceu, diversificou-se e ampliou seu papel na indução e implantação de políticas nos campos social e científico. Represento um projeto que reconhece o legado das gestões anteriores e reafirmo o valor da Fiocruz como instituição estratégica do Estado. Identifico-me com a perspectiva de seus fundadores, de articular o desenvolvimento científico e tecnológico com as necessidades do país”, afirmou Nísia Trindade Lima.

“A Fiocruz é uma instituição estratégica do estado brasileiro”, afirmou Paulo Gadelha
Com um discurso emocionado, que mesclou recordações pessoais e depoimentos de sua trajetória profissional, Paulo Gadelha se despediu do cargo de presidente da Fiocruz, após oito anos de mandato. Em sua fala, muitos agradecimentos à família, aos companheiros de jornada, aos parlamentares que tornaram possíveis tantas conquistas à frente da Presidência da Fundação, aos amigos e a outras personalidades de destaque na história da Saúde Pública do Brasil. Gadelha também fez questão de reforçar o papel pioneiro da Fiocruz, tanto na área da ciência, quanto na de cidadania. “Enxergar longe no tempo e no espaço continua sendo uma característica deste sítio”, disse. “A Fiocruz é uma instituição estratégica do estado brasileiro. Não existe experiência exitosa de desenvolvimento que tenha rescindido do Estado, e a Fiocruz é uma instituição exemplar que comprova essa tese”, complementou.

Ao transmitir oficialmente o cargo, o ex-presidente se utilizou de testemunhos de amigos para descrever Nísia. “Antonio Ivo, coordenador do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz, disse uma coisa que me tocou: a Nísia inspira a gente”, contou. Gadelha também repetiu para sua sucessora palavras ditas pelo diretor do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) e também ex-presidente da Fundação, Paulo Buss. “A Nísia leva com ela ternura, firmeza, capacidade intelectual e capacidade de gestão”. Sob aplausos e olhares atentos de uma plateia lotada e bastante animada, Paulo Gadelha afirmou que a Fiocruz está em excelentes mãos. “Isso para mim é um sentido também de realização. Eu sei que todo esse projeto, tudo o que nós brigamos por tanto tempo, não foi jogado fora”, finalizou.

Autoridades prestigiam a nova presidente da Fundação

A representante da Associação de Pós-Graduandos (APG), Maria Fantinatti, falou do quadro de dificuldades enfrentadas pelos estudantes com a crise na gestão do Estado, do atraso no pagamento das bolsas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), e dos cortes nos recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ela desejou sucesso para a nova presidente. “Esperamos que tenha garra, força e sabedoria nesse momento difícil para a ciência no Brasil como um todo”, disse, prestando solidariedade. “Nós, estudantes, brigaremos contra epidemias, crises políticas e crises financeiras”, discursou Maria, que ressaltou a importância da união entre servidores, estudantes e representantes do governo na busca de melhoria da saúde e da qualidade de vida para a população.

A nova presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, cumprimenta a ativista Norma Maria, do Projeto Marias
Logo em seguida, a ativista Norma Maria de Souza, do Projeto Marias, iniciou suas colocações afirmando sentir-se em casa na Fiocruz. “A Fundação é como a minha mãe. É uma instituição acolhedora, sem muros, sem preconceitos e que está aberta a todos, sobretudo aos que mais precisam. Aqui nós somos protagonistas da nossa história”, afirmou. O Marias é um projeto que nasceu em Manguinhos (bairro onde está instalado o campus principal e a sede da Fundação no Rio) para empoderar mães e parentes de crianças com deficiência e necessidades especiais e que, desde o início, recebe o apoio da Fiocruz e do Sindicato dos Trabalhadores da instituição (Asfoc-SN). “Estou aqui representando os moradores das muitas comunidades do entorno da Fundação, das quais já morei em várias. Queremos estreitar cada vez mais a relação com a instituição e vim trazer o meu abraço, o meu incentivo e os meus parabéns para a doutora Nisia”, destacou Norma.

Presidente da Asfoc-SN, Justa Helena Franco destacou o modelo democrático e participativo “único e estratégico” da Fiocruz. “É um modelo complexo que demanda a integração de unidades diversificadas, em áreas que passam pela pesquisa, ensino, produção, assistência, comunicação, potencializando uma visão global, científica e tecnológica e política da questão de Saúde Pública”. Justa também ressaltou a participação dos trabalhadores da Fiocruz no processo de eleição e posse da nova presidente e garantiu a mobilização do sindicato para os novos desafios em pauta. “Nós reafirmamos que queremos uma Fiocruz forte para um SUS forte.”

“Em nome da ANM, quero assegurar a certeza de que Nísia Trindade, com sua serenidade e firmeza características, atuará para o avanço desta conquista tão importante na história do país e da instituição”, afirmou Paulo Buss, ex-presidente e atual chefe do Cris/Fiocruz
Falando em nome do presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM), Francisco Sampaio, o ex-presidente e atual chefe do Cris/Fiocruz, Paulo Buss, discursou sobre o engajamento da ANM na defesa do SUS e da ciência e tecnologia nacionais. “Em um país com essa brutal desigualdade de renda, não há como o SUS não ser inclusivo. Existem muitos interessados em atacar o SUS, mas quando ele é chamado, responde. Existem milhares de exemplos de avanços impressionantes, da atenção primária à mais complexa”, afirmou Buss. “Em nome da ANM, quero assegurar a certeza de que Nísia Trindade, com sua serenidade e firmeza características, atuará para o avanço desta conquista tão importante na história do país e da instituição”.

O governador do Ceará, Camilo Santana, fez uma viagem bate-volta para prestigiar a posse de Nísia. “Vim agradecer à Fiocruz pelo crucial papel que desempenha para a saúde, a ciência e a tecnologia nacionais. Esta é uma instituição que trabalha firme na ampliação da justiça social e com a qual o Ceará está desenvolvendo uma importante parceria, já que em breve vamos inaugurar uma unidade da Fundação em Eusébio, município vizinho a Fortaleza. Será um polo de desenvolvimento social e tecnológico”, observou o governador.

“Estamos felizes de ter participado da defesa do processo interno e democrático dessa instituição. A Fiocruz se tornou nos últimos meses um ponto de referência para todas as entidades brasileiras, reunindo várias instituições em uma grande frente em defesa da democracia, e da ciência, tecnologia e inovação”, afirmou Otávio Velho, presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Durante o evento de transmissão de cargo, os participantes também demonstraram seu apoio a Uerj
Em seguida, o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Ronald Ferreira dos Santos, evocou a centenária história da Fiocruz, para a partir dela apontar um caminho para o futuro da Saúde Pública nacional. “Nas origens desta instituição, na Cavalariça [instalação ao lado do palco da cerimônia] se produziam antídotos contra o que envenenava o povo brasileiro. E o Brasil hoje novamente vive um susto que ameaça toda sua população – sobretudo sua democracia, sua soberania e suas populações mais vulneráveis”, disse Santos. “Desde aquela época, a Fiocruz representa a capacidade de produção de soluções para o país. Ela guarda os antídotos ao fim da democracia, à ruptura da proteção social e à nossa capacidade produtiva. O fato de estarmos reunidos para saudar Nísia é símbolo de nossa capacidade de resistir. Resistiremos e superaremos”.

Representando o Conselho Superior da Fiocruz, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, foi o orador seguinte, fazendo uma reflexão político-existencial relacionada à pesquisa e à saúde pública, que contrapôs a ideologias individualistas e autocentradas. “Estamos saindo da era do egoísmo e do individualismo, em que meta de cada um não é ser, mas ter”, afirmou. “Aqui no meio científico, todos os dias vocês nos dão exemplos de solidariedade. Solidariedade porque, vocês sabem, não há pesquisa isolada. E também porque se é solidário com o resultado do trabalho, para conferir à sociedade um maior bem-estar e, ao outro, um maior prazer de viver”.

O evento que levou cerca de mil pessoas a Praça Pasteur, ao lado do histórico Castelo Mourisco
Penúltimo convidado externo a discursar, o secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Luiz Antônio Teixeira Júnior, fez uma elegia à Fiocruz, instituição que, em suas palavras, “se iniciou aqui, para se espalhar para todo o país”. “Ninguém no país terá capacidade para barrar a Fiocruz”, disse Luizinho, como o secretário é conhecido. “A Saúde Pública do país precisa da Fiocruz. Ela não é o maior polo de pesquisa e produção e saúde pública do Brasil; ela é o maior polo salvador de vidas do Brasil. Só tenho a agradecer à parceria entre a Secretaria de Saúde e a Fiocruz. Quanto ao SUS, é ainda um jovem. Nesses 28 anos, ele já se desenvolveu e se desenvolverá muito mais”.

Para finalizar, representando o ministro da Saúde, o secretário de Atenção à Saúde (SAS) do Ministério da Saúde, Francisco de Assis de Figueiredo, afirmou que a pasta confia na competência de Nísia para a construção de uma Fiocruz forte diante dos desafios. Figueiredo saudou e lembrou do trabalho importante de ex-ministros da Saúde presentes no evento, assim como do ex-presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha. “A Fundação é estratégica na assistência farmacêutica, na vigilância e em várias outras áreas extremamente importantes. O Ministério da Saúde acredita na grande competência desta instituição e em sua consolidação como peça fundamental do SUS”, concluiu.

Atividades culturais animam cerimônia

Composta por Caetano Veloso, a música Alegria, alegria foi a escolhida pelo Coral Fiocruz para abrir a cerimônia de transmissão de cargo de presidente da Fiocruz. Com regência de Paulo Malagutti e coordenação de Maria Clara Barbosa, o Coral também cantou o Hino Nacional Brasileiro durante a solenidade.

Logo em seguida, um Ato Ecumênico reuniu diversas lideranças religiosas. Estiveram presentes no evento: mãe Beata de Iyemonjá, Iyalorixá do Camdomblé; Maria das Graças de Oliveira Nascimento, do Movimento Inter-religioso do Rio de Janeiro; Rafael Soares de Oliveira, Ogan do terreiro da Casa Branca; o diácono Marcio Galvão, representante da Arquidiocese do Rio de Janeiro; o pastor José Roberto, representante da Igreja Evangélica; Renato Rodrigues, da Comissão de Combate a Intolerância Religiosa; o babalawo Ivanir dos Santos; Fabiane Gaspar, do Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro; Og Sperle, da União Wicca do Brasil; Sheique Mohammad Mahdi, do Centro Cultural Iman Hussein; Fátima Damas, presidente da Congregação Espírita Umbandista do Brasil; a babalorixá Elisa de Yansã, do Ilê Axé Efon; e Patrícia Tolmasquim, da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro.

Ato Ecumênico abre a cerimônia de transmissão de cargo de presidente da Fiocruz
A encenação de um trecho da peça teatral A vida de Galileu, de Bertolt Brecht, com direção de Daniel Herz e João Marcelo Pallotino e produção de Geraldo Casadei, também foi destaque da cerimônia de transmissão de cargo. A encenação foi uma homenagem ao ex-presidente Sergio Arouca e aos dez cientistas cassados pela Ditadura de 1964, no episódio conhecido como “Massacre de Manguinhos”. Em 1986, durante cerimônia para reintegração dos cientistas afastados, Arouca organizou uma encenação da mesma peça de Brecht, em Manguinhos, com os atores Claudio Corrêa e Castro, Antônio Pedro e Paulo José.
Bateria da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira encerra cerimônia
No encerramento da cerimônia, os convidados contaram com o som da bateria da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira e, logo após, do bloco Discípulos de Oswaldo. Durante todo o evento, os participantes também puderam conferir o trabalho do grafiteiro Nicolau Mello, que desenhou um painel em homenagem as mulheres na ciência. 
Grafiteiro Nicolau Mello desenha painel em homenagem as mulheres na ciência
*Colaboraram na produção deste texto: André Costa, Claudia Lima, César Guerra Chevrand, Erika Farias, Leonardo Azevedo, Renata Moehlecke e Ricardo Valverde. 

Edição: César Guerra Chevrand e Renata Moehlecke.

Leia mais: 

Autoridades repercutem a posse da nova presidente da Fiocruz

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Programa de Pós-graduação em Patologia divulga edital de seleção de mestrado e doutorado 2017.1

PgPAT mestrado doutorado 17O Programa de Pós-Graduação em Patologia (PgPAT) divulgou, hoje (16/02), o Edital de Seleção de Mestrado e Doutorado 2017.1 em Patologia Humana e Experimental. A proposta do curso é formar docentes e pesquisadores, sendo que a condução de pesquisa de qualidade é essencial para o bom desempenho do ensino universitário. As inscrições começam no dia 02 e encerram dia 23 de março. Serão oferecidas 10 vagas para mestrado e 10 para doutorado.

Os candidatos ao PgPAT devem ser alunos graduados em curso da área biomédica, no entanto, a inscrição para seleção também poderá ser feita, condicionalmente, por aluno matriculado no último semestre do curso. Para se inscrever, o candidato deve encaminhar a documentação listada em edital à secretaria do PgPAT. A divulgação do resultado está prevista para 19 de abril.

Para mais informações acesse o site do programa.

 

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Uso do rutênio (II) contra cânceres e doença de Chagas é publicado no Journal of Inorganic Biochemistry

Uso do rutênio (II)Um estudo realizado por pesquisadores da Fiocruz Bahia aborda a versatilidade química dos complexos de rutênio no tratamento do câncer e da doença de Chagas. Os resultados da pesquisa estão no artigo “Ruthenium(II) complexes of 1,3-thiazolidine-2-thione: Cytotoxicity against tumor cells and anti-Trypanosoma cruzi activity enhanced upon combination with benznidazole”, publicado no periódico científico Journal of Inorganic Biochemistry.

Dentre os cientistas que participaram do estudo estão os pesquisadores Diogo Moreira e Milena Soares e os estudantes Cássio Meira e Jamyle dos Santos, da Fiocruz Bahia; realizado em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Hospital São Rafael (Salvador), Universidade de São Paulo (USP) e EMBRAPA.

Em decorrência da elevada incidência dos cânceres de próstata e de mama, e a associação destes com um alto índice de mortalidade, o desenvolvimento de novas drogas contra a doença é de grande interesse. Hoje, medicamentos contendo metais de transição, como a cisplatina, são amplamente utilizados no tratamento de câncer, no entanto, têm sido observadas limitações em relação à resistência a esses quimioterápicos. Em contrapartida, os compostos de rutênio [Ru (II)] são fármacos promissores, pois possuem mecanismos de ação diferentes dos de compostos à base de platina e, nos últimos anos, têm sido introduzidos em ensaios clínicos; alguns destes complexos são promissores agentes antitumorais.

Ainda de acordo com o estudo, a doença de Chagas também pode ser tratada com o uso de compostos de rutênio. Atualmente, o tratamento é baseado apenas nos fármacos nifurtimox e benznidazol, que existem a mais de 50 anos e possuem baixa eficácia e altos níveis de toxicidade. Desde a descoberta da ação anti-Trypanosoma cruzi de complexos de rutênio, um grande número de complexos metálicos foi avaliado com este objetivo.

Método e resultados – Para realizar esta pesquisa, os cientistas sintetizaram três novos complexos mistos e mononucleares de rutênio (II). Os resultados demonstraram que alguns complexos de Ru (II) apresentaram maior efeito citotóxico contra linhagens celulares cancerígenas, em comparação com a cisplatina. Além disso, muitos destes complexos apresentaram atividade antiparasitária contra o parasito T. cruzi, agindo de forma sinérgica com a droga de referência, benznidazol; outros chegaram a causar morte celular do parasito através de um processo de necrose.

A partir do conjunto dos resultados, os cientistas chegaram à conclusão de que os complexos de Ru (II) têm forte atividade farmacológica. Os pesquisadores afirmam que a combinação de drogas é um aspecto importante na terapia anti-câncer e antiparasitária. Além disso, foi observado que o Ru (II) apresenta melhor atividade antiparasitária quando administrado em combinação com o benznidazol, o que revela que estes complexos são moléculas adequadas para composições de combinação de drogas.

Clique aqui para ler na íntegra o artigo publicado em janeiro de 2016.

 

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Abertas as inscrições para Pós-Doutorado em Patologia Humana

PgPAT posdoc 17

O Programa de Pós-Graduação em Patologia (PgPAT) está com as inscrições abertas para seleção de candidatos a Pós-Doutorado do Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD/CAPES). São 3 modalidades de público alvo: brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil e portadores de visto temporário; estrangeiros residentes no exterior; e brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil, que atuem como docentes ou pesquisadores de Instituições de Ensino Superior ou instituições públicas.

As inscrições encerram no dia 10 de março. O candidato deve preencher a ficha de inscrição, que pode ser encontrada no site do curso, e submeter à secretaria do PgPAT, junto com documentação listada em edital. A divulgação do resultado está prevista para a partir de 20 de março e as atividades do curso têm início previsto para 01 de abril.

Para requisitos de candidatos, documentação e outras informações acesse o edital do programa.

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European Journal of Medicinal Chemistry publica estudo sobre nova série de compostos contra doença de Chagas

Phthalimido-thiazolesO artigo Phthalimido-thiazoles as building blocks and their effects on the growth and morphology of Trypanosoma cruzi traz um estudo realizado pelos pesquisadores da Fiocruz Bahia, Diogo Moreira e Milena Soares e da doutouranda Tanira Bastos, que aborda a síntese e a atividade anti- Trypanosoma cruzi de uma nova série de compostos químicos da classe de ftalimidos-tiazóis. Publicada no European Journal of Medicinal Chemistry, a pesquisa foi realizada em parceria com o Hospital São Rafael (Salvador), o Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

A doença de Chagas é uma infecção parasitária causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, que afeta entre 6 e 7 milhões de pessoas no mundo. Os medicamentos existentes para o tratamento da doença de Chagas, o benznidazol e o nifurtimox, foram introduzidos na clínica na década de 70. Ambos os fármacos apresentam boa eficácia quando administrados logo após a infecção, durante a fase aguda da doença, incluindo os casos de transmissão congênita. Entretanto, a eficácia de cura diminui se administrados em uma fase mais tardia e com baixa parasitemia. Com isso, o tratamento da doença de Chagas é considerado limitado durante a fase crônica da infecção.

De acordo com os especialistas, os dados da pesquisa revelam, pela primeira vez, uma nova série de compostos ftalimido-tiazóis com efeitos potenciais contra o T. cruzi. Alguns dos compostos testados apresentaram potente atividade inibitória da forma tripomastigota do parasito em concentração não tóxica a esplenócitos, indicando a seletividade destes. Além disso, o tratamento dos parasitos com compostos ftalimido-tiazóis causou alterações ultraestruturais em diferentes compartimentos celulares incluindo encurtamento do flagelo, condensação da cromatina, inchaço das mitocôndrias, alterações nos reservossomos e dilatação do retículo endoplasmático.

Clique aqui para acessar o artigo publicado em janeiro de 2016.

 

 

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Pesquisa analisa a presença do Pneumococo em crianças antes da introdução da vacina PCV 10

Nasopharyngeal carriageEstudo coordenado por pesquisadores da Fiocruz Bahia apresenta dados sobre a presença do Pneumococo em crianças antes da introdução da vacina conjugada pneumocócica-10 (PCV 10), no Brasil. Os especialistas realizaram testes para analisar a associação entre os fatores de risco demográficos e as chances de ser colonizado com um sorotipo de alta ou baixa capacidade de causar doença invasiva. Os resultados dessa pesquisa estão no artigo “Nasopharyngeal carriage of Streptococcus pneumoniae among children in an urban setting in Brazil prior to PCV10 introduction”, publicado pelo periódico Vaccine, vinculado a editora científica Elsevier.

Participaram do estudo os pesquisadores da Fiocruz Bahia Jailton Azevedo, Leila Campos, Mitermayer Reis, Albert Ko, Guilherme Ribeiro e Joice Reis e a doutouranda Ana Paula Menezes, em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP Fiocruz- RJ), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Centers for Disease Control & Prevention, (Atlanta- EUA) e Yale School of Public Health (New Haven- EUA).

O estudo – Os cientistas realizaram a pesquisa com cerca de 200 crianças, com idade inferior a 5 anos, do bairro de Pau da Lima (Salvador), entre janeiro de 2008 e janeiro de 2009. Através de entrevistas com a família destas crianças, os pesquisadores coletaram dados sociodemográficos e de saúde. Também foram recolhidas amostras da cavidade nasal de cada criança e feito o isolamento e análise da bactéria Streptococcus pneumoniae.

Os resultados da pesquisa mostraram uma prevalência de 55% de presença da bactéria Streptococcus pneumoniae na nasofaringe das crianças. Foi detectado, por meio de análise multivariada, que as variáveis associadas à presença da bactéria foi ter contato com três ou mais crianças menores de 2 anos de idade e residir em casas superlotadas, fatores associados também à colonização por sorotipos altamente invasivos.

Segundo os especialistas, a pesquisa fornece informações básicas sobre a presença do pneumococo, que podem ser importantes no monitoramento e avaliação da vacina PCV-10. Os cientistas concluíram que as condições de alta densidade demográfica, fato comum em comunidades, desempenham papel relevante na transmissão do pneumococo. Em outros países, depois da introdução da vacina pneumocócica conjugada, foram observadas mudanças no sorotipo, substituição e expansão de pneumococos por sorotipos não incluídos na vacina. Por isso, é essencial haver um monitoramento dessas comunidades depois da introdução das vacinas.

Clique aqui e leia na íntegra o artigo publicado em dezembro de 2015.

 

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Dissertação estima a prevalência de portadores de N. meningitidis em adolescentes após vacina

AUTORA: Amélia Maria Pithon Borges Nunes
ORIENTADORA: Guilherme de Sousa Ribeiro
TÍTULO DA TESE: “Colonização por Neisseria meningitidis entre adolescentes após introdução da vacina meningocócica C em Salvador, Brasil”
PROGRAMA: Mestrado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa- Fiocruz Bahia
DATA DE DEFESA: 20/02/2017

RESUMO

INTRODUÇÃO: Neisseria meningitidis é uma bactéria que coloniza habitualmente a mucosa do trato respiratório superior sem causar qualquer sintoma (estado de portador sadio). Eventualmente, ela pode invadir a mucosa faríngea e causar uma doença fatal. A colonização pelo meningococo depende da idade, sendo que os adolescentes e jovens adultos têm a maior prevalência. Por esta razão, eles são considerados como a maior fonte de transmissão deste microrganismo. OBJETIVOS: Estimar a prevalência de portadores sadios de N. meningitidis em adolescentes de 11 a 19 anos de idade após introdução da vacina meningocócica C conjugada em Salvador e investigar fatores associados com o estado de portador. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo de corte transversal que incluiu uma amostra aleatória de 1.200 estudantes, entre 11 e 19 anos de idade, de escolas públicas em Salvador, Bahia. Entre setembro e dezembro de 2014 foi realizada coleta de swabs orofaríngeos e N. meningitidis foi identificada por métodos clássicos e por Reação de Cadeia de Polimerase. RESULTADOS: A prevalência de portadores de N. meningitidis foi de 4,9% (Intervalo de Confiança 95%, 3,6 – 6,1). Dos 59 participantes colonizados, 36 (61%) eram portadores de cepas não-grupáveis enquanto sete (11,8%) eram colonizados pelo genogrupo B, cinco (8,5%) pelo genogrupo Y, quatro (6,7%) por E, três pelo genogrupo Z (5,1%), e dois (3,4%) de cada pelos genogrupos C e W. Não houve diferença na prevalência por grupo etário. A prevalência de colonizados por N. meningitidis foi 2,02 (IC 95%, 0,99 – 4,12, p=0,05) vezes maior em adolescentes que informaram que apenas um cômodo em suas residências era usado para dormir em comparação com aqueles que relataram dois ou mais cômodos usados para dormir. Quanto à exposição passiva ao tabagismo, adolescentes que informaram que apenas a mãe era tabagista no domicílio tiveram prevalência 2,48 (IC  95%, 1,6 – 5,29, p=0,01) vezes maior do que adolescentes que informaram não serem expostos ao tabagismo em seus domicílios. Frequência a festas/“shows” também foi associada à colonização pelo meningococo, sendo que a frequência a essas atividades por cinco ou mais vezes no mês resultou em uma prevalência de colonização 2,61 (IC 95%, 1,38 – 4,92, p=0,02) vezes maior do que adolescentes que relataram frequentar festas/“shows” apenas uma vez no mês. CONCLUSÕES: Os resultados deste estudo mostram que a prevalência de portadores sadios de N. meningitidis em adolescentes em Salvador, Bahia, é baixa e potencialmente influenciada pela baixa prevalência de N. meningitidis genogrupo C em função das campanhas de imunização contra este genogrupo realizadas em 2010. A contínua vigilância epidemiológica da doença meningocócica, aliada a estudos de prevalência de colonização por N. meningitidis, são importantes para identificar mudanças na dinâmica do meningococo, principalmente na emergência de doenças causadas por outros genogrupos que não o genogrupo C.

 

Palavras-chave: Neisseria meningitidis, adolescentes, epidemiologia, colonização, prevalência.

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Estudo mostra que número de amastigotas de Leishmania no tecido é maior em fase precoce e tem relação com macrófagos

leishmaniose cutanea saPublicado no The American Journal of Tropical Medicine na Hygiene, o artigo “Characterization of the Histopathologic Features in Patients in the Early and Late Phases of Cutaneous Leishmaniasis” discute a relação da resposta imune e o surgimento de úlceras em pacientes com leishmaniose cutânea recente e tardia. O trabalho foi publicado pelos pesquisadores da Fiocruz Bahia, Sérgio Arruda, Edgar Carvalho, Lucas Carvalho e Maíra Saldanha, em parceria com a Universidade Federal da Bahia e a Universidade da Pensilvânia (EUA).

Leishmaniose é um termo para designar um espectro de doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania transmitida por flebotomíneos infectados. As características clínicas incluem desde a infecção assintomática até úlceras localizadas, disseminadas e, por vezes, com comprometimento de mucosas.

A leishmaniose cutânea caracteriza-se por apresentar lesão ulcerada na sua forma clínica mais comum. Observa-se que antes da úlcera surgir nos pacientes infectados, há o desenvolvimento de um pápula no local da picada do mosquito, e essa fase é conhecida como leishmaniose cutânea precoce.

Após um intervalo que varia de duas a quatro semanas, posterior a formação da pápula, a úlcera típica desenvolve-se. Por mais que haja estudos acerca das respostas imunes de pacientes com leishmaniose cutânea precoce, ainda há poucos trabalhos que tratem da infecção in situ dessas manifestações iniciais e já na fase da úlcera já aberta.

Dessa forma, a equipe realizou um estudo de corte transversal com o intuito de comparar fatores histopatológicos de biópsias de pele de pacientes com manifestações precoces e tardios da leishmaniose cutânea. A equipe avaliou a área infiltrada pelas células, os perfis dessas células bem como necrose tecidual e o número de parasitas.

Constatou-se que o número de parasitas (amastigotas) na lesão recente inicial é maior do que na manifestação tardia. Mostrou-se também a inexistência de uma relação entre o número de parasitas e o tamanho da lesão e a inflamação tecidual. Os pesquisadores concluíram macrófagos e parasitas e se correlacionam com a destruição tecidual e sugerem que os macrófagos estão diretamente relacionados com a imuno patologia das lesões cutâneas causadas por Leishmania braziliensis.

Clique aqui e leia o trabalho na íntegra.

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Autonomia Intelectual é o tema da aula inaugural na Fiocruz Bahia

Dando início às atividades acadêmicas da Fiocruz Bahia, a instituição realizará, no dia 7 de março, a aula inaugural com o tema “Autonomia Intelectual”, ministrada pelo professor titular de filosofia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pesquisador do CNPq, Waldomiro José da Silva Filho.

O evento dará início às atividades dos cursos de Pós-Graduação em Patologia Humana (PgPAT) e Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI), no entanto, a aula é aberta ao público e não necessita de inscrição prévia. As aulas inaugurais são palestras que acontecem em todas as unidades da Fundação Oswaldo Cruz, marcando o início do ano letivo na Instituição.

Waldomiro é pós-doutor pelo Departamento de Filosofia da Harvard University e pela Purdue University (Estados Unidos). Sua atuação em pesquisa e ensino é na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia da Mente, Epistemologia, Ceticismo e Pragmatismo.

A aula contará com a participação da diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves; da vice-diretora de Ensino, Comunicação e Informação da Fiocruz Bahia, Patrícia Veras; da coordenadora do PgPAT, Cláudia Brodskyn; do coordenador da PgBSMI, Guilherme Ribeiro; da coordenadora geral de Pós-Graduação da Fiocruz, Maria Cristina Guilam e do pró-reitor de Pós-Graduação da UFBA, Olival Freire Junior.

O que: Aula Inaugural
Quando: 07 de março de 2017
Horário: 09 horas
Onde: Auditório Aluízio Prata – Fiocruz Bahia (Rua Waldemar Falcão, 121, Candeal)

Confira a programação:

Aula inaugural palestra

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“Perfil de microRNAs expressos na Leishmaniose Cutânea Localizada e outras patologias cutâneas”

10 02 Natalia Tavares

Natália Tavares possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Bahia (2005), mestrado (2008) e doutorado (2013) em Patologia Experimental pela UFBA-FIOCRUZ/BA, sob orientação da Dra. Cláudia Brodskyn. Participou da equipe coordenada pelo Dr. Nicolas Glaichenhaus no doutorado sanduíche (Bolsista CNPq-SWE em 2012) na área de Imunidade de Mucosas e Inflamação (IPMC-Université de Nice/França). Fez pós-doutorado no CPqGM-FIOCRUZ/BA, investigando a interação entre células dendríticas e neutrófilos humanos na leishmaniose cutânea. Também participou da equipe coordenada pelo Dr. Carlos Henrique Serezani durante pós-doutorado na Indiana University – Purdue University of Indiana (Indianapolis, EUA). Atua na área de pesquisa em imunologia, biologia celular e parasitologia, com ênfase no papel da imunidade inata na leishmaniose cutânea. Tem desenvolvido projetos nos temas: interação entre parasita e células hospedeiras, além de testes de candidatos à vacina. (Texto informado pelo autor)

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“Aspectos neuroimunológicos da alergia alimentar”

 

03 02 Ana Maria

Ana Maria Caetano de Faria possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (1984), mestrado em Microbiologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1989), doutorado em Imunologia pela Universidade de São Paulo (1994) e pós-doutorado pela Harvard Medical School, Boston, EUA (1998-1999 e 2003). Foi Pesquisadora Visitante na Universitá di Bologna, Itália entre setembro 2001 a fevereiro 2012. Foi membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Imunologia, SBI (2011-2013), da Câmara de Assessoramento de Ciências Biológicas e Biotecnologia da FAPEMIG (2011-2013) e foi membro do Comitê de Acessoramento de Imunologia do CNPq (2012-2015). Atualmente é Professora Titular de Imunologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Tem experiência na área de Imunologia, com ênfase em Imunobiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Imunologia de Mucosas, Imunobiologia da Nutrição, Tolerância oral, Imunobiologia do Envelhecimento. (Texto informado pelo autor)

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Vice-Diretora da Fiocruz Bahia é homenageada em evento do Conselho Regional de Farmácia

Em evento promovido pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado da Bahia, a vice diretora de pesquisa da Fiocruz Bahia, pesquisadora Marilda Gonçalves, foi homenageada, entre 19 farmacêuticos e personalidades públicas, pelo mérito farmacêutico e por suas experiências bem sucedidas no SUS. Confira a matéria do CRF-BA:

 

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Forte emoção marcou a celebração do Mérito Farmacêutico

As comemorações pela passagem do Dia do Farmacêutico foram encerradas com uma importante cerimônia de entrega da Comenda pelo Mérito Farmacêutico e de Experiências Exitosas no Sistema Único de Saúde (SUS), na noite da última sexta-feira, 20 de janeiro, no Salão Esmeralda do Hotel Sheraton da Bahia.

O presidente do CRF-BA, Dr. Mário Martinelli Júnior, iniciou a solenidade, que homenageou 19 pessoas entre farmacêuticos e personalidades públicas pelo mérito farmacêutico e pelas experiências bem sucedidas no SUS. Participaram da mesa de abertura, o presidente do CRF-BA, Dr. Mário Martinelli Júnior; o conselheiro federal, Dr. Altamiro José dos Santos; a diretora do Sindifarma, Dra. Ana Patrícia Dantas; deputada federal e farmacêutica, Dra. Alice Portugal; o diretor do Cremeb, Dr. Antonio José Pessoa Dórea, o presidente do Fecomércio Bahia, Dr. Carlos Andrade, a diretora da Faculdade de Farmácia da UFBA, Dra. Tãnia Fraga Barros.

O presidente do CRF-BA, Dr. Mário Martinelli, ao abrir a solenidade falou da importância da celebração e lembrou a trajetória do conselho nesta gestão com o crescimento do atendimento no interior do estado e no combate das farmácias irregulares na Bahia, resultado da ação da fiscalização do conselho.

O conselheiro federal, Dr. Altamiro José, lembrou os avanços conquistados nos últimos anos, a partir das resoluções aprovadas pelo CFF (que regulamentam a farmácia clínica e a prescrição farmacêutica) e a Lei nº13.021/2014, que coloca a farmácia como estabelecimento de saúde.

Foram homenageados, Dr. Ajax Mercés Atta; Dr. Altamiro José dos Santos; Dra. Ana Carolina Moraes de Santana; Dra. Blície Jennifer Balisa Rocha; Dra. Eliana Cristina de Santana Fiais; Dr. Josemar Fonseca Silva;  Dr. Julianeli Tolentino Lima; Dra. Maria Amélia Vieira; Dra. Marilda de Souza Gonçalves; Dr. Plínio de Souza Gonçalves; Dr. Antônio Mário Ribeiro e o Dr. Cláudio Santos de Andrade. Além desses profissionais, receberam homenagens os farmacêuticos que desenvolveram experiências exitosas no SUS Dra. Larissa Morgan Andrade Lemos, Dr. Antoniel César Tibério Sampaio de Souza e Dr. Andrinoeliton Tibério Sampaio de Souza, Dra. Marcela Vieira Jardim Ramalho e Dr. Mário Alessandro Gontijo de Melo; Dr. Márcio Adriano Matos Oliveira, Dr. Márcio Vasconcelos Oliveira e Dra. Ibis silva carvalho e Dra. Edna de Souza Alves Santos

Os profissionais demonstraram uma grande alegria pelo reconhecimento da honraria e a noite ficou marcada pela forte emoção dos homenageados.  Destacamos o discurso do farmacêutico Dr. Plínio de Souza Gonçalves agradeceu a homenagem. Com 89 anos de vida e mais de 66 anos de vida profissional ininterrupta à profissão, o farmacêutico, fez um breve relato sobre a sua trajetória profissional. “Senhoras e senhores, por mais que desejasse não encontraria palavras para traduzir a emoção, gratidão e importância que atribuo a essa comenda que hoje me é concedida”, disse.

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Tese avaliou biomarcadores de gravidade em cães naturalmente infectados por Leishmania infantum

AUTORA: Manuela da Silva Solcà.
ORIENTADORA: Patrícia Sampaio Tavares Veras.
TÍTULO DA TESE: Avaliação de biomarcadores de gravidade em cães naturalmente infectados por Leishmania infantum.
PROGRAMA: Doutorado em Patologia Humana – UFBA /FIOCRUZ
DATA DE DEFESA: 09/02/2017

 

Resumo

 

Nas Américas, a leishmaniose visceral (LV) é causada pelo protozoário Leishmania infantum, que pode acometer humanos e animais. Dentre estes, o cão é considerado o principal reservatório doméstico do parasito. O curso da LV canina (LVC) varia dentre os animais, podendo alguns se mostrarem resistentes a infecção, se mantendo subclínicos, e outros susceptíveis demonstrando sinais da doença. O estado de resistência ou susceptibilidade à LVC, reflete na gravidade da infecção do animal, e não pode ser definido pelo quadro clínico apresentado ou por qualquer parâmetro isolado de resposta imune. Padrões de suscetibilidade e resistência à infecção por Leishmania devem estar correlacionados ao quadro clínico e com biomarcadores parasitológicos como a carga parasitária do animal ou biomarcadores imunológicos. A análise de carga parasitária dos animais é um importante parâmetro para acompanhar o curso da infecção e avaliar sua gravidade, podendo funcionar também como um biomarcador parasitológico. Ademais, a busca e identificação de outros biomarcadores de gravidade ajuda a melhorar a compreensão da patogênese da LV no hospedeiro. O objetivo da presente tese consiste em avaliar biomarcadores parasitológicos e biomarcadores de exposição a saliva do vetor, e identificar biomarcadores inflamatórios indicativos da gravidade da infecção por L. infantum em cães. Para este intuito um protocolo de PCR quantitativa (qPCR) para quantificação da carga parasitária foi desenvolvido e validado. A qPCR padronizada teve seu desempenho avaliado empregando a análise de classe latente, comparando o seu desempenho com outras técnicas diagnósticas e empregando-se diferentes amostras biológicas. A sensibilidade para a qPCR de aspirado esplênico (95,8%) foi maior do que as obtidas para os outras amostras biológicas e testes diagnósticos. Posteriormente, após a reação de qPCR ter sido validada, esta foi aprimorada para utilização em estudos epidemiológicos, sendo padronizada em formato duplex tanto na forma líquida como no formato em gel (ready-to-use), adicionando-se à reação padronizada anteriormente, primers específicos para a detecção de um gene constitutivo canino. Em seguida, foi realizado um estudo exploratório de uma amostra de cães coletada durante um estudo de corte transversal, em Camaçari-BA, no qual foram avaliados simultaneamente biomarcadores parasitológicos, imunológicos de exposição à saliva do vetor, e biomarcadores de inflamação, em cães com diferentes quadros clínicos de LVC, visando identificar perfis associados com a gravidade da doença clínica. A análise identificou uma bioassinatura distinta em cães com diferentes manifestações clínicas, caracterizada por uma diminuição dos níveis de LTB-4 e de PGE-2 e um aumento de CXCL1 e CCL2, de acordo com o agravamento da doença. Além disso, utilizando uma combinação de 3 parâmetros distintos (LTB-4, PGE-2 e CXCL1) fomos capazes de discriminar entre escores clínicos diferentes pela construção de uma curva ROC. Foi detectado também, que cães com escores clínicos elevados apresentaram-se, mais frequentemente, com negatividade para IgG anti-saliva e elevadas cargas parasitárias. Este estudo permitiu a avaliação e identificação de vários biomarcadores em cães, que podem ser importantes para auxiliar na avaliação do curso da doença e prognóstico por médicos veterinários, além de futuramente poder ajudar na distinção entre cães resistentes ou susceptíveis direcionando estratégias de controle da LVC em áreas endêmicas. Assim, neste trabalho foi possível concluir que existem biomarcadores parasitológicos como a carga parasitária, biomarcadores imunológicos e inflamatórios como CXCL1, CCL2, LTB-4, PGE-2, além da produção de anticorpos específicos contra as proteínas LJM 11 e LJM 17 da saliva do vetor, que são capazes de diferenciar animais infectados por L. infantum de acordo com seus diferentes quadros clínicos.

Palavras-chave: Leishmaniose Visceral Canina, Biomarcadores, qPCR, Cão.

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Estudo de pesquisadora da Fiocruz Bahia repercute na imprensa internacional

Estudos sobre a relação dos vírus da dengue, da zika e da chikungunya com complicações neurológicas em pacientes infectados, realizados pela pesquisadora da Fiocruz Bahia Isadora Siqueira e pelo neurologista e estudante de mestrado da Fiocruz Bahia Mateus do Rosário, tiveram repercussão na imprensa internacional. Os resultados deste estudo, desenvolvido em parceria com pesquisadores dos Estados Unidos, foram apresentados em uma reunião da American Society of Tropical Medicine and Hygiene (Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene) e repercutiram em veículos como o The Wall Street Journal, NBC News e Science Daily.

As pesquisas trataram da interação e atuação conjunta dos vírus da dengue e da chikungunya com o vírus Zika. As análises mostraram que cada um desses vírus pode ter o potencial de causar diversas complicações neurológicas, algumas muito graves, e os sintomas devem ser monitorados. Os achados de um estudo em andamento, em dois hospitais de Salvador, relatam 21 casos de doenças neurológicas associadas com arbovirus, sendo a maioria delas a síndrome de Guillain-Barré.

Observou-se também casos de encefalite e de dois pacientes, no mesmo hospital, com a rara síndrome de opsoclonus-mioclonos (ou síndrome de Kinsbourne). Um deles testou positivo para zika e dengue, enquanto o outro tinha chikungunya e dengue. “O que é difícil de determinar é se ter uma coinfecção com dois desses vírus aumenta o risco de problemas neurológicos. Nós ainda estamos avaliando o caso de um paciente que foi infectado com ambos, dengue e chikungunya”, afirmou Isadora Siqueira.

Estes estudos sobre a síndrome de Guillain-Barré também resultaram no artigo Case Report: Guillain–Barré Syndrome after Zika Virus Infection in Brazil, assinado pelos pesquisadores da Fiocruz Bahia, que traz relatos de dois casos de pacientes infectados pelo vírus zika, que apresentaram sintomas da síndrome de Guillain-Barré. Foi detectada, através de testes diagnósticos, a presença de anticorpos IgM específicos para o vírus Zika, confirmando a infecção pelo vírus associado ao surgimento dos sintomas da síndrome.

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