Dissertação avalia soroprevalência da doença de Chagas entre indígenas

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Estudante: Débora Silva Amorim Freitas
Orientação: Fred Luciano Neves Santos
Coorientação: Isadora Cristina de Siqueira
Título da dissertação: “INQUÉRITO SOROEPIDEMIOLÓGICO DA DOENÇA DE CHAGAS EM POPULAÇÕES INDÍGENAS DO BRASIL”
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 29/05/2024
Horário: 09h00
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 836 7571 8715
Senha: debora

Resumo

No Brasil, de acordo com o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 1.652.876 indígenas, sendo a Bahia o estado com o segundo maior número de indígenas, precedido por Mato Grosso do Sul. Equipes especializadas em saúde indígena dedicam-se à identificação, tratamento e prevenção de doenças negligenciadas que impactam essa população, como a doença de Chagas (DC), que afeta aproximadamente 6-7 milhões de pessoas globalmente. A falta de dados específicos sobre a DC nas comunidades indígenas do Brasil é um obstáculo significativo na determinação de áreas prioritárias para a implementação de políticas públicas de combate à doença. Nosso estudo teve como objetivo avaliar a soroprevalência da DC entre os indígenas brasileiros. Para isso, foram realizados ensaios sorológicos usando antígenos recombinantes quiméricos (IBMP-8.1, IBMP-8.2, IBMP-8.3, IBMP-8.4) para detectar anticorpos anti-Trypanosoma cruzi utilizando a técnica de ELISA. Adicionalmente, as amostras foram submetidas a dois testes comerciais para validação. A análise sorológica incluiu um painel de 2.915 amostras coletadas nas populações indígenas dos estados da Bahia e Mato Grosso do Sul. Foram identificadas duas amostras positivas (0,07%), originárias de Euclides da Cunha-BA e Santa Cruz Cabrália-BA. No entanto, 66 amostras apresentaram resultados positivos em apenas um dos testes comerciais, indicando a possibilidade de reatividade cruzada com espécies do gênero Leishmania. A identificação de áreas prioritárias para intervenções e a continuação das investigações são essenciais para um controle mais eficaz da doença e para a melhoria das condições de saúde dos povos indígenas no Brasil.

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