Tratamento de pacientes com HIV e HTLV tem impacto com a pandemia

Uma das preocupações de pessoas portadoras dos vírus HIV e HTLV é a continuidade de acompanhamento médico durante a pandemia de Covid-19, tendo em vista a recomendação do isolamento social para evitar o contágio do Sars-CoV-2 e o momento em que as unidades de saúde e hospitais se voltaram para o enfrentamento do novo coronavírus. 

O HIV e o HTLV são retrovírus da mesma família. Menos popular que o HIV, que compromete o sistema imunológico causando uma imunodeficiência, o HTLV causa doenças como leucemia, incontinência urinária, disfunção erétil e problemas neurológicos, sendo a Bahia o estado com a maior taxa de infecção do Brasil

A pesquisadora da Fiocruz Bahia, Fernanda Grassi, conta que o medo de se expor ao coronavírus levou alguns pacientes a não irem às unidades de saúde onde faziam acompanhamento. A médica ressalta que, embora o HTLV e o HIV controlado não sejam fatores complicadores para Covid-19, muitos desses pacientes possuem outras doenças que os incluem ao grupo de risco.

Fernanda explica que as pessoas com HIV que realizam tratamento antirretroviral, estando com seu sistema imune reconstituído, como é o caso da maioria dos indivíduos tratados, não possuem risco maior de complicações na infecção pelo coronavírus do que as pessoas que não portadoras de HIV.  

“O risco para o paciente com HIV que possui comorbidades será o mesmo de pessoas que não são portadoras de HIV, mas que tenham doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade ou idade avançada, por exemplo. O HIV controlado não leva a maior morbidade da Covid-19”, salienta. O HIV requer o uso de antivirais que sejam utilizados de forma contínua. Segundo a pesquisadora, a interrupção do tratamento pode fazer com que ocorra resistência do vírus, então é imprescindível a continuação.

No caso do HTLV, Fernanda afirma que não existe, até o momento, nenhum relato de que a Covid-19 aumente a gravidade da doença. No entanto, os pacientes portadores desse vírus frequentemente são pessoas com idade avançada e com comorbidades, por isso podem pertencer ao grupo de risco do coronavírus. 

Embora não exista um tratamento específico para o vírus HTLV, o acompanhamento médico dessas pessoas é importante por conta das doenças que ele causa, como problemas neurológicos e a leucemia de célula T. A interrupção leva ao agravamento dos casos. 

Telemedicina

Para a pesquisadora, a telemedicina é uma ferramenta importante para que os tratamentos dessas doenças não sejam interrompidos. Um serviço de telemedicina foi implantado para pacientes com HIV em tratamento de Profilaxia Pós-Exposição (PEP), coordenado pela professora Inês Dourados, na Universidade Federal da Bahia (UFBA).  

Um esquema para atendimento remoto também foi montado para atender esses pacientes no Centro de HTLV da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), coordenado pelo pesquisador emérito da Fiocruz, Bernardo Galvão, instituição em que Fernanda também atua como professora. O Centro oferece o serviço por vídeo-chamada para orientar os pacientes com HTLV, não só com o atendimento pelos médicos infectologistas e neurologista, como também por toda a equipe multidisciplinar. 

Contato: Centro de Tratamento ao Portador de HTLV (EBMSP) –  3276-8281

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Fiocruz Bahia promove o quarto encontro do ciclo de seminários sobre Covid-19

O pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Samuel Pita, é o convidado da próxima apresentação do Ciclo de Seminários Integrados sobre Sars-Cov-2 (Covid-19). O tema da palestra, que acontece no dia 07 de julho, às 16h, no canal do YouTube da Fiocruz Bahia, será “Uma abordagem estrutural para a descoberta de compostos anti-SARS-CoV 2: a proteína espicular S”. 

Promovido pela Vice-diretoria de Ensino da Fiocruz Bahia, o encontro terá como mediadoras as pesquisadoras da instituição, Patrícia Veras, Juliana Menezes e Valéria Borges.

Os seminários fazem parte das atividade dos alunos dos programas de pós-graduação em Patologia Humana e Experimental (PgPAT – UFBA/ Fiocruz Bahia) e em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI – Fiocruz Bahia). As apresentações abordam temas como filogenética do vírus, epidemiologia, imunologia, interação vírus-células, vacinas, diagnóstico, tratamento, biologia de sistemas e ética e ocorrem semanalmente, às terças-feiras.

Sobre o palestrante

Samuel Silva da Rocha Pita é Docente de Química Farmacêutica da Faculdade de Farmácia na Universidade Federal da Bahia, Pesquisador do Grupo de Avaliação e Planejamento de Moléculas Bioativas, Docente Permanente dos programas de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas PPGFARMA, da Universidade do Estado da Bahia- UNEB e do PPGCF, da Universidade Estadual de Feira de Santana- UEFS. Tem experiência na área de Farmácia, com ênfase em Química Medicinal, atuando principalmente nos seguintes temas: QSAR, Docking, Dinâmica Molecular, Triagem Virtual, Modelagem Comparativa. Estas metodologias são empregadas no desenvolvimento de fármacos contra doenças negligenciadas (doença de Chagas, do sono e leishmanioses), Covid-19, HIV, zika e chikungunya. 

É graduado em Farmácia pela Universidade Federal de Alfenas (2002), mestre em Ciências (Química Orgânica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006), foi bolsista de Desenvolvimento Tecnológico Industrial da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006/2007), é doutor em Ciências Biológicas (Biofísica) e pós-doutor pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2011).

Clique aqui e confira o Currículo Lattes do palestrante.

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Artigo do Brazilian Journal of Medicine and Human Health descreve epidemia de Zika no Brasil

brief review of zika copyO períodico Brazilian Journal of Medicine and Human Health, da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (Salvador), publicou um artigo que descreve a disseminação do vírus Zika no mundo, mostrando as lacunas no conhecimento relacionado à infecção e abordando as características genéticas e epidemiológicas do vírus. O trabalho, intitulado A Brief Review On Zika Virus Infection, foi assinado pelos pesquisadores da Fiocruz Bahia Fernanda Grassi e Geraldo Gileno; pelo doutorando Antônio Bandeira e pela pós-doutoranda Luana Gois.

O estudo traça um breve histórico da disseminação do Zika pelo mundo, que inicia com o primeiro isolamento do vírus em 1947, em Uganda, percorrendo o Sudeste Asiático e Ilhas do Pacífico (2007) – onde ocorreram vários surtos, alguns acompanhados de manifestações neurológicas – até chegar nas Américas. No Brasil, o primeiro surto de Zika aconteceu em 2015, comprometendo neurologicamente um grande número de fetos.

Detectado pela primeira vez em pacientes de Camaçari (Bahia), em março de 2015 e, posteriormente, em outros estados a partir de maio de mesmo ano, estima-se que entre 440 mil e 1,3 mil indivíduos foram infectados no Brasil, durante a epidemia. Além da transmissão viral através do mosquito vetor, o Aedes aegypti, foram relatadas a transmissão por via sexual, perinatal e transfusão de sangue. Além disso, constatou-se  que o vírus podia ser isolado na saliva e na urina de indivíduos durante a fase aguda de infecção.

Diagnóstico do vírus – Os pesquisadores explicam que o diagnóstico da infecção por Zika é baseado em sinais clínicos e na detecção do RNA viral em laboratório, no entanto, no período da epidemia, poucos tinham essa capacidade. O diagnóstico era dificultado  também pela exposição a antígenos de outros membros do gênero Flavivirus, como a dengue, inclusive foi constatada entre eles uma identidade genética de cerca de 60%. Outro fator que difultava a constatação da enfermidade era que a grande maioria dos casos de infecção por Zika são assintomáticos ou apresentam síndrome semelhante à dengue.

O artigo também relembra que o surto de zika foi associado a um número crescente de bebês nascidos com microcefalia, o Zika foi detectado no líquido amniótico, no cérebro ou no líquido espinhal de 41 bebês. Os primeiros casos foram diagnosticados cerca de seis meses após a detecção do vírus no país e, até 28 de maio de 2016, o Ministério da Saúde do Brasil havia confirmado 1.489 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central. Em fevereiro de 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a epidemia por Zika uma emergência de saúde pública de importância internacional.

No período deste estudo, as evidências disponíveis já indicavam uma associação entre o vírus e a ocorrência de microcefalia, mas ainda não estavam claros os fatores ligados a este resultado. Naquele momento, havia uma lacuna no conhecimento da resposta imunitária na infecção por Zika, as pesquisas na área ainda investigavam o papel da resposta imune na proteção ou em associação com as complicações neurológicas.

Os pesquisadores afirmaram que a caracterização da resposta imune imunodominante/protetora poderia contribuir para o desenvolvimento de testes de vacinas e diagnósticos.  Durante a epidemia, a comunidade científica fez esforços para lidar com a emergência na saúde pública, através de estudos sobre aspectos clínicos e epidemiológicos da infecção, desenvolvimento de diagnóstico laboratorial preciso, medicamentos e vacinas, bem como controle de vetores.

Clique aqui e confira na íntegra o artigo publicado em junho de 2016.

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RAIC é encerrada com premiação dos melhores trabalhos da edição

Depois de três dias de evento, encerrou-se hoje (02/06) a 25ª Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC) do Instituto Gonçalo Moniz (IGM – Fiocruz Bahia). Foram apresentados 65 trabalhos de iniciação científica, que passaram pela avaliação da banca julgadora, composta por doutores da instituição e convidados. Três estudantes foram premiados na categoria melhor trabalho: Patrick Camardelli Santos; Pâmela Silva Anjos; Carina Santos de Souza. Outros três receberam menção honrosa: Flávio Henrique de Jesus Santos; Gabriele Louise Soares Martins; Igor Muller da Silva Santos.

Esta edição contou com quatro bancas julgadoras, que indicaram, cada uma, um trabalho vencedor e a menção honrosa. A exceção foi a banca do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), que indicou somente a categoria de melhor trabalho, na qual foi premiada foi a estudante Diana Angélica dos Santos Dantas.

A abertura da premiação contou com participação da diretora do centro, Marilda Gonçalves, que agradeceu a todos e parabenizou os estudantes. A pesquisadora da Fiocruz Bahia, Clarissa Gurgel, uma das organizadoras do evento, agradeceu a presença de todos. “É sempre um momento muito importante para nós a entrega da premiação e eu gostaria de agradecer a vocês por terem feito desta edição da RAIC um sucesso”, comemorou.

Antes da entrega dos prêmios, o evento de encerramento contou com a palestra “Pesquisa inter e transdisciplinar e o espaço entre pesquisa e implementação”, proferida pelo professor do Instituto de Biologia da UFBA, Charbel El-Hani, que, dentre outros tópicos, ressaltou a importância da elaboração responsável da pesquisa para sua implementação eficaz.

Clique aqui e confira a lista dos premiados desta edição.

 

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PROIIC divulga programação da 25ª RAIC

PROGRAMAÇÃO 25 okA Coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) divulgou a programação final e instruções gerais sobre a 25ª Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC), que acontecerá entre os dias 31 de maio e 02 de junho, na Fiocruz Bahia, com o objetivo acompanhar o andamento dos projetos e o desenvolvimento dos estudantes de Iniciação Científica.

Este ano, 65 estudantes de Iniciação Científica farão apresentações, cujos trabalhos serão avaliados por uma comissão avaliadora, composta por examinadores externos e internos. O evento é um momento importante para a Instituição, que permite a interação entre os estudantes de laboratórios distintos, pesquisadores e sessões científicas enriquecedoras.

A RAIC ocorre anualmente, com apresentação de trabalhos de bolsistas em sessões de comunicação oral ou pôster, avaliados por Comissões de pesquisadores.

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Conferências Clínico Patológicas 2017 ampliaram parcerias

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Realizadas entre os dias 11 e 13 de maio, na Fiocruz Bahia, as Conferências Clínico Patológicas reuniram cerca de 50 participantes, permitindo a interação entre especialistas das áreas de nefrologia, hepatologia e ciência da computação. O evento contou ainda com a presença de médicos e estudantes de medicina.

Um dos momentos de destaque, desta edição, foi a conferência do Dr. Roberto Lotufo (UNICAMP) sobre a interação e integração entre conhecimentos médicos e inteligência artificial, uma área da ciência da computação conhecida como Deep Learning, que atualmente possui grande destaque.

“Nós estamos na fronteira de integração do conhecimento entre as áreas nefrologia, hepatologia e ciência da computação, portanto foi muito proveitoso ter o professor Lotufo nas Conferências, pois ele é uma referência importante nesta área no Brasil”, destacou o pesquisador Washington Luís, um dos organizadores do evento.

Nesta quarta edição das Conferências, foi realizado o 3º Encontro Anual PathoSpotter, no qual ocorrem palestras que estimulam a participação de pessoas interessadas em pesquisa. Os participantes puderam conferir como vem acontecendo a interação do conhecimento entre patologistas e pessoas da área da ciência da computação.

Apoio e participação- O evento, que foi organizado pelos pesquisadores Luiz Freitas, Marcos Arruda e Washington Luís, recebeu este ano, apoio da FAPESB, da Sociedade Brasileira de Nefrologia e da Sociedade Brasileira de Patologia. Assim, as Conferências conseguiram reunir especialistas de várias partes do país e também contou com a participação do Dr. Jean-Paul Duong Van Huyen (Hospital Necker, Paris), considerados referências em suas áreas, o que possibilitou uma intensa troca de experiências e uma maior participação do público.

“Foi um momento importante que colocou vários especialistas, que são referência em suas áreas em diálogo, trocando experiências e fomentando propostas de trabalhos”, avaliou Washington Luís.

Parcerias Futuras- Em termos de parcerias, o evento conseguiu estimular importantes colaborações, dentre elas, a colaboração com grupos de pesquisadores em biopsias renais, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que vão integrar o próximo PathoSpotter em estudos sobre tradução de lesões renais para uma linguagem computacional, já os grupos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) irão integrar o PathoSpotter na área de patologia renal.

 

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Pesquisador recebe mais alta condecoração do Poder Legislativo

Em reconhecimento ao seu trabalho em prol da Saúde Pública e do avanço do conhecimento científico, o coordenador do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), Mauricio Barreto, recebeu, na última quinta-feira (11/5), a Comenda Dois de Julho, a mais alta condecoração do Poder Legislativo. A sessão solene, proposta pelo deputado Aderbal Caldas, ocorreu no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia e foi aberta ao público externo.

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Em 2015, o pesquisador também teve sua trajetória científica reconhecida pelo Fapesb ao receber o Prêmio Roberto Santos de Mérito Científico (Foto: CEE/Fiocruz)

 

A Comenda Dois de Julho foi instituída para homenagear as pessoas que contribuem para o desenvolvimento político e administrativo da Bahia e do Brasil, exercendo papel de destaque no cenário político ou social. A honraria representa a data da independência do Brasil na Bahia (quando os soldados baianos expulsaram as últimas tropas portuguesas do território brasileiro) e simboliza o sentimento motivador de libertação e emancipação do povo baiano.

Em 2015, o pesquisador também teve sua trajetória científica reconhecida pelo Fapesb ao receber o Prêmio Roberto Santos de Mérito Científico.

Trajetória

O pesquisador Mauricio Barreto nasceu em 29 de maio de 1954 em Itapicuru, pequena cidade do Norte do estado da Bahia. Médico (Ufba), Mestre em Saúde Comunitária (Ufba) e Ph.D. em Epidemiologia (Universidade de Londres), Mauricio Barreto é pesquisador sênior do Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia), onde fundou o Cidacs, e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva.

Por longo tempo tem liderado um grupo de pesquisa voltado para aspectos epidemiológicos das doenças infecciosas, desnutrição e asma, avaliação do impacto populacional de intervenções, e aspectos teóricos e metodológicos da Epidemiologia. Barreto tem uma vasta bibliografia científica: são mais de 400 trabalhos publicados em revistas científicas, além de cerca de 40 monografias e capítulos de livros. É um grande formador também: orientou 18 dissertações de mestrado e 25 teses de doutorado.

Entre os trabalhos científicos de grande relevância se situa a liderança de um ensaio comunitário cuja conclusão determinou o fim da revacinação BCG no Brasil e outros países. Seu estudo sobre o impacto epidemiológico de um programa de esgotamento sanitário em Salvador (BA) esteve entre os 12 artigos indicados em 2008 para a premiação Paper of the Year, promovida pelo periódico científico The Lancet.

A sua atividade científica é reconhecida com a participação em comitês de assessoramento em questões de políticas científicas ou de saúde em diversas organizações nacionais e internacionais. Desde 1998 é pesquisador I-A do CNPq; em 2003, ele foi eleito membro titular da Academia Brasileira de Ciências e, em 2014, da The World Academy of Science (TWAS). Barreto ainda foi conselheiro para América Latina da Associação Internacional de Epidemiologia (2002-2008) e participou de diversos comitês assessores na Organização Mundial da Saúde (OMS).

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“Schistosoma VALs and MEGs: a tale of two protein families at the host-parasite interface”

 

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Dr. Leonardo Paiva é graduado em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (1998), Mestrado (2001) e Doutorado em Biotecnologia pela Universidade de São Paulo com período sanduíche na Universidade de York (UK) (Supervisão Dr. Alan Wilson) (2006). Pós-Doutorado pelo Instituto Butantan/Universidade de Aberystwyth (UK) (Supervisão Dr. Karl Hoffmann) (2010). Foi pesquisador da Fundação Butantan (2011-2014). Atualmente é pesquisador do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz/FIOCRUZ e docente colaborador no curso de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PGBSMI). Tem experiência em caracterização molecular de parasitos helmintos com ênfase em análise transcriptômica do Schistosoma mansoni para a prospecção de candidatos vacinais. Tem desenvolvido projetos nos temas: interação parasita-hospedeiro, busca de novos alvos quimioterápicos para protozoários e helmintos, além de testes de candidatos vacinais. (Texto informado pelo autor)

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“Técnicas de Aprendizagem Profunda para Análise de Imagens”

A Sessão Científica desta sexta-feira (12/05) faz parte da programação das Conferências Clínico Patológicas 2017 , que estão acontecendo até o dia 13 de maio na Fiocruz Bahia.

 

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Dr. Roberto Lotufo é possui graduação em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (1978), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas (1981) e doutorado em Engenharia Elétrica – University of Bristol (1990). Atualmente é professor titular da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual de Campinas. Foi professor visitante na Universidade da Pensilvânia – EUA (1992), Universidade McGill – Canadá (1994), Universidade do Novo México – EUA (1996) e Escola de Minas de Paris – França (2000) . Tem experiência na área de processamento e análise de imagens e aprendizagem de máquina. Publicou 32 artigos em periódicos especializados e 137 trabalhos em congressos científicos. Possui dois livros publicados e duas patentes requeridas. Orientou 25 dissertações de mestrado e 11 de doutorado. Foi diretor executivo da Agência de Inovação Inova Unicamp no período 2003-2013. Foi representante docente do Conselho Universitário da Unicamp de junho de 2013 a junho de 2015. Foi representante dos professores titulares na Congregação da Faculdade de Engenharia de Computação de 2005 a 2015. Foi coordenador adjunto da Área de Engenharias I da FAPESP de agosto de 2013 a setembro de 2014. Participou do Conselho Assessor Externo da Embrapa Transferência de Tecnologia de 2005 a 2009. Participou do Conselho Técnico Científico do Samsung Instituto de Desenvolvimento para a Informática – SIDI de 2005 a 2009. Participou do Conselho Técnico Científico do CTI Renato Archer, de 2009 a 2011. Participa do CONIC/FIESP Conselho Superior de Inovação e Competitividade desde 2011. Recebeu o Prêmio Personalidade da Tecnologia – Inovação 2008 pelo Sindicado dos Engenheiros do Estado de São Paulo e o Prêmio Zeferino Vaz de reconhecimento acadêmico pela Unicamp em 2011. É um dos Pesquisadores Principais do Projeto CEPID BRAINN-FAPESP desde 2014. (Texto informado pelo autor).

 

Dra. Cláudia Brodskyn possui graduação em Biomedicas pela Universidade Federal de São Paulo (1979), mestrado em Imunologia pela Universidade de São Paulo (1989) e doutorado em Imunologia pela Universidade de São Paulo (1996). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal da Bahia e pesquisador titular do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz. Tem experiência na área de Imunologia, com ênfase em Imunoparasitologia, atuando principalmente nos seguintes temas: lutzomyia longipalpis, leishmania, leishmania chagasi, leishmania braziliensis e saliva.  (Texto informado pelo autor).

Dr. Ângelo Duarte possui graduação em Engenharia Eletrônica (1988), graduação em Engenharia Eletrotécnica (1989) e mestrado em Engenharia Elétrica (2001), todos pela Universidade Federal da Bahia; e doutorado em Ciência da Computação (2007) pela Universidad Autonoma de Barcelona (Espanha). Atualmente é professor do curso de Engenharia de Computação da Universidade Estadual de Feira de Santana e professor permanente do Mestrado em Computação Aplicada da Universidade Estadual de Feira de Santana. Tem experiência na área de Ciência da Computação e Engenharia Eletrônica, com ênfase em Computação de Alto Desempenho (High Performance Computing), atuando principalmente nos seguintes temas: Bioinformática, Visão Computacional, Programação Paralela e Reconhecimento de Padrões.  (Texto informado pelo autor).

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Conferências Clínico-Patológicas vão até este sábado, confira a programação

Conferencias clinico patologicas 2017Começou hoje (11/05) mais uma edição das Conferências Clínico Patológicas 2017. O evento, que acontece até o dia 13 de maio, reune especialistas, nacionais e internacionais, em patologias clínicas, pesquisadores das ciências da computação com interesse em análise de imagens, médicos e estudantes de medicina.

Nesta edição, a programação conta com com palestras e mesas redondas. Além disso, a realização da Sessão Anatomoclinica, para médicos e graduandos de medicina; o seminário anual de Pesquisas do projeto PathoSpotter e reuniões dos clubes de Patologia Hepática, Renal e Dermatológica, destinadas a médicos e estudantes de medicina. Acesse aqui a programação completa.

Com o tema Definindo Lesões Anatomopatológicas para Médicos e Máquinas, a edição deste ano discute as possíveis estratégias de ensino para o reconhecimento de lesões teciduais, por estudantes e por máquinas, dentre outras questões relacionadas.

De acordo com o pesquisador da Fiocruz Bahia Washington Luís, um dos organizadores do evento, “a expectativa é de que haja muita discussão sobre as lesões elementares constitutivas dos quadros patológicos da pele, rim e fígado”.

 

 

 

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CIDACS abre vaga para pós-doutorado em estatística

vaga pdh estatisticaIr além da estatística convencional e desenvolver novas metodologias na área visando preencher lacunas para compreender melhor a complexidade do processo saúde-doença. Esse é o tamanho do desafio proposto na oportunidade de pós-doutoramento em Estatística aberta no Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (CIDACS/IGM/FIOCRUZ).

Os interessados em encarar a questão com motivação, criatividade e apoio de uma equipe de especialistas nacionais e internacionais, devem preencher os seguintes requisitos:

  • Conclusão de doutorado em Estatística ou equivalente há menos de 4 anos
  • Capacidade de trabalhar em colaboração com profissionais de outras áreas e instituições
  • Conhecimentos da linguagem de programação em R
  • Conhecimentos sólidos em Inferência causal
  • Experiência em avaliação de impacto Inglês intermediário a fluente ou domínio elementar da Língua Portuguesa, caso estrangeiro

O profissional selecionado irá compor a equipe da plataforma “Coorte de 100 milhões de brasileiros”, e contará com colaboração e orientação de pesquisadores do Instituto Gonçalo Moniz (IGM/FIOCRUZ), do Instituto de Saúde Coletiva (ISC/UFBA) e da London School of Hygiene and Tropical Medicine. A bolsa é de R$ 6 mil.

Candidatos interessados devem acessar o edital completo e enviar a documentação requisitada até o dia 30 de maio.

 

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Coordenador do Cidacs recebe Comenda 2 de Julho

comendaEm reconhecimento ao seu trabalho em prol da saúde pública e do avanço do conhecimento científico, o coordenador do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde (Cidacs), Mauricio Barreto, recebe nesta quinta-feira, 11 de maio, a Comenda Dois de Julho, a mais alta condecoração do Poder Legislativo. A sessão solene, proposta pelo deputado Aderbal Caldas, ocorre às 15 horas no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia e é aberta ao público externo.

A Comenda Dois de Julho foi instituída para homenagear as pessoas que contribuem para o desenvolvimento político e administrativo da Bahia e do Brasil, exercendo papel de destaque no cenário político ou social. A honraria representa a data da independência do Brasil na Bahia (quando os soldados baianos expulsaram as últimas tropas portuguesas do território brasileiro) e simboliza o sentimento motivador de libertação e emancipação do povo baiano.

Em 2015, o pesquisador também teve sua trajetória científica reconhecida pelo FAPESB ao receber o Prêmio Roberto Santos de Mérito Científico.

Trajetória

O pesquisador Mauricio Barreto nasceu em 29 de maio de 1954 em Itapicuru, pequena cidade do Norte do estado da Bahia. Médico (Ufba), Mestre em Saúde Comunitária (Ufba) e Ph.D. em Epidemiologia (Universidade de Londres), Mauricio Barreto é Pesquisador Sênior do Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz), onde fundou o Cidacs, e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva.

Por longo tempo tem liderado um grupo de pesquisa voltado para aspectos epidemiológicos das doenças infecciosas, desnutrição e asma, avaliação do impacto populacional de intervenções, e aspectos teóricos e metodológicos da Epidemiologia. Barreto tem uma vasta bibliografia científica: são mais de 400 trabalhos publicados em revistas científicas, além de cerca de 40 monografias e capítulos de livros. É um grande formador também: orientou 18 dissertações de mestrado e 25 teses de doutorado.

Entre os trabalhos científicos de grande relevância se situa a liderança de um ensaio comunitário cuja conclusão determinou o fim da revacinação BCG no Brasil e outros países. Seu estudo sobre o impacto epidemiológico de um programa de esgotamento sanitário em Salvador (BA) esteve entre os 12 artigos indicados em 2008 para a premiação “Paper of the Year”, promovida pelo periódico científico The Lancet.

A sua atividade científica é reconhecida com a participação em comitês de assessoramento em questões de políticas científicas ou de saúde em diversas organizações nacionais e internacionais. Desde 1998 é pesquisador I-A do CNPq, em 2003, ele foi eleito Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências e, em 2014, da The World Academy of Science (TWAS). Barreto ainda foi Conselheiro para América Latina da Associação Internacional de Epidemiologia (2002-2008) e participou de diversos comitês assessores na Organização Mundial da Saúde.

 

FONTE: CIDACS-Fiocruz Bahia

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Confira o resultado da Etapa 1 de Seleção da Iniciação Científica FAPESB/Fiocruz

RESULTADO ETAPA 1 IC FAPESBA Coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) da Fiocruz Bahia divulga o resultado dos projetos aprovados na Etapa 1 do Processo de Seleção para bolsistas de Iniciação Científica 2017-2018 FAPESB/Fiocruz. Os orientadores dos projetos aprovados terão até o dia 19 de maio para indicar os estudantes, entregando a documentação prevista para a próxima etapa, descrita no Edital.

A Iniciação Científica tem como objetivo estimular pesquisadores produtivos a envolverem estudantes de graduação nas atividades científica, tecnológica, profissional, artística e cultural, despertando a vocação científica e incentivando talentos potenciais. Para o Edital 2017, a Fapesb está concedendo 36 bolsas, com duração de 12 (doze) meses.

 

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“Migração de macrófagos na infecção por Leishmania”

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Juliana Perrone possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Bahia (2002), Mestrado (2005) e Doutorado (2010) em Patologia Humana pela Universidade Federal da Bahia/FIOCRUZ e pós-doutorado em Biologia Celular na Universidade de Maryland (EUA). Atualmente é Pesquisadora em Saúde Pública do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, onde onde se dedica a estudos na área de parasitologia e biologia celular da interação patógeno-célula hospedeira na infecção por Leishmania sp. (Texto informado pelo autor).

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Produção científica cresceu em 2016

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Em balanço das atividades de 2016, apresentado pelo diretor da unidade, Manoel Barral Netto, a Fiocruz Bahia teve 161 artigos científicos publicados, sendo 16 sobre zika, o que demostra  o envolvimento da unidade na resolução do problema identificado como emergência em saúde pública no país.  O resultado, contabilizado até o momento, representa um incremento de 28% em relação ao ano anterior, quando foram publicados 125 trabalhos. Outra conquista recente foi a publicação, no Diário Oficial da União, em 14 de dezembro, que formaliza a Fiocruz Bahia como Instituto de Pesquisa (IGM),  ampliando sua missão e as possibilidades de atuação .

Estas informações foram apresentadas na reunião de final de ano, que marcou o encerramento de 2016 e reuniu grande parte da comunidade da instituição, no dia 16 de dezembro. Barral Netto também destacou a importância do recém-inaugurado Centro para Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), locado no Parque Tecnológico da Bahia, que visa realizar estudos interdisciplinares, utilizando grandes volumes de dados, com apoio de uma abrangente rede de cooperação nacional e internacional.

Em relação desempenho orçamentário, mesmo com a crise vivenciada pelo país nos últimos anos, o IGM teve um incremento orçamentário de cerca de 3%, em relação ao ano anterior. A  execução orçamentária, no entanto, foi 20%  superior, passando de mais de R$ 9 milhões, em 2015, para cerca de R$11 milhões, em 2016, de acordo com valor apurado até o dia 30 de novembro deste ano.  Em função do baixo aporte de recursos pelas agencias de financiamento, a Fiocruz Bahia priorizou atividades voltadas para pesquisa, como a liberação da segunda parcela do Programa de Excelência em Pesquisa (PROEP) no valor de 1,2 milhão. Destaque ainda para o investimento no pagamento da publicação de artigos científicos que triplicou, se comparado a 2015.  O lançamento do novo site do Instituto, que dá mais ênfase à divulgação científica, e a criação da página oficial do IGM do Facebook também foram salientados.

Premiações e novos cursos – Com relação ao ensino, foi ressaltada a importância das premiações recebidas por alunos de Pós-Graduação e Iniciação Científica como registro da qualidade dos trabalhos que estão sendo realizados no Instituto. Foram 84 alunos participantes de Iniciação Científica, desses, 5 receberam o prêmio de melhor trabalho e 8 tiveram menção honrosa, na Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC 2016). A aluna Nívea Luz, orientanda da pesquisadora Valéria Borges, da Pós-graduação em Patologia Humana (PGPAT), curso da Fiocruz Bahia em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA), foi vencedora de dois prêmios da Capes por sua tese.

Além disso, em 2016 iniciou-se o Mestrado Profissional em Gestão, foi publicado o edital para o novo curso de Mestrado Profissional em Pesquisa Clínica e Translacional e realizou-se o primeiro módulo do Curso de Metodologias Ativas de Ensino. Outro ponto salientado foi a institucionalização dos cursos oferecidos pela Fiocruz Bahia. “Esses cursos, que já existiam antes sem uma característica institucional, agora têm as informações registradas, possibilitando o conhecimento da demanda e suas características, além da emissão de certificado automatizado”, explicou.

Na ocasião do evento, também foi exibido o vídeo institucional de final de ano, produzido pela Assessoria de Comunicação, uma tradição anual da qual participam os colaboradores da instituição. Manoel Barral finalizou a apresentação com uma citação de Padre Antônio Vieira: “A admiração é filha da ignorância e mãe da ciência, porque ninguém se admira senão das coisas que ignora, principalmente se são grandes; porque admirados os homens das coisas que ignoram, inquirem e investigam as causas delas até as alcançar, e isto é o que se chama de ciência” e agradeceu à comunidade do IGM por empregar o esforço da sua admiração para promover o avanço do conhecimento científico em saúde.

 

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RAIC premia melhores trabalhos da edição 2016

A 24º Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC) da Fiocruz Bahia foi encerrada na última sexta-feira (03/06), com o anúncio dos premiados nas categorias melhor trabalho e menção honrosa, dando destaque a 13 estudos, após apresentação e avaliação de uma banca julgadora composta por doutores da instituição e convidados. Ao todo 81 trabalhos foram apresentados nos três dias de duração do evento.

Cada banca indicou um trabalho vencedor. Integram a lista os estudantes de iniciação científica (IC): Mariana Rosa Ampuero; Taís Bacelar Sacramento de Araújo; Sara Parente Neves; Amanda do Amor Divino Rebouças. A estudante Livia Brito Coelho venceu na categoria do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI).

De acordo com a organização da RAIC, o número de estudantes contemplados com menção honrosa foi maior em 2016 porque três das cinco bancas indicaram dois trabalhos com merecedores desta menção em função da alta qualidade. Por isso, 08 trabalhos foram contemplados, sendo 07 de IC e 01 de PIBITI.

A premiação foi precedida da palestra “Como se dá a inovação tecnológica e o papel dos estudantes neste processo”, proferida pelo Coordenador de Criação e Inovação (Propci/UFBA), Paulo Gomes, que para um auditório lotado por jovens, comentou sobre o perfil do inovador. “A universidade tem papel fundamental no processo de inovação, que é formar, orientar, mostrar as soluções tecnológicas, abrir espaços para que as pessoas possam tentar e errar repetidas vezes” explicou o professor, que considera que o estudante precisa ser mais aberto e ousado para inovação.

Clique aqui e confira a lista dos premiados na RAIC 2016.

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Abertas as inscrições para Curso Internacional de Patologia Molecular

BANNER-SITE_2Estão abertas, até o dia 20 de junho, as inscrições para o Molecular Diagnostic Pathology Course: The Pathologist Role in The Era of Precision Oncology, que acontece nos dias 27 e 28 de junho, nas dependências da Fiocruz Bahia. Promovido pela promovido pelo Hospital do Câncer A. C Camargo de São Paulo, através de sua Escola de Patologia Oncológica Avançada Humberto Torloni (EPOAHT), o Curso, nesta edição, é realizado em parceria com o Fiocruz Bahia e seu Programa de Pós-Graduação em Patologia Humana (PGPAT), além de contar com apoio do Sociedade Brasileira de Patologia (SBP). São oferecidas 110 vagas para participantes, as inscrições são gratuitas. A lista de selecionados para participar do curso será divulgada dia 21/06.

Destinado prioritariamente a estudantes do PGPAT, sócios da SBP e da EPOATH, residentes em programas de patologia humana, oncologistas e médicos em geral, o Curso terá uma programação inicial dividida em conferências, que visam situar a patologia molecular no mundo e debater os desafios da implementação no Brasil, além da apresentação e discussão sobre técnicas moleculares de última geração (Next generation Sequencing Tecnology).

Foram confirmadas as presenças de pesquisadores brasileiros da Fiocruz Bahia, e da A. C. Camargo Cancer Center e americanos de instituições como a North Shore University Health System, a University of California, e Johns Hopkins University. De acordo com um dos coordenadores do evento, o pesquisador da Fiocruz Bahia, Luiz Antonio Freitas, as técnicas moleculares, para situações específicas, serão apresentadas pelos palestrantes, inclusive com demonstração de casos clínicos para discussão.

Clique aqui e acesse o hotsite do curso.

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Atividades da 24ª RAIC iniciaram 1º de junho

raic-2015-banner_2A 24ª Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC), acontece de 1 a 3 de junho na Fiocruz Bahia. Durante o evento, os jovens pesquisadores apresentam seus trabalhos em sessões orais e discutem seus resultados com bancas avaliadoras compostas por pesquisadores/professores da Fiocruz Bahia e de outras instituições do estado.
A abertura da RAIC ocorre no Auditório do Pavilhão Aluízio Prata, às 8h30. As sessões orais ocorrem simultaneamente em diversas salas da Unidade e as premiações, bem como a sessão de Encerramento, acontecem no último dia, às 9h, no Auditório.

Clique aqui e confira a programação.

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Conferências Clinocopatológicas 2016 debateram patologia renal, hepática e da pele

CCP_2016_02Com o objetivo de promover discussões acerca das questões inerentes à comunicação interdisciplinar e transdisciplinar na área médica, a Fiocruz Bahia realizou, de 19 a 21 de maio, as Conferências Clínico-patológicas 2016 – Nefrologia, Hepatologia e Dermatologia. Coordenado pelos pesquisadores Washington dos Santos, Luiz Freitas e Sérgio Arruda, o evento teve como tema a Transformação de lesões anatomopatológicas em informação.

De acordo com Sérgio Arruda, “o evento proporcionou correlações entre clínicos e patologistas, contribuindo para troca de informações e manejo dos pacientes”. Um dos pontos de destaque foi a necessidade crescente de traduzir imagens em linguagem computacional. “As conferências ampliam as Interfaces com ciências computacionais, permitindo até ideias inovadoras, como de desenvolver softwares capazes de reconhecer padrões de lesões em doenças humanas”, explicou Luiz Freitas.

Na programação, o primeiro dia contou com a realização do curso Interpretando Lesões Anatomopatológicas em Pele, Fígado e Rim, voltado para médicos e estudantes de medicina. O segundo dia, pela manhã, foi realizada uma conferência que reuniu especialistas nas áreas de nefrologia, hepatologia e dermatologia, com o objetivo de discutir os avanços em medicina investigativa e assistencial. “A reunião com dermatologistas contribuiu com um update importante na área de educação continuada e no desenvolvimento tecnológico”, frisou Washington dos Santos.

Já no período da tarde, aconteceu o Seminário Anual de Pesquisas do PathoSpotter, direcionado a médicos patologistas e profissionais e estudantes das áreas de matemática e ciências da computação, seguido da tradicional Sessão Anatomo-clínica para médicos e graduandos de medicina. O evento foi encerrado no sábado, com a realização de uma oficina de Dermatopatologia e as reuniões ordinárias dos clubes de especialidades em Patologia: o Clube do Fígado e o Clube do Rim.

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Estudantes da Universidade da Georgia visitaram unidade da Fiocruz Bahia

 

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A Fiocruz Bahia recebeu, no dia 23 de maio, um grupo com 9 estudantes de mestrado em Saúde Pública e Antropologia Médica da Universidade da Geórgia (EUA). Guiados pelo pesquisador Guilherme Ribeiro, os visitantes conheceram as dependências da instituição sob observância das normas de biossegurança, e puderam aprofundar seus conhecimentos em saúde coletiva e nas pesquisas em andamento acerca das epidemias de chikungunya, zika e dengue.

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Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS

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Desde 2002, o Ministério da Saúde premia a comunidade científica por meio do Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS. A iniciativa é mais uma das ações do ministério que busca valorizar os pesquisadores e suas pesquisas, indispensáveis para o desenvolvimento das políticas públicas de saúde no país.

Os candidatos poderão concorrer em quatro diferentes categorias: tese de doutorado (com premiação no valor de R$ 50 mil); dissertação de mestrado (R$ 30 mil); trabalho científico publicado (R$ 50 mil) e monografia de especialização ou residência (R$ 15 mil).

Estão aptos a participar do Prêmio de Incentivo em C&T para o SUS – 2016 pesquisadores, estudiosos e profissionais de saúde ou qualquer área do conhecimento científico com produção em pós-graduação de trabalhos acadêmicos aprovados e concluídos ou publicados em revista científica indexada no período de 18 de maio de 2015 a 9 de maio de 2016, na temática de Ciência e Tecnologia em Saúde.

Inscrições: 10/05 a 27/06/2016.

Dúvidas sobre o edital devem ser enviadas para o e-mail: decit.premio@saude.gov.br

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Guillain-Barré e microcefalia estão associadas à doença exantemática, atribuída ao vírus Zika

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Sob a liderança de Guilherme Ribeiro, um grupo de pesquisadores e estudantes da Fiocruz Bahia publicou um artigo na revista Emerging Infectious Diseases, vinculada ao Centers for Disease Control and Prevention (CDC), que demonstra fortes evidências da relação temporal entre os surtos de doença exantemática aguda (AEI, sigla em inglês) atribuída ao vírus Zika, a síndrome de Guillain-Barré (GBS, sigla em inglês), e a microcefalia que ocorreram em Salvador em 2015. Além do pesquisador Guilherme Ribeiro, assinam o trabalho o pesquisador Mitermayer Reis e Monaise Silva, ambos da Fiocruz Bahia, Igor Paploski e Mariana Kikuti, da Universidade Federal da Bahia, Uriel Kitron e Lance Waller, da Universidade de Emory, nos EUA, e Cristiane Cardoso e Ana Paula Prates, da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador.

No estudo, intitulado Time Lags between Exanthematous Illnes Attributed to Zika Virus, Guillain-Barré Syndrome and Microcephaly, Salvador, Brazil, os pesquisadores analisaram as curvas epidemiológicas e as séries temporais das três ocorrências na cidade de Salvador e perceberam uma maior correlação entre o surto de AEI e de GBS, após um intervalo de 5 a 9 semanas. Em relação à microcefalia, constatou-se uma maior correlação entre a ocorrência do surto de AIE e o surto de microcefalia em recém-nascidos após o intervalo de 30 a 33 semanas. Esse último achado sugere que se as mães de crianças nascidas com microcefalia foram realmente infectadas pelo vírus Zika. O mais provável é que esta infecção tenha ocorrido no primeiro trimestre de gravidez. Contribui com esta perspectiva a substancial diminuição da incidência de manifestações congênitas após o seu pico em dezembro de 2015 (31,4 casos por 1.000 nascidos vivos neste mês). Destaca-se o fato, que, em particular, essa redução ocorreu 7-8 meses após o pico do surto de AIE, em maio do mesmo ano.

De acordo com Ribeiro, apesar do trabalho não permitir definir uma relação causal entre os eventos, as associações temporais identificadas fornecem importantes informações sobre o período gestacional em que uma infecção pelo vírus Zika possivelmente confere maior risco para uma gestante desenvolver malformações congênitas. Este achado pode auxiliando as autoridades de saúde pública e de controle de vetores no direcionamento de esforços de controle e proteção mais eficazes. “Com as doenças infecciosas emergentes crescentes em todo o mundo, o investimento em vigilância em saúde pública na cidade, estado, país e no mundo é uma das forma mais rentável para ajudar a enfrentar esses desafios contínuos e crescentes”, destaca o artigo.

Clique aqui para acessar o artigo.

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Divulgada lista das inscrições aprovadas para Conferências Clinico-patológicas

CCP_result-2016A Coordenação das Conferências Clinico- patológicas, que serão realizadas de 19 a 21 de maio na Fiocruz Bahia, divulgou a lista de inscritos aprovados para participação no evento.

Médicos, estudantes de graduação em Medicina, Enfermagem, Medicina Veterinária e dos cursos de pós-graduação da Fiocruz Bahia, que não realizaram inscrição, poderão participar, bastando dirigir-se ao local das atividades. Importante destacar que a prioridade de acesso ao auditório será dos inscritos, em função da capacidade do local. O certificado de participação será emitido apenas para quem está inscrito no curso.

Clique aqui e confira a lista dos solicitantes que tiveram a inscrição aprovada.

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Divulgada lista de projetos e estudantes aprovados da 3ª etapa da seleção IC Fapesb/Fiocruz Bahia

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A Coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) da Fiocruz Bahia divulgou hoje (16/05) o resultado da terceira etapa do Processo de Seleção para bolsistas de Iniciação Científica 2016-2017, da cota institucional oferecida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb).

De acordo com a Coordenação, os orientadores e estudantes contemplados terão até o dia 20 de maio para entregar a documentação complementar, de modo a viabilizar a implementação de bolsa prevista para a ETAPA 4, conforme descrito no item 4.4 do Edital FAPESB 2016/2017. É importante ressaltar, que os documentos já entregues nas ETAPAS 1 e 3 não precisarão ser reencaminhados.

Em função de ter ocorrido 1 (uma) desistência, o PROIIC também convoca o primeiro colocado do banco de reservas, a orientadora Maria Fernanda de Castro Amarante, com o projeto Redução da Carga Proviral do HTLV-1 por meio da Inibição da Clivagem da ORF-1, que precisa apresentar a documentação das ETAPAS 3 e 4 também até o dia 20 de maio.

Clique aqui para conferir a lista dos orientadores, projetos e estudantes contemplados, além de informações mais detalhada sobre a documentação.

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Artigo sobre a origem do Vírus Zika nas Américas é publicado na Science

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O pesquisador Luiz Alcântara e a pós-doutoranda Marta Giovanetti, da Fiocruz Bahia, assinam artigo publicado na Revista Science, no dia 24 deste mês, sobre a origem do Zika Virus nas Américas. O estudo, considerado a primeira análise genômica completa do vírus, até a data em que foi publicado, aponta que a doença chegou ao Brasil entre os meses de maio e dezembro de 2013, tendo seu primeiro diagnóstico feito apenas em maio de 2015. Desta maneira, os autores sugerem que o vírus desembarcou no país durante a Copa das Confederações, em 2013, e não no decorrer da Copa do Mundo de 2014, como se pensava anteriormente.

Entre os autores do trabalho, intitulado “Zika virus in the Americas: early epidemiological and genetic findings”, estão mais de cinquenta pesquisadores oriundos de diferentes instituições de ensino e pesquisa do Brasil e do exterior, como o Instituto Evandro Chagas, Universidade de Oxford, Instituto Adolpho Lutz, Fiocruz Bahia, Universidade Estadual de Feira de Santana, Universidade de Washington, Instituto Oswaldo Cruz, Universidade de Toronto, Li Ka Shing Knowledge Institute, Universidade do Texas e Ministério da Saúde.

Para chegar a essa conclusão os pesquisadores fizeram a análise do genoma de sete novas amostras isoladas do Brasil juntos com outras provenientes de diversos locais da América (Martinica, Colômbia, Haiti, Guatemala, Suriname, Puerto Rico) e da Ásia (Polinésia Francesa, Ilhas Cook, Tailândia). Por meio da análises evolutivas destes genomas, os pesquisadores conseguiram concluir que o Zika vírus encontrado no Brasil é oriundo da Polinésia Francesa, de onde teria vindo o primeiro indivíduo infectado.

Segundo os especialistas, o período de consolidação do microorganismo no território nacional condiz com um aumento das viagens originadas nos arquipélagos do Pacífico Sul, onde ocorria uma epidemia do mesmo agente infeccioso encontrado aqui.

De acordo com Luiz Alcântara, essa análise constitui-se como a base fundamental para futuros estudos e para que se possa responder algumas perguntas que permanecem sem respostas a respeito do vírus, a exemplo do período de incubação da doença até o surgimento dos sintomas, que só se manifestam em cerca de 20% dos pacientes, e das formas de contágio, ainda pouco compreendidas.

O pesquisador afirma ainda que a continuidade das ações de pesquisa de seu grupo estão voltadas para a execução de um projeto que ele possui parceria e que acaba de ser aprovado na Inglaterra, tendo como coordenador central, o pesquisador Nicholas James Loman, da Universidade de Birmingham. O novo estudo, que terá início entre os meses de maio e junho de 2016, visa sequenciar 750 cepas do vírus Zika provenientes das nove capitais brasileiras localizadas nas regiões Nordeste e uma da região Norte (Belém).

REPERCUSSÃO – A publicação na revista Science pautou reportagem na editoria de Saúde do jornal Correio Braziliense, com sede no Distrito Federal, nos jornais Washington Post e New York Times e também na rede de TV BBC. A matéria “Zika chegou ao Brasil em 2013” no Correio Braziliense, publicada no dia 25 de março, conta com depoimentos de Marta Giovanetti, da Fiocruz Bahia, Nuno Faria, da Universidade de Oxford e Pedro Vasconcelos, do Instituto Evandro Chagas. A publicação conta ainda com um infográfico contendo uma linha do tempo ilustrando a primeira vez que o vírus foi isolado em Uganda, em 1947, e o caminho percorrido da África, Ásia até as Américas. Também aparecem informações sobre os sintomas, informações e tratamento da doença.

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Doutoranda defende tese sobre leishmaniose canina

AUTORA: BAGUES, Naiara Carvalho Teixeira.
ORIENTADOR: OLIVEIRA, Geraldo Gileno de Sá.
TÍTULO DA TESE: Contribuição para o desenvolvimento de uma vacina contra leishmaniose visceral canina. 98 f. il.
PROGRAMA: Doutorado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa – Instituto Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz.
DATA DE DEFESA: 03/03/2016

RESUMO

 

INTRODUÇÃO: A Leishmaniose visceral (LV) é uma doença infecciosa e parasitária que se encontra em expansão no Brasil. A espécie que causa a doença no Brasil é a Leishmania infantum. O cão é o principal reservatório do parasita. Uma vacina contra leishmaniose visceral canina (LVC) pode favorecer o controle da doença. Este trabalho tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento de uma vacina contra LVC.

OBJETIVO: O estudo do primeiro capítulo visou o desenvolvimento de um modelo para a avaliação de antígenos candidatos à vacina contra LVC. METODOLOGIA: Um experimento foi realizado para obtenção de cães resistentes a LVC. Os linfócitos dos animais deveriam ser capazes de reconhecer antígenos potencialmente úteis para o desenvolvimento de uma vacina. Para isso, uma cepa de L.infantum foi isolada de cão naturalmente infectado e doente (Camaçari, Bahia). Seis cães adultos e sadios foram inoculados com 1×108 formas promastigotas em fase estacionária de cultura por via dérmica e acompanhados por dois anos. RESULTADOS: Os animais apresentaram: 1) área de induração e ulceração rasa no local da inoculação do parasita com cura espontânea em um período inferior a três meses, 2) ausência de manifestações clínicas e de alterações hematológicas e bioquímicas séricas, 3) produção baixa e flutuante de anticorpos da classe IgG reativos a antígenos de Leishmania, 4) resposta linfoproliferativa (em 4 de 6 cães) frente a estimulação com antígenos de Leishmania, 5) produção baixa de IFN- em um ensaio realizado com sangue total incubado por 24h com antígenos de Leishmania (4 de 5 cães), 6) carga parasitária baixa em aspirado de baço, detectada por PCR em tempo real. CONCLUSÃO: Os animais desenvolveram uma forma subclínica da infecção ao lado de resposta imune humoral e celular fracas.

OBJETIVO: No segundo capítulo foi testado um ensaio de avaliação da produção de citocinas por células de sangue de cães naturalmente infectados por Leishmania infantum. O quantiFERON modificado permite a avaliação in vitro e de maneira rápida da produção de citocinas contra Leishmania em animais de área endêmica. METODOLOGIA: antígeno solúvel e antígenos recombinantes de L. infantum (rLci2-NT-5R-CT e rLci2-NT-CT) foram produzidos e utilizados no ensaio para a estimulação do sangue total de 27 cães de área endêmica e não endêmica para LVC por 24h. O plasma foi coletado e a produção das citocinas caninas IFN- , IL-2, IL-6, IL-10 e TNF-! foram quantificadas. RESULTADO: Devido a problemas técnicos não foi possível avaliar os dados obtidos e, consequentemente, não foi possível caracterizar grupos de animais susceptíveis e resistentes.

OBJETIVO: No terceiro capítulo, a carga parasitária e aspectos histológicos em diferentes regiões do baço de cães com LVC foi analisada. METODOLOGIA: A carga parasitária e alterações histológicas no baço de 6 cães com LVC foram avaliados por amostragem de três secções inferior, média e superior do órgão. RESULTADO: Observou-se uma variação na distribuição na carga parasitária do baço do mesmo animal. Avaliações histológicas (desorganização polpa branca, granulomas, periesplenite, células plasmáticas, e infiltração polimorfonuclear) mostraram uma variação na freqüência (granulomas) ou intensidade (perisplenite) no baço de 2 dos 6 cães. CONCLUSÃO: Conclui-se que a distribuição da carga parasitária e as alterações histológicas no baço de cães com LV mostram um certo grau de heterogeneidade.

Palavras-chave: Cão, Leishmaniose visceral, Baço, Resposta imune, Carga parasitária,

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Estudo estima custo associado às Infecções de Sítio Cirúrgico

AUTORA: BARROS, Cláudia Silva Marinho Antunes.
ORIENTADOR: ALMEIDA, Maria da Conceição Chagas de.
TÍTULO DA TESE: Custos atribuídos às infecções de sítio cirúrgico em um Hospital Universitário em Salvador-Bahia. 100 f. il.
PROGRAMA: Doutorado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa – Instituto Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz
DATA DE DEFESA: 22/01/2016

RESUMO

 

INTRODUÇÃO: As Infecções de Sítio Cirúrgico (ISCs) são as complicações mais freqüentes que ocorrem nos pacientes após as cirurgias e são responsáveis pela elevação da morbidade, mortalidade e dos custos hospitalares.

OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi estimar o custo direto adicional associado às ISCs ocorridas no período de 2011 a 2013 em um Hospital Universitário de Salvador, Bahia. Para tanto buscou-se caracterizar a população de pacientes acometidos por ISC, segundo os aspectos sóciodemográficas, condições clínicas e cirurgias realizadas, realizar uma revisão integrativa atualizada da literatura mundial sobre o custo dessas infecções e analisar os custos associados aos cuidados à saúde dos pacientes cirúrgicos segundo presença de ISC.

METODOLOGIA: Trata-se se um estudo epidemiológico do tipo caso-controle pareado, realizado com informações dos registros hospitalares dos pacientes. Foram incluídos como população do estudo todos os casos de ISCs em cirurgias eletivas e limpas. Os controles foram pareados por idade, sexo e tipo de cirurgia realizada respeitando o princípio da similaridade. As proporções foram comparadas por meio dos testes c2 e exato de Fisher quando adequados com nível de 5% de significância estatística. Para estimar as diferenças das médias de custos utilizou-se o modelo de regressão linear.

RESULTADOS: No total foram selecionados 259 pacientes. Os casos de ISC ocorreram predominantemente em mulheres, com idade entre 61 a 75 anos. Os principais fatores atribuídos aos custos com as ISCs foram o uso de antibióticos para o
seu tratamento, a internação em Unidade de Terapia Intensiva, a realização de exames e reabordagens cirúrgicas. No geral, o custo médio hospitalar em pacientes com ISC foi
aproximadamente o dobro do valor aferido daqueles não infectados.

CONCLUSÕES: Foi evidenciado neste estudo a necessidade de reforçar o desenvolvimento constante de
ações preventivas e de controle das ISCs a fim de garantir a segurança na assistência prestada aos pacientes cirúrgicos e conseqüentemente a redução dos custos atribuídos a
essa complicação para o hospitais e sistema de saúde.

Palavras-chave: Infecção de sítio cirúrgico, Custo, Custo em saúde

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