Evento Meninas Baianas na Ciência inspira estudantes de colégios estaduais

Com o apoio da 2ª chamada Garotas STEM, do British Council e Fundação Carlos Chagas, e apoio da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, o projeto Meninas Baianas na Ciência continua com a programação mensal de eventos no Instituto Gonçalo Moniz, sede da Fiocruz Bahia. Na tarde desta terça-feira (30), estudantes de oito colégios da rede pública participaram da segunda tarde de atividades do projeto, com uma palestra ministrada pela pesquisadora Valéria Borges, oficinas de ciências sobre a leishmaniose e visita aos serviços de Histotecnologia e Microscopia Eletrônica.

O projeto, coordenado pelas pesquisadoras Isadora Siqueira, Karine Damasceno e Natália Machado, seguirá com a programação de encontros até novembro. A intenção é que as estudantes possam conhecer a fundo os trabalhos desenvolvidos pela instituição. Ao final, todas possuirão um certificado de participação. Entre as estudantes, cindo delas foram selecionadas para um estágio de 5 meses nos laboratórios da instituição.

A vice-diretora de Ensino e Informação, Claudia Brodskyn, também esteve presente no evento. “Mais uma vez, é um prazer estar aqui com vocês, compartilhando esse projeto importantíssimo, principalmente para nós do grupo de ensino que somos largamente representados por mulheres e queremos que isso continue”, defende.

Valéria Borges narrou sua trajetória de vida desde que saiu da cidade de Belém, até se tornar pesquisadora da Fiocruz Bahia e professora do curso de Pós-graduação em Patologia Humana e Patologia Experimental (PGPAT – UFBA/Fiocruz Bahia). Através do relato, Borges buscou inspirar as alunas a enfrentarem os percalços que se colocam no caminho da pesquisa. “Quando falo para vocês desses desencantos, é porque eu queria uma coisa, fui lá e testei. Quando não foi o que eu queria de verdade, tive como recuar. A gente sempre tem como repensar. Nesse período é importante vocês testarem, experimentarem, participarem de eventos como esse. Porque é preciso experimentar, o cientista é antes de tudo um curioso”, incentiva.

Natália Machado acredita que Valéria conseguiu se identificar com as meninas e que a programação, no geral, causou interesse. “Mais uma vez, pudemos ver o brilho nos olhos das meninas ao aprender e conhecer as técnicas, a estrutura do IGM e principalmente as monitoras das oficinas. Foi outra interação muito animador de ver, pela curiosidade das meninas”. Para a cientista, o encontro foi memorável.

“É muito interessante perceber o olhar atento, a curiosidade delas durante as práticas e, principalmente, o reconhecimento e empatia no relato contado pela pesquisadora”, comenta a pesquisadora Karine Damasceno. “Nossa intenção é mostrar para elas que a carreira na ciência pode ser uma realidade em suas vidas e que existem caminhos possíveis”.

A professora de química do Colégio Estadual Cosme de Farias, Moselene Costa, compartilha do desejo. Pesquisadora sobre a formação de professores e a iniciação científica, a professora acredita que ainda faltam professores que estimulem as meninas. “A gente está praticamente sozinha com os alunos. Dentro da nossa carga horária, ainda tem essa demanda. Porque eu quero que minhas meninas cresçam, se emancipem, e que elas sonhem com a universidade, com a pesquisa, assim como eu”.

Único homem presente na sala, Paulo Sérgio Nobre, professor de química do Colégio Estadual Mãe Stella, não se furtou ao desafio de inspirar as alunas. “Eu trabalhei com iniciação científica na UFBA e vi como muitos alunos demonstravam interesse na ciência, porém faltava o catalisador, que poderia ser ou o professor ou recursos”, explica. Para aproveitar ao máximo a experiência, o professor reúne as alunas semanalmente para ter um feedback das pesquisas feitas e afirma: “Já vejo o retorno em sala de aula”.

Participaram alunas do Colégio Estadual Deputado Rogerio Rego; Colégio Estadual Heitor Villa Lobos; Colégio Estadual Mãe Stella; Colégio Estadual Cosme de Farias; Colégio da Polícia Militar – Unidade I/Dendezeiros; Colégio Estadual Eduardo Bahiana; Colégio Estadual da Bahia Central; e Escola Estadual Deputado Naomar Alcântara.

As alunas

Estudante do Colégio da Polícia Militar, de Dendezeiros, Ester Elias pretende se tornar biomédica. Para isso, a estudante de 15 anos faz cursos iniciantes de biomicrobiologia e vê o Meninas Baianas na Ciência como mais uma oportunidade de desenvolvimento. Ela ainda tem outros planos. “Nós, meninas que estamos aqui, estamos empolgadas com esse projeto e espero poder expandir para mais meninas do nosso colégio”.

Gabriela Silva, 15, estudante do Colégio Estadual Cosme de Farias, também tem um sonho: fazer iniciação científica na Fiocruz. “No começo eu não pensava muito sobre ciência, mas depois que tive a oportunidade de participar, eu comecei a gostar bastante”, conta a aluna, que também faz parte do clube de ciências do colégio. “Penso muito no meu futuro, quem sabe ser uma grande cientista, ir para a faculdade”, conta.

Já a estudante Juliana de Souza, 16, do Colégio Mãe Stella, ainda explora com cuidado as opções do mundo das ciências. Selecionada entre as colegas para fazer parte, ela conta que está animada com o projeto. “Desde cedo eu já tinha muito interesse pela área da ciência, então ser convidada para participar foi uma dádiva. Vai aprimorar mais os meus conhecimentos”, assegura.

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Tese avalia intervenção por dispositivos móveis para promoção de vacinação contra HPV em pessoas com HIV

Autoria: Kaliane Caldas de Brito
Orientação: Edson Duarte Moreira Junior
Título da tese: “INTERVENÇÃO EM DISPOSITIVO MÓVEL PARA AUMENTAR A COBERTURA DA VACINA HPV EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS: RESULTADOS DE UM ENSAIO RANDOMIZADO CONTROLADO”.
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 15/09/2022
Horário: 15h00
Local: Sala virtual do Zoom
ID da reunião: 852 8519 7235
Senha de acesso: 416317

Resumo

INTRODUÇÃO: Em comparação com a população em geral, pessoas que vivem com HIV/AIDS (PVHA) têm um risco consideravelmente aumentado para todos os tipos de cânceres anogenitais associados ao Papilomavírus Humano (HPV). Ele é responsável por praticamente todos os casos de câncer cervical, de ânus e verrugas genitais, e pela maioria dos casos de cânceres de vagina, vulva, pênis e orofaringe. Apesar alta efetividade e eficácia da vacina serem altas, a cobertura vacinal ainda é baixa. OBJETIVO: Avaliar a viabilidade, a aceitabilidade e a eficácia de uma intervenção baseada em dispositivos móveis para promover a vacinação contra o HPV em PVHA. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizado um estudo de intervenção, tipo ensaio randomizado controlado com PVHA de 18 a 45 anos. Os participantes foram recrutados entre janeiro e junho de 2022 e randomizados em dois grupos: Grupo Experimental (GE), que recebeu informações sobre o HPV e vacina HPV, elaboradas sob as bases da Teoria da Motivação para Proteção (TMP) e Grupo Controle (GC), que recebeu um recorte de informações da página mantida pelo Ministério da Saúde dedicada a informar a população sobre o HPV e a vacina HPV. O desfecho primário foi o percentual de PVHA com intenção de receber a vacina contra o HPV e o desfecho secundário foi a taxa de iniciação da vacinação (recebimento de pelo menos uma dose da vacina). RESULTADOS: Um total de 654 indivíduos foram alocados aleatoriamente: 327 no GE e 327 no GC. A média de idade foi de 29,7 anos, a maioria eram homens (71,4%), de cor preta ou parda (63,2%). A intenção de se vacinar contra o HPV foi cerca de duas vezes maior entre os participantes no GE vs GC (OR = 1,92, IC 95%: 1,09–3,38; p = 0,02). Além de um aumento de aproximadamente 11% na intenção de se vacinar pós-intervenção, o GE também estava mais propenso a iniciar a vacinação contra HPV (1ª. dose) comparado àqueles no GC (12,6% vs. 8,2%; RP= 1,54, 95% CI: 0,60–3,96; p = 0,37), mas a diferença não foi estatisticamente significante. A variável preditora que mostrou maior força de associação com a intenção de se vacinar contra o HPV foi recomendação médica para tomar a vacina HPV (OR = 11,01, IC 95%: 1,46–83,12; p = 0,02). A crença na eficácia da vacina HPV, a percepção de risco e a gravidade de uma infecção por HPV foram os motivos mais reportados pelos participantes com intenção de se vacinar. CONCLUSÕES: A intervenção foi eficaz em aumentar a intenção de se vacinar e a iniciação da vacinação entre PVHA na faixa etária do estudo. A recomendação da vacina pelos médicos deve ser estimulada.
Palavras-chave: Papilomavírus Humano; Vacina HPV; Vírus da Imunodeficiência Humana; Intervenção

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Medicamento para diabetes pode auxiliar no tratamento da leishmaniose cutânea

Baseados em estudos anteriores que investigaram a capacidade de remédios para diabetes regularem a resposta imunológica, pesquisadores da Fiocruz Bahia realizaram um estudo para entender como a pioglitazona, medicamento antidiabético, pode auxiliar no tratamento da leishmaniose cutânea. Os resultados mostraram que a pioglitazona não apenas diminui a resposta inflamatória, como também não interfere na capacidade do sistema imune de combater a Leishmania. O estudo, liderado pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Lucas Carvalho, foi publicado na revista Frontiers in Cellular and Infection Microbiology.

A pioglitazona é uma droga que funciona como um sensibilizador de insulina no tecido hepático, através do receptor receptor-gamma ativado por proliferador de peroxissoma (em inglês, representado pela sigla PPAR-g). Os pesquisadores conjecturaram que esse processo também poderia afetar células presentes na resposta imune exagerada ao protozoário Leishmania.

Pacientes portadores da leishmaniose cutânea desenvolvem úlceras e danos ao tecido da pele por conta de uma resposta inflamatória exagerada do sistema imune. Segundo os pesquisadores, os níveis de produção de mediadores inflamatórios em células infectadas por Leishmania braziliensis são maiores, contribuindo assim para o processo de destruição tecidual.

Foram selecionadas para análise 12 proteínas relacionadas a resposta inflamatória causada pela doença. O estudo ocorreu por meio da análise de monócitos humanos, recolhidos de portadores da leishmaniose cutânea e de indivíduos saudáveis.  Foi observada a interação do medicamento com estes marcadores inflamatórios. Os resultados sugerem que a ativação do PPAR-g por meio da pioglitazona inibe o estímulo das citocinas, auxiliando a controlar a resposta inflamatória, assim como controla a secreção dos receptores de citocinas.

Também foi mostrado que a pioglitazona não tem efeito tóxico nas células de pacientes com a leishmaniose cutânea. Além disso, essa droga não interfere na capacidade dos macrofágos destruírem Leishmania, tornando-se uma potencial candidata para integrar o tratamento da doença. Segundo os pesquisadores, já há tentativas de desenvolver uma fórmula que permita o uso tópico da medicação. Através desse uso, espera-se que os efeitos causados pela droga, como o aumento da sensibilidade à insulina, não acarretem prejuízos para o organismo.

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Curso “Tumor Immunology” está com inscrições abertas

O curso internacional Tumor Immunology será realizado de 21 de novembro a 02 de dezembro de 2022. O objetivo é reunir docentes e especialistas com produção reconhecida na área de imunologia de tumores, bem como estudantes de pós-graduação em saúde, para debater o estado da arte do tema e a pesquisa em imunoterapias antitumorais e adjuvantes. As inscrições podem ser feitas no site do curso, até dia 28 de outubro de 2022. As palestras ocorrerão remotamente, através da plataforma Zoom. 

Na programação, estão previstas disciplinas que discorrem sobre vários aspectos da imunologia de tumores, incluindo o papel da inflamação e a regulação da resposta imune, os fatores do microambiente tumoral e tecnologias desenvolvidas a partir dos conhecimentos da fisiopatologia tumoral (com destaque para a autofagia, vesículas extracelulares, biomarcadores tumorais e CAR-T cells). 

Os participantes são estimulados a trocarem experiências em suas linhas de pesquisa e projetos de interesse no tema, com vistas a catalisar oportunas colaborações. As atividades envolvendo docentes estrangeiros contarão com interpretação simultânea inglês-português, para facilitar a comunicação com os estudantes, proporcionando uma experiência de interação independentemente de possíveis limitações na oralidade em língua inglesa.

O curso é organizado pelo Programa de Pós-graduação em Pesquisa Clínica e Translacional – Mestrado Profissional (PgPCT), em colaboração com as Pós-graduações em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PGBSMI), da Fiocruz Bahia, e em Patologia (PGPAT), da UFBA em Ampla Associação com a Fiocruz Bahia.

Acesse o site do curso para outras informações.

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Mostra de filmes marca encerramento da 2ª edição do projeto Sons e Imagens da Bahia

O projeto Sons e Imagens da Bahia, realizado pela Fiocruz Bahia em parceria com a Sociedade de Promoção da Casa de Oswaldo Cruz da Fiocruz (SPCOC), encerrou nesta sexta-feira (26) a edição de 2022. O evento contou com cerimônia e a II Mostra de Filmes Sons e Imagens da Bahia, na qual foram exibidos 17 filmes produzidos por 133 alunos de 12 escolas de Salvador e nove do interior baiano, lotando o auditório de mais de 150 lugares, do Colégio Estadual da Bahia – Central, na capital baiana. Os vídeos abordaram temas como bullying; catástrofes naturais da Bahia; a vida das marisqueiras do recôncavo baiano; o luto; e a internet no cotidiano.

Durante a abertura do evento, uma mesa institucional foi composta por representantes da Fiocruz Bahia; da SPCOC; empresas patrocinadoras; e do secretário de Educação do Estado da Bahia, Danilo Melo. O dia ainda foi contemplado com a apresentação cultural dos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia – Orquestra Neojiba, vinculada à Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Governo do Estado da Bahia. Os estudantes que participaram do projeto Sons e Imagens passaram por uma série de oficinas de roteiro, produção audiovisual, direção de fotografia para dispositivos móveis, som e edição, totalizando 71 horas de aulas remotas, 11 horas de monitoria e 12 horas de gravação dos filmes, acompanhados de monitores. Foram oferecidas duas turmas, com 200 vagas no total.

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, reforçou o papel da educação na vida dos estudantes. “A escola em que eu estudei o meu fundamental me deu a base para que eu pudesse chegar aonde cheguei. A educação é o que nos leva às alturas”, afirma a ex-aluna da Escola Estadual Severino Vieira. Para Marilda, é através da educação que os jovens irão alcançar seus sonhos, como ela pôde alcançar. “Estar aqui hoje é um momento emocionante. É um momento em que eu vejo o futuro do Brasil, onde vejo adolescentes que estão desenvolvendo trabalhos muito especiais”.

“Esse momento que a gente chama de encerramento é, na verdade, uma abertura para novos projetos”, iniciou Antonio Brotas, coordenador do projeto e da Gestão da Comunicação e Divulgação Científica da Fiocruz Bahia. Além da participação dos alunos, Brotas também reforçou a importância da contribuição dos professores, gestores e outros colaboradores. “Essa foi uma iniciativa muito inovadora. A combinação do ‘aprender fazendo’ foi muito poderosa, mas exige um empenho grande de todos os envolvidos”, continuou o coordenador, que agradeceu a participação de todos.

Cristina Araripe, coordenadora de Divulgação Científica da Fiocruz, acompanhou a Mostra via videoconferência. “Eu só posso dizer que é uma alegria tremenda falar com vocês, usando essa tecnologia, para dizer o seguinte: alunos e professores da Bahia contem sempre com a Fiocruz”.

Também participaram do evento as representantes das empresas patrocinadoras Mônica Jaén, diretora de sustentabilidade da Wilson Sons; Adriana Medeiros, analista de Comunicação da Wilson Sons; Aline Rocha, especialista em Comunicação e Engajamento Comunitário da Bayern. Gabriela Rocha, representante da Giro – Planejamento Cultural, produtora responsável pelas oficinas, também esteve na mesa de abertura.

Participação dos docentes

Os professores e gestores foram homenageados com um certificado entregue pela Fiocruz. A professora Shirley Costa, da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, saudou com alegria a iniciativa. “Eu quero aproveitar para dizer a vocês, estudantes de Salvador e dos outros municípios que estão aqui, que não desistam jamais de participar de iniciativas como essa”, incentivou.

Fernanda Pereira Brito, professora de química e iniciação científica do Colégio Central, afirmou que já vê a iniciativa dando frutos. “Temos alunos participando do clube de ciências que já estão aplicando e participando de concurso de vídeos com o que aprenderam na edição do ano passado. Eu costumo dizer que a aprendizagem que vocês estão tendo vão usar em outros momentos”.

Professor de história e segurança do trabalho do Centro Territorial de Educação Profissional Piemonte do Paraguaçu, de Itaberaba, Cleiton contou que os estudantes já participavam de um projeto da Feira de Ciências da Bahia (Feciba) quando foi proposto a integração com o Sons e Imagens. O produto final foi um documentário sobre o lixão de Itaberaba. “Quero parabenizar a Fiocruz, a Secretaria de Educação, por fomentar isso, porque esses jovens são protagonistas e são o futuro. Espero estar em outros projetos também”.  

Divulgação científica na escola

O Sons e Imagens realizou também algumas atividades de divulgação científica. A primeira delas foi o encontro presencial no Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes, em Catu (Ba), ocorrido no dia 28 de julho. Além das oficinas com ferramentas de comunicação, foram ofertadas palestras, oficinas de grafite, um bate-papo sobre audiovisual e game, atividades científicas como a exposição de lâminas de microscópio e a apresentação da coleção entomológica da Fiocruz Bahia. O evento foi aberto para estudantes de outras escolas e estima-se que mais de 300 alunos estiveram presentes. 

Visita à Fiocruz Bahia

Além de visitar as escolas, a Fiocruz Bahia também convidou os estudantes para conhecer o Instituto Gonçalo Moniz, sede da fundação no estado. Realizada no dia 18 de agosto, a atividade contou com a presença de 85 estudantes dos colégios estaduais Raul Sá, Cosme de Farias, Central da Bahia e do Instituto Central de Educação Isaías Alves (ICEIA), de Salvador. Além da apresentação de pôsteres, experimentos científicos, palestras e oficinas, os estudantes também puderam visitar os laboratórios da Fiocruz Bahia e entender mais sobre as pesquisas realizadas na instituição.

Confira as imagens (fotos de Patricia Almeida):

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Ajuste de dose do tacrolimus em transplantados renais é tema de tese

Autoria: Nadielle Silva Bidu
Orientação: Ricardo David Couto
Título da tese: “CINÉTICA COMPARTIMENTAL DO TACROLIMUS EM PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS: AJUSTE DE DOSE, POSOLOGIA E CÁLCULOS FARMACOCINÉTICOS”
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 21/09/2022
Horário: 09h30
Local: Sala virtual do Zoom
ID da reunião: 857 1170 7579
Senha de acesso: 272762

Resumo

INTRODUÇÃO: O tacrolimus é o imunossupressor mais utilizado na atualidade para evitar rejeição ao enxerto renal. Devido a estreita margem terapêutica e à alta variabilidade desse fármaco, a monitorização farmacoterapêutica é primordial para manutenção da concentração sérica nos níveis adequados. Os parâmetros farmacocinéticos do tacrolimus têm se mostrado serem fundamentais e de grande utilidade no monitoramento da concentração sérica OBJETIVO: Realizar o ajuste de dose do tacrolimus em pacientes transplantados a partir da cinética compartimental, com o intuito de reduzir os eventos de rejeição aguda do enxerto renal. MATERIAL E MÉTODOS: Foram incluídos no estudo 53 pacientes transplantados renais em uso de tacrolimus. Amostras de sangue total foram coletadas no stead state após a primeira dose do tacrolimus e após três meses de realização do transplante. As concentrações séricas do tacrolimus foram obtidas utilizando-se o imunoensaio quimioluminescente de micropartículas
no sistema ARCHITECT-i e as concentrações de IL-2 foram obtidas por ELISA do tipo sanduíche. O ajuste de dose farmacocinético foi realizado utilizando a fórmula: concentração alvo dividido pela concentração obtida, multiplicado pela dose administrada. A análise farmacocinética foi realizada utilizando-se modelo não linear no software Monolix. A concentração sérica de vale do tacrolimus considerada terapêutica foi a faixa de 8 a 12 ng.mL1 . RESULTADOS: Foram analisadas 650 concentrações sérica de vale do tacrolimus. Destas, identificamos que 56,60% estavam na faixa terapêutica, 20,75% estavam subterapêuticos e 22,64% estava supraterapêuticos. O clearance total do tacrolimus estava de acordo com os padrões de referência, mas o volume de distribuição estava elevado. O ajuste de dose empírico equiparou-se ao ajuste de dose farmacocinético em 57,14% dos casos. CONCLUSÕES: A monitorização farmacocinética e farmacodinâmica do tacrolimus mostrou-se útil pois favoreceu identificar prováveis casos de rejeição ao enxerto renal. Além disso, a realização dessa monitorização pelo farmacêutico clínico favorece o suporte relacionado à identificação de eventos adversos e problemas relacionados aos medicamentos necessários ao acompanhamento completo do paciente transplantado renal.

Palavras-Chave: Tacrolimus, monitorização farmacoterapêutica, ajuste farmacocinético.

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Fiocruz Bahia leva ciência a festival de cultura japonesa 

A Fiocruz Bahia participou do XIV Festival da Cultura Japonesa de Salvador – Bon Odori, unindo ciência e saúde a manifestações culturais. Nos dias 27 e 28, foram realizadas uma série de atividades com pôsteres e experimentos que apresentaram um pouco do universo da ciência e tecnologia. O evento ocorreu no Parque de Exposições, em Salvador. 

O estande da Fiocruz Bahia ofereceu a um público diversificado de adolescentes, adultos e crianças, práticas lúdicas e apresentações sobre insetos e vetores, atividades de dinâmica sobre sobre flebotomíneos (insetos transmissores da leishmaniose) e o uso cotidiano da engenharia genética, observação de lâminas de células falciformes no microscópio e demonstração de lâmina de kato-katz para diagnóstico de helmintos, como schistosoma. Também teve a exposição da coleção entomológica da instituição, com exemplares de barbeiros, aranhas, entre outros, e foram realizados experimentos envolvendo o Ph de substituição e jogo sobre hepatites virais. 

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, considera importante a participação da instituição em eventos como o Bon Odori. “Ações como esta estão em perfeita consonância com a missão da Fiocruz e promovem a divulgação científica, tornando públicas as atividades realizadas no âmbito institucional, mostrando a importância de se fazer ciência e de despertar a vocação científica em crianças e adolescentes, uma grande parte do público participante”, declarou.  

O estande também deixou à disposição jalecos, óculos de proteção e balões volumétricos coloridos para as crianças tirarem fotos como cientistas. Luanda da Costa Silva, 12, já tinha o seu próprio jaleco, mas foi a primeira vez que experimentou olhar por um microscópio. “Eu gostei de olhar pelo microscópio, acho bem legal a gente poder ver várias formas de vida bem pequeninhas”, comentou. 

Já Maria Clara Sacramento, 18, estudante do 3° ano do Ensino Médio, se interessou mais pela coleção de insetos. A cosplayer reviveu a personagem Bomb Devil (Demônio Bomba) do mangá Chainsaw Man, com a vestimenta que levou mais de quatro meses para ser produzida. “Com os experimentos, percebi que tenho que prestar mais atenção nas aulas de biologia”, brincou.   

A administradora Priscila Assis, 35, também foi atraída pela coleção entomológica da Fiocruz Bahia. Ela disse que a surpresa maior foi notar a atenção da filha Luna e da sobrinha Isis, de 8 e 7 anos respectivamente. “Essas meninas não se prendem a nada e, por incrível que pareça, elas adoraram a experiência. Acho importante para a criança esse primeiro contato com a ciência”, afirmou. 

Acompanhado dos filhos Lucas, 11, e Davi, 13, Júnior Vieira aproveitou o experimento de Ph para ensinar aos seus filhos o perigo de algumas substâncias. “Eles escutam dos pais: ‘refrigerante faz mal’. Mas aí, quando eles veem esse experimento na prática, passam a saber o que vai acontecer com cada substância”. O pai elogiou bastante a experiência “Foi importante eles verem na prática e participarem da experiência, ter essa oportunidade de estar ali manuseando os instrumentos”, relatou.  

Astrid Goicochea, aluna de iniciação científica do Laboratório de Inflamação e Biomarcadores da Fiocruz Bahia, foi uma das responsáveis por explicar o pôster sobre o ciclo de leishmaniose e mostrar lâminas de macrófagos infectados com Leishmania. “Ver a curiosidade e o brilho nos olhos das pessoas ao entrarem em contato com um microscópio óptico e olharem as células pela primeira vez foi muito gratificante”, comenta. “Esse tipo de eventos onde a Fiocruz esteja representada é essencial para mostrar para a sociedade quem somos nós, o que fazemos e, o principal, que a ciência é bonita em todos os sentidos”.

Sobre o Bon Odori 

Em 2022, o Bon Odori realizou sua 14ª edição. Após dois anos de pausa devido à pandemia, o evento retornou com o tema “Ganbarimashou – Vamos em Frente, Juntos”. Entre os dias 25 a 27 de agosto, o Bon Odori promoveu uma série de apresentações de artes marciais, performances, música e dança, além de oficinas, workshops e exposições. O Festival surgiu com o objetivo de aproximar a população e celebrar a cultura japonesa.  

Confira as fotos:

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Semana da Qualidade, Biossegurança e Ambiente reforça importância da área

A Semana da Qualidade, Biossegurança e Ambiente, 8ª da Fiocruz Bahia e 16ª da Fiocruz Minas, foi realizada entre os dias 22 e 26 de agosto, com palestras online. Aberta ao público, a semana teve o objetivo de expor as ações e proporcionar a troca de experiências na área entre as duas unidades. As apresentações abordaram temas como avaliação de riscos, biobancos e biorepositórios, práticas de sustentabilidade, política de integridade na pesquisa e de ciência aberta, gestão de resíduos sólidos de saúde, segurança nas instalações e infraestrutura, o que fazer em caso de emergências e procedimentos em caso de acidentes de trabalho.

Na abertura, estiveram presentes o diretor da Fiocruz Minas Gerais, Roberto Sena, a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, a vice-diretora de Gestão da Fiocruz Minas, Ivanete Presot, e o vice-diretor de Gestão da Fiocruz Bahia, Valdeyer Reis. “É um momento extremamente importante para as duas unidades. Estarmos aqui, em torno de um tema tão importante, principalmente para nós que trabalhamos em laboratórios”, comentou Marilda Gonçalves.

A diretora recordou de sua própria trajetória na área, como primeira coordenadora da Comissão Interna de Biossegurança, e de sua participação na instalação do Setor de Qualidade e Biossegurança. Para ela, este foi um momento para ressaltar a importância da Qualidade. “Esses encontros podem se tornar uma prática entre nossas unidades: discutir e sociabilizar as nossas vitórias e ver como uma unidade pode ajudar a outra”, declarou.

Roberto Sena concordou. “Nós somos a mesma Fiocruz, com os mesmos objetivos e as mesmas linhas de trabalho”. A história do IRR com a Qualidade e a Biossegurança inicia em 2003, com a núcleo dedicado à área, e em 2007 o Instituto realizou sua 1ª Semana da Qualidade. “Isso fez com que a Qualidade se tornasse muito importante aqui no centro. Nesses anos todos a gente vem realizando simpósios, informando as pessoas em Qualidade”, relatou.

Ivanete Presot recordou sua história com o desenvolvimento do setor. “Em 2019, eu tive a oportunidade de ingressar no doutorado, e nós pudemos criar um questionário que seria aplicado em laboratórios de pesquisa”, comentou. Desde então, Presot ministrou palestras em algumas unidades da Fiocruz, inclusive o IGM.

Valdeyer Reis mostrou-se animado com a iniciativa. “Que a gente possa transformar todo esse conhecimento em ações práticas para a instituição”. Para o vice-diretor de Gestão a importância do evento também está no conteúdo proposto. “Fico feliz quando vejo um painel como esse, em que são trazidas tantas coisas importantes, como essa a convergência entre biossegurança, qualidade, ambiente e saúde do trabalhador. Eu acho que não pode ser diferente”, completou.

A chefe do Serviço de Qualidade e Biossegurança da Fiocruz Bahia, que está à frente do evento na unidade, considera que o encontro proporcionou aprendizado entre as duas instituições. “Um dos principais objetivos foi conscientizar os colaboradores da Fiocruz Minas e Fiocruz Bahia, e demais participantes externos, sobre a importância do Sistema de Gestão da Qualidade para a confiabilidade nos resultados, reconhecimento da comunidade e dos pares, melhor organização do trabalho e comunicação dos dados obtidos”, ressaltou. Hilda acrescenta que eventos desta natureza são importantes para estimular a participação dos colaboradores na Implantação do Sistema de Gestão da Qualidade e do Programa de Biossegurança nas instituições.

“Destaco a importância do trabalho em equipe, da construção coletiva, da cooperação de todos para alcançarmos os resultados desejados, além de oferecer aos participantes um referencial teórico e prático que os permita contribuir para a melhoria contínua de seus processos de trabalho”. Em seguida, Hilda Fraga prosseguiu com uma exposição acerca do sistema de qualidade implementado no instituto. Participaram do encontro como palestrantes os servidores da Fiocruz Bahia, Waldney Souza, Lorena Souza, Carlos Letácio Lessa e Maria Julia Souza.

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Reunião com Distrito Sanitário Indígena da Bahia reafirma parceria com o IGM

Uma reunião entre representantes do Distrito Sanitário Indígena da Bahia (DSEI-BA), a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, Soraia Cordeiro, professora da Universidade Federal da Bahia, e a pesquisadora da Fiocruz Bahia, Isadora Siqueira, foi realizada com o objetivo de aproximar a instituição e reafirmar parceria para projetos de pesquisa com a população indígena. Participaram do encontro, que ocorreu em 17 de agosto, o coordenador distrital Adilton Assunção, Távila Guimarães, coordenadora do Departamento de Atenção à Saúde Indígena (DIASI), e as representantes do DIASI, Iane Freitas e Thauara Luz.

Isadora Siqueira ressaltou a importância das parcerias realizadas entre a Fiocruz Bahia com alguns povos indígenas para desenvolvimento de projetos de pesquisa. Segundo a pesquisadora, o encontro trouxe novos horizontes de trabalho. “Hoje, eles conheceram a instituição, mostramos os laboratórios, assim como as demais dependências, e conversamos sobre novos projetos”.

Adilton Assunção espera que a parceria auxilie na promoção de tratamento e redução da incidência de ISTs, como a sífilis. “A parceria com a Fiocruz é uma grande oportunidade para o DSEI, visto que auxilia na qualificação do cuidado, principalmente às mulheres e crianças. O diálogo foi rico e promissor. Conhecemos as dependências e a missão da fundação e ficou mais evidente a contribuição da Fiocruz para a saúde pública”, afirmou o coordenador.

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Depoimentos de alunos do curso de teatro

“Me inscrevi na disciplina pois sempre me senti muito ansioso antes de qualquer apresentação. Ficava com aquele medo do branco, medo de falar algo errado e do julgamento dos outros. Na disciplina, tive acesso a várias técnicas de como apresentar bem, de como memorizar melhor os conceitos para apresentação e de como me portar. Isso me deu bastante confiança para falar em público. Hoje sinto que estou muito mais preparado para apresentações em geral e concursos. Agradeço demais ao professor Rodrigo pelos ensinamentos e a coordenação de ensino e a Fiocruz Bahia por ter proporcionado esse curso sensacional aos alunos!”

Matheus de Jesus, doutorando do PGBSMI

“O curso Técnicas de Teatro fornecido pelo IGM, desenvolvido pelo professor Rodrigo Soares foi fundamental para a formação acadêmica de todos presentes. Sou muito grata a ele e a todos envolvidos. Trouxe a ludicidade necessária para enfrentar o futuro. Realizou exercícios de voz e experimentos como o uso da maçã ou chocolate pode interferir na garganta e consequentemente na fala. Proporcionou uma dinâmica de gravação da voz e corpo de cada um para depois analisar e dar dicas de como melhorar a forma de se apresentar. Essa avaliação individualizada foi muito importante! Em contra partida gerou unicidade ao grupo, quando em conjunto tivemos que memorizar o nome de todas as pessoas do grupo, criar uma história e gravar um texto completo. Damos as mãos para fazer fluxos de aperto de mão. Ademais, ensinou para além de bancas, concursos, mercado de trabalho como ter uma melhor postura diante da vida. Usar o momento da apresentação como terapia mental para esquecer dos outros problemas que cada um tem. Agregou em conhecimentos e maneiras de como se apresentar para o tipo de público específico. E outros ensinamentos como o de se adequar ao tempo de apresentação, formas de se vestir, ocupar espaço pela sala. O ponto chave é criar relação com à plateia. Como montar uma história e defender um problema ao qual se quer resolver ou falar sobre? Sobre os temas de seminários apresentados na área da saúde: leishmaniose, disfunção erétil, câncer de boca, diabetes, câncer de estômago são problemas do nosso dia a dia como podemos vencê-los? Como ter uma confiança diante dos desafios. A perseverar e não desistir. Por isso tenho gratidão ao curso que foi uma pausa necessária e artística para se reconectar aos projetos científicos.”

Rafaela Machado Tugores, aluna de Iniciação científica.

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Fiocruz Bahia e SPCOC realizam II Mostra de Filmes Sons e Imagens da Bahia

Acontecerá, no dia 26 de agosto (sexta-feira), a partir das 14h30, a II Mostra de Filmes Sons e Imagens da Bahia, projeto da Fiocruz Bahia em parceria com a Sociedade de Promoção da Casa de Oswaldo Cruz (SPCOC). O encontro será realizado no Colégio Estadual da Bahia – Central, reunindo os alunos que participaram do projeto em uma sessão de exibição dos filmes produzidos durante as oficinas.

A abertura do evento contará com uma mesa institucional com representantes da Fiocruz Bahia; SPCOC; Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) e empresas patrocinadoras, além de apresentação cultural da Orquestra Neojiba. Toda a cerimônia será transmitida no YouTube da Fiocruz Bahia.

O Sons e Imagens da Bahia ofereceu oficinais de audiovisual para alunos do ensino médio da rede pública de todo o estado da Bahia. Ao todo, foram 21 escolas e 133 alunos contemplados no projeto em 2022, produzindo 15 filmes. Os alunos elaboraram os roteiros e foram orientados por monitores nas gravações, utilizando os próprios celulares para a captura das imagens.

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Fiocruz Bahia recebe estudantes do projeto Sons e Imagens

Nesta quinta-feira (18/8), 85 estudantes dos colégios estaduais Raul Sá, Cosme de Farias, Central da Bahia e do Instituto Central de Educação Isaías Alves (ICEIA), de Salvador, realizaram uma visita à Fiocruz Bahia. A atividade estava prevista na programação do projeto “Sons e Imagens da Bahia”, fruto de parceria entre a instituição e a Sociedade de Promoção da Casa Oswaldo Cruz, que oferta oficinas teóricas e práticas sobre audiovisual para estudantes baianos. Para a visita, foram ministradas palestras, oficinas de audiovisual e de grafite, e experimentos científicos, apresentados por discentes da pós-graduação. Os estudantes também puderam fazer visitas aos espaços de pesquisa da Fiocruz Bahia.  

O projeto “Sons e Imagens da Bahia” está em sua segunda etapa, com realização de uma série de oficinas sobre roteiro, produção, edição e outros aspectos do audiovisual. Antonio Brotas, coordenador da Gestão da Comunicação e Divulgação Científica do instituto, comentou acerca dos benefícios que o projeto pode oferecer aos participantes. “Os alunos vivenciaram diversas oficinas, com a possibilidade de aprender bastante conteúdo. No final, ainda fizeram um filme que será exibido em uma mostra”. “Vocês são os futuros cineastas”, disse aos estudantes. Brotas também agradeceu o empenho dos professores que tornaram o projeto possível. 

Duas palestras foram ministradas por alunas de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Patologia Humana e Experimental (PGPAT). A discente Elaine Carvalho explicou como as vacinas agem no corpo humano. Já a nutricionista Camila Almeida, do grupo Cientistas Veganas, explicou a relação entre sustentabilidade ambiental e alimentação para os alunos. Ao final, foram sorteadas células de defesa de pelúcia, ofertadas pela Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), para as atividades de divulgação científica.

Para a professora de química e orientadora de iniciação científica do Colégio Central, Fernanda Brito, o envolvimento dos alunos é um dos maiores benefícios do projeto. “Os alunos puderam conhecer um espaço como esse, interativo, e ter esse contato com o mundo da ciência que eles não veem muito, só na televisão, é muito bacana”, avalia a professora. Ela também conta que os alunos que passam pelo Sons e Imagens da Bahia ganharam mais confiança para divulgar os projetos desenvolvidos no clube de ciências da escola.  

Evelyn da Silva, de 16 anos, estudante do Colégio Central, foi uma das participantes do Sons e Imagens em 2021. Durante o período mais duro da pandemia, as atividades foram desenvolvidas online, mas, ainda assim, a aluna relata que gostou da experiência. “Venho editando alguns vídeos, aprendi a usar melhor as imagens, a tirar fotos mais bonitas e aproveitar a iluminação”. Segundo Evelyn, estar presente no instituto foi proveitoso. “É a primeira vez que venho. Estou aproveitando bastante”.  

O estudante do Colégio Estadual Cosme de Farias Daniel Souza, de 15 anos, ficou empolgado com a possibilidade de usar um microscópio. “Estou achando muito interessante e educativo. Pude conhecer várias coisas que a gente não vê no nosso ambiente comum.  Esse projeto foi de grande importância na minha escola e para mim também”, expõe Daniel. 

Sarah de Oliveira, de 14 anos, aluna do Colégio Estadual Raul Sá, disse que o projeto aproximou sua turma. “Peguei uma monitora maravilhosa, pessoas que nos ensinaram do início ao fim. Nós conversamos bastante para desenvolver o filme. Ficamos mais aliviados quando começamos a conversar com nossos colegas, o que não acontecia tanto”, conta. A aluna, que também é monitora do clube de ciências de sua escola, revelou ter gostado mais das visitas aos laboratórios.  

Mostra de filmes 

A atividade de extensão foi a segunda realizada pelo projeto. No dia 28 de julho, houve um encontro presencial no Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes, em Catu (Ba). Foram oferecidas palestras, oficinas de podcast, fotografia, edição de vídeo, grafite, uma conversa sobre audiovisual e game, além de exposições de lâminas de microscópio e a coleção de insetos da Fiocruz Bahia. Com a participação de estudantes de outras escolas da cidade, estima-se que mais de 300 alunos estiveram presentes.  

O Sons e Imagens da Bahia conta com a parceria de 21 escolas do estado nesta edição, sendo nove escolas do interior. São mais de 130 alunos participando do projeto, cujo resultado final, a mostra de filmes realizados durante os cursos, será exibida no dia 26 de agosto, no Colégio Estadual da Bahia – Central. 

O projeto conta com o patrocínio das empresas Wilson, Sons, Bayer e Drogasil através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.  A gestão cultural é da SPCOC, em parceria com a Fiocruz Bahia, apoio da Secretaria de Educação e Governo do Estado da Bahia, assim como produção da Giro Planejamento Cultural. Uma realização da Secretaria Especial de Cultura e Ministério do Turismo.

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Curso ensina técnicas de teatro aplicadas à apresentação acadêmica

Falar em público é um desafio para muitas pessoas. Falar durante um congresso ou para uma banca de avaliação pode ser mais difícil ainda. Visando desenvolver as habilidades de comunicação de docentes e discentes da Fiocruz Bahia, foi ofertado o curso “Técnicas de teatro aplicadas à apresentação de seminários”. Ministrado pelo professor Rodrigo Soares, pesquisador da Fiocruz Minas Gerais, o evento ocorreu entre os dias 15 e 17 de agosto. O curso foi uma iniciativa da Vice-Diretoria de Ensino e Informação para a capacitação de docentes e discentes do IGM e contou com a participação de representantes da Equipe de Ensino, como as professoras Valéria de Matos Borges e Patrícia Veras, e a coordenadora de ensino Clara Mutti.     

Com o desafio de ensinar a um público mais diverso e com dificuldades distintas, o professor Rodrigo empregou exercícios de memorização e voz, assim como estimulou a autopercepção dos participantes. A dificuldade, afirma, é mudar o método enrijecido de apresentar. “Eu procuro, através da criação de relações das apresentações com a vida dos espectadores, tornar qualquer assunto interessante”, comenta. 

Esta foi a primeira experiência do professor Rodrigo com o curso em outra unidade da Fiocruz. “Nosso trabalho fluiu durante o processo. A participação de todos enquanto equipe foi a grande riqueza de nossa vivência na Fiocruz Bahia. Os alunos foram muito participativos e estavam preocupados com seus desempenhos e sempre buscando melhorar e se aprimorar”, afirma, classificando a experiência como “fascinante”. 

No último dia do curso, os alunos realizaram uma série de apresentações. Entre nervosismos e acertos, no final, todos puderam notar o próprio progresso. “Fizemos uma dinâmica no primeiro dia em que gravamos vídeos de um minuto falando de forma improvisada. Ao ver meu vídeo, minutos antes da minha apresentação, pude perceber os erros que estava cometendo”, relata o doutorando do Programa de Pós-graduação em Patologia Humana e Experimental (PGPAT) Leonardo de Oliveira Siquara. A apresentação final do discente foi bastante elogiada. “Foi uma oportunidade singular ter feito o curso”.

Para Adne Vitória, estudante de Iniciação Científica do Laboratório de Engenharia Tecidual e Imunofarmacologia (LETI), o principal proveito retirado foi o estímulo à sua criatividade – o que o professor Rodrigo relaciona com o lado direito do cérebro. “Aprender e saber como passar isso é o que dá sentido para seguir com o vigor na área da pesquisa. Tenho certeza de que todos que realizaram este curso não serão os mesmos, assim como eu, que pude analisar com maior precisão onde estão as minhas maiores dificuldades e assim, lidar com elas do lado direito do meu cérebro”, assegura.

O pesquisador e professor do no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI), Fred Luciano Neves declarou que estava aplicando as técnicas aprendidas em seu grupo de pesquisa. “Recomendo que as pessoas façam o curso em suas próximas versões. Se puder, farei novamente”, declarou. 

Clique aqui e confira outros depoimentos.

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Tese aborda influência do pré-diabetes e diabetes no agravamento da Covid-19

Autoria: Ícaro Bonyek Santos da Silva
Orientação: Natália Machado Tavares
Título da dissertação: “A influência do pré-diabetes e diabetes no agravamento da Covid-19: uma abordagem imunológica”
Programa: Pós-Graduação em Patologia
Data de defesa: 29/08/2022
Horário: 13h00
Local: Sala virtual do Zoom
ID da reunião: 899 6432 6290
Senha de acesso: defesa

Resumo

INTRODUÇÃO: Com milhões de casos e mortes confirmadas em todo o mundo, a pandemia da doença do coronavírus 2019 (COVID-19), causada pela infecção do novo coronavírus, denominada síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2), se tornou uma preocupação mundial. Sabe-se que níveis elevados de glicose na corrente sanguínea são um dos principais fatores de risco para o agravamento da doença. No entanto, ainda não estão elucidados os reais mecanismos envolvidos no agravamento da COVID-19 em indivíduos com pré-diabetes e diabetes. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi avaliar o papel do diabetes e do pré-diabetes no agravamento da COVID-19. MATERIAL E MÉTODOS: Inicialmente, foram identificados possíveis genes relacionados a gravidade da COVID-19 em
indivíduos com diabetes a partir de dados públicos de expressão gênica em células mononucleares do sangue periférico (PBMCs). Em seguida, foram validados alvos de importância para a infecção do SARS-CoV-2 em PBMCs de pacientes com e sem diabetes. Dosagem de mediadores inflamatórios sistêmicos e análises de correlação foram utilizados para identificar fatores associados à gravidade da COVID-19 em pacientes com a glicemia alterada. RESULTADOS: As análises de dados globais públicos revelaram a via do metabolismo do leucotrieno como uma via potencialmente associada a condições respiratórias em pacientes com diabetes. Em seguida, identificamos, na fase aguda da COVID-19, um aumento na expressão dos genes ALOX5 e ACE2/TMPRSS2 em PBMCs de indivíduos com diabetes. Nesses pacientes, também foi encontrado um aumento dos níveis séricos de LTB4 e IL-6 em comparação a pacientes sem diabetes. O aumento de IL-6 observado em indivíduos com diabetes estava associado com maior internação em unidade de terapia intensiva. Em conjunto, os dados mostram que o diabetes, com a participação da via do LTB4, pode levar a COVID-19 grave, induzindo lesão pulmonar mais intensa e maior tempo de doença. Curiosamente, pacientes com pré-diabetes, sob a participação da produção de IL-6, também evoluem para a COVID-19 grave em maior frequência, considerando a redução nas taxas de troca gasosa e maior tempo de hospitalização. Contudo, o pré-diabetes não induziu sequelas da COVID-19 distintas daquelas de indivíduos sem diabetes. Além disso, nós mostramos também, que exames
laboratoriais de rotina podem ser utilizados para identificar altos/baixos produtores de IL-6, cujos níveis estão relacionados com a gravidade da COVID-19. CONCLUSÃO: O aumento da produção de LTB4 e IL-6 observado em indivíduos com diabetes e pré-diabetes, respectivamente, pode piorar o desfecho da COVID-19.
Palavras-chave: COVID-19, Diabetes, Inflamação, IL-6, LTB4, Pré-diabetes.

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Pesquisadores desenvolvem método computacional para auxílio no diagnóstico de doenças renais

Buscando facilitar o diagnóstico de doenças renais através de sistemas computacionais, um estudo realizado com participação de pesquisadores da Fiocruz Bahia, Universidade Federal da Bahia e Universidade Estadual de Feira de Santana, explorou um novo método de diagnóstico digital. Chamado de DS-FNet, o sistema combina a arquitetura de uma Rede Neural Convolucional (desenvolvida para interpretação de imagens escaneadas) com mecanismos de atenção em contornos nas imagens, a fim de determinar de maneira mais eficaz o contorno das estruturas do rim. O estudo foi publicado na revista Computerized Medical Imaging and Graphics.

A estrutura escolhida para a leitura do programa foi o glomérulo – parte dos rins responsável pela filtragem do sangue e geração da urina. Por conta de seu papel e importância na saúde dos pacientes, o glomérulo é uma das primeiras estruturas a serem acessadas pelos médicos para o diagnóstico. O programa mostrou-se capaz de segmentar o glomérulo mesmo em diferentes técnicas de coloração.

Sistemas desenvolvidos anteriormente baseavam o aprendizado da máquina utilizando apenas uma determinada técnica de coloração da amostra, o que limitava os resultados e possibilidades de uso dos programas. Entendendo que as diversas técnicas de coloração são necessárias para destacar diferentes tecidos do glomérulo, os pesquisadores perceberam que uma mesma imagem da célula mantinha aproximadamente os mesmos limites e fronteiras, mesmo que em pigmentações distintas. A partir disso, buscou-se construir um novo algoritmo de aprendizado para o sistema, que mesmo sendo treinado com apenas uma coloração, conseguiu generalizar para outras colorações usadas no diagnóstico de doenças renais. 

Os experimentos foram conduzidos entre diferentes bancos de imagens escaneadas de glomérulos humanos, que juntos continham 660 imagens de lâminas de biópsia, contendo 5.309 glomérulos. Os resultados mostraram que o programa DS-FNet atingiu o índice Dice (nível de similaridade entre amostras analisadas e os gabaritos) de 95,05% no banco HuBMAP, e um índice de acerto ainda maior com os bancos NEPTUNE e WSI_Fiocruz (95,15%), independente da técnica de coloração usada nas imagens. Em comparação com outros sistemas que usam o modelo deep learning, o DS-FNet pôde reduzir a quantidade de falsos positivos e falsos negativos, encontrando glomérulos mesmo em partes completamente ignoradas pelos outros programas. 

O trabalho resultou também no desenvolvimento do banco de dados WSI_Fiocruz, que possui 146 imagens de glomérulos anotadas em lâminas de biópsias escaneadas. Os cientistas planejam expandir este banco de dados para armazenar 1000 imagens de lâminas de biópsia, tornando-o também disponível para outros pesquisadores da área.  

Apesar de ser parte da rotina de um patologista, o trabalho de identificação de estruturas requer tempo e o uso de diferentes colorações especiais. Se espera que o desenvolvimento da área de patologia computacional, com o apoio de sistemas de leitura e segmentação, encurte o período necessário entre diagnóstico e o prognóstico.

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Pesquisador e alunos da Fiocruz Bahia são premiados em congresso de patologia   

Integrantes do Laboratório de Patologia Estrutural e Molecular (LAPEM), da Fiocruz Bahia, receberam prêmios de Melhor Apresentação de Trabalho, Apresentação de Pôster e de Iniciação Científica, durante o 33° Congresso Brasileiro de Patologia e 26° Congresso Brasileiro de Citopatologia. Entre os reconhecidos no evento realizado entre os dias 3 e 6 de agosto, em Foz do Iguaçu (PR), estão os doutorandos do Programa de Patologia Humana e Experimental (UFBA/ Fiocruz Bahia), Jonathan Fontes e Bianca Mesquita, o estudante de Iniciação Científica, Matheus Piza, e o pesquisador colaborador Luiz Antonio Rodrigues de Freitas.

“É bom ter uma confirmação externa da relevância do que fazemos em patologia no IGM”, afirma o pesquisador Washington LC dos-Santos, chefe do LAPEM. O professor mostrou-se orgulhoso em ver três de seus orientandos terem seus trabalhos reconhecidos. Ele reforça ainda a importância da participação de especialistas em eventos do tipo. “Há a importância dos cursos curtos que são oferecidos nas várias áreas da patologia, pela possibilidade de apresentar e discutir seus trabalhos e os de outros estudantes e professores, pelo estabelecimento de contatos que proporcionam oportunidades de colaboração futura”. 

O pesquisador explica que uma das linhas de pesquisa do LAPEM se baseia no estudo dos marcadores histológicos de diagnóstico, atividade e cronicidade de doenças. “Estamos em fase de identificação de moléculas e desenvolvimento de sistemas computacionais para automatização do diagnóstico. Temos já algumas publicações nas duas áreas”, conta. Essa é a área de especialização do doutorando Jonathan Fontes, cujo estudo apresentado analisou as transformações ocorridas no baço em consequência da leishmaniose visceral.

“Ver o seu trabalho ser premiado, dentre tantos outros trabalhos incríveis, é motivo de muito orgulho, principalmente para um pesquisador em formação”, afirma Jonathan, reconhecido pela Apresentação como Pôster. O trabalho desenvolvido faz uma análise dos leucócitos e da expressão gênica no baço de pacientes com a doença. “Isso foi, além de tudo, uma motivação para fazer um trabalho melhor a cada dia, e continuar as investigações acerca da leishmaniose visceral”, comenta.

A doutoranda Bianca Ramos foi premiada com o 5° lugar de Melhor Apresentação Oral com o trabalho “Alterações da celularidade e da microarquitetura do baço em pacientes com Covid-19: Um estudo de autópsia minimamente invasiva”. A pesquisadora conta que há momentos em que se sente desmotivada devido à desvalorização da pesquisa. “Estes momentos de premiação fazem com que todo esforço e dedicação tenham mérito e nos dê forças para continuar. Concorrer com pessoas com anos de carreira e com trabalhos robustos e ter um lugar na premiação mostra que nunca somos jovens demais para ter destaque nas nossas áreas”, assegura.

O pesquisador Luiz Freitas ficou em 4° lugar na categoria de Apresentação Oral, com o trabalho “Venopatia portal obliterativa (VPO), uma entidade negligenciada em nosso meio: Correlações clínico-patológicas em uma série de casos com e sem hipertensão portal”. Já o graduando Matheus Piza recebeu o prêmio de Iniciação Científica com o trabalho “Quais características visuais das imagens são utilizadas por pessoas para agrupar lesões glomerulares? Um estudo de agrupamento de imagens histológicas por similaridade”. O estudo faz parte da linha de pesquisa do LAPEM que se concentra em desenvolver sistemas de patologia computacional para a automação do processo de busca de marcadores de doenças renais. 

Sobre o congresso  

O 33º Congresso Brasileiro de Patologia retornou no formato presencial depois de dois anos interrompido pela pandemia. Com o tema “A era da multidisciplinariedade”, o evento contou com a participação da Sociedade Brasileira de Citopatologia, em seu 26° Congresso Brasileiro de CItopatologia. Juntas, as Sociedades de ambas as áreas buscaram o compartilhamento dos aprendizados e a promoção da patologia brasileira. 

Esse ano, o congresso teve a participação de palestrantes nacionais e internacionais. Além da apresentação de pôsteres pelos pesquisadores e residentes, e das premiações, houve também a realização de conferências, simpósios, seminários com exposição de lâminas atualizando diversos segmentos da Patologia – como a Hemopatologia, a Dermopatologia, a Nefropatologia e a Patologia Infecciosa.

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Abertas inscrições para vaga de estágio em engenharia elétrica

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em conjunto com a Universidade Patativa do Assaré – UPA, publicou o novo edital para recrutamento e seleção de estagiários(as) para a vaga de Engenharia Elétrica, para fins de estágio não obrigatório. As inscrições podem ser feitas de 16 a 30 de agosto de 2022, neste site.

Confira:

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CoronaVac tem efetividade moderada contra casos graves em crianças, sugere estudo

Publicado na revista Nature Communications, um estudo do projeto VigiVac do CIDACS/ Fiocruz Bahia analisou a efetividade da vacina CoronaVac em crianças de 6 a 11 anos, durante o período de predominância da variante Ômicron do SARS-CoV-2. Os cientistas concluíram que as duas doses da vacina têm nível baixo de proteção contra infecções sintomáticas, mas possuem proteção moderada contra hospitalizações por casos graves. Clique aqui e confira o artigo completo.

Após duas semanas de aplicação da segunda dose, a CoronaVac apresentou efetividade de 39,8% contra a infecção sintomática e 59,2% de proteção contra os casos graves da Covid-19. Nenhuma morte por coronavírus foi registrada nos casos analisados.

Para a pesquisa, os cientistas analisaram dados de 197.958 pessoas, referentes ao período de 21 de janeiro a 15 de abril de 2022. Os dados foram coletados do e-SUS Notifica, o sistema nacional de vigilância de resultados da testagem para Covid-19, e do SIVEP-Gripe, sistema de informações sobre doenças respiratórias agudas.

No artigo, os pesquisadores comentam que uma publicação do Chile relatou níveis similares de proteção da vacina em crianças de 3 a 5 anos (38,2% contra infecções sintomáticas e 64,6% contra os casos graves), durante a predominância da variante Ômicron, enquanto no período de predominância da variantes Delta o nível foi de 77,8%.  

Os estudiosos reforçam a importância da vacinação do público infantil pois, apesar de serem raros os casos graves de Covid-19 em crianças, há ainda outros efeitos que a doença pode causar, como a síndrome da COVID-19 longa e síndrome inflamatória multissistêmica que podem, além do impacto na saúde, levar a prejuízos na escolarização.

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Fiocruz Bahia lança documentário sobre os cientistas Sonia e Zilton Andrade

Os mais de 40 anos de companheirismo e dedicação à ciência do casal de estudiosos Sonia Gumes Andrade e Zilton de Araújo Andrade serão homenageados no documentário produzido pelo Instituto Gonçalo Moniz (IGM/ Fiocruz Bahia). O filme “Sonia e Zilton – ciência, saúde e amor” será lançado no dia 31 de agosto, às 17h, no canal de Youtube da instituição.  

O documentário teve o apoio do edital interno de Memória Institucional da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e narra os momentos mais marcantes da vida e da produção do notório “casal Andrade”. Sonia e Zilton Andrade (1924-2020) construíram um legado de pesquisa e fizeram parte da história da Fiocruz Bahia. O objetivo é contar, através da trajetória dos dois, parte da própria história da unidade da Fiocruz no estado.  

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, conta que o IGM, apoiado pela COC, já vem trabalhando em ações de memória institucional. “A primeira delas, que deu origem à ideia do filme, foi a confecção do acervo físico do casal Andrade, atividade que também envolve a parceria com a UFBA e o apoio e acompanhamento dos familiares dos pesquisadores. Nesta linha, o documentário busca valorizar as pessoas que fizeram a história do IGM, ao mesmo tempo que procura contar a história da instituição para outras gerações, afirmando o compromisso da Fiocruz com a saúde, com a ciência e com a sociedade”.

Casados em 1953, eles tornaram-se reconhecidos por suas pesquisas na área de Patologia, Parasitologia e Doenças Tropicais. Juntos também construíram uma família com seis filhos. Zilton foi chefe do Laboratório de Patologia Experimental (LAPEX – inicialmente “Laboratório de Esquistossomose”) desde seu começo e Sonia chefiou o Laboratório de Chagas Experimental, Autoimunidade e Imunologia Celular (LACEI, atual LAPEC), ambos núcleos da Fiocruz Bahia.

Casal Andrade

Sonia Gumes Andrade, natural de Caetité (BA), formou-se em 1953 na Faculdade de Medicina da UFBA. A doutora iniciou sua carreira explorando a área de Medicina Tropical, mas foi na pesquisa sobre a doença de Chagas que deixou sua maior contribuição. Estudou a Patologia e Imunopatologia da enfermidade, com atividades também na área de Imunologia. Integrou a Academia de Medicina da Bahia, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Comitê Científico da Organização Mundial de Saúde (OMS), e foi professora emérita da UFBA, onde coordenou o curso de pós-graduação em Patologia Humana, desde a sua criação, hoje realizado em ampla associação com a Fiocruz Bahia. 

Sua contribuição foi reconhecida com o prêmio e medalha Samuel Pessoa da Sociedade Brasileira de Patologia, em 1987; a medalha do Centenário do Instituto Oswaldo Cruz, no ano 2000; diploma de Honra ao Mérito pelos serviços prestados à saúde pública e a ciência da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, em 2008; a medalha do Centenário da descoberta da Doença de Chagas, em 2009, e recentemente, em 2021, a medalha de Mérito Científico Carlos Chagas, da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, entre outras condecorações recebidas ao longo da vida. Em 2012, tornou-se pesquisadora emérita da Fiocruz. 

“Aprender a tirar satisfação de suas atividades diárias mantém o indivíduo ativo, e contribui para tornar uma pessoa saudável e de bem com a vida”, foi o conselho deixado por Zilton em uma entrevista sobre o segredo para se manter ativo. O professor, natural de Santo Antônio de Jesus (BA), recôncavo baiano, era pesquisador emérito da Fiocruz desde 2012. Em números, sua carreira resultou na publicação de 277 artigos científicos, na orientação de 59 alunos de mestrado e doutorado, nos mais de 50 anos de docência e 30 anos de pesquisa na Fiocruz. Tornou-se professor emérito da UFBA em 1985, onde ajudou a fundar a Residência Médica em Patologia, o Mestrado e o Doutorado em Patologia.

Zilton Andrade foi uma autoridade científica internacional em doenças infecciosas e parasitárias, com destaque para a doença de Chagas, esquistossomose e leishmaniose. Entre os seus títulos destacam-se a comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico (1995), o título de comendador da Grã-cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico da Presidência da República do Brasil (2005) e a nomeação como membro da Academia Brasileira de Ciências (2006). Recebeu ainda o Prêmio Alfred Jurzykowski da Academia Nacional de Medicina (1972) e o Prêmio Nacional de Ciência e Tecnologia do CNPq (1984). Zilton fez parte de muitas sociedades voltadas à pesquisa, entre elas a Academia de Medicina da Bahia, assim como sua esposa. 

Ficha técnica do filme 
Nome: Sonia e Zilton – ciência, saúde e amor
Duração: 63 min
Direção: Ulla Macedo
Realização: Instituto Gonçalo Moniz/Fiocruz Bahia

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I Simpósio de História da Medicina na Bahia está com inscrições abertas

O I Simpósio de História da Medicina na Bahia acontecerá na sede da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Famed/UFBA), localizada no Terreiro de Jesus, Pelourinho, no período de 02 a 05 de novembro de 2022. O evento tem como tema “A Medicina na História: as lutas e conquistas pela saúde”, abordando assuntos como escravidão e saúde no Brasil, história da loucura, história da medicina e saúde: perspectivas disciplinares e história da medicina materno-infantil. 

As inscrições podem ser realizadas no site http://www.simposiohistoriamed.ufba.br/.

A programação conta com uma conferência de abertura, mesas redondas, seminários temáticos, painéis de apresentação oral e terá como produto a publicação de um caderno de resumos, anais e um livro de coletâneas com artigos de professores conferencistas. O objetivo é proporcionar discussões teórico-metodológicas de forma interdisciplinar acerca da História da Saúde, da Medicina e da Ciência a fim de dialogar com pesquisadores de diferentes áreas, tendo em vista a urgência de explorar sobre a temática dos estudos já realizados ou em processo de construção.

O evento é uma atividade acadêmica promovida pela Faculdade de Medicina da UFBA em parceria com o curso de História da UFBA e UNEB, com o Instituto Baiano de História da Medicina, Academia de Medicina da Bahia e com a Sociedade Brasileira de História da Ciência, sendo uma extensão universitária de caráter social, cultural e educacional com vistas à abertura ao grande público e à democratização do conhecimento científico.

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Dissertação busca identificar agentes virais associados a encefalites

Autoria: Maria Paula de Souza Sampaio
Orientação: Tiago Gräf
Co-orientadora: Isadora Cristina de Siqueira
Título da dissertação: “IDENTIFICAÇÃO DE AGENTES ETIOLÓGICOS VIRAIS DE CASOS DE ENCEFALITES E OUTRAS SÍNDROMES NEUROLÓGICAS AGUDAS”.
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 29/08/2022
Horário: 14h00
Local: Sala virtual do Zoom
ID da reunião: 828 6232 9488
Senha de acesso: 071184

Resumo

INTRODUÇÃO: A encefalite é uma síndrome neurológica grave. O termo se refere a um processo inflamatório no parênquima cerebral que pode estar relacionado à autoimunidade ou outras etiologias, mas geralmente é devido a uma infecção, especialmente por agentes virais. Dentre os vírus causadores de encefalites, a família Herpesviridae é a causa mais comum, seguido pelos enterovírus. Os vírus transmitidos por artrópodes (arbovírus) são o terceiro e mais diverso grupo de patógenos com uma importante associação epidemiológica com as encefalites. No Brasil, pouco se conhece a respeito dos agentes causadores de encefalites e outras síndromes neurológicas agudas. Isso se deve, em parte, à grande dificuldade de se identificar os agentes etiológicos desta doença, devido à dificuldade de acesso ao sistema nervoso central e à baixa viremia nesse compartimento corporal. OBJETIVO: Neste trabalho pretende-se identificar os agentes virais associados a casos de encefalites através de diversos métodos laboratoriais. MATERIAIS E MÉTODOS: Amostras de soro e líquor de pacientes com suspeitas de encefalites virais foram recebidas e processadas. Técnicas de diagnóstico molecular (PCR convencional e Real-Time PCR) e sorológico foram realizadas para a detecção dos vírus mais comumente associados à doença, para a detecção dos vírus chikungunya (CHIKV), dengue e Zika e para a detecção de forma genérica de flavivírus e alfavírus. RESULTADOS: Até o presente momento foram incluídos 43 pacientes
internados nos hospitais participantes. Dentre as comorbidades apresentadas pelos pacientes, hipertensão arterial sistêmica foi a mais frequente. Antes dos sintomas neurológicos, 32,5% dos indivíduos referiram a presença de sintomas de infecção viral. Os sintomas virais mais frequentes que antecederam os sintomas neurológicos foram febre (71,4%) e artralgia (50%). Os principais sintomas neurológicos na admissão hospitalar foram confusão mental (32,5%) e sonolência (30,2%). Todos os exames do líquor foram considerados alterados e com aumento de celularidade. Nove pacientes (20,9%) testaram positivo na sorologia anti vírus chikungunya (CHIKV) IgM. Através do qPCR Multiplex foi detectado CHIKV em duas amostras de soro e em uma amostra de líquor e todas as amostras tiveram resultado negativo para os vírus Zika e dengue. Na sorologia IgM anti-DENV houve um resultado positivo (3%) e na pesquisa do antígeno NS1 DENV obtivemos dois resultados positivos (6%). O qPCR Neuro 9 detectou três resultados positivos para o vírus Epstein-Barr (7,5%), dois para o adenovírus humano (5%), um para enterovírus (2,5%) e um para o vírus varicela-zoster (2,5%). CONCLUSÕES: Estes resultados sugerem um importante papel do CHIKV como eventual causador de encefalites e contribuem com novas informações sobre a epidemiologia de encefalites no Brasil.

Palavras-Chave: encefalites virais, herpesvírus, enterovírus, arbovírus, diagnóstico molecular

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Academia de Ciências da Bahia lança documento para candidatos ao governo do estado

Com o objetivo de iniciar o diálogo com todos os candidatos ao cargo de governador da Bahia e de pautar temas vitais para a população baiana, a Academia de Ciências da Bahia (ACB) lançou, na manhã desta quarta-feira (10/8), o documento “Ciência, Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento da Bahia”. Com a presença de membros da ACB, professores e pesquisadores, o documento foi divulgado em evento híbrido, no auditório principal da Fiocruz Bahia. 

Participaram da mesa de abertura a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, o presidente da ACB, Jailson Bittencourt, o vice-presidente da ACB, Manoel Barral-Netto, e o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia, André Joazeiro.

O documento estabelece cinco pontos fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico do estado e da população: assegurar um meio ambiente saudável e produtivo; estimular o desenvolvimento socioeconômico e cultural dos baianos; utilizar, de forma sustentável, os recursos naturais do estado; proteger os baianos dos grandes riscos à saúde; e água e alimentação saudáveis para todos. A partir desse trabalho, busca-se também destacar o papel das ciências e tecnologias no avanço e resolução das questões elencadas.  

O presidente da ACB e vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências, Jailson Bittencourt de Andrade, explica a escolha de lançar o documento nesta época. “Neste momento eleitoral, a Academia se movimentou para mostrar aos candidatos de todos os partidos como nós vemos o sistema de ciências e tecnologias”, conta o pesquisador. Ele explica ainda que esta não é a primeira aproximação feita pela ACB com os órgãos públicos.  

“São várias questões que vêm sendo trabalhadas há tempos. Um assunto é abordado em um governo, outro governo aborda outro, mas o nosso sistema é interconectado. Se você alimenta alguém, mas ele não tem água, ele vai definhar”, assegura o dirigente.  “No caso da Academia, ela está sempre disposta a interagir e ajudar, mas não a participar de nenhum dos governos”.  

Manoel Barral-Netto reforçou a visão interdisciplinar proposta. “Cada vez mais, nós temos que reconhecer que as áreas não são isoladas. Essa interligação, que fica cada vez mais evidente, exige que não tenhamos uma visão estrita”. Para o pesquisador, a novidade está em pautar a produção científica como um caminho para o desenvolvimento. “A nossa aspiração é que ciência e tecnologia tenham uma política de estado e impacto na vida dos baianos”, defende. 

Marilda Gonçalves mencionou, dentre diversos pontos, a importância das discussões sobre acesso à água, os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, insegurança alimentar e do complexo industrial da saúde. “Temos que ter um olhar atento para a população, para as cooperativas, para os serviços que estão sendo feitos e a ciência tem que ser introduzida nesses aspectos”.

O trabalho enviado aos candidatos é uma síntese de estudos feitos pela instituição há pelo menos três anos, em parceria com diferentes pesquisadores e profissionais. O texto destaca ainda algumas condições necessárias para enfrentamento dos desafios apresentados, como: letramento em matemática e ciências com educação continuada dos professores e profissionais; reativação e modernização do Museu de Ciência e Tecnologia Professor Roberto Santos; sustentabilidade com autonomia financeira e operacional da FAPESB. 

Clique aqui e acesse o documento na íntegra.

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Inscrições abertas para 2ª edição do SciNext

A segunda edição do “SciNext: Nova geração de cientistas” prorrogou as inscrições até 05 de setembro, que podem ser feitas neste link. O evento, composto de palestras online, acontece no dia 10 de setembro de 2022, pelo Zoom. O público alvo é de discentes do ensino médio, graduação, pós-graduandos e interessados no tema, da Fiocruz e Instituições de Ensino Superior.

O SciNext é resultado da parceria entre Grupo Mulheres do Brasil- núcleo Vale do Silício e Fiocruz Bahia. O evento tem por objetivo discutir sobre a valorização do cientista, estratégias e oportunidades de carreira científica nacional e internacional. As palestras e mesas redondas serão ministradas por pesquisadoras convidadas, cientistas da Fiocruz Bahia e brasileiras que exercem cargos científicos nos Estados Unidos em diversas áreas. Na programação, também estão previstas oficinas e atividade prática interativa de posturas, respiração e concentração.

Confira a programação completa e outras informações no site do evento https://bit.ly/3p3dqxc.

Confira as palestrantes convidadas:

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Vacina da Pfizer apresenta alta proteção contra casos graves em adolescentes

Uma pesquisa, realizada por meio de parceria entre pesquisadores da Fiocruz Bahia e da Universidade de Edimburgo (UK), analisou a efetividade das vacinas da Pfizer contra Covid-19 em adolescentes de 12 a 17 anos, que receberam as duas doses do principal imunizante licenciado para essa faixa etária. Os resultados do trabalho, o primeiro estudo multinacional a avaliar os resultados desta vacina contra as formas graves da doença, foram publicados, nesta segunda-feira (8/8), na revista The Lancet Infectious Diseases (clique aqui para acessar).

Para a investigação, os pesquisadores coletaram informações sobre RT-PCR, testes de antígenos, vacinas, dados de hospitalizações e óbitos do DATASUS – departamento de Informática de Dados em Saúde do Ministério da Saúde do Brasil, no período de 2 de setembro de 2021 a 19 de abril de 2022, e do Early Pandemic Evaluation and Enhanced Surveillance (EAVE II) – banco de dados sobre a Covid-19 da Escócia, entre 6 de agosto de 2021 a 19 de abril de 2022. No total, foram analisados 503.776 testes do Brasil e 127.168 da Escócia.

O estudo apontou que, mesmo após 98 dias de aplicação da segunda dose, a eficácia da Pfizer contra a forma grave da doença, no Brasil, permaneceu em um nível alto, acima de 80%. Na Escócia não foi possível realizar esta análise, devido ao número baixo de casos graves no país. Em ambos os países, foi constatada que a eficácia da vacina contra a infecção sintomática da doença atingiu o pico entre 14 e 27 dias após a segunda dose no período de ambas as variantes. Depois de 98 dias, a efetividade no período Ômicron caiu para 50,6% na Escócia e 5,9% no Brasil.

A pesquisa também demonstrou que a efetividade do imunizante oscila a depender da variante predominante. O grau de proteção durante o período de maior transmissão da Delta foi mais elevado (80,7% no Brasil e 92,8% na Escócia), que a proteção apresentada durante a alta da Ômicron (64,7% no Brasil e 82,6% na Escócia). Isto sugere que a imunização apresenta melhores resultados a depender da variante em circulação.

Para os cientistas, a diferença nos resultados pode estar relacionada a diferentes componentes da resposta imune, como os anticorpos ou as células T, assim como diferenças na circulação do vírus nos dois países. No entanto, eles reforçam que os resultados sugerem que duas doses da vacina não são suficientes para impedir a circulação do vírus SARS-CoV-2.

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Inscrições abertas para eventos sobre medicina personalizada

O EULAC PerMed, projeto que visa melhorar a colaboração entre os países da América Latina e do Caribe com a Europa no campo da medicina personalizada, do qual a Fiocruz faz parte, está promovendo dois eventos, que acontecem de forma híbrida na Cidade do Panamá, no Panamá. O processo seletivo e os eventos serão realizados em inglês

Nos dias 15 e 16 de novembro, acontece a Fourth EULAC PerMed Summer School: “Clinical studies on Personalised Medicine. As inscrições encerram no dia 1º de setembro. 

Em 17 e 18 de novembro, será realizado o EULAC PerMed Technical Workshop in Panama: “Clinical trials in Personalised Medicine’. Inscrições até 05 de setembro. 

Ambos os eventos incentivam participantes da América Latina e do Caribe, mediante processo seletivo. Para mais informações sobre o projeto acesse https://www.eulac-permed.eu/.

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