Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS

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Desde 2002, o Ministério da Saúde premia a comunidade científica por meio do Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS. A iniciativa é mais uma das ações do ministério que busca valorizar os pesquisadores e suas pesquisas, indispensáveis para o desenvolvimento das políticas públicas de saúde no país.

Os candidatos poderão concorrer em quatro diferentes categorias: tese de doutorado (com premiação no valor de R$ 50 mil); dissertação de mestrado (R$ 30 mil); trabalho científico publicado (R$ 50 mil) e monografia de especialização ou residência (R$ 15 mil).

Estão aptos a participar do Prêmio de Incentivo em C&T para o SUS – 2016 pesquisadores, estudiosos e profissionais de saúde ou qualquer área do conhecimento científico com produção em pós-graduação de trabalhos acadêmicos aprovados e concluídos ou publicados em revista científica indexada no período de 18 de maio de 2015 a 9 de maio de 2016, na temática de Ciência e Tecnologia em Saúde.

Inscrições: 10/05 a 27/06/2016.

Dúvidas sobre o edital devem ser enviadas para o e-mail: decit.premio@saude.gov.br

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Guillain-Barré e microcefalia estão associadas à doença exantemática, atribuída ao vírus Zika

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Sob a liderança de Guilherme Ribeiro, um grupo de pesquisadores e estudantes da Fiocruz Bahia publicou um artigo na revista Emerging Infectious Diseases, vinculada ao Centers for Disease Control and Prevention (CDC), que demonstra fortes evidências da relação temporal entre os surtos de doença exantemática aguda (AEI, sigla em inglês) atribuída ao vírus Zika, a síndrome de Guillain-Barré (GBS, sigla em inglês), e a microcefalia que ocorreram em Salvador em 2015. Além do pesquisador Guilherme Ribeiro, assinam o trabalho o pesquisador Mitermayer Reis e Monaise Silva, ambos da Fiocruz Bahia, Igor Paploski e Mariana Kikuti, da Universidade Federal da Bahia, Uriel Kitron e Lance Waller, da Universidade de Emory, nos EUA, e Cristiane Cardoso e Ana Paula Prates, da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador.

No estudo, intitulado Time Lags between Exanthematous Illnes Attributed to Zika Virus, Guillain-Barré Syndrome and Microcephaly, Salvador, Brazil, os pesquisadores analisaram as curvas epidemiológicas e as séries temporais das três ocorrências na cidade de Salvador e perceberam uma maior correlação entre o surto de AEI e de GBS, após um intervalo de 5 a 9 semanas. Em relação à microcefalia, constatou-se uma maior correlação entre a ocorrência do surto de AIE e o surto de microcefalia em recém-nascidos após o intervalo de 30 a 33 semanas. Esse último achado sugere que se as mães de crianças nascidas com microcefalia foram realmente infectadas pelo vírus Zika. O mais provável é que esta infecção tenha ocorrido no primeiro trimestre de gravidez. Contribui com esta perspectiva a substancial diminuição da incidência de manifestações congênitas após o seu pico em dezembro de 2015 (31,4 casos por 1.000 nascidos vivos neste mês). Destaca-se o fato, que, em particular, essa redução ocorreu 7-8 meses após o pico do surto de AIE, em maio do mesmo ano.

De acordo com Ribeiro, apesar do trabalho não permitir definir uma relação causal entre os eventos, as associações temporais identificadas fornecem importantes informações sobre o período gestacional em que uma infecção pelo vírus Zika possivelmente confere maior risco para uma gestante desenvolver malformações congênitas. Este achado pode auxiliando as autoridades de saúde pública e de controle de vetores no direcionamento de esforços de controle e proteção mais eficazes. “Com as doenças infecciosas emergentes crescentes em todo o mundo, o investimento em vigilância em saúde pública na cidade, estado, país e no mundo é uma das forma mais rentável para ajudar a enfrentar esses desafios contínuos e crescentes”, destaca o artigo.

Clique aqui para acessar o artigo.

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Divulgada lista das inscrições aprovadas para Conferências Clinico-patológicas

CCP_result-2016A Coordenação das Conferências Clinico- patológicas, que serão realizadas de 19 a 21 de maio na Fiocruz Bahia, divulgou a lista de inscritos aprovados para participação no evento.

Médicos, estudantes de graduação em Medicina, Enfermagem, Medicina Veterinária e dos cursos de pós-graduação da Fiocruz Bahia, que não realizaram inscrição, poderão participar, bastando dirigir-se ao local das atividades. Importante destacar que a prioridade de acesso ao auditório será dos inscritos, em função da capacidade do local. O certificado de participação será emitido apenas para quem está inscrito no curso.

Clique aqui e confira a lista dos solicitantes que tiveram a inscrição aprovada.

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Divulgada lista de projetos e estudantes aprovados da 3ª etapa da seleção IC Fapesb/Fiocruz Bahia

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A Coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) da Fiocruz Bahia divulgou hoje (16/05) o resultado da terceira etapa do Processo de Seleção para bolsistas de Iniciação Científica 2016-2017, da cota institucional oferecida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb).

De acordo com a Coordenação, os orientadores e estudantes contemplados terão até o dia 20 de maio para entregar a documentação complementar, de modo a viabilizar a implementação de bolsa prevista para a ETAPA 4, conforme descrito no item 4.4 do Edital FAPESB 2016/2017. É importante ressaltar, que os documentos já entregues nas ETAPAS 1 e 3 não precisarão ser reencaminhados.

Em função de ter ocorrido 1 (uma) desistência, o PROIIC também convoca o primeiro colocado do banco de reservas, a orientadora Maria Fernanda de Castro Amarante, com o projeto Redução da Carga Proviral do HTLV-1 por meio da Inibição da Clivagem da ORF-1, que precisa apresentar a documentação das ETAPAS 3 e 4 também até o dia 20 de maio.

Clique aqui para conferir a lista dos orientadores, projetos e estudantes contemplados, além de informações mais detalhada sobre a documentação.

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Fiocruz Bahia promove workshop em parceria com a UFBA e as universidades Sorbonne

Data-BahiaA Fiocruz Bahia promove, em conjunto com a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e as universidades Sorbonne (Paris, França), o Data Bahia, um workshop sobre o impacto, manipulação e utilização de grandes volumes de dados nas diversas áreas das ciências biomédicas, exatas e humanas. O evento acontece nos dias 25 e 26 de abril de 2016, na Faculdade de Medicina da Bahia, Terreiro de Jesus.

O encontro terá a participação de 12 palestrantes franceses, pesquisadores de duas das universidades Sorbonne (Paris 4 e Paris 6), e de 12 palestrantes brasileiros oriundos da UFBA, Fiocruz e Laboratório Nacional Computação Científica (LNCC). As apresentações serão feitas em inglês e/ou francês, e têm por objetivo identificar temas de interesse comum entre os cientistas das instituições participantes, com vistas a celebrar um forte e permanente programa de cooperação interinstitucional.

O evento é gratuito e voltado, prioritariamente, a pesquisadores das instituições envolvidas interessados tanto no estudo do impacto dos grandes volumes de dados nas diversas áreas quanto em ampliar ações de caráter internacional. Para participar, é necessário solicitar inscrição junto à Assessoria para Assuntos Internacionais (AAI) pelo telefone (71) 3283-7025 ou através do endereço eletrônico p4p6@ufba.br.

Clique aqui para acessar o programa do evento.

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Diretor da Fiocruz Bahia participa de lançamento do projeto Laboratórios Compartilhados da Secti

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O diretor da Fiocruz Bahia, Manoel Barral Netto, participou ontem, 23, do lançamento do site Laboratórios Compartilhados, uma iniciativa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). Trata-se de um projeto que reúne diferentes equipamentos de propriedade de universidades e institutos de pesquisa para uso coletivo por parte da comunidade científica.

A cerimônia, que ocorreu no Parque Tecnológico da Bahia, reuniu representantes do governo e de diversas instituições de pesquisa, como o chefe de Gabinete da Secti, Roberto de Pinho, o coordenador de Transferência de Tecnologia do Núcleo de Inovação Tecnológica da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Gesil Amarante, e o coordenador executivo de Pesquisa, Inovação e Extensão Tecnológica da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado, Orlando Pereira, dentre outros.

De acordo com Manoel Barral Netto, a iniciativa tem como objetivo facilitar a cooperação acadêmica e permitir maior interação com o setor empresarial. “Muitas vezes, materiais são enviados para análises em outras localidades brasileiras, apenas porque não se tem conhecimento da gama de equipamentos presentes na Bahia”, disse. “Espera-se, portanto, que um primeiro resultado tangível seja o barateamento e maior dinamização nas pesquisas e estudos realizados por cientistas que atuam no estado baiano”, completou.

[/media-credit] Cerimônia de lançamento do site aconteceu no Parque Tecnológico

Para Roberto de Pinho, o espaço virtual criado para reunir equipamentos que podem ser compartilhados nas instituições de ensino e pesquisa da Bahia pode ajudar a fortalecer relações com instituições externas, uma vez que pretende atender a demanda baiana, mas também auxiliar comunidades científicas de outros estados. Ele aproveitou a ocasião para convidar outras instituições que ainda não aderiram ao projeto.

Atualmente, o ambiente virtual conta com 50 dispositivos disponíveis para uso coletivo, a exemplo de impressoras 3D e diversos tipos de analisadores e espectrômetros. Dentre os equipamentos compartilhados pela Fiocruz estão o Microscópio Olympus BX-52, o Microscópio Eletrônico de Transmissão JEM-1230 JEOL e Analisadores Genéticos Applied Biosystem – modelos 3100 e 3500xl.

O site, que pode ser acessado por meio do endereço labcompartilhados.secti.ba.gov.br, é bastante intuitivo e a busca pelos aparelhos já pode ser feita na página inicial.

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Fiocruz lamenta falecimento do pesquisador Lain Carlos Pontes de Carvalho

IMG-20160415-WA0035 (1)A Direção da Fiocruz Bahia informa, como imenso pesar, o falecimento do pesquisador Lain Carlos Pontes de Carvalho. A cerimônia de cremação ocorrerá no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas, às 11h, deste sábado (16/04). Em nome de toda comunidade da instituição, formada por estudantes, pesquisadores e gestores, o diretor Manoel Barral-Netto externa sua solidariedade à família, parentes e amigos deste que foi um pesquisador de excelência, um nucleador de grupo e ex-diretor da Fiocruz Bahia. “Lain foi, acima de tudo, uma figura humana, muito especial. Uma enorme perda para toda a Fiocruz”, destaca.

Formado em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em 1975, Lain, como era carinhosamente chamado, era um dos mais importantes e respeitados pesquisadores da sua geração. Além de pesquisador e ex-diretor da Fiocruz Bahia, Lain atuava na pós-graduação, com contribuições relevantes na área de imunologia, principalmente visando a biointervenção em doenças de natureza inflamatória (leishmanioses, doença de Chagas, alergia e doenças autoimunes).

 

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Inscrições abertas para o VII Curso Avançado de Biologia Celular de Patógenos

CBAB2016Estão abertas as inscrições para a sétima edição do Curso Avançado em Biologia Celular de Patógenos, que acontecerá no período de 11 a 22 de julho de 2016, na Fiocruz Bahia. O evento é organizado pelo Laboratório de Biologia Parasitária (LBP) e tem como público-alvo estudantes de pós-graduação e pesquisadores interessados em pesquisas com enfoque em doenças infecto-parasitárias. A coordenação é dos pesquisadores Marcos André Vannier dos Santos e Paulo Filemon Pimenta.

A atividade tem como objetivo apresentar tecnologias inovadoras e avanços recentes da biologia celular de organismos patogênicos e de sua interação com células e tecidos hospedeiros de maior importância médica, particularmente, no continente sul-americano. Dentre as metas estão a difusão do uso apropriado de técnicas de microscopia e o entendimento de metodologias, promover o intercâmbio acadêmico entre nações do Cone-Sul e formar recursos humanos em biotecnologia.

As inscrições vão até o dia 27 de maio e devem ser feitas online. Ao todo são oferecidas 50 vagas para aulas teóricas e 15 para aulas práticas. O resultado da seleção será publicado no dia 15 de junho no site do curso.

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PubMed é tema de curso oferecido pela Biblioteca

Cursos-continuados-PUBMED-2016A Fiocruz Bahia, por meio da Biblioteca de Ciências Biomédicas Eurydice Pires de Sant’Anna, está com inscrições abertas para o Curso PubMed, edição 2016. O evento, que será realizado no dia 12 de abril, das 15h às 17h, na sala de aula da Biblioteca, visa dar treinamento continuado ao uso de ferramentas e fontes de informação científica. Este curso integra o Programa de Treinamentos continuados da Biblioteca.

Interessados deverão se inscrever pelo e-mail biblioteca@bahia.fiocruz.br, informando nome da instituição, setor, e-mail e telefones para contato. As vagas são limitadas.

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Fiocruz divulga edital de vagas para seleção de estágio

foto peter ilicciev (12)A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lança edital de seleção para vagas de estágio. No total, são oferecidas 186 vagas, sendo 37 para nível intermediário e 149 para nível superior. Aos portadores de necessidades especiais são reservadas 19 vagas. A seleção visa contratar estagiários em seis unidades da Fiocruz no Brasil: Amazonas, Bahia, Brasília, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro.

Na Fiocruz Bahia, foram oferecidas quatro vagas disponíveis nos seguintes eixos: 1) Comunicação Social com habilitação em Jornalismo; 2) Administração; 3) Administração, Arquivologia e Biblioteconomia e 4) Ciências Biológicas, Engenharia Ambiental e Química. Na unidade baiana, todas as oportunidades são para estudantes de graduação.

As inscrições, que vão até o dia 15 de abril, podem ser feitas na página do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). Será aceita apenas uma inscrição por CPF, não sendo possível a alteração dos dados após a geração do protocolo de inscrição. Os selecionados irão receber bolsas que variam de R$ 203,00 até R$ 520,00, a depender do grau de escolaridade e carga horária, além do auxílio transporte de R$ 132,00.

O resultado final da seleção será publicado no dia 11 de julho. As atividades no estágio começarão no dia 1º de agosto.

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Artigo sobre a origem do Vírus Zika nas Américas é publicado na Science

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O pesquisador Luiz Alcântara e a pós-doutoranda Marta Giovanetti, da Fiocruz Bahia, assinam artigo publicado na Revista Science, no dia 24 deste mês, sobre a origem do Zika Virus nas Américas. O estudo, considerado a primeira análise genômica completa do vírus, até a data em que foi publicado, aponta que a doença chegou ao Brasil entre os meses de maio e dezembro de 2013, tendo seu primeiro diagnóstico feito apenas em maio de 2015. Desta maneira, os autores sugerem que o vírus desembarcou no país durante a Copa das Confederações, em 2013, e não no decorrer da Copa do Mundo de 2014, como se pensava anteriormente.

Entre os autores do trabalho, intitulado “Zika virus in the Americas: early epidemiological and genetic findings”, estão mais de cinquenta pesquisadores oriundos de diferentes instituições de ensino e pesquisa do Brasil e do exterior, como o Instituto Evandro Chagas, Universidade de Oxford, Instituto Adolpho Lutz, Fiocruz Bahia, Universidade Estadual de Feira de Santana, Universidade de Washington, Instituto Oswaldo Cruz, Universidade de Toronto, Li Ka Shing Knowledge Institute, Universidade do Texas e Ministério da Saúde.

Para chegar a essa conclusão os pesquisadores fizeram a análise do genoma de sete novas amostras isoladas do Brasil juntos com outras provenientes de diversos locais da América (Martinica, Colômbia, Haiti, Guatemala, Suriname, Puerto Rico) e da Ásia (Polinésia Francesa, Ilhas Cook, Tailândia). Por meio da análises evolutivas destes genomas, os pesquisadores conseguiram concluir que o Zika vírus encontrado no Brasil é oriundo da Polinésia Francesa, de onde teria vindo o primeiro indivíduo infectado.

Segundo os especialistas, o período de consolidação do microorganismo no território nacional condiz com um aumento das viagens originadas nos arquipélagos do Pacífico Sul, onde ocorria uma epidemia do mesmo agente infeccioso encontrado aqui.

De acordo com Luiz Alcântara, essa análise constitui-se como a base fundamental para futuros estudos e para que se possa responder algumas perguntas que permanecem sem respostas a respeito do vírus, a exemplo do período de incubação da doença até o surgimento dos sintomas, que só se manifestam em cerca de 20% dos pacientes, e das formas de contágio, ainda pouco compreendidas.

O pesquisador afirma ainda que a continuidade das ações de pesquisa de seu grupo estão voltadas para a execução de um projeto que ele possui parceria e que acaba de ser aprovado na Inglaterra, tendo como coordenador central, o pesquisador Nicholas James Loman, da Universidade de Birmingham. O novo estudo, que terá início entre os meses de maio e junho de 2016, visa sequenciar 750 cepas do vírus Zika provenientes das nove capitais brasileiras localizadas nas regiões Nordeste e uma da região Norte (Belém).

REPERCUSSÃO – A publicação na revista Science pautou reportagem na editoria de Saúde do jornal Correio Braziliense, com sede no Distrito Federal, nos jornais Washington Post e New York Times e também na rede de TV BBC. A matéria “Zika chegou ao Brasil em 2013” no Correio Braziliense, publicada no dia 25 de março, conta com depoimentos de Marta Giovanetti, da Fiocruz Bahia, Nuno Faria, da Universidade de Oxford e Pedro Vasconcelos, do Instituto Evandro Chagas. A publicação conta ainda com um infográfico contendo uma linha do tempo ilustrando a primeira vez que o vírus foi isolado em Uganda, em 1947, e o caminho percorrido da África, Ásia até as Américas. Também aparecem informações sobre os sintomas, informações e tratamento da doença.

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Prazo de inscrições para o curso de EndNote será encerrado hoje

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Encerra amanhã, 31/03 as 12h, o prazo das inscrições para o curso EndNote – edição 2016, que faz parte do programa de Treinamentos Continuados da Biblioteca de Ciências Biomédicas Eurydice Pires de Sant’Anna. O evento, que será realizado no dia 31 de março, das 15h às 17h, na sala de aula da Biblioteca. Interessados deverão se inscrever pelo e-mail biblioteca@bahia.fiocruz.br, informando nome da instituição, setor, e-mail e telefones para contato. As vagas são limitadas!

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Coordenação do PROIIC informa sobre regulamento da 24ª RAIC

Confira-regulamento-RAIC-24A Coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) da Fiocruz Bahia informa que já se encontra disponível no endereço: www.pibic.fiocruz.br/raic2016 o regulamento e o formulário de inscrição online da RAIC.

A 24ª RAIC tem como objetivo proporcionar avaliação de desempenho do bolsista no período em curso através da exposição e discussão dos trabalhos de iniciação científica (IC) e Iniciação Tecnológica (IT), com vistas à avaliação do desenvolvimento dos projetos e ao intercâmbio de experiências entre estudantes, pesquisadores e demais profissionais da Fiocruz

As inscrições e submissão de trabalhos, que serão realizadas online, estão abertas até 25 de abril de 2016.

A Coordenação destaca que a participação na RAIC é obrigatória a todos os alunos de IC do PROIIC (Cotas FAPESB e Cotas PIBIC/PIBITI -Fiocruz/CNPq) e aos alunos IC CNPQ (Projetos). Os bolsistas serão avaliados por uma Comissão Examinadora, sendo a participação na RAIC e aprovação dos relatórios, aspectos decisivos para a renovação da cota.

Qualquer dúvida deve ser esclarecida através do e-mail proiic@bahia.fiocruz.br.

 

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Fiocruz Bahia mobiliza instituições para o Dia Mundial de Combate à Tuberculose

TB-2016A Fiocruz Bahia está coordenando ações para a mobilização em torno do Dia Mundial de Combate à Tuberculose, em conjunto com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e o Comitê Baiano para o Controle da Tuberculose. Uma série de atividades estão previstas para os dias 28 e 30 de março de 2016. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os hospitais Irmã Dulce e Octávio Mangabeira, a Fundação José Silveira, a Escola de Enfermagem e o Instituto de Saúde Coletiva, da Universidade Federal da Bahia, e a Universidade Católica do Salvador também são parceiras.

No dia 28 de março, será realizada, às 14h no, auditório da Assembleia Legislativa, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), uma mesa de debate, para discutir os gargalos atuais no controle da tuberculose nos níveis nacional, estadual e municipal. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas no local, a partir de 13h.

No dia 30 de março acontecerá o seminário de atualização “Tuberculose: o que há de novo?”. O evento, que será realizado às 14h, no auditório do Instituto de Saúde Coletiva, abordará temas como: tuberculose e diabetes, tuberculose pediátrica, tuberculose multirresistente e uso de tecnologias da informação como ferramentas auxiliares no controle da tuberculose. As Inscrições são gratuitas e podem ser realizadas no local, a partir de 13h.

Confira aqui a programação completa.

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Presidente da SBPC faz palestra sobre o novo Marco Legal da CT&I na Fiocruz Bahia

022A professora titular da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, participou, na manhã desta sexta-feira, 18, da Sessão Científica realizada no Auditório Aluízio Prata da Fiocruz Bahia. A palestra, que foi mediada pela pesquisadora Claudia Brodskyn, abordou o tema “Novo Marco Legal de CT&I: implementação e impactos”, e teve como público pesquisadores, estudantes de pós-graduação e corpo técnico-administrativo da instituição.

“Eu estou aqui a convite de amigos para encerrar este mês de homenagens à mulher e à mulher cientista. Então, para mim foi uma honra estar aqui e poder trazer como é que está a ciência, a inovação e o marco legal”, disse. “Acho que esta é a minha função como presidente da SBPC: divulgar e alertar as pessoas de que todos têm que se envolver, senão a legislação não vai acontecer”, finalizou.

De acordo com Nader, o estabelecimento de um conjunto de regras próprias para as atividades científicas no país, sancionado no dia 11 de janeiro de 2016 pela presidente Dilma Roussef, é uma demanda antiga dos cientistas brasileiros.

O objetivo do novo marco é promover uma série de ações para o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento científico e tecnológico e é resultado de amplas discussões, as quais geraram um documento, entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2008, durante a 4ª Conferência Nacional de CT&I.

Dentre as principais mudanças, o novo marco permitirá a cooperação das esferas do governo com órgãos e entidades públicas; atualização das regras sobre atividades remuneradas de ciência e tecnologia em empresas privadas, as quais são exercidas por pesquisadores de instituições públicas em regime de dedicação exclusiva; a desburocratização dos processos de licitação, compra e importação de produtos destinados à pesquisa; e a alteração das regras para transferência de tecnologia.

Na avaliação de Helena Nader a nova legislação coloca o Brasil em um novo patamar no que se refere à parceria entre a universidade pública e o setor produtivo. Mas para a presidente da SBPC, se por um lado o chamado marco legal da ciência ajudou a desburocratizá-la, por outro, causou insatisfações. Segundo ela, um dos principais artigos do documento, por exemplo, sobre a isenção das bolsas de pesquisa, ficou de fora.

A maioria dos vetos está relacionada a impostos. A isenção das taxas de importação e sobre produtos industrializados para as importações de máquinas e de peças destinadas às atividades científicas também foi excluída. O novo marco legal também aumenta de 120 horas/ano para 416 horas/ano o tempo que um professor de instituição federal pode dedicar a atividades fora da universidade.

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Eventos debateram pesquisa em Leishmaniose na Fiocruz Bahia

08_4Por quase duas semanas, pesquisadores médicos, veterinários, estudantes de pós- graduação, e outros profissionais de saúde debateram, na Fiocruz Bahia, diversos aspectos envolvendo o diagnóstico da leishmaniose em humanos e cães. Foram apresentadas abordagens inovadoras nesta área, incluindo a identificação e utilização de marcadores de infecção e prognóstico relacionados às doenças humanas e caninas.

Sob a coordenação geral do pesquisador Washington Luís Conrado dos Santos e coordenação científica da pesquisadora Deborah Fraga, o I Workshop de Pesquisa Translacional em Leishmaniose: dos marcadores de susceptibilidade à acurácia no diagnóstico aconteceu no período de 15 de fevereiro a 26 de fevereiro de 2016. Aulas teóricas e práticas, palestras, aulas em laboratório integraram a programação do evento.

Os organizadores do workshop, e alguns palestrantes convidados, são membros do CYTED – RIMLEV, contando ainda com laboratórios de referência mundial para o diagnóstico da Leishmaniose na Europa, como o Instituto de Higiene e Medicina Tropical (Lisboa, Portugal) e Instituto de Saúde Carlos III (Centro Colaborador da OMS para Leishmaniose, Madri, Espanha). O evento contou ainda com a participação da pesquisadora Shaden Kamhawi, Instituto Nacional de Saúde (NIH), nos USA. “Com estes parceiros temos desenvolvido projetos conjuntos e trouxemos para os participantes o conhecimento e inovações desses pesquisadores para enriquecer a formação”, avalia Deborah Fraga.

Durante as aulas, novos enfoques no diagnóstico da leishmaniose em humanos e cães apresentados. De acordo com Deborah Fraga, “foram abordados aspectos da clínica, patogênese, imunidade e transmissibilidade que apontem para possibilidades de avanços no diagnóstico e definição de prognóstico da leishmaniose”. Destaque também foi conferido à avaliação dos resultados obtidos nos testes diagnósticos. O objetivo foi contribuir para melhor utilização desses resultados no controle da doença.

Segundo Deborah Fraga, em relação à utilização de proteínas recombinantes, foram discutidas técnicas como produção e purificação de plasmídeos e posterior super-expressão das proteínas em bactérias para, na sequência, a purificação das proteínas e sua utilização no diagnóstico. Adicionalmente foram apresentadas abordagens genômica e proteômica para estudo da interação patógeno-hospedeiro, levando em consideração o desenvolvimento de testes diagnósticos e novas opções para tratamento.

Parâmetros em Leishmaniose Visceral Canina

Na sequência, aconteceu o I Simpósio para definição de parâmetros em Leishmaniose Visceral Canina. Realizado de 27 a 29 de fevereiro, o evento teve como meta revisar os protocolos de avaliação de sintomatologia clínica, transmissibilidade e diagnóstico na leishmaniose visceral canina.

Segundo Deborah Fraga, as pesquisas em leishmaniose visceral canina enfrentam dificuldades devido à falta de consenso em relação às medidas de atendimento e avaliação dos cães com leishmaniose visceral canina. O debate atinge todo o processo, desde à coleta até à avaliação de dados clínicos, imunológicos, laboratoriais e de transmissibilidade do parasito ao vetor. Essa falta de consenso resulta em comprometimento da qualidade e comparabilidade das pesquisas e medidas de controle realizadas.

“Precisamos discutir e definir os parâmetros a serem utilizados na pesquisa de leishmaniose visceral canina para homogeneizar e padronizar os resultados obtidos tornando-os mais comparáveis e aplicáveis em diferentes áreas endêmicas”, defende. O simpósio proporcionou a interação de vários pesquisadores e profissionais de saúde formando novas colaborações nacionais e internacionais. O público alvo do simpósio foi composto por pesquisadores nacionais e internacionais e estudantes de pós graduação que atuam na pesquisa de leishmaniose visceral canina, além da participação de coordenadores de programas de controle de Leishmanioses de diferentes Estados do Brasil. “Como resultado será redigido um artigo científico que será publicado em uma revista de alto impacto com o resumo das discussões e consensos do simpósio”, adiantou.

Texto elaborado a partir do resumo da pesquisadora Deborah Fraga.

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Aberta chamada de propostas para edital de Iniciação Científica Fiocruz Bahia 2016

Fiocruz-Bahia-abre-chamada-de-propostas-para-edital-do-PROIIC_3A Coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) da Fiocruz Bahia torna público o Edital PIBIC-FAPESB/COTAS 2016 e convoca a sua comunidade científica e acadêmica para apresentação de propostas. A iniciação científica tem como objetivo estimular pesquisadores produtivos a envolverem estudantes de graduação nas atividades científica, tecnológica, profissional, artística e cultural, despertando a vocação científica e incentivando talentos potenciais.

Para o Edital 2016, a Fapesb concederá 36 bolsas, com duração de 12 (doze) meses. Os proponentes podem ser pesquisadores doutores que exercem atividade de pesquisa, com vínculo comprovado com a Fiocruz em tempo integral (regime de 40 horas), pesquisadores visitantes e pós-doutorandos que se dedicam exclusivamente a atividades de pesquisas na instituição.

O PROIIC esclarece que o Edital 2016 deve ser lido integralmente e com atenção especial para as mudanças relacionadas ao fluxo de solicitação das bolsas, bem como os requisitos para orientadores e estudantes. Qualquer dúvida pertinente a este edital deve ser esclarecida através do e-mail proiic@bahia.fiocruz.br.

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Inscrições abertas para I Simpósio de Inovação em Saúde (SIS)

SIS_2016A Fiocruz Bahia realiza, nos dias 29 e 30 de março, I Simpósio de Inovação em Saúde (SIS), que tem o objetivo de debater políticas e estratégias que visem o fortalecimento de ambientes inovadores, nos quais organizações e instituições interagem e se influenciam mutualmente, ao longo do processo de desenvolvimento e difusão de novas tecnologias. O público de interesse do evento, que acontecerá nas dependências da unidade da Fundação no estado, é formado por gestores das esferas pública e privada, profissionais interessados no tema e estudantes. As inscrições estão abertas no período de 9/3 a 18/03.

No primeiro dia do Seminário, estão agendadas duas mesas redondas e duas palestras sobre temas como os impactos da Política Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação, articulação entre academia e empresas no Brasil e o novo marco legal da ciência e tecnologia e inovação no país, além da experiência da implantação do Núcleo de Computação Científica da Fiocruz no Parque Tecnológico da Bahia. Serão reservadas 60 vagas para esta atividade. O acesso é mediante inscrição prévia.

O curso Gerenciamento da Informação para Converter “Big Data” em Decisões Estratégicas em Inovação Farmacológica encerra a programação do SIS, no dia 30. O curso, que será ministrado doutor Antero Macedo, especialista no provimento de informações científicas para academia, governo e indústria farmacêutica no Brasil a partir de bases de dados e ferramentas analíticas, abordará aspectos relacionados a obtenção, gerenciamento e uso de informações estratégicas para a tomada de decisões no processo de pesquisa e desenvolvimento tecnológico nesta área. Para esta atividade estão reservadas 20 vagas.

A coordenação do evento, que é uma iniciativa do Núcleo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e do Núcleo de Inovação Tecnológica, destaca que os interessados devem fazer as inscrições para as atividades em separado, em função da diferença nos parâmetros de seleção.

Clique aqui e faça sua inscrição no hotsite do SIS.

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Tríplice epidemia de dengue, zika e chikungunya é tema da aula inagural

9Aconteceu, na manhã desta segunda-feira, 7, a aula inaugural que deu as boas-vindas para os novos alunos de mestrado e doutorado dos cursos de pós-graduação da Fiocruz Bahia. O evento, que ocorreu na Biblioteca de Ciências Biomédicas Eurydice Pires de Sant’Anna, contou com a participação da vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, e do diretor da Fiocruz do Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio da Cunha, que proferiu a palestra “A tríplice epidemia: desafios para a sociedade, oportunidades para a pesquisa”.

A recepção aos estudantes ficou a cargo das vice-diretoras de Ensino e Pesquisa, Patrícia Veras e Marilda Gonçalves, respectivamente, que orientaram os “calouros” sobre o percurso acadêmico na instituição. As informações relativas aos Programas de Pós-graduação em Patologia (PGPAT) e Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI) foram apresentadas pelos coordenadores dos cursos Claudia Brodsky e Mitermayer Reis. Importante destacar a transferência da coordenação da PgBSMI para o pesquisador Guilherme Ribeiro ocorrerá ainda no primeiro semestre de 2016.

Também participaram da cerimônia o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Fameb/UFBA), Luis Fernando Adan, e Charbel Niño El-Hani, do Laboratório de Ensino, Filosofia e História da Biologia (LEFHBio/UFBA). Ambos professores possuem projetos em desenvolvimento com a Fiocruz Bahia no âmbito da PGPAT e do Curso Especialização em Ensino de Biociências, respectivamente.

Ao apresentar o panorama do ensino na Fiocruz, a vice-presidente Nísia Trindade elogiou algumas ações desenvolvidas pela Fiocruz Bahia, como a execução da disciplina Bioinformática Compartilhada, resultado da articulação de professores oriundos de diferentes unidades regionais. Segundo ela, a experiência foi exitosa e possibilitou aos programas de pós-graduação aproveitar mais a riqueza da instituição. “Esta iniciativa teve a capacidade de proporcionar aos alunos aulas com os melhores profissionais em determinadas áreas”, acrescentou.

Ainda segundo ela, outra ação de destaque comandada pela Fiocruz Bahia está a criação do Curso de Especialização em Ensino de Biociências, que tem como foco a capacitação de professores da rede pública, tendo mesclado Ensino à Distância com atividades presenciais.

Patrícia Veras afirmou que esta foi uma oportunidade para que todos pudessem se conhecer de forma integrada, bem como se informar sobre os procedimentos acadêmicos normatizados pela instituição. De acordo a pesquisadora, é fundamental uma boa recepção para os novos membros da comunidade Fiocruz Bahia aliada à oportunidade de debater temas atuais no campo da saúde. “A minha sensação é que devemos retribuir essa manifestação de confiança com empenho, para que os cursos sejam oferecidos em nível de excelência, impactando positivamente na vida acadêmico-profissional desses estudantes”, disse.

DESAFIOS E OPORTUNIDADES – Para tratar da tríplice epidemia, o diretor da Fiocruz Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio da Cunha, analisou dengue, zika e chikugunya, sob a ótica dos desafios impostos ao Brasil, que ultrapassam os limites do setor saúde, abrangendo as áreas de educação, comunicação social, saneamento básico, dentre outros. De acordo com o pesquisador, o momento atual, em que a comunidade de pesquisa se depara com uma doença ainda por investigar, onde causas e efeitos ainda precisam ser confirmados, pode ser comparado ao início da década de 1980, quando começaram os primeiros relatos da Aids.

“Assim como no passado, vivemos uma ebulição de descobertas onde, no meio da crise, tentamos sistematizar o conhecimento sobre novas enfermidades que chegaram para somar os problemas de saúde pública do Brasil”, afirma Venâncio. O pesquisador aproveitou a ocasião para salientar o fato de que vivemos uma epidemia de “zika congênita” e não de microcefalia.

Segundo ele, existem muitos casos de bebês sem microcefalia que apresentam calcificações no cérebro. “Mais tarde, esses problemas, que somente serão descobertos na fase escolar, vão afetar seriamente o desenvolvimento de muitas crianças, a exemplo da dificuldade de aprendizagem e catarata congênita”, completa.

O diretor da Fiocruz do Mato Grosso do Sul afirma que a solução para estes graves problemas está fora do setor de saúde, pois envolve determinantes sociais relacionados à pobreza e histórico de exclusão em que vive a sociedade dos países de terceiro mundo. “Trata-se de uma época de desafios e o papel da ciência é enxergar a adversidade como oportunidade. A solução não depende dos esforços de apenas uma área do conhecimento e sim da reunião de competências multidisciplinares”, conclui.

Para fechar o encontro, foi sorteado o livro “Dengue: teorias e práticas”, cujos organizadores são Denise Valle, Denise Nacif Pimenta e Rivaldo Venâncio da Cunha. A publicação, que aborda uma ampla variedade de temas, do histórico às inovações científico-tecnológicas em desenvolvimento, incluindo as vacinas preventivas e o controle vetorial por meio de mosquitos biológica ou geneticamente modificados, reúne textos de professionais de diferentes áreas, como medicina, jornalismo, educação, entomologia, epidemiologia, matemática, gestores, dentre outros.

 

 

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Curso de História da Medicina Tropical 2016.1: confiram resultados da seleção!

ResultadoA Fiocruz Bahia divulga o resultado da seleção para ingresso no Curso de História da Medicina Tropical 2016.1. Importante ressaltar que, devido ao expressivo número de inscrições para esta edição do curso e a necessidade de formação de pessoal na área, as vagas tiveram um aumento de 50%, totalizando 15 inscritos aprovados. As aulas terão início na próxima terça-feira, dia 8 de março, às 16 horas.

Segue abaixo a relação com os nomes:

Anderson Rodrigues Vaz
Betânia de Almeida Macedo Pedreira
Carla Ramos Silva Brito
Clarisse Dias Cruz
Denise da Nóbrega Ferreira
Juliana Cecília De Carvalho Gallo
Júlio César dos Santos
Larissa Xênia Silva de Oliveira Menezes
Leandro Cardoso Barbosa
Lívia Angeli Silva
Maria Patrícia O. M. Pereira De Almeida
Mário Figueiredo Vieira
Nelci dos Santos Gomes
Rúbia Laniedja Oliveira Silva
Saulo Reis Nery Santos

 

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Fiocruz Bahia desenvolve ferramenta online para identificar vírus da dengue, zika e chickungunya

RecursosFiocruz Bahia, através do Laboratório de Hematologia, Genética e Biologia Computacional (LHGB), desenvolveu uma ferramenta de bioinformática para tipagem, sorotipagem e genotipagem para os vírus de dengue, zika e chikungunya.

O mecanismo, que foi realizado em parceria com o “Africa Centre”, da Universidade de KwaZulu-Natal, na África do Sul, em colaboração com a Universidade de Oxford, na Inglaterra, Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, Centro de Controle de Doenças da Costa Rica e Instituto Evandro Chagas do Pará, no Brasil, já está disponível gratuitamente para toda a comunidade científica.
De acordo com os pesquisadores Luiz Alcântara (Fiocruz Bahia) e Tulio de Oliveira (Africa Centre), coordenadores do projeto, a aplicação foi desenvolvida com o objetivo de dar suporte aos estudos epidemiológicos sobre estes arbovírus que estão circulando no Brasil. O trabalho segue os moldes de outras sete ferramentas previamente publicadas, em 2009, no periódico Nucleic Acid Research, para os vírus HTLV-1, HIV-1, HIV-2, HCV, HBV, HPV e HHV8.

Para acessar a ferramenta, clique aqui.

 

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Pesquisadores da Fiocruz Bahia publicam artigo sobre zika e microcefalia no ‘The Lancet’

Microcephaly-zikaO periódico inglês ‘The Lancet’ publicou, no último dia 23 de fevereiro de 2016, artigo intitulado “Zika virus and microcephaly in Brazil: a scientific agenda”. Entre os autores do trabalho estão os pesquisadores da Fiocruz Mauricio Barreto, Manoel Barral-Netto, Rodrigo Stabeli, Paulo Buss, Pedro Vasconcelos e Paulo Gadelha. Para além destes, também assinam o documento Naomar Almeida-Filho, da Universidade Federal do Sul da Bahia e Mauro Teixeira, da Universidade Federal de Minas Gerais.

De acordo com o texto, desde 1981, a população brasileira teve epidemias de dengue e todos os esforços de controle têm sido infrutíferos. Em 2014, a febre chikungunya foi relatada pela primeira vez no país. Em 2015, a ocorrência de vírus Zika também foi relatado, juntamente com um aumento de microcefalia e danos cerebrais em recém-nascidos.

Os autores explicam que o mosquito Aedes aegypti é o vetor mais convencional destas três infecções virais e é amplamente disseminada em grande parte do Brasil urbano. Dessa maneira, com o crescimento de casos de doenças relacionadas ao vetor, as autoridades de saúde pública brasileiras declararam Emergência Nacional de Saúde Pública, em 11 de novembro de 2015, tendo intensificado a campanha de controle de vetores para combater a epidemia.

Poucos meses depois, em 1º de fevereiro de 2016, tendo em conta a propagação do vírus Zika em vários países da América Latina e do Caribe, o relato de casos em cidadãos norte-americanos e europeus que viajaram para as áreas endêmicas e as preocupações sobre a relação da zika com microcefalia e outros distúrbios neurológicos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.

Vários especialistas, um objetivo – No Brasil, os governos federal, estaduais e agências científicas estão implementando iniciativas para aumentar o conhecimento sobre esta inesperada, desconhecido e aterrorizante situação. Desta forma, cientistas de diferentes disciplinas estão trabalhando no problema e as suas consequências potencialmente devastadoras. Nacionalmente, duas atividades de coordenação devem ser destacadas: a força-tarefa criada pela Fundação Oswaldo Cruz, uma organização científica vinculada ao Ministério da Saúde, e o Grupo de Trabalho Científico sobre Virus Zika, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

De acordo com os pesquisadores para alcançar melhores chances de sucesso contra a zika e microcefalia, um plano estratégico para a ação governamental deve ser apresentado em torno de seis componentes centrais.

(1) Ampliar a base de evidência de infecção, doenças, e os resultados potenciais; (2) Desenvolver um teste serológico rápido e confiável; (3) Controlar a infestação por Aedes aegypti com o objetivo de reduzir a infecção e a doença; (4) Definir protocolos para o tratamento de casos agudos, em particular as mulheres grávidas, e prevenção das consequências de malformações congênitas graves e incapacitantes; (5) Iniciar as bases para o desenvolvimento de vacinas, prospecção e avaliação de possíveis estratégias tecnológicas; e (6) Reprogramar o sistema de saúde como consequência da epidemia.

Para acessar o texto completo no ‘The Lancet’, clique aqui.

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Workshop de Pesquisa Translacional em Leishmaniose: acompanhe programação

Cracha-Palest-DiagnoleishComeçou, no dia 15 de fevereiro, o “1º Workshop de Pesquisa Translacional em Leishmaniose: dos marcadores de susceptibilidade à acurácia no diagnóstico”, realizado na sede Fiocruz Bahia, em Salvador. O evento, que segue até o dia 26 de fevereiro, inclui aulas teóricas, conferências didáticas e práticas de laboratório.

De acordo com os pesquisadores Deborah Bittencourt Mothé Fraga e Washington Luis Conrado dos Santos, coordenadores do evento, os temas apresentados trarão novos enfoques no diagnóstico da leishmaniose em humanos e cães.

A mesa de abertura do Workshop contou com a presença do diretor da Fiocruz Bahia, Manoel Barral Netto, que evidenciou o fato de a Fiocruz Bahia estar entre os líderes de pesquisa sobre Leishmaniose em todo o país.

Na primeira palestra do dia, os participantes tiveram a oportunidade de ouvir o pesquisador do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná), Marco Krieger, que falou sobre “Perspectivas do Diagnóstico da leishmaniose humana e canina”.

No período da tarde, foram realizadas as seguintes aulas teóricas e prática: “Avaliação da resposta imune celular na leishmaniose” e “Remodelamento tecidual e susceptibilidade na leishmaniose visceral”, ministradas por Javier Moreno e Washington dos Santos, respectivamente.

Confira no link a seguir a programação completa do evento: http://cursos.bahia.fiocruz.br/diagnoleish.

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Inscrições do Curso de História da Medicina Tropical encerram hoje

Banner-site-3cursoEstão abertas as inscrições para a terceira edição do Curso de História da Medicina Tropical, que acontecerá de 8 de março a 28 de junho de 2016. As aulas serão realizadas todas as terças-feiras, das 16h às 17h, de acordo com programação disponível no site do evento. Os interessados em participar da atividade têm até o dia 24 de fevereiro para efetuar suas candidaturas.

A disciplina conta com a coordenação dos pesquisadores João Barberino e Manoel Barral Netto e possui um caráter cultural de conhecimentos gerais, visando evidenciar os fatos históricos que culminaram com a formação das bases do conhecimento sobre as chamadas doenças tropicais.

O público alvo do curso é composto por estudantes de pós-graduação, preferencialmente, mas profissionais da área da saúde e estudantes de graduação também podem se candidatar.

Candidatos de outras áreas do conhecimento que formalizarem o interesse e compromisso em participar do curso também podem se candidatar. Importante ressaltar que somente dez vagas serão disponibilizadas.

O Curso de História da Medicina Tropical emitirá certificado de participação e aprovação aos alunos que atenderem aos requisitos de desempenho estabelecidos, incluindo a frequência mínima de 75% das aulas. A exposição temática deverá dar uma visão da descoberta do agente etiológico, do modo de transmissão, das primeiras descrições clínicas e/ou anátomo-patológicas, das epidemias, da descoberta do tratamento e dos meios de profilaxia da doença em causa, principalmente.

Na avaliação final do aproveitamento, serão considerados: frequência às aulas (mínimo de 75%), qualidade da apresentação oral, interesse e participação do aluno nas discussões, qualidade, estruturação, fontes bibliográficas, pontualidade na entrega e aceite do artigo para publicação por parte do periódico.

A nota final será a média aritmética da nota da apresentação oral e do artigo, que deve seguir os moldes de publicação do Jornal Brasileiro de História da Medicina, da Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, ou de outro periódico científico, sobre o tema de artigo proposto.

 

 

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PLOS Current Outbreaks destaca epidemiologia do vírus Chikungunya na Bahia

O periódico PLOS Current Outbreaks publicou, no último dia 2 de fevereiro, artigo sobre a epidemiologia do vírus Chikungunya na Bahia, nos anos de 2014 e 2015. Entre os autores, estão o pesquisador da Fiocruz Bahia, Luiz Carlos Júnior Alcântara; Oliver Pybus, Nuno Rodrigues Faria e José Lourenço, da Universidade de Oxford e Maricélia Maia de Lima e Erenilde Marques de Cerqueira, da Universidade Estadual de Feira de Santana.

Chikungunya é um arbovírus emergente, caracterizado em quatro linhagens. Um deles, o genótipo asiático, espalhou-se rapidamente nas Américas após a sua introdução na ilha Saint Martin, em outubro de 2013. Inesperadamente, uma nova linhagem, o genótipo Centro-Leste-Sul-Africano, foi introduzida a partir de Angola, no final de maio 2014, em Feira de Santana, onde já foram notificados mais de 5,5 mil casos.

O estudo revelou a existência de duas ondas de transmissão do vírus. A primeira, ocorreu em junho de 2014 e cessou em dezembro do mesmo ano. A segunda onda começou em janeiro de 2015 e atingiu o pico no mês de maio, oito meses após o primeiro pico da onda. Desta vez, a doença manifestou-se juntamente com os vírus da Dengue e Zika.

PLoS Currents é um grupo de revistas científicas publicadas pela Public Library of Science. Os artigos submetidos são revisados por “moderadores”, que compõem um grupo seleto de pesquisadores para atuar com peer-review. Os artigos são de acesso público e indexados nas plataformas PubMed e Scopus. 

Clique aqui para acessar o artigo publicado em fevereiro de 2016.

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Fiocruz vai implantar Núcleo de Computação Científica no Parque Tecnológico da Bahia

Núcleo Parque tecnologicoA Fiocruz vai ampliar suas atividades no Parque Tecnológico da Bahia, com a implantação de um avançado Núcleo de Computação Científica. O novo espaço, cedido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (Secti) e ainda em processo de adaptação, funcionará numa perspectiva multidisciplinar, integrando grupos que já atuam em epidemiologia, bioinformática, estatística e computação. Os pesquisadores irão dispor de uma infraestrutura inédita em temos de capacidade de armazenamento, proteção e análise de dados.

Os pesquisadores do Núcleo irão trabalhar com o recém adquirido cluster da SGI, que será instalado no Cimatec e ligado, por fibra óptica, ao espaço da Fiocruz no Tecnocentro. No contexto da parceria entre a Fiocruz e o Senai/Cimatec, os pesquisadores também poderão acessar o Yemoja, o supercomputador do Cimatec. A estimativa é de que, até o início do mês de junho de 2016, as obras sejam finalizadas, os recursos computacionais instalados e as equipes de pesquisa possam ocupar o espaço em definitivo no local.

“Com o avanço do uso de recursos computacionais de alta performance, as pesquisas, tanto populacionais quanto biológicas, terão maior capacidade em trabalhar com bases de dados que antes não seriam possíveis frente aos recursos razoavelmente limitados”, explicou o pesquisador da Fiocruz Bahia, Maurício Barreto, que coordena o projeto Coorte de 100 Milhões de Brasileiros, uma das atividades âncora do Núcleo.

Segundo ele, o projeto Coorte tem o objetivo de desenvolver e institucionalizar uma plataforma de estudos e avaliações contínuas do efeito de determinantes sociais e o impacto de políticas sociais sobre a saúde, educação, trabalho e relações de gênero e raça na sociedade. “Isto será possível a partir do Cadastro Único, que agrega informações coletadas de todos os candidatos a ingressar no Programa Bolsa Família e outros programas sociais implementados pelo Governo Federal”, explica o pesquisador.
Alta performance – Considerado singular, por exigir grande capacidade computacional para processamento e vinculações de milhões de dados cadastrais, a exemplo do Cadastro Único, óbitos e hospitalizações, o projeto deve “alimentar informações nesse campo e a produção de conhecimentos, que antes não poderiam ser produzidos em função dos limites das amostras utilizadas ou das limitações de processamento, vinculação e análise de dados”, completou Barreto. “A Fiocruz terá autonomia sobre uso desse computador, mas seus cuidados ficam a cargo da Cimatec, um importante parceiro científico neste empreendimento, que no seu Centro de Supercomputação dispõe de qualificação e capacidade para isto”.

Para viabilizar o funcionamento do Núcleo, serão investidos cerca de R$2 milhões com recursos captados em projetos, além dos valores para a compra do cluster SGI UV 3000, pela Fiocruz, com recursos da FINEP CT-Infra. A solução da SGI possui arquitetura otimizada para processamento intensivo de dados em memória. A configuração atual é de 1 terabyte de memória, com 98 núcleos de processamento e capacidade de armazenamento de mais de 50 terabytes. A solução está instalada em um único rack e sua capacidade de processamento pode ser ampliada, sem a necessidade de expansão física, em até 3 vezes.

O Núcleo de Computação Científica será importante para a constituição de uma rede composta por grupos que trabalham com grandes bases de dados e problemas complexos, proporcionando parcerias com UFBA, outras universidades locais, instituições nacionais e internacionais. “Com a iniciativa poderemos integrar informações e conhecimentos de diferentes níveis, na busca de contribuir na superação de dilemas atuais vividos pelas ciências da saúde; as quais, não há dúvida de que estão produzindo novos conhecimentos em uma intensidade nunca vista. Este processo, porém, está se dando de forma fragmentada, dificultando a superação dos complexos problemas de saúde enfrentados pela sociedade humana”, sintetiza Barreto.

Atualmente, a Fiocruz já está presente, no Tecnocentro do Parque Tecnológico, com o projeto Tecnologias para o Sistema Único de Saúde (SUS). O seu principal eixo é o m-ACS, que busca desenvolver soluções tecnológicas, com a utilização de tablets e aplicativos específicos, que atendam às necessidades dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e gerem informações importantes para o gerenciamento do sistema de saúde.

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Estudo de coorte sobre leptospirose urbana é publicado no PLOS Neglected Tropical Diseases

coortePesquisadores da Fiocruz Bahia, Universidade Federal da Bahia, Escola Nacional de Saúde Pública, Yale University e Lancaster University divulgaram, na edição de 15 de janeiro da PLOS Neglected Tropical Diseases, os resultados de uma análise de quatro anos sobre os determinantes espaço-temporais da leptospirose urbana. O estudo, realizado em favelas brasileiras, tem como título Spatiotemporal Determinants of Urban Leptospirosis Transmission: Four-Year Prospective Cohort Study of Slum Residents in Brazil.

De acordo com o artigo, foi realizado um estudo prospectivo com 2,3 mil moradores de favelas localizadas em Salvador, durante os anos de 2003 a 2007. Para tanto, foi usada uma abordagem de modelagem espaço-temporal para delinear a dinâmica de transmissão da leptospirose. Foram realizadas, anualmente, entrevistas domiciliares e pesquisas de sistema de informação geográfica com o objetivo de avaliar as exposições a riscos e fontes de transmissão ambientais.

Fatores de risco – Ainda segundo os autores, o risco de infecção por leptospirose em favelas urbanas é determinado em grande parte pelas características estruturais, sociais e ambientais. “Através destas análises, verificou-se que a transmissão da Leptospiraem favelas urbanas ocorre devido à interação da pobreza, geografia e clima”, afirmam. “Nossa análise de dados prospectiva de longo prazo confirma estudos anteriores que identificaram fatores de risco socioeconômico e ambiental”, concluem.

A seguir, a relação dos autores do trabalho: José E. Hagan, Paula Moraga, Federico Costa, Nicolas Capian, Guilherme S. Ribeiro, Elsio A. Wunder Jr., Ridalva D. M. Felzemburgh, Renato B. Reis, Nivison Nery, Francisco S. Santana, Deborah Fraga, Balbino L. dos Santos, Andréia C. Santos, Adriano Queiroz, Wagner Tassinari, Marilia S. Carvalho, Mitermayer G. Reis, Peter J. Diggle, Albert I. Ko.

Clique aqui para acessar o artigo.

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Fiocruz Bahia amplia produção científica em 2015

pubA Fiocruz Bahia atingiu a marca de 125 artigos publicados em 2015, a maior dos últimos nove anos. Neste período, os pesquisadores da instituição ampliaram em 60% a publicação de artigos científicos, em importantes periódicos nacionais e internacionais. O dado, além de expressivo no aspecto quantitativo, representa o esforço da unidade pela manutenção da qualidade na pesquisa ao mesmo tempo em que aponta para a diversificação desta produção, alcançando áreas até então pouco exploradas. “Ampliamos consideravelmente nosso desempenho nos estudos além das doenças parasitárias e em desenvolvimento tecnológico, por exemplo”, avaliou o Diretor, Manoel Barral-Netto.

Um balanço das atividades da Fiocruz Bahia foi apresentado pelo diretor no final do mês de dezembro. Dados consolidados da produção científica, nos últimos cinco anos, confirmaram a tradição da instituição na área de doenças parasitárias, com a publicação de 162 artigos. A novidade ficou por conta do expressivo aumento de trabalhos em doenças crônico-degenerativas, que atingiram a marca de 91 publicações. As doenças virais aparecem na terceira posição com 69 artigos. No campo de desenvolvimento tecnológico, foram publicados 137 artigos relativos a esforços voltados para o desenvolvimento de vacinas, testes diagnósticos e biomarcadores, por exemplo.

Na apresentação foram mostrados dados que situam a atuação da unidade no estado, no âmbito do Fórum das Unidades Regionais (FUR), que “estimulou a cooperação entre as regionais e agora está reforçando as estratégias que permitam somar competências científica em áreas promissoras”, explica Barral-Netto. Entre as 09 unidades e escritórios da Fundação fora dos campi do Rio de Janeiro, a Bahia está na segunda posição em publicação nas áreas de doenças parasitárias e doenças virais, mas assume a liderança na área de doenças crônico-degenerativas. Segundo o diretor, os dados devem servir para a identificação das potencialidades de parcerias e não para a constituição de um ranking. “Em relação às enfermidades virais, por exemplo, enquanto a Fiocruz Bahia tem forte presença de estudos epidemiológicos, a Fiocruz Pernambuco se concentra mais nas questões ligadas ao próprio vírus, mostrando uma potencial área de cooperarão entre as duas Unidades”.

INVESTIMENTOS EM PESQUISA

Na solenidade, foram apresentados ainda os esforços da instituição para manter as atividades de ensino e pesquisa, frente as restrições orçamentárias, a exemplo dos investimentos para viabilizar a publicação de artigos, a manutenção da taxa de bancada e as bolsas de mestrado, doutorado e iniciação científica, além da implementação do mestrado profissional em Administração, oferecido pela Escola de Administração da UFBA.

A soma de novos equipamentos como o Elispot, a Microdissecação a Laser, o Tissue Microarray e o novo Cluster de informática, que devem potencializar a pesquisa em diversas áreas, foram destacados. Esta perspectiva tecnológica é reforçada pelos convênios com a FIEB-Senai/Cimatec, que ampliaram as possibilidades de pesquisas nas áreas de supercomputação e big data, diagnóstico, kits e dispositivos, nanotecnologia e materiais. O evento serviu também para expressar os resultados no ensino, comemorar o encerramento, com êxito, do Curso de Especialização em Ensino de Biociências e Saúde. “Incrementamos nossa participação na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, promovemos diversos cursos de capacitação, por meio de parcerias com instituições nacionais e internacionais, que permitiu interação com outros pesquisadores, estudantes, profissionais da saúde, gestores públicos e a sociedade em geral”, avaliou.

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Zika vírus: pesquisas da Fiocruz são destaque na Science Magazine

ScienceOs problemas relacionados ao zika vírus e sua ligação com o aumento dos casos de microcefalia em bebês no Brasil foram destaque na seção “In Depth” da Science Magazine, tendo como título da reportagem “A race to explain Brazil’s spike in birth defects”. Para saber como os centros de pesquisa do país vêm se preparando para enfrentar a surto da doença, a jornalista Gretchen Vogel entrevistou epidemiologistas de diversas instituições, como Albert Ko, da Yale University e Fiocruz Bahia, Ana Maria Bispo de Filippis, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), além de Manoel Sarno e Federico Costa, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), dentre outros.

Após o alerta global emitido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), indicando medidas preventivas e locais onde existem maior densidade de focos da doença, muitas mulheres grávidas no Brasil têm entrado em pânico. A OMS pede o reforço no combate ao mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, o aumento da capacidade de diagnóstico e atenção especial com as gestantes, para que elas não entrem em contato com o mosquito.

Diante deste cenário, o governo declarou uma emergência de saúde pública, sendo que alguns médicos recomendam às mulheres para que não engravidem até que se saiba mais sobre o assunto. As autoridades sanitárias brasileiras simplesmente recomendam que as mulheres grávidas evitem ser picadas. Isso significa vestir roupas de proteção, manter portas e janelas teladas, além do uso do repelente de insetos.

Na entrevista à Science Magazine, de acordo com Albert Ko, especialista em doenças tropicais, o vírus Zika nunca foi ligado a microcefalia. “O nosso grande desafio é que a epidemia explodiu e nossa comunidade ainda tem muito a conhecer sobre a história natural do vírus Zika”, diz. Ainda segundo a revista, a ligação entre Zika e microcefalia não vieram à tona antes porque surtos anteriores foram simplesmente muito pequenos.

Para chefe do Laboratório de Flavivírus do IOC, Ana Maria Bispo de Filippis, existem algumas teorias sobre como o agente pode ter se tornado mais patogénico. “Alguns virologistas suspeitam de uma alteração genética recente também permitiu que o vírus se espalhe mais facilmente”, disse. Ainda segundo ela, outra possibilidade é que as mulheres grávidas que possuem anticorpos contra a dengue podem ter uma resposta imune menos intensa à Zika e isso pode aumentar a chance de que o vírus atravessa a placenta e contamina o feto.

Perguntas sem respostas – Enquanto a comunidade científica se prepara para evitar a propagação da doença, muitas perguntas básicas ainda estão por ser respondidas, afirma Federico Costa. Se uma mulher teve Zika, mas se recuperou, as futuras gerações estão seguras? Quanto tempo o vírus Zika permanece em uma pessoa infectada? A zika está causando também outros tipos de danos em bebês em fase de gestação com o aparecimento de sequelas mais tarde, depois de nascidos?

São muitos os desafios a serem enfrentados e a velocidade com que o vírus se espalha não está necessariamente acompanhando o ritmo de pesquisas, já que muitos dos laboratórios brasileiros não estão equipados suficientemente para promover diagnósticos precisos. Enquanto isso, para além das fronteiras, já foram confirmados casos de zika em nove países das Américas: Brasil, Chile (Ilha de Páscoa), Colômbia, El Salvador, Guatemala, México, Paraguai, Suriname e Venezuela.

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Abertas inscrições para o curso internacional “Statistical Methods for Genetic Epidemiology”

staticalEstão abertas as inscrições para o curso “Statistical Methods for Genetic Epidemiology”, a ser realizado nos dias 16 de fevereiro a 24 de março de 2016, na sede do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, unidade da Fundação Oswaldo Cruz na Bahia. A atividade, coordenada pelos pesquisadores Mauricio Barreto e Manoel Barral-Netto, contará com os professores Bernd Genser, da University of Heidelberg, na Alemanha, Carlos Teles, da Fiocruz Bahia e Gustavo Costa, do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA).

Interessados têm até o dia 2 de fevereiro para efetuar suas candidaturas, que devem ser feitas por meio do site do evento:http://cursos.bahia.fiocruz.br/biostatgenetics. No site do evento é possível encontrar o conteúdo de toda a programação e horários de realização das aulas. Importante ressaltar que o curso será realizado em Inglês e não contará com serviço de tradução simultânea.

De acordo com os organizadores, a atividade visa fornecer uma introdução aos métodos e técnicas quantitativas para pesquisa em epidemiologia genética. Ao final, espera-se capacitar os participantes neste campo, levando-os a compreender os princípios básicos, projetos comuns de pesquisa e métodos estatísticos adequados de estudos epidemiológicos envolvendo dados genéticos.

Novas perspectivas – Para Maurício Barreto, a pesquisa genética sofreu profundas transformações recentes, o que permitiu ampliar os estudos populacionais e em especial os estudos epidemiológicos que visam associar variações genéticas e fatores ambientais com doenças em populações humanas. “No Brasil, vários grupos já estão estudando diferentes aspectos da epidemiologia genética e este curso fornecerá maior embasamento metodológico para aquele que incursionam nesta área”, afirma.

Segundo o pesquisador, existe uma série de questões específicas de doenças na população brasileira, as quais devidamente exploradas, inclusive, com métodos da epidemiologia genética, podem não somente contribuir para avançar o conhecimento e possíveis soluções de problemas prevalentes no nosso meio, como também, eventualmente, colocar o país na fronteira do conhecimento nestes temas.

 

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