Ações internas

A Fiocruz Bahia, tendo em vista a pandemia do novo coronavírus, denominado SARS-CoV-2 (Covid-19), declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 11 de março de 2020, divulgou medidas a serem implementadas para prevenção e proteção da doença Covid-19 nos ambientes institucionais.

No dia 16 de março, a Diretoria divulgou as medidas de contingência da unidade. As determinações estão em consonância com o Plano de Contingência da Fiocruz, das Orientações para a Gestão do Trabalho na Fiocruz e dos Planos de Contingência do Município de Salvador. São atualizadas e aprovadas pelo Conselho Deliberativo (CD) da Fiocruz Bahia.

Dentre as medidas de contingência da Fiocruz Bahia podemos destacar:

– Uso obrigatório de máscara facial para acesso e permanência no IGM;

– Alteração dos procedimentos operacionais de limpeza em relação à intensidade e frequência, com atenção especial à higienização de maçanetas, corrimãos, microondas, interruptores, botões dos elevadores e dispensadores de álcool gel;

– Suspensão das reuniões presenciais, dando preferência à modalidade remota;

– Instalação de dispensadores de álcool gel em diferentes locais do campus;

– Reunião com as equipes dos setores de limpeza, manutenção e refrigeração, instruindo quanto à prevenção e aos cuidados gerais inerentes às atividades individuais e coletivas;

– Reunião com grupos menores, das diversas áreas, prestando orientações de prevenção;

– Suspensão das atividades da cantina;

– Disseminação, interna e externa, de material com informações e orientações quanto à  higienização correta das mãos e demais medidas de prevenção ao contágio pelo SARS-COV-2;

– Elaboração do Plano de Contingência seguindo as principais diretrizes institucionais e com a aprovação e revisão periódica por parte do Conselho Deliberativo do IGM;

– Suspensão de aulas, palestras e defesas de dissertações e teses presenciais, mantendo atividades remotas sempre que possível, desde que sejam aprovadas pelos colegiados dos cursos e estejam em consonância com as políticas e diretrizes Institucionais;

– Implantação a sistemática de teletrabalho e realização rodízio para atividades presenciais;

– Criação do grupo virtual com os Conselheiros do CD – IGM para tratar especificamente de medidas contingenciais e ações de enfrentamento a Covid-19.

 

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Projetos do IGM são contemplados em editais do Programa Inova Fiocruz

A Presidência da Fiocruz, por meio das vice-presidências VPPIS, VPPCB e VPGDI, lançou editais para seleção de projetos oriundos das unidades e escritórios da Fundação, como parte do Programa Fiocruz de Fomento à Inovação – Inova Fiocruz, para projetos de pesquisa em áreas estratégicas com foco na pandemia de Covid-19.

A Fiocruz Bahia teve 4 projetos contemplados no Edital Ideias e Produtos Inovadores – Covid-19, para apoio a propostas que pudessem trazer ações, decisões e respostas rápidas, articulando diferentes grupos de pesquisa de modo a trabalhar de forma colaborativa no enfrentamento da pandemia.

No Edital Geração de Conhecimento – Enfrentamento da Pandemia e Pós-Pandemia Covid-19, que visa apoiar propostas nas áreas definidas pela Fiocruz como prioritárias para a pandemia, visando acúmulo de conhecimento necessários ao entendimento da doença em seus diversos aspectos, a Fiocruz Bahia também teve 4 projetos selecionados.

Confira:

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Fiocruz é homenageada pela Academia de Ciências da Bahia por seus 120 anos

Em cortejo virtual do “Dois de julho em Defesa da Ciência”, a Fundação Oswaldo Cruz foi homenageada por sua contribuição à ciência nos seus 120 anos. A sessão contou com a presença da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, e com a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves. A ação, realizada no dia 2 de julho, foi coordenada pela Academia de Ciência da Bahia (ACB). No evento, foi destacada a importância histórica da Fundação, tanto no combate a emergências sanitárias, como também na inovação em pesquisa em saúde e biotecnologia, que tem ajudado no combate da pandemia da Covid-19.

Também estavam presentes Jailson Andrade, presidente da ACB; Antônio Carlos Vieira, presidente da Academia de Medicina da Bahia; Adélia Pinheiro, Secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti); Simone Kropf, pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz (COC); e Carlos Machado Freitas, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/ Fiocruz).

O encontro fez parte da manifestação que tradicionalmente percorre em cortejo bairros do Centro Histórico de Salvador, que esse ano aconteceu de forma virtual, reunindo instituições como Universidade Federal da Bahia e outras universidades e entidades federais e estaduais, além de nomes de destaque, como o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, e o presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) e reitor da UFBA, João Carlos Salles.

A Fiocruz completou 120 anos no dia 25 de maio de 2020, momento em que o Brasil e o mundo enfrentam o maior desafio sanitário, econômico, social, humanitário e político do século 21, a pandemia da Covid-19. Com o nome de Instituto Soroterápico Federal, a instituição foi criada com o objetivo de combater epidemias como a da peste bubônica, da febre amarela e da varíola, que ameaçavam a então capital da República, o Rio de Janeiro. Mais de um século depois, agora na pandemia do novo coronavírus, a atual Fundação Oswaldo Cruz, maior instituição de pesquisa biomédica da América Latina, continua na linha de frente do enfrentamento das doenças.

Durante a homenagem, Nísia Trindade, abordou o tema “Fiocruz: patrimônio da sociedade”, pontuando a história da instituição. “Desde a sua criação, em 1900, a Fiocruz participa do Estado do Brasil. Há o marco da forte mobilização aos sertões e expedições científicas, que percorreram vastas regiões do país. Ao longo da sua história, a Fundação também teve presença na criação da constituição cidadã e no Sistema Único de Saúde (SUS) em 88. Dois pilares de identidade institucional”, mencionou.

A presidente da Fiocruz também homenageou os pesquisadores eméritos da Fiocruz Bahia, afirmando que são “a representação da tradição da boa pesquisa do Instituto Gonçalo Moniz, que também se expressam na atual geração de pesquisadores”.

Além disso, Nísia abordou a presença da Fiocruz nas áreas de pesquisa, ensino, atenção à saúde, produção e inovação, e destacou a presença no enfrentamento da pandemia da Covid-19, por ser a instituição líder da rede de pesquisa Solidariedade, da Organização Mundial da Saúde, dentro do Brasil, e conveniada com instituições para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus.

Na sessão, a diretora da Fiocruz Bahia pontuou a importância da Fiocruz e sua relação com a produção da ciência, durante a pandemia da Covid-19, e mencionou a atuação do Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia), que completou 63 anos de atuação esse ano. “Nestes 63 anos do IGM, agradeço a todos os pesquisadores da instituição, principalmente nesse momento de pandemia, por seus serviços. É importante reforçar a resposta e apoio que temos dado, junto com os pesquisadores, ao estado e município”, ressaltou Marilda.

A diretora também declarou que, no 2 de Julho, também é necessário lutar pelos investimentos e recursos na área da ciência: “uma data de resistência, em que temos esperança de que os nossos financiamentos em ciência e tecnologia sejam retomados. O 2 de Julho é uma luta da sociedade e da ciência. Juntos, iremos desenvolver nossa sociedade e nosso país”, comentou.

A relevância da atuação da Fiocruz na saúde

A secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia, Adélia Pinheiro, apontou as atuações da Fiocruz, em especial no contexto da pandemia e sua relação com a tecnologia. “Nesta data, em que comemoramos a nossa independência, e que aproveitamos para destacar a união da sociedade e a estrutura de estado com a ciência e tecnologia, é que estamos juntos para congratular o importante papel que a Fiocruz tem feito. No contexto da pandemia, a Fundação se destaca na assistência e na projeção de futuro, quando pensamos na vacina, medicação, ou em diagnóstico, e também em outras atividades, como a nossa parceira com o Tele Coronavírus – 155”, destacou.

O presidente da Academia de Ciências da Bahia, Jailson Andrade, também reitera a importância histórica da Fiocruz no combate à emergências sanitárias, como na última epidemia de Zika.” Com 120 anos, já enfrentou a gripe espanhola e febre amarela e tem um histórico de resistência na saúde no Brasil. Tem uma presença nacional, o que dá uma agilidade imensa. Na questão da Zika, há três anos, a Fiocruz foi uma das líderes na questão da pesquisa”, relembrou.

Simone Kropf evidenciou a importância histórica da Fiocruz para a ciência, “Quero ressaltar uma ideia que sempre marcou um projeto institucional, de Oswaldo Cruz, que a instituição não deve se resumir a respostas de emergências sanitárias, mas deve ser uma instituição de pesquisa e ensino, autônoma e de relevância internacional. Sem isso, a instituição não poderia dar uma boa resposta às emergências, com autonomia e inovações tecnológicas”, explicou.

Antônio Carlos Vieira apontou que a Academia de Medicina da Bahia se “sente honrada por participar desse evento, por estar presente na homenagem dos 120 anos de função da Fiocruz”. Também afirmou a importância histórica do Dois de Julho e o trabalho da ciência no Brasil. “A associação deste evento com a data que comemora a consolidação da independência e a expulsão dos portugueses é muito expressiva. Há 197 anos, os baianos lutavam pela nossa independência política, pela construção do Brasil como um país livre e hoje lutamos pela ciência, carente de suporte e importância política”.

Já Carlos Machado, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/ Fiocruz), refletiu sobre a responsabilidade dos cientistas, no Brasil, em desenvolver um futuro promissor para a sociedade, citando o livro “Cidades Invisíveis”, de Ítalo Calvino: “cabe a nós, na Fiocruz, como cabe a nós todos envolvidos na ciência brasileira, descortinar o que e quem pode construir um futuro diferente. Porque os futuros realizados são apenas ramos secos e nós temos uma responsabilidade imensa em realizar esses futuros”, explanou.

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IGM inicia testes para Covid-19 em trabalhadores e estudantes

O Núcleo de Saúde do Trabalhador (Nust) do IGM iniciou um levantamento epidemiológico de Covid-19 entre os trabalhadores e estudantes da unidade. Serão realizados testes sorológicos e moleculares em servidores, estudantes, terceirizados e bolsistas da instituição que estejam trabalhando presencialmente, em regime fixo ou de rodízio, e que não estejam apresentando sintomas da doença.

A ação é realizada em parceria com Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz – ASFOC, das unidades Nacional e Bahia, que proporcionaram a estrutura para a testagem, que conta com tendas, cadeiras, termômetros de proximidade, biombos e profissional para efetuar os exames.

Com estrutura montada no estacionamento do IGM, a testagem teve início no dia 09 de julho e pode ser feita nos dias 13 a 15 de julho (segunda a quarta-feira), das 8h30 às 10h30. No entanto, para realização do exame é necessário fazer um cadastro prévio e agendamento em dias em que o colaborador já terá atividade no instituto, para evitar deslocamentos apenas para realização dos testes.

O sistema pode ser acessado clicando aqui.

A iniciativa é parte de um estudo em que todas as unidades da Fiocruz estão envolvidas para avaliar a resposta imune dos trabalhadores contra o vírus SARS-CoV-2. O resultado do levantamento será usado para a construção de medidas de prevenção dentro da Fiocruz.

A coordenadora Geral de Gestão de Pessoas (Cogepe) da Fiocruz, Andrea Luz, avalia que as unidades regionais desempenham um papel importante no levantamento epidemiológico. “É fundamental a participação das regionais, pois pretendemos atingir cerca de 12.000 trabalhadores. Na Fiocruz, esta ação é coordenada pela Cogepe e pela Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência (CVSLR) e conta com a consultoria do pesquisador Manoel Barral, do IGM”, afirmou.

A chefe do Serviço de Gestão do Trabalho, Maria Julia Alves, afirma que o inquérito epidemiológico também fornecerá informações importantes para o planejamento do retorno gradual às atividades presenciais, por exemplo. “É importante frisar que os testes orientam medidas de proteção, mas não são, em si mesmos, medidas protetoras. Independente dos resultados dos testes, ações de proteção individuais e coletivas devem continuar sendo tomadas”, ressaltou. 

Os testes sorológicos são realizados a partir de coleta de sangue e servem para indicar a exposição prévia ao vírus, mesmo que não tenha havido qualquer sintoma. Esse tipo de testagem é fundamental em estudos epidemiológicos para entender a dinâmica da infecção numa população. Serão aplicados, também, testes moleculares (RT-PCR) para detecção de infecção ativa pelo SARS-CoV-2, realizados a partir de coleta na cavidade nasal. 

 

 

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Ações do Ensino do IGM

Diversas medidas foram adotadas no âmbito do Ensino do IGM, com vistas a realizar adequações e dar suporte à comunidade de estudantes de pós-graduação, de iniciação científica, bem como aos docentes da instituição, nesse período de pandemia do novo coronavírus e distanciamento social. 

A vice-diretora de Ensino do IGM, Patrícia Veras, explica que, em conjunto com a pesquisadora Claudia Brodskyn e a servidora Clara Mutti, na coordenação da Vice-diretoria de Ensino; os pesquisadores Valéria Borges, Clarissa Gurgel, Deborah Fraga, Luciano Silva, Maria da Conceição Galvão e Edson Duarte, na coordenação dos programas de pós-graduação; e a pesquisadora Juliana Fullam, na coordenação do PROIIC; com apoio da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC) e da diretoria do IGM, foi elaborado um plano para substituição das atividades presenciais por atividades remotas. 

“Consideramos, nesse plano, as dificuldades socioemocionais e a manutenção do acesso igualitário às atividades por todos os estudantes, a formação dos professores em tecnologias de ensino e aprendizagem, e as demandas de cada programa de nossa instituição, ajudando os docentes e discentes a vencer os desafios desse formato de ensino emergencial”, afirma Patrícia. 

A disponibilização das salas virtuais do Zoom, através de uma ação da VPEIC, para a comunidade acadêmica do IGM favoreceu que reuniões, defesas de dissertações e teses, dentre outras atividades ocorressem de forma remota. As aulas presenciais dos programas de pós-graduação foram suspensas. Assim, uma enquete foi aplicada entre os discentes de pós-graduação e iniciação científica e docentes para estabelecer o perfil e os desafio a serem enfrentados durante a pandemia da Covid-19. Foram avaliadas as condições socioemocionais e de acesso às atividades online, visando o estabelecimento de atividades didáticas através do Ensino Remoto Emergencial.

Além disso, a coordenação de cada programa promoveu uma reunião ampliada para discutir com seus estudantes a possibilidade de retomada das ações educacionais remotamente. Dessa forma, atividades acadêmicas optativas e obrigatórias estão sendo realizadas de forma remota. 

A coordenadora de Ensino, Clara Mutti, está participando do Grupo de Trabalho da VPEIC para elaboração de uma capacitação autoinstrucional para os docentes sobre o Ensino Remoto. Clara ressalta que o suporte aos docentes também é essencial, por isso, foi realizado um mapeamento das competências que os professores já possuíam e as necessidades de aprendizagem para o Ensino Remoto. 

“Como as necessidades de aprendizagem dos docentes são comuns a muitas unidades, a VPEIC, por meio do Fórum de EAD da Fiocruz, criou um Grupo de Trabalho, composto por membros da VPEIC e profissionais da área de ensino de diversas unidades, coordenado pela professora Eduarda Cesse, para a elaboração de uma capacitação autoinstrucional sobre o Ensino Remoto direcionada aos docentes da Fiocruz. O curso está em fase de elaboração, com previsão para o lançamento em agosto”, conta a coordenadora.

Destacamos alguns eventos realizados pelo Ensino:

Papo acadêmico

O primeiro Papo Acadêmico de 2020, foi promovido pela Coordenação de Ensino, no dia 08 de junho, através do Zoom. No encontro, foram apresentados os resultados do formulário online distribuído aos estudantes de pós-graduação do IGM. Também foram abordadas as discussões na Câmara Técnica de Educação sobre os impactos e possíveis soluções para Educação na Fiocruz. 

Além disso, os participantes discutiram a programação das ações referentes à educação no IGM para os próximos meses, com base no plano de contingência da Fiocruz, durante o período da pandemia da Covid-19.

 

Live com Marcelo Veras

A Vice-diretoria de Ensino promoveu uma live com o coordenador do Programa de Saúde Mental e Bem Estar da UFBA – Psiu, Marcelo Veras. O evento ocorreu no dia 10 de junho e teve como temática “Atravessando a quarentena: o novo normal e o velho anormal”. Transmitido pelo Zoom, o encontro está disponível no canal do Youtube da Fiocruz Bahia.

 

Ciclo de seminários integrados sobre SARS-COV-2

O evento realizado pela Vice-diretoria de Ensino da Fiocruz Bahia é uma atividade complementar optativa dos programas de pós-graduação em Patologia Humana e Experimental (PgPAT – UFBA/ Fiocruz Bahia) e em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI – Fiocruz Bahia). 

As apresentações que ocorrem às terças-feiras, transmitidas no canal do YouTube da Fiocruz Bahia, abordam temas como filogenética do vírus, epidemiologia, imunologia, interação vírus-células, vacinas, diagnóstico, tratamento, biologia de sistemas e ética.

Os estudantes têm um momento inicial restrito à eles, das 14:00 às 15:45, sobre o tema da palestra, em que discutem dois artigos por tema enviados previamente. Às 16:00 é realizado o seminário aberto ao público. Já foram realizados 4 encontros, confira:

 

 

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Seminário sobre saúde da população negra ocorre na Fiocruz Bahia

Combate ao racismo, saúde e empreendedorismo são alguns dos temas abordados durante o seminário “Saúde e pesquisa: Desafios e perspectivas para a população negra”, que será realizado no dia 22 de novembro, sexta-feira, das 13h30 às 16h30, na Fiocruz Bahia.

A atividade gratuita e aberta ao público é promovida pela Diretoria do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia) em parceria com a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB, tem como principal objetivo propor o diálogo entre a sociedade civil, pesquisadores e demais profissionais atuantes na luta pelos direitos da população negra e na construção de políticas de reparação racial, além de fomentar discussões no âmbito da saúde pública.

O evento terá início com a mesa de abertura. Em seguida, às 14h, acontece a mesa sobre saúde da população negra, composta pela coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Raça e Saúde da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Denize Ribeiro; pela doutora em Saúde Pública, Maria Inês Barbosa; e pela enfermeira, epidemiologista e doutora em Saúde Pública, Emanuelle Goes.

Às 16h30 é a vez de falar sobre experiências no campo social com o jornalista, especialista em Comunicação Corporativa e cofundador da AfroSaúde, Igor Leonardo, o estudante de medicina e integrante do Coletivo Negrex, Ícaro Ferreira, além da jornalista, pesquisadora sobre mídia negra e integrante do Odara Instituto da Mulher Negra, Alane Reis.

Serviço:
Dia: 22 de novembro
Horário: 13h30 às 16h30
Local: Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia) – Rua Waldemar Falcão, 121 – Candeal, Salvador – BA
Entrada: Gratuita e aberta ao público

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Roda de conversa aborda a saúde do homem

Em adesão à campanha do Novembro Azul, o Núcleo de Saúde do Trabalhador (NUST) da Fiocruz Bahia realizará uma ação do Programa Rede Diálogos, com foco na  saúde e combate ao câncer de próstata. A roda de conversa, que tem como tema “Conversando Sobre a Saúde do Homem”, será conduzida pela enfermeira especialista em saúde do trabalhador, emergência e UTI, Patrícia Santana.

Entre os destaques do evento, serão abordados a importância da saúde do homem, a relação entre a prevenção e a detecção precoce do câncer de próstata e a diferença entre Hiperplasia prostática benigna e Câncer de próstata. A palestra é gratuita, aberta ao público e não exige inscrição.

 

 

Novembro Azul – Conversando Sobre a Saúde do Homem

Dia: 25/11/2019

Horário: 14h00 às 15h30

Local: Sala de Aula II da Biblioteca

Palestrante: Patrícia Santana. Enfermeira (COREN 435.546). Profissional credenciado ao Serviço Social da Indústria (SESI).

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Roda de conversa discute silenciamento da dor e prevenção ao suicídio

Com foco na criação de espaços de diálogos sobre sofrimento, a Fiocruz Bahia promoveu uma roda de conversa com o tema “O Sofrimento dentro de casa: família, adolescência e silenciamento da dor”, nesta terça-feira (10/9). O evento, que fez parte de ações da Fiocruz Bahia para o Setembro Amarelo, foi conduzido pela psicóloga Ana Lucena de Sá (CRP 03/04488) e abordou a prevenção do suicídio em jovens e situações dentro de ambientes familiares, ao trazer questões e provocações o assunto.

O tema dessa roda abarca o foco da campanha de 2019 da Organização Mundial da Saúde (OMS), enfatizando a necessidade de atenção especial para o bem-estar e a saúde mental das crianças e adolescentes. Em relatório publicado nesse mês pela organização, é apontado que o suicídio é a segunda maior causa de morte entre jovens no mundo. Em 2016, foram estimados mais de 200 mil óbitos.

Para Ana Lucena, esse espaço de discussão, em uma sociedade que não trabalha a dor, é rico e necessário, “nós estamos silenciando muitas dores e esse silenciamento tem promovido mais dores. Então criar espaço de fala e trocas é o que a gente está precisando agora. Então a Fiocruz abre as portas e potencializa isso, uma necessidade que a gente tem de construções coletivas sobre esse tema e olhar para a dor”, frisou a psicóloga.

Maria Julia Souza, servidora do Serviço de Gestão do Trabalho e organizadora do evento, salienta que é fundamental a discussão sobre o tema em uma instituição de saúde como a Fiocruz Bahia, “essa foi uma oportunidade de apoiar a campanha do Setembro Amarelo, abrindo espaço para a comunidade falar sobre o tema com uma mediação qualificada. Discutir esse tema é essencial, pois suicídio, doenças e transtornos mentais ainda são questões envoltas em muitos tabus e, portanto, em muito desconhecimento sobre como lidar e tratar”.

Ana Lucena acredita que o encontro cumpriu seu principal objetivo de ser um espaço de diálogo aberto à comunidade, interna e externa à Fiocruz, sobre um tema que tem interessado a um número cada vez maior de pessoas. “Tivemos depoimentos bastante positivos de participantes, o que nos encoraja a promover mais eventos como esse, abertos a toda comunidade”, avaliou.

O encontro aconteceu no contexto do “Rede Diálogos”, um projeto que visa o desenvolvimento integral do trabalhador, o estímulo do diálogo e a promoção de ações para a melhoria das relações no trabalho e conscientização das pessoas sobre o seu papel na construção de um ambiente de trabalho mais saudável.

Confira as fotos do evento:

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Fiocruz Bahia promove roda de conversa sobre educação financeira

Com o tema “Educação financeira, investimentos e bem-estar – transforme a sua relação com o dinheiro”, a Fiocruz Bahia promoverá, no dia 20 de setembro, uma roda de conversas que abordará o equilíbrio na vida financeira e pessoal.

O evento, que acontecerá dia 20 de setembro, será mediado pelos investidores Giovanni Puonzo e Nicolau Eloy, estudantes de Engenharia Civil e de Produção, respectivamente, da Universidade Federal da Bahia (UFBA); Vinicius Pedreira, estudante de Medicina da Universidade Salvador (Unifacs); e Leticia Teixeira, estudante de Administração da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

No encontro, serão abordados temas como mindset, planejamento financeiro, investimentos, qualidade e segurança e previdência privada. O evento é aberto ao público.

Roda de Conversa
Quando: 20/09/2019
Horário: 09 às 11h
Onde: Sala de Aula II da Biblioteca – Fiocruz Bahia. Rua Waldemar Falcão, 121, Candeal, Salvador.

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Dissertação avalia complexos metálicos para tratamento contra malária

AUTORIA: Mariana Da Cruz Borges Silva
ORIENTAÇÃO: Diogo Rodrigo de Magalhães Moreira
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: “AVALIAÇÃO FARMACOLÓGICA DE COMPLEXOS METÁLICOS COM AMODIAQUINA PARA O TRATAMENTO DA MALÁRIA”
PROGRAMA: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
DATA DE DEFESA: 25/07/2019
HORÁRIO: 09h

RESUMO

A malária, doença grave e complexa, tem impactos significativos no mundo, particularmente na África, América do Sul e Ásia, onde atualmente se dissemina por milhões de pessoas e é uma das principais causas de morte decorrentes de doenças infecciosas. A resistência aos antimaláricos disponíveis agravou o cenário mundial do tratamento da doença, tornando necessário o desenvolvimento de novos agentes com atividade antiparasitária e que atuem em estágios diversos do ciclo de vida do Plasmodium spp. Nosso grupo de pesquisa tem demonstrado nos últimos anos, atividade antiparasitária mais potente de complexos metálicos conjugados a antimaláricos. No presente trabalho, três complexos de rutênio (RuAQ, RuPAQ e RubipyAQ) e um de ouro (AuPAQ) conjugados à amodiaquina (AQ) foram avaliados quanto à atividade antiparasitária in vitro, utilizando a cepa W2 de P. falciparum. Os complexos de rutênio e ouro mostraram atividade antiparasitária in vitro, com valores de CI50 próximos ou menores que os demonstrados com a amodiaquina sozinha, e também tiveram baixa citotoxicidade quando testados em culturas de J774 e HepG2 (células de mamíferos). Os complexos AuPAQ e RuPAQ apresentaram atividade potente frente a esporozoítos de P. berghei, caracterizando um perfil multiestágio desses complexos. Esses complexos apresentaram atividade potente contra asformas sexuadas do P. falciparum, os gametócitos, quando comparados com a AQ. Os compostos AuPAQ e RuPAQ foram testados in vivo em camundongos da linhagem Swiss Webster infectados com a cepa NK65 de P. berghei. No modelo de supressão da infecção por P. berghei in vivo, os animais tratados com AuPAQ e RuPAQ apresentaram parasitemia reduzida em relação aos controles tratados apenas com veículo, e as taxas de sobrevivência dos animais tratados com os compostos foram superiores às do grupo não tratado e, sendo o AuPAQ, superior ao tratado com AQ. Por fim, o complexo de ouro foi capaz de reduzir a formação de cristais de hemozoína em camundongos infectados com P. berghei tratados por 24 horas de maneira potente, sendo mais eficaz do que a AQ. Nossos dados mostram que os complexos inéditos de rutênio e ouro conjugados à AQ aqui testados são efetivos e atuam de forma multiestágio, sendo assim, bons candidatos a novos compostos antimaláricos.

Palavras-chave: malária, antiparasitários, amodiaquina, complexos metálicos.

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Efeito terapêutico de células da medula óssea em neuropatia diabética é avaliado em tese

AUTORIA: Afrânio Ferreira Evangelista
ORIENTAÇÃO: Cristiane Flora Villarreal
TÍTULO DA TESE: “MECANISMOS ENVOLVIDOS NO EFEITO TERAPÊUTICO DE CÉLULAS MESENQUIMAIS DE MEDULA ÓSSEA EM MODELO EXPERIMENTAL DE NEUROPATIA DIABÉTICA”
PROGRAMA: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
DATA DE DEFESA: 11/07/2019
HORÁRIO: 09h-13h

RESUMO

O diabetes é uma das principais síndromes que acomete o ser humano e que frequentemente induz o comprometimento do sistema nervoso. A neuropatia diabética sensorial (NDS) é uma complicação comum do diabetes e se manifesta através de distúrbios sensoriais, entre os quais a dor neuropática é o mais relevante. A NDS pode ainda evoluir para perda de sensibilidade, o que contribui para o desenvolvimento do pé diabético, podendo resultar em ulceração e amputação do membro. Considerando o impacto negativo da NDS na qualidade de vida do paciente, o desenvolvimento de novas terapias efetivas neste quadro é de grande relevância. Neste sentido, o potencial terapêutico de células mesenquimais da medula óssea (CMsMO) ou dos seus fatores secretados em meio de cultivo tem sido investigado. Estas, por possuírem propriedades analgésicas e regenerativas, representam uma abordagem com melhor potencial terapêutico nas neuropatias em relação aos fármacos de ação paliativa. O objetivo deste trabalho foi investigar possíveis mecanismos envolvidos no efeito terapêutico de CMsMO na NDS experimental. Camundongos C57Bl/6 (CEUA L-IGM-025/11) foram submetidos à indução da NDS por estreptozotocina (STZ). Após 4 semanas, os animais foram tratados com CMsMO (1×106, i.v.), salina ou gabapentina (70 mg/kg, v.o., 12h/12h por 6 dias). Os limiares nociceptivos térmico (Hargreaves) e mecânico (filamentos de von Frey) foram avaliados durante 12 semanas. Na 12ª semana, foi realizada a coleta de tecidos para avaliação histológica (nervo isquiático), pesquisa das CMsMO transplantadas por qRTPCR (nervo isquiático, medula espinal, gânglio da raiz dorsal, baço e fígado), expressão de fatores antioxidantes, quantificação de produtos de estresse oxidativo, perfil de ativação de micróglia, astrócitos e níveis de expressão de galectina-3 (medula espinal). Para investigar a hipótese da ação parácrina, o efeito do meio condicionado obtido da cultura de CMsMO (MC-CMsMO) ou vesículas extracelulares derivadas de CMsMO (VEs-CMsMO) sobre o limiar nociceptivo foi avaliado e VEs-CMsMO foram caracterizadas quanto a morfologia, tamanho, quantidade e conteúdo proteico. O tratamento com CMsMO reduziu a alodinia mecânica (p<0,001) e a hipoalgesia térmica (p<0,001), igualando os limiares nociceptivos de animais neuropáticos àqueles do grupo naive. Por outro lado, o tratamento com gabapentina (70mg/kg) reduziu a alodinia e a hipoalgesia somente durante o protocolo de administração do fármaco. Análises de microscopia mostraram que animais com neuropatia apresentaram atrofia axonal, redução do número de fibras mielínicas, atipia mitocondrial e redução da área e densidade das fibras amielínicas no nervo isquiático (p<0,05). O transplante com CMsMO preveniu o desenvolvimento de tais alterações histológicas no nervo, bem como o aumento dos níveis de expressão de fatores antioxidantes, nitrito e MDA na medula de animais com NDS (p<0,001). Animais neuropáticos apresentaram aumento no número de astrócitos e micróglia ativados, assim como expressão de galectina-3 na medula espinal (p<0,05). Este efeito foi inibido pelo transplante de CMsMO, evidenciando ação moduladora das CMsMO na neuroinflamação espinal. O rastreio das células transplantadas demonstrou que estas possuem tendência em migrar para órgãos filtrantes e ainda assim produzir efeito, evidenciando uma ação parácrina. Em linha com esta hipótese, a infusão do MCCMsMO em animais diabéticos conseguiu reverter os parâmetros comportamentais da neuropatia sensorial de forma semelhante ao tratamento com CMsMO. Resultados da caracterização das VEs-CMsMO mostraram vesículas com tamanho entre 100-500nm, porém a análise do seu proteoma revelou-se inconclusiva. Contudo, a administração de VEs-CMsMO foi capaz de produzir efeito antinociceptivo, levando os limiares nociceptivos de animais com neuropatia a níveis similares ao de animais saudáveis. Este conjunto de resultados indica que, além dos efeitos neuroprotetores no nervo periférico, a modulação da neuroinflamação espinal pode ser considerado um importante mecanismo pelo qual as células-tronco mesenquimais induzem efeitos terapêuticos durante a neuropatia diabética sensorial.

Palavras-chave: Neuropatia diabética sensorial, células-tronco mesenquimais, meio condicionado de células mesenquimais, vesículas extracelulares de células mesenquimais,  uroinflamação.

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Dissertação busca caracterizar composição e atividade antimicrobiana de extratos de própolis

AUTORIA: Danielle Devequi Gomes Nunes
ORIENTAÇÃO: Valéria de Matos Borges
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: “Composição química e atividade biológica antimicrobiana e leishmanicida de extratos de própolis obtidos pelo método convencional ou por extração supercrítica”
PROGRAMA: Pós-Graduação em Patologia Humana
DATA DE DEFESA: 04/07/2019
HORÁRIO: 09h

RESUMO

A própolis é um produto natural com diversas atividades biológicas testadas e seus extratos obtidos por variadas técnicas tem sido utilizado nas indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética. Variações na composição química dos extratos estão diretamente associadas ao tipo e origem geográfica da própolis e, consequentemente, interfere na atividade biológica da própolis. O presente trabalho teve como objetivo a caracterização química e da atividade biológica de amostras de extrato de própolis: vermelha, verde e marrom, coletados em diferentes regiões do Estado da Bahia, Brasil, obtidas pelo método convencional ou pela técnica de extração supercrítica. Inicialmente identificamos o perfil físico-químico em amostras de extrato bruto, quanto ao teor de umidade, atividade de água, teor de cinzas totais, proteínas, lipídios e fibras. Os extratos de própolis obtidos pelos métodos de extração etanólico e supercrítico foram avaliados quanto ao teor de compostos fenólicos, flavonóides, atividade antioxidante (DPPH), catequina, ácido ferúlico e luteolina. Nossos dados indicam que os extratos etanólicos, especialmente os obtidos a partir da própolis vermelha, possuem uma maior seletividade para compostos antioxidantes, bem como melhor ação antimicrobiana contra duas cepas de bactérias (Staphylococcus aureus e Escherichia coli), quando comparados com os extratos obtidos pela extração supercrítica, indicando que não houve um incremento dos parâmetros avaliados nesta condição. Por último, comparamos a ação leishmanicida dos extratos etanólico obtidos a partir das própolis verde e vermelha na infecção in vitro de macrófagos por Leishmania braziliensis, principal agente etiológico da forma clínica cutânea da doença. Neste contexto, a própolis vermelha apresentou um maior potencial quanto ao efeito leishmanicida. Os resultados confirmam a influência do tipo de matériaprima, bem como dos métodos de extração quanto a composição e atividade biológica dos diferentes extratos da própolis, incluindo sua utilização como agentes antimicrobiano e leishmanicida. O presente estudo contribui com novas perspectivas no intuito de possibilitar aplicações tecnológicas da própolis e seus derivados na indústria de produtos naturais.

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Mecanismos de ativação de neutrófilos infectados por Leishmania infantum são avaliados em tese

AUTORIA: Graziele Quintela de Carvalho
ORIENTAÇÃO: Valéria de Matos Borges
TÍTULO DA TESE: “Mecanismos de ativação de neutrófilos infectados por Leishmania infantum: papel do heme e do lipofosfoglicano (LPG)
PROGRAMA: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (Fiocruz)
DATA DE DEFESA: 18/02/2019
HORÁRIO: 13h

RESUMO

A Leishmaniose Visceral (LV) está entre as zoonoses mais relevantes transmitidas por vetores. Os pacientes graves com LV apresentam distúrbios sanguíneos gerando dano celular e consequente degradação de heme-proteínas que irão liberar o heme. O heme livre pode ser capaz de alterar o comportamento de neutrófilos. No presente estudo, notamos que em pacientes com LV há uma associação direta entre os níveis de heme e neutropenia. A partir de ensaios in vitro, vimos que o heme reduz a sobrevida dos neutrófilos humanos infectados com Leishmania infantum através da produção de espécies reativas de oxigênio e liberação de enzimas neutrofílicas, ao mesmo tempo em que favorece a viabilidade do parasito. Além disso, os neutrófilos infectados em presença de heme mostraram aumento na atividade enzimática da superóxido dismutase-1 (SOD-1) e com interferência nas vias oxidativas houve redução da taxa de proliferação da L. infantum nestas células. Desse modo, a ativação de neutrófilos em presença de heme, provoca a morte da célula e a sobrevivência dos parasitos. Em seguida, investigamos o lipofosfoglicano (LPG) de L. infantum também como gatilho de ativação dos neutrófilos nos momentos iniciais da infecção. Para avaliarmos como o LPG de superfície da L. infantum intervém na ativação dos neutrófilos, infectamos neutrófilos humanos com parasitos deficientes para LPG (lpg1) e comparamos com promastigotas selvagens (WT) ou parasitos que tiveram o seu LPG reconstituído (lpg1+LPG1). A ausência do LPG nas formas lpg1 aumentou a taxa de infecção, mas favoreceu a mortalidade dessas formas em neutrófilos em comparação aos WT ou lpg1+LPG1. No que se refere à ativação dos neutrófilos, houve uma produção expressiva de espécies reativas de oxigênio (ROS) nas culturas infectadas com L. infantum lpg1, capaz de modular a sobrevivência desses promastigotas. Esses achados estimulam novas interpretações no contexto da LV e evidenciam a complexidade das interações neutrófilo-parasito a depender do estímulo.

Palavras chave: Neutrófilo, Leishmania, Heme, LPG.

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Caracterização do gene Ipg2 na leishmania infantum é estudada em dissertação

AUTORIA: Flávio Henrique de Jesus Santos
ORIENTAÇÃO: Leonardo Paiva Farias
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: “Obtenção e caracterização de leishmania infantum deficiente para o gene Ipg2”.
PROGRAMA: Pós-Graduação em Patologia Humana (UFBA /FIOCRUZ)
DATA DE DEFESA: 03/07/2019

RESUMO

INTRODUÇÃO: O glicoconjugado LPG é uma das moléculas dominantes na superfície do estágio de promastigota de Leishmania. Este fator de virulência multifuncional participa em uma variedade de processos durante o estabelecimento da infecção no hospedeiro mamífero. Além do LPG, esses protozoários possuem em sua superfície outras moléculas como os PPGs, PGs e sAP que contribuem para a sobrevivência da Leishmania dentro da célula hospedeira, Umas das enzimas essenciais para síntese do LPG e destas outras moléculas contendo fosfoglicanos (PGs) em sua estrutura é a GDP-manose transferase que é codificada pelo gene lpg2.

OBJETIVO: Caracterizar a estrutura do gene lpg2 no genoma de L. infantum (MCAN/BR/89/BA262). Obter parasitas lpg2-/- e caracteriza-los molecularmente e avaliar sua virulência em ensaios de infecção de macrofágos in vitro.

MÉTODOS: A edição do genoma foi realizada utilizadando o método clássico de recombinação homóloga com marcadores de resistência a antibióticos, e posteriormente com o sistema CRISPR/Cas9. Os parasitas nocautes foram selecionados utilizando ensaios de aglutinação com anticorpo CA7AE e com a lectina (RCA 120).

RESULTADOS: O processo de obtenção dos parasitas nocautes pro recombinação homóloga se demonstrou inviável devido a presença de uma cópia adicional do gene lpg2 no genoma de L. infantum que não havia sido descrita anteriormente. Esse resultado nos levou a utilizar o sistema CRISPR/Cas9 para a interrupção do gene lpg2 nesta espécie. Cinco clones foram isolados após as etapas de seleção utilizando o anticorpo CA7AE e posteriormente a lectina (RCA 120). Os resultados obtidos com o sequenciamento mostraram a ocorrência da edição esperada no genoma em todos os clones. Além disso, o resultado do Western blot mostrou a perda completa da expressão do LPG e de PGs. Os resultados de curvas de crescimento mostram que todos os clones lpg2-/- apresentam um fenótipo (morfologia) e uma taxa de crescimento similar, sugerindo a ausência de efeitos de edição inespecíficos “offtargets”. Ensaios preliminares de infecção de macrófagos murinos in vitro utilizando os parasitas lpg2-/-, demonstram uma redução na taxa de infecção (4h – 34,5% e 72h – 34,6%) além de uma diminuição na carga parasitária (4h – 46,17% e 72h – 49,88%)..

CONCLUSÃO: Os resultados obtidos demonstra que conseguimos implementar com sucesso o sistema CRISPR/Cas9 no laboratório e os dados dos ensaios de infecção reforçam a importância do LPG e outros PGs como fatores de virulência na interação parasito-hospedeiro.

Palavras-chave: CRISPR/Cas9, L. infantum, lipofosfoglicano, LPG2.

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Biblioteca abre inscrições para o curso EndNote X9

Prosseguindo com o Programa de Treinamento Continuados, a Biblioteca de Ciências Biomédicas Eurydice Pires de Sant’Anna, da Fiocruz Bahia, abre as inscrições para o Curso EndNote X9, que será realizado no dia 19 de junho. 

Os participantes irão conhecer o programa EndNote X9 e aprenderão a criar bibliotecas, importar e exportar dados e arquivos da biblioteca, criar grupos inteligentes, citar trabalhos, montar listas de referências, modificar e criar estilos e muito mais.

As inscrições podem ser feitas através deste site, até o final da manhã do dia 19 de junho.  

Data: 19 de junho
Horário: das 15h às 17h
Local: Sala de Aula I da Biblioteca da Fiocruz Bahia 

Vagas limitadas!

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Alteração e expressão de proteína relacionada a distúrbio em corações chagásicos é investigada em dissertação

AUTORIA: Breno Cardim Barreto
ORIENTAÇÃO: Milena Botelho Pereira Soares
TÍTULO DA TESE: “Caracterização da expressão da conexina 43 miocárdica na doença de chagas crônica”.
PROGRAMA: Pós-Graduação em Patologia Humana (UFBA /FIOCRUZ)
DATA DE DEFESA: 19/06/2019

RESUMO

INTRODUÇÃO: A cardiomiopatia chagásica crônica é uma doença debilitante de curso fatal, sendo as arritmias cardíacas a principal causa de morte súbita dos indivíduos acometidos por essa doença. Devido à falta de opções terapêuticas adequadas, o entendimento dos mecanismos que levam ao desenvolvimento das arritmias graves é de grande relevância. A conexina 43 é uma importante proteína componente das junções comunicantes em cardiomiócitos, e a expressão alterada dessa proteína está relacionada a distúrbios de condução em outras cardiomiopatias.

OBJETIVO: Caracterizar as alterações na expressão e distribuição da Cx43 em corações chagásicos crônicos.

MATERIAL E MÉTODOS: Camundongos C57BL/6 com 6 e 12 meses de infecção pela cela Colombiana do Trypanosoma cruzi e controles não infectados foram submetidos à avaliação funcional (ergométrica e ECG). Após eutanásia, os corações foram coletados e destinados para análises histopatológicas, para avaliação do infiltrado inflamatório e de fibrose; análise por imunofluorescência para avaliar o padrão de distribuição da Cx43 total e fosforilada (S368); análise pela técnica de Immunogold, para avaliar a presença da Cx43 nos discos intercalares; análise de expressão gênica por RTqPCR, para avaliar a expressão gênica da Cx43 total, TNF-α e IL-1β. Amostras de corações explantados de pacientes portadores de cardiomiopatia chagásica crônica, submetidos à transplante cardíaco, foram utilizadas para análise por imunofluorescência da expressão de Cx43.

RESULTADOS: Animais com 6 e 12 meses de infecção perderam a capacidade de realizar exercício na esteira ergométrica e apresentaram distúrbios de condução no coração, observados no ECG. As análises histopatológicas confirmaram intenso infiltrado inflamatório e fibrótico nos corações chagásicos (6 e 12 meses), diferente do observado nos animais controles. Nas análises de imunofluorescência, observamos alteração na distribuição da Cx43 total e com marcações na membrana lateral ou no interior do cardiomiócitos nos animais infectados (6 e 12 meses), enquanto que os corações de animais não infectados apresentaram Cx43 localizadas nos discos intercalares. A análise da Cx43(S368) foi mais intensa nos animais infectados (6 e 12 meses) do que nos animais não infectados. Na análise por Immunogold, observamos que os animais não-infectados apresentaram maior concentração de Cx43 total nos discos intercalares, enquanto que nos infectados as marcações estavam presentes em estruturas semelhantes a vacúolos autofágicos. As análises por RT-qPCR mostraram um aumento da expressão gênica de TNF-α e IL-1β nos infectados (6 e 12 meses). A expressão do gene da Cx43 está reduzida nos animais com 6 meses de infecção, mas não com 12 meses, em comparação com os animais controles. Por fim, a marcação de Cx43 total e Cx43 (S368) no material humano apresentaram padrão semelhante ao observado no modelo experimental.

CONCLUSÃO: Corações chagásicos crônicos apresentam alteração na expressão da Cx43, bem como no padrão de distribuição da Cx43 total e fosforilada, o que pode estar associada com a alta produção de citocinas pró-inflamatórias TNF-α e IL-1β e contribuir para o estabelecimento dos distúrbios de condução na doença de Chagas.

Palavras-chave: Doença de Chagas; cardiomiopatia; conexina 43; arritmias

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Fiocruz Bahia realiza homenagem ao pesquisador Ítalo Sherlock

A Fiocruz Bahia realizou, no dia 23 de maio, uma homenagem ao pesquisador Ítalo Rodrigues de Araújo Sherlock (1936 – 2009), com a presença de familiares, alunos, colegas de trabalho e amigos do homenageado. Na abertura do evento, a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, agradeceu a presença de todos e falou sobre a aprovação da homenagem pelo Conselho Deliberativo (CD), em novembro de 2017. Um pedido feito pelos técnicos que trabalharam com o pesquisador e fazem parte do conselho.

Em sua fala, a diretora relembrou o convívio com o homenageado, principalmente na época da implantação do Comitê Ético em Pesquisa da instituição, além das descobertas, dos desenhos e pinturas que ele fazia, e momentos entremeados de ciência, mas também de conselhos. “Em diversos lugares onde vou, as pessoas falam do parasitologista, do entomologista e das descobertas do Dr. Ítalo Sherlock. Eu acho importante que a gente registre esse momento em nossa instituição” declarou a diretora.

Homenagens

A cerimônia prosseguiu com a leitura do memorial feita pelo ex-aluno do homenageado, o professor Artur Dias Lima, que agradeceu por poder retornar à instituição para falar sobre a história de Ítalo Sherlock. A trajetória do pesquisador foi marcada por sua dedicação a doenças como leishmaniose e doença de Chagas, demonstrando interesses em estudar os insetos desde muito jovem, com o “museu de história natural” que criou com a produção de caixinhas de vidro para manter os insetos que achava.

Artur Dias Lima destacou que Ítalo Sherlock não media esforços para encontrar os insetos, quer por meio de veículo automotivo, andando a pé, subindo morro ou entrando em grutas. “Onde quer que estivesse esses insetos e espécimes, Ítalo estava lá. Ele conseguiu encantar a todos com sua poesia e trouxe pessoas para esse mundo dos insetos de importância médica e aqui deixou algumas dessas pessoas e seu legado”, acrescentou.

A cerimônia contou ainda com a presença do diretor da Fiocruz Pernambuco e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), Sinval Brandão, que apontou as contribuições do homenageado aos estudos de leishmanioses, na instituição, graças à colônia de flebotomíneos que ele já tinha na Fiocruz Bahia, nos anos 90. “Toda a comunidade, colegas e amigos podem se sentir orgulhosos do trabalho desenvolvido por Ítalo ao longo da sua trajetória, em 50 anos dedicados ao instituto. Esta é uma justa homenagem” acrescentou.

A ex-colega de trabalho de Sherlock, Ogvalda Tôrres, foi a responsável por abordar o lado artístico do homenageado, com suas pinturas e talento para música. Ogvalda mostrou também um dos quadros pintado por Ítalo e salientou a alegria de fazer parte da homenagem, “pela satisfação de ter sido convidada para que hoje eu pudesse dar um depoimento sobre o que gravei na memória sobre esse colega tão querido, com quem eu convivi de perto por alguns anos” concluiu.

Antônio Carlos dos Santos, da Fiocruz Bahia, que trabalhou com Sherlock desde a época em que a unidade ainda era Núcleo de Pesquisa da Bahia, foi outro parceiro de trabalho que prestou homenagem ao pesquisador. Ao relembrar as viagens com Ítalo pelo interior estado para manter a coleção entomológica e sua luta pelo estabelecimento da Fiocruz na Bahia, Santos expressou sua satisfação em fazer parte da homenagem tão merecida.

Por fim, o filho do homenageado, Ítalo Filho, tomou a palavra para agradecer a todos pela linda homenagem feita ao pai, em nome de toda a família também presente. Emocionado, disse que a Fiocruz Bahia era também a verdadeira família para Ítalo Sherlock.  Ao final da cerimônia, os familiares receberam uma placa de homenagem, além de ser descerrada a placa Ítalo Sherlock, que nomeou o antigo Pavilhão Central.

Biografia

Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (1963), Sherlock especializou-se em Entomologia Médica e Biologia Parasitária, notabilizando-se como um dos mais importantes e premiados entomologistas do Brasil e das Américas. Publicou 166 artigos em periódicos nacionais e internacionais, dez capítulos de livros e descobriu sete novas espécies de flebotomíneos e três de triatomíneos. Reconhecido internacionalmente por suas contribuições sobre taxonomia, ecoepidemiologia e controle de importantes doenças tropicais negligenciadas como as leishmanioses, filarioses e doença de Chagas, Sherlock fez história na ciência brasileira, em prol da saúde da população.

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Dissertação investiga perfil epidemiológico de bactérias resistentes a antibióticos em hospitais de Salvador

AUTORIA: Lorena Galvão de Araújo
ORIENTAÇÃO: Joice Neves Reis Pedreira
TÍTULO DA TESE: “INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA CAUSADAS POR ENTROBACTÉRIAS RESISTENTES A CARBAPENÊMICOS EM HOSPITAIS TERCIÁRIOS DE SALVADOR, BAHIA: CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E CLÍNICA”.
PROGRAMA: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
DATA DE DEFESA: 28/06/2019

RESUMO

As infecções de corrente sanguínea (ICS) causadas por enterobactérias resistentes a carbapenêmicos (ERC) devido à produção de carbapenemases tornaram-se uma grande preocupação mundial, tanto por sua elevada letalidade, quanto pelas limitadas opções terapêuticas para tratamento de pacientes acometidos. No Brasil, o primeiro relato de enterobactérias produtoras de carbapenemases ocorreu em 2005, enquanto que a detecção da carbapenemase do tipo KPC aconteceu pela primeira vez em 2009. A partir de então, outros relatos surgiram no país, embora para alguns estados brasileiros os dados ainda sejam escassos, como é o caso da Bahia. Assim, o objetivo deste trabalho é descrever características epidemiológicas e clínicas e a letalidade de pacientes com ICS por ERC, identificando as principais enterobactérias isoladas e seu perfil de sensibilidade antimicrobiana. O estudo também investigou os fatores de risco (FR) para aquisição de infecções por ERC e mortalidade associada, além dos principais regimes antimicrobianos utilizados para tratamento. A partir de uma coorte retrospectiva foram incluídos casos de ICS por enterobactérias provenientes de dois hospitais terciários de Salvador-Bahia, entre janeiro de 2016 e fevereiro de 2018. Dados epidemiológicos foram coletados através de revisão de prontuários e os isolados foram identificados com a tecnologia do MALDI-TOF® e pelo VITEK-2®. O perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos foi realizado através do sistema automatizado (VITEK-2®). Análises estatísticas descritivas e univariadas foram efetuadas através do programa Epi Info v 3.5.1. Foram identificados 242 casos de ICS, com um total de 255 isolados de enterobactérias, sendo Escherichia coli (43,9%) e Klebsiella pneumoniae (34,1%) as mais frequentes. A letalidade foi de 40,9%, com K. pneumoniae e Proteus mirabilis apresentando os perfis de sensibilidade menos suscetíveis. Infecções relacionadas à assistência à saúde, uso prévio de antibióticos, colonização por Gram negativos resistentes aos carbapenêmicos e infecções por K. pneumoniae e P. mirabilis foram FR para ICS por ERC (p<0,05). No grupo de ICS por ERC, idade, qSOFA e SOFA, escore de bacteremia de Pitt≥4 e internação em unidade de terapia intensiva foram FR para o óbito. Diante dos achados, conclui-se que as ICS causadas por ERC apresentam elevada letalidade, sendo a compreensão de sua epidemiologia fundamental para o estabelecimento de melhores estratégias terapêuticas e na adoção de medidas preventivas.

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Prorrogadas as inscrições para o I Prêmio Gonçalo Moniz de Pós-Graduação

Com o objetivo de estimular a produção acadêmica dos estudantes de pós-graduação da Fiocruz Bahia, a Vice-Diretoria de Ensino e Informação (VDEI) da Fiocruz Bahia publica o edital do I Prêmio Gonçalo Moniz de Pós-Graduação. O prazo para inscrição foi prorrogado para o dia 03 de julho.

A honraria será concedida, nos dias 15 e 16 de agosto, em três categorias: para estudantes de Pós-Graduação em Patologia Humana e Patologia Experimental (PgPAT), estudantes do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Medicina Investigativa (PgBSMI) e egressos dos dois programas.

Para concorrer, o mestrando deverá ter mais de 12 meses de curso e, mais de 24 meses, no caso do doutorando. Os egressos podem participar caso tenham defendido suas dissertações ou teses até 1 ano após a defesa. Para se inscrever, é necessário acessar o hotsite do prêmio, preenchendo seus dados pessoais e submetendo um resumo expandido do trabalho.

Os premiados representarão a Fiocruz Bahia no XIII Encontro dos Programas de Pós-Graduação, nas Áreas de Medicina I, II e III da Capes, que será realizado entre os dias 18 a 20 de setembro, em Salvador. Na ocasião, também será realizada uma homenagem ao Prof. Gonçalo Moniz, médico, pesquisador, falecido em 1939, aos 69 anos, e um dos fundadores do Instituto de Saúde Pública, que originou a Fundação Gonçalo Moniz, hoje a Fiocruz Bahia.

 

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Fiocruz Bahia abre inscrições para estágio não obrigatório

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) abre, nesta sexta-feira, dia 24 de maio, as inscrições para a seleção de estagiários para fins de estágio não obrigatório. Na Bahia, estão sendo ofertadas seis vagas, tanto para nível médio como nível superior. Os candidatos têm até o dia 09 de junho para se inscrever na página do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE).

O estagiário deve ter disponibilidade que variam entre 20 a 30 horas semanais e receberá bolsa no valor de 203,00 a 520,00 reais mais auxílio transporte. Os requisitos para seleção e outras informações estão disponíveis no edital e seus anexos. A inscrição é gratuita.

Clique aqui e acesse o Edital 2019.2
Clique aqui e acesse os anexos.

Vagas disponíveis na Bahia:

 

VAGA PARA O NÍVEL MÉDIO/TÉCNICO A PARTIR DO 1º SEMESTRE

 

FORMAÇÃO QNT DE VAGAS PERFIL VALOR DA BOLSA MENSAL (R$) AUXÍLIO TRANSPORTE MENSAL (R$) CARGA HORÁRIA DIÁRIA
Técnico em Refrigeração 01 vaga (1º ao 4º semestre)
Ampla Concorrência.
203,00 132,00 4h

 

VAGAS PARA O NÍVEL SUPERIOR A PARTIR DO 2º SEMESTRE

 

FORMAÇÃO QNT DE VAGAS PERFIL VALOR DA BOLSA MENSAL (R$) AUXÍLIO TRANSPORTE MENSAL

(R$)

CARGA HORÁRIA DIÁRIA
Administração ou Economia 01 vaga (3º ao 6º semestre)
Ampla Concorrência.
520,00 132,00 6h
Administração ou Gestão de Pessoas 01 vaga (2º ao 3º semestre -Tecnólogo / 3º ao 7º semestre -Bacharelado)

Vaga para negros.

520,00 132,00 6h
Engenharia Civil 01 vaga (4º ao 8º semestre)

Ampla Concorrência.

364,00 132,00 4h
Engenharia Elétrica 01 vaga (6º ao 9º semestre)

Ampla Concorrência.

364,00 132,00 4h
Sistemas de informação, Ciência da Computação, Engenharia da Computação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas ou Sistemas para Internet. 01 vaga  (2º ao 3º – semestre Tecnólogo / 3º ao 7º semestre – Bacharelado)

Vaga para negros.

520,00 132,00 6h

 

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Dissertação investiga a biocompatibilidade da fibroína de seda em lesão cardíaca

AUTORIA:Pedro Brito Borba
ORIENTAÇÃO: Fábio Rocha Formiga
TÍTULO DA TESE: “Síntese, caracterização e avaliação da biocompatibilidade de um hidrogel de fibroína para a regeneração cardíaca”.
PROGRAMA: Pós-Graduação em Patologia Humana (UFBA/Fiocruz)
DATA DE DEFESA: 29/05/2019

RESUMO

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Dentre as patologias do grupo, o infarto agudo do miocárdio (IAM), caracterizado pela extrema perda de cardiomiócitos e consequente remodelamento negativo, é a manifestação clínica mais prevalente. Intervenções terapêuticas convencionais são capazes de amenizar os sintomas, mas não resultam na regeneração do tecido e, consequentemente, no restabelecimento da função cardíaca. Para alguns pacientes a única alternativa é o transplante, porém há limitações no número de doadores e compatibilidade. Neste sentido, novas estratégias vêm sendo investigadas com o intuito de regenerar o miocárdio lesionado, incluindo a terapia gênica, a terapia celular e a utilização de biomateriais. Esta última abordagem exerce um papel crucial na administração de células-tronco diante da necessidade de uma plataforma física e de um microambiente que permita a viabilidade e diferenciação celular no tecido cardíaco. Portanto, o desenvolvimento de matrizes poliméricas 3D (scaffold) que mimetizem a matriz extracelular e permitam a ancoragem de células representa uma importante abordagem no contexto do potencial translacional da terapia celular no IAM. O presente trabalho fundamenta-se no desenvolvimento de uma matriz à base de fibroína de seda como plataforma para administração de células-tronco no miocárdio infartado. Matrizes na forma de hidrogel injetável foram preparadas pelo método de crosslink químico através de um solvente orgânico (metanol). Os hidrogéis foram submetidos à caracterização físico-química, morfologia, ensaios de citocompatibilidade in vitro e retenção celular em um modelo farmacológico de infarto agudo em camundongos. Após sintetizados e secos os hidrogéis apresentaram a capacidade de absorver água. A análise por espectroscopia de infravermelho transformada de Fourier (FTIR) indicou a mudança conformacional protéica, comprovando a gelificação do material. Não houve variação significativa no pH do hidrogel nas temperaturas de armazenamento avaliadas (4°C e 37°C). A análise morfológica por microscopia eletrônica de varredura (MEV) indicou um arranjo tridimensional com poros, o que demonstra a arquitetura porosa na forma de scaffold. Este padrão espacial permitiu a adesão de fibroblastos L929, cardiomiócitos H9c2, células-tronco mesenquimais (CTM) e células progenitoras cardíacas induzidas (CPCi) na matrix de fibroína. Estas células também apresentaram-se viáveis e proliferativas quando cultivadas em substrato plástico revestido com o hidrogel. Este scaffold foi avaliado quanto a sua capacidade de proporcionar retenção celular em um modelo murino de infarto agudo do miocárdio. Foi possível observar iCPCs no tecido cardíaco 72 horas após sua administração via intramiocárdica guiada por ecografia. No contexto da pesquisa em novos biomateriais para terapia celular, este trabalho demonstra o potencial do hidrogel de fibroína como um sistema de administração capaz de otimizar a retenção de células-tronco no tecido cardíaco.

Palavras-chave: Biomateriais, Fibroína, Hidrogel, Reparo cardíaco, Retenção, Células tronco.

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Inscrições abertas para bolsas Pibic da Fapesb 2019-2020

O Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) da Fiocruz Bahia divulgou o edital para concorrer às bolsas de Iniciação Científica 2019 e 2020 financiadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb). As inscrições e apresentação das propostas, junto com o plano de trabalho e o resumo do projeto de pesquisa do orientador, devem ser entregues até o dia 18 de abril de 2019, tanto para novos bolsistas como também para interessados em renovação.

Clique aqui e acesse o edital.

O Programa Pibic é destinado aos alunos de graduação regularmente matriculados em instituições de ensino superior no Estado da Bahia, que será orientado por um pesquisador qualificado, busca despertar a vocação científica dos estudantes e incentivar talentos em potencial.

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Sequenciamento em tempo real de arbovirus é avaliado em doutorado

AUTORIA: Jaqueline Goes de Jesus
ORIENTAÇÃO: Luiz Carlos Junior Alcantara
TÍTULO DA TESE: “SEQUENCIAMENTO EM TEMPO REAL E ANÁLISE MOLECULAR DE GENOMAS COMPLETOS DE ARBOVÍRUS EMERGENTES E RE-EMERGENTES NO BRASIL” 
PROGRAMA: Pós-Graduação em Patologia Humana (UFBA /FIOCRUZ)
DATA DE DEFESA: 26/02/2019

RESUMO

O risco da alta incidência do vírus da Zika (ZIKV), associado à ocorrência de microcefalia em bebês e do vírus da febre Chinkungunya (CHIKV), associado à síndrome de Guillain-Barré, cuja sintomatologia é grave e incapacitante por longos períodos, preocupa os setores de saúde pública. Em adição ao cenário causado pela emergência do CHIKV e ZIKV, o Brasil experimentou um surto excepcional, causado pelo vírus da febre amarela (YFV) entre o final de 2016 e meados de 2017. No contexto nacional, sabe-se que há co-circulação desses arbovírus que são transmitidos principalmente pelas mesmas espécies de mosquitos, nas regiões urbanizadas, amplamente distribuídos em regiões tropicais e sub-tropicais. Em regiões das Américas, como no Brasil, onde a epidemia causada pelo ZIKV é concorrente às causadas por CHIKV, a rápida identificação do vírus e o conhecimento do genoma tornou-se crucial, para o monitoramento da diversidade viral e para compreensão da origem, dos eventos de introdução e da dispersão viral, bem como a identificação de cepas ou genótipos com maior potencial epidêmico. Aliando as técnicas de sequenciamento em tempo real, com um sequenciador portátil baseado em nanoporos, com as análises de bioinformáticas (utilizando modelos epidemiologicos e filodinâmicos), foi possível gerar um número substancial de novos genomas dos arbovírus ZIKV, YFV e CHIKV. Neste trabalho, demonstramos que a epidemia de ZIKV nas Américas se originou de uma única linhagem viral derivada do genótipo Asiático e evidências de que o Nordeste do Brasil desempenhou um papel central no estabelecimento e disseminação nas Américas. Além disso, achados relacionados à epidemia de YFV, demonstram que a maioria dos casos humanos (98,5%) foi relatada em municípios com cobertura de vacinação para YFV acima do limiar, indicando que a infecção se deu através de indivíduos que residem ou trabalham em áreas florestais onde ocorre a transmissão silvestre. Aqui, foram ainda gerados novos genomas completos do CHIKV isolados de diferentes compartimentos celulares (sangue, saliva e urina). Os genomas pertecem ao genótipo ECSA, indicando a persistência da circulação dentro da população de Feira de Santana (FSA). Estas análises dão suporte às autoridades em saúde pública nas medidas de prevenção em áreas com alto risco de introdução ou incidência prevista, corroborando com a necessidade do estabelecimento de uma rede conjunta de laboratórios e pesquisadores para o fornecimento de rápidas respostas ao surgimento de epidemias, para seu manejo. Neste trabalho apresentamos ainda, otimizações dos protocolos utilizados para amplificação dos genomas virais, além da utilização do sequenciamento baseado em nanoporos para estudos diretamente do RNA.

Palavras-chave: ZIKV, CHIKV, YFV, epidemia, vigilância genômica, saúde pública, MinIon.

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Dissertação investiga a epidemiologia genômica do vírus chikungunya no estado do Rio de Janeiro

AUTORIA: Joilson Xavier dos Santos Junior
ORIENTAÇÃO: Luiz Carlos Junior Alcantara
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: “AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E GENÔMICA DO VÍRUS CHIKUNGUNYA CIRCULANTE NO RIO DE JANEIRO” 
PROGRAMA: Pós-Graduação em Patologia Humana (UFBA /FIOCRUZ)
DATA DE DEFESA: 25/02/2019

RESUMO

A febre Chikungunya é uma doença autolimitada causada pelo vírus chikungunya (CHIKV), que é transmitido pela picada de mosquitos hematófagos infectados do gênero Aedes. A maioria dos indivíduos infectados apresentam sintomas dentro de 4 a 7 dias, como febre, exantema maculopapular, poliartralgia e mialgia. Os casos de chikungunya no Brasil são registrados desde que o vírus foi identificado pela primeira vez no país em 2014. Em 2018, o Brasil registrou 87.687 casos prováveis da doença, dos quais, 52.966 casos (60,4%) ocorreram apenas na região Sudeste. O estado do Rio de Janeiro experienciou uma grande epidemia causada pelo CHIKV em 2016, 18.516 casos prováveis. A emergência do CHIKV tem levantado preocupação devido à rápida disseminação do vírus em nova áreas geográficas e às características clínicas associadas à infecção. Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi investigar a epidemiologia genômica do vírus chikungunya circulante no estado do Rio de Janeiro. Nós empregamos o método de sequenciamento por nanoporos, que permite a geração de muitos dados em poucas horas. Nós geramos com sucesso 11 sequências genômicas do CHIKV a partir de amostras de soro de pacientes sintomáticos residentes em sua maioria (n=6) no município do Rio de Janeiro. As cinco amostras restantes foram de pacientes residentes em quatro municípios vizinhos. As análises filogenéticas, empregando a abordagem do relógio molecular, revelaram que as cepas circulantes no Rio de Janeiro pertenciam ao genótipo africano ECSA e provavelmente este foi introduzido neste estado por volta de julho de 2014. Isto significa que o vírus circulou despercebidamente por 16 meses antes dos primeiros relatos oficias de transmissão autóctone no estado do Rio de Janeiro. Ambos os dados epidemiológicos e filogenéticos sugerem que as cepas da linhagem ECSA foram introduzidas no Rio de Janeiro a partir dos eventos de dispersão do CHIKV da região Nordeste para outras regiões do Brasil.

Palavras-chave: vírus Chikungunya, Rio de Janeiro, epidemiologia genômica, MinION, sequenciamento.

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