Palestras e homenagens marcam 4ª edição do Prêmio Gonçalo Moniz

A Fiocruz Bahia realizou a 4ª edição do Prêmio Gonçalo Moniz, entre os dias 02 e 04 de agosto, e premiou sete trabalhos nas categorias Mestrado em Andamento, Mestrado Egressos, Doutorado em Andamento, Doutorado Egressos, Divulgação Científica e Sessão de Pôster (mestrado e doutorado), sendo esta última novidade da edição. Clique aqui e confira a lista dos ganhadores.

Natália Machado, pesquisadora da Fiocruz Bahia e integrante da comissão organizadora, conduziu o evento que contou com apresentações dos trabalhos que concorreram ao prêmio; as sessões científicas intituladas “Desenvolvimento tecnológico e inovação na Fiocruz e suas perspectivas”, do vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, e “Preditores das patologias informacionais: infodemia e desinformação em tela”, ministrada pelo professor da UFBA, João Carlos Salles; além da homenagem à pesquisadora titular da Fiocruz Bahia, Aldina Barral.

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, parabenizou a organização do evento e ressaltou a relevância do prêmio. “Nós já temos a jornada de premiação da Iniciação Científica, o Pibic, e Natália Machado nos trouxe a ideia de criar esse prêmio para que a gente pudesse reconhecer também as dissertações e teses em andamento e dos estudantes egressos”, contou. “É muito gratificante assistir aos alunos apresentarem seus projetos e as principais linhas de pesquisa do Instituto. Eles são nossa força motora na instituição”, declarou a Vice-diretora de Ensino, Claudia Brodskyn.

O objetivo da premiação é encorajar e premiar estudantes dos programas de pós-graduação em Patologia Humana e Patologia Experimental (PgPAT – UFBA/Fiocruz Bahia), em Biotecnologia e Medicina Investigativa (PgBSMI) e em Pesquisa Clínica e Translacional (PPgPCT).

Desenvolvimento tecnológico e Inovação na Fiocruz

Um dos destaques da programação foi a palestra ministrada por Marco Krieger, que abordou o tema do desenvolvimento tecnológico e inovação na Fiocruz. Na apresentação, mediada por Marilda Gonçalves, o vice-presidente da Fundação abordou os esforços que a instituição tem feito na área nos últimos anos e as ações que estão sendo conduzidas.

“Inovação é uma parte importantíssima da tradição da Fiocruz nesses 123 anos de história. A Fundação foi criada para enfrentar emergências sanitárias e o maior objetivo foi inicialmente promover a produção local do soro antipestoso, mas também de levar à sociedade a melhor ciência para que ela pudesse se proteger da grave crise sanitária que acontecia naquele momento”, afirmou.

Krieger destacou o ecossistema de inovação da Fiocruz, que vai desde a pesquisa básica, passando pelo desenvolvimento tecnológico, ensaios pré-clínicos e clínicos, scale-up e a produção. “A gente tem essas atividades e temos sempre que tentar articular e melhorar a efetividade desse ecossistema complexo”, pontuou. Na apresentação, foram mencionadas diversas iniciativas como publicação de editais, através do INOVA Fiocruz, lançamentos de programas, além de novas parcerias com instituições de pesquisa nacionais e estrangeiras.

Homenagem

As pesquisadoras Viviane Boaventura e Valéria Borges conduziram a homenagem dedicada à pesquisadora Aldina Barral, que contou com a presença de colegas, ex-alunos, amigos e familiares da cientista. “Foi uma homenagem muito especial, porque relembramos coisas que a gente viveu aqui durante muito tempo. Acho que o maior exemplo que posso dar de tudo isso é de coragem, temos que ter muita coragem para enfrentar tudo, não só na ciência. E é importante valorizar as mulheres, pois nós somos o futuro”, comentou a pesquisadora. 

Aldina Maria Prado Barral nasceu no Piauí, é médica formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com Doutorado em Patologia Humana pela mesma instituição, e tem uma marcante trajetória científica na área de parasitologia, com ênfase em protozoologia parasitária humana. Em sua trajetória, contribuiu de forma significativa para o estudo da leishmaniose humana e para formação de mestres e doutores que hoje atuam em instituições nacionais e internacionais de ensino e pesquisa.

Recebeu prêmios como o World Scientists Forum International Awards-Science & Medicine, em 2003; o Prêmio Cláudia, na categoria de Ciências, em 2008; foi nomeada comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2010; e recebeu o Prêmio Scopus Brasil, promovido pela Editora Elsevier e pela Capes, em 2010. Em 2022, foi agraciada com o Prêmio SBI Women in Science, da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI).

É membro titular da Academia Brasileira de Ciências, eleita em 2005, e em 2011 tornou-se também membro titular da Academia de Ciências da Bahia. Em 2020, a professora foi incluída em um ranking mundial de cientistas elaborado pelo Journal Plos Biology, que destacou os 100 mil cientistas mais influentes do mundo. Eleita pelos critérios de impacto da carreira e impacto do pesquisador em um único ano, Aldina Barral esteve entre os 600 cientistas brasileiros que integraram a lista. Em 2023, foi novamente classificada no ranking mundial dos os 100 mil cientistas mais influentes do mundo, pelo portal Research.com, conquistando o 8º lugar na área de Imunologia.

twitterFacebookmail
[print-me]

Pesquisadores da Fiocruz Bahia estão em ranking dos 100 mil mais influentes do mundo

Novo levantamento internacional realizado pelo portal Research.com selecionou 39 pesquisadores da Fiocruz, sendo oito da Fiocruz Bahia, por sua produção científica em seis áreas do conhecimento. O ranking, divulgado anualmente, destaca os 100 mil cientistas mais influentes do mundo.

A seleção é baseada em uma variedade de fatores que incluem como indicadores o número de artigos publicados, as citações e o impacto para a ciência e, no caso da Fundação, para a saúde global. Os pesquisadores destacados pelo ranking são líderes em suas áreas de pesquisa e trazem contribuições significativas em 20 áreas do conhecimento. Os dados sobre publicações e citações de 166.880 cientistas foram analisados para a produção dos rankings. As informações foram obtidas principalmente nas bases de dados OpenAlex e CrossRef.

Na classificação entre cientistas brasileiros, quatro pesquisadores da Fiocruz Bahia ficaram entre os dez primeiros do ranking, em duas categorias: na área de Ciências Humanas e Sociais, o coordenador do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) Maurício Lima Barreto conquistou o 3º lugar, e, na área de Imunologia, Edgar Carvalho, Aldina Barral e Manoel Barral-Netto ficaram em 4º, 8º e 9º lugar, respectivamente. 

Barreto e Carvalho também foram citados na categoria Medicina. As pesquisadoras Milena Botelho Pereira Soares e Claudia Brodskyn também estão na lista de Imunologia. Os pesquisadores Mitermayer Galvão dos Reis e Bruno de Bezerril Andrade foram mencionados na área de Microbiologia.    

O portal traz ainda rankings das melhores universidades (do mundo e de cada país), das melhores revistas científicas (por área do conhecimento) e das melhores conferências científicas (por área do conhecimento). Todas as listas podem ser consultadas no site do Research.com.  

Com informações da Agência Fiocruz de Notícias.

twitterFacebookmail
[print-me]

4ª edição do Prêmio Gonçalo Moniz será realizada de 02 a 04 de agosto e terá a pesquisadora Aldina Barral como homenageada

Com o objetivo de encorajar e premiar estudantes dos Programas de Pós-Graduação do IGM em diversas áreas da pesquisa, o Prêmio Gonçalo Moniz chega a sua 4ª edição, reunindo e integrando a comunidade científica da Fiocruz Bahia. Neste ano, a programação será realizada entre os dias 02 e 04 de agosto, presencialmente. Durante dois dias, os participantes selecionados poderão apresentar os seus trabalhos nas seguintes categorias: Mestrado Andamento, Mestrado Egressos, Doutorado Andamento e Doutorado Egressos. A programação também conta com a participação do vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, ministrando a palestra ‘Desenvolvimento Tecnológico e Inovação na Fiocruz e suas perspectivas’, no dia 03 de agosto, quinta-feira, às 14h. 

Homenagear membros da comunidade científica do IGM que contribuíram de forma relevante e deixaram sua marca na história e construção do instituto também está entre os principais objetivos do Prêmio. Por isso, esta edição é dedicada à pesquisadora titular da Fiocruz Bahia, Aldina Barral. A homenageada é médica formada pela Universidade Federal da Bahia, com Doutorado em Patologia Humana pela Universidade Federal da Bahia e tem uma marcante trajetória científica. 

Durante a sua carreira, Drª Aldina recebeu prêmios como o World Scientists Forum International Awards-Science & Medicine, em 2003; o Prêmio Cláudia, na categoria de Ciências, em 2008; foi nomeada comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2010; e recebeu o Prêmio Scopus Brasil, promovido pela Editora Elsevier e pela Capes, em 2010. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências, eleita em 2005, e em 2011 tornou-se também membro titular da Academia de Ciências da Bahia. Em 2022, foi agraciada com o Prêmio SBI Women in Science, da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI). 

Em 2020, a professora foi incluída em um ranking mundial de cientistas elaborado pelo Journal Plos Biology, que destacou os 100 mil cientistas mais influentes do mundo. Eleita pelos critérios de impacto da carreira e impacto do pesquisador em um único ano, Aldina Barral esteve entre os 600 cientistas brasileiros que integraram a lista.

Confira a programação completa:

Saiba mais sobre a 4ª edição do Prêmio Gonçalo Moniz, clicando aqui. 

twitterFacebookmail
[print-me]

Núcleo de Estudos em Saúde Indígena realiza ações em Santa Cruz Cabrália, no sul da Bahia

Durante os dias 17 e 22 de julho, foi realizada uma série de atividades provenientes da etapa inicial do “Estudo multicêntrico de doenças infecciosas na população indígena”, em diversas comunidades pertencentes ao território indígena Pataxó, localizadas no município de Santa Cruz Cabrália, na região Sul da Bahia. O estudo é desenvolvido pelo Núcleo de Estudos em Saúde Indígena (NESI), coordenado pela pesquisadora da Fiocruz Bahia, Isadora Siqueira, contando com um corpo de pesquisadores da Fiocruz Bahia, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e Universidade Federal Grande Dourados (UFGD). Para o desenvolvimento do NESI, a unidade tem o apoio do Distrito Sanitário Indígena da Bahia (DSEI-BA) e do Mato Grosso do Sul (DSEI-MS).

Durante as atividades, foi realizada uma entrevista inicial com os participantes indígenas e a coleta das amostras biológicas para análise, com o objetivo de identificar a soroprevalência de doenças como a dengue, zika e chikungunya, além da sífilis e a doença de Chagas. No total, foram coletadas as amostras de 560 pessoas, moradoras das comunidades de Coroa Vermelha, Nova Coroa, Itapororoca, Aroeira, Novos Guerreiros, Aratikum, Mata Medonha e Txhi Kamaiwrá.

Para Isadora Siqueira, o projeto é um importante passo para a obtenção e mapeamento de dados que permitam o desenvolvimento de políticas de prevenção e controle destas doenças entre os povos originários. “É de extrema relevância a Fiocruz Bahia liderar um projeto que irá contribuir com a construção de um conhecimento tão importante para a saúde pública, permitindo a possibilidade de uma devolutiva e melhoramento da saúde da população local, que costuma ser negligenciada pela falta de conhecimento sobre a incidência de doenças”, destacou.

O coordenador do Programa de Pesquisa Translacional em Doenças de Chagas – Fio-Chagas, Fred Luciano Santos Neves, que é um dos pesquisadores da Fiocruz Bahia envolvidos no projeto e esteve presente nas ações realizadas no município de Santa Cruz Cabrália, reforça o pioneirismo da avaliação da presença da Doença de Chagas nos povos originários presentes no estado da Bahia, especialmente em um cenário nacional onde há uma escassez do mapeamento de um alto contingente de pacientes indígenas da doença. “Além de identificarmos os indivíduos com a doença durante o estudo, nós iremos inserir essas pessoas nas linhas de cuidado disponíveis no SUS, através da atenção primária do município, fazendo um acompanhamento do processo de tratamento destes pacientes”, completou.

Para a realização da coleta de sangue, a equipe do NESI pode contar com o apoio de profissionais de saúde locais, como a Exna Pataxó, índigena da etnia Pataxó Hã-Hã-Hãe e enfermeira da Unidade Básica de Saúde Indígena de Coroa Vermelha. Para a profissional, a ação é importante e positiva para a comunidade, especialmente pela devolutiva aos participantes sobre o seu estado de saúde. “O estudo tem uma alta adesão e aceitação aqui na comunidade, sendo um divisor de águas na observação do nosso processo de saúde-doença”, afirmou.

A ação contou com o apoio de estudantes e conveniados para o desenvolvimento das atividades, sendo um deles a Larissa Vasconcelos, estudante de doutorado do programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI), que participou pela primeira vez de uma atividade em campo. “Foi uma experiência bastante positiva para mim, especialmente pela importância da ação. Notei que muitas pessoas têm dificuldade de realizar os exames necessários, seja pela situação financeira ou pela falta de conhecimento sobre as doenças”, afirmou. Marcos Vinicius Francisco, conveniado para atividades no Laboratório de Patologia Experimental (LAPEX), descreve as atividades como uma experiência única. “Durante o trabalho, buscamos estabelecer uma relação de confiança e respeito com as comunidades indígenas, compreendendo suas necessidades e ouvindo suas vozes para que o estudo pudesse ser verdadeiramente inclusivo e relevante. Espero que os resultados obtidos possam contribuir para a melhoria da saúde e do bem-estar dessas comunidades, sempre com o devido respeito à sua cultura e tradições milenares”, comentou.

As próximas atividades do estudo incluirão ações realizadas em comunidades do território indígena Tupinambá, na cidade de Ilhéus, no sul da Bahia, nos dias 21 a 26 de agosto de 2023.

twitterFacebookmail
[print-me]

Fiocruz Bahia participa de simpósio sobre tuberculose

O Instituto Gonçalo Moniz (IMG/Fiocruz Bahia) foi uma das instituições participantes do Simpósio REDE-TB Bahia, realizado no dia 17 de julho, no Auditório do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O evento contou com palestras de atualização sobre o tema ministradas por pesquisadores locais que atuam em diferentes áreas, com impacto no manejo, tratamento e vigilância da tuberculose.

Entre os palestrantes estava a pesquisadora da Fiocruz Bahia, Theolis Bessa, que abordou os principais candidatos a novas vacinas para o controle da tuberculose, levando uma atualização na temática já que algumas vacinas conseguiram chegar à fase 3 e estão mais próximas de serem distribuídas para a população, caso demonstrem a eficácia esperada. 

“É de suma importância que seja divulgado para a população o status atual dessas pesquisas e a necessidade de uma nova vacina, para a contribuir com a sua aceitação em ensaios clínicos no nosso país e futura incorporação” explicou a pesquisadora. 

A REDE-TB é uma rede de pesquisadores com foco na tuberculose, e com uma grande tradição de estimular o diálogo horizontal entre a academia, os serviços de assistência à saúde, as instâncias governamentais e a sociedade civil. Pesquisadores desses diferentes setores produzem conhecimento, trocam experiências e realizam treinamentos para fortalecimento da rede.

Anualmente, esses pesquisadores se encontram para discutir suas coordenações nessas diferentes áreas de atuação, em Workshops da REDE-TB, que neste ano ocorreu em Salvador. Pela primeira vez, decidimos realizar um encontro prévio ao Workshop, com atores locais envolvidos na pesquisa, gestão, assistência e ativismo em prol da luta contra a tuberculose, de forma a agregar novos interessados para aproximá-los da REDE-TB.  Este é um dos principais objetivos do Simpósio REDE-TB Bahia. Para estimular essa troca de vivências foram convidados palestrantes que atuam em tuberculose localmente, trazendo atualizações e discussões em temas de grande debate em nível nacional e global.

Sobre a doença

A tuberculose é uma das enfermidades infecciosas que mais matam no mundo, com aproximadamente 30 mil casos e 4,5 mil mortes registradas todos os dias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que um quarto (1/4) da população mundial está infectada com o Bacilo da Tuberculose.

A pandemia pela Covid-19 e a queda da cobertura vacinal são alguns dos fatores que influenciaram para o aumento de casos e óbitos nos últimos anos no Brasil. Na Bahia, o cenário é preocupante e cerca de 400 pessoas morrem de tuberculose todos os anos no estado. A eliminação da doença é uma das metas estipuladas pela OMS aprovada na Assembleia Mundial da Saúde, em 2014, buscando alcançar a meta de menos de 10 casos por 100 mil habitantes até 2035.

twitterFacebookmail
[print-me]

PGPCT divulga resultado final de seleção de bolsista de Pós-Doutorado Capes

A coordenação do Programa de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional (PPgPCT), torna pública a lista com o resultado final dos candidatos aprovados na seleção de bolsista de Pós-Doutorado Capes, referente ao Processo Seletivo da Chamada Pública 03/2023. 

Confira o resultado final aqui.

twitterFacebookmail
[print-me]

Projeto Meninas Baianas na Ciência realiza ação na comunidade indígena de Coroa Vermelha, no Sul da Bahia

Despertar o interesse pela ciência e promover ações que inspirem jovens estudantes do ensino médio a seguirem carreira acadêmica, esses são apenas dois dos objetivos do projeto Meninas Baianas na Ciência, uma iniciativa da Fiocruz Bahia que tem levado atividades de Divulgação Científica para mais perto da população. Na última quarta-feira, (19/07), o projeto desembarcou na comunidade de Coroa Vermelha, território indígena Pataxó, localizado no município de Santa Cruz Cabrália, na região Sul da Bahia. 

O evento, realizado em parceria com o Colégio Estadual Indígena de Coroa Vermelha, reuniu cerca de 60 meninas, além de professores, diretores e demais membros da comunidade escolar. A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, acompanhou toda a programação e falou sobre a importância de promover ações que ampliem a visão das jovens, mostrando que é possível ocupar espaços e contribuir para o avanço da ciência. “Quando eu olho para cada uma de vocês, para as professoras que estão aqui regando cada uma vocês que são sementes, eu vejo a esperança, eu vejo um mundo muito melhor”, afirmou a diretora emocionada. 

Durante o evento, as coordenadoras do projeto, Isadora Siqueira, Natália Machado e Karine Damasceno apresentaram suas trajetórias acadêmicas, compartilhando com as estudantes o caminho que trilharam antes mesmo de entrar numa universidade e o processo desde a escolha da profissão até tornarem-se pesquisadoras da Fiocruz Bahia. A apresentação também contou com a participação da pesquisadora convidada, Soraia Cordeiro, que apresentou o seu histórico profissional e falou sobre a importância de ver a carreira acadêmica e científica como uma oportunidade concreta, que pode e deve ser acessada por  todas. 

Durante o evento, a vice-diretora do Colégio, Verônica  Santos, falou sobre a aproximação entre a Fiocruz Bahia e as escolas, destacando o impacto do projeto para a educação das meninas participantes. “Esse momento cria grande expectativa para nós enquanto escola indígena de oportunizar nossas jovens alunas a conhecerem esse campo de pesquisa tão importante…A gente espera que as nossas alunas possam ampliar o olhar para as conquistas e oportunidades que vem surgindo neste momento”, afirmou. 

A coordenadora estudantil, Siuane Lima, que já visitou os laboratórios e instalações da Fiocruz Bahia junto às meninas participantes do projeto, destacou a importância de promover atividades que facilitem o contato com a pesquisa e a produção de conhecimento científico. “É algo que a gente precisa conhecer e se aprofundar para estar mais perto da ciência”, destacou. 

Empolgada com as possibilidades de construir uma carreira científica, a estudante Txaha Pataxó participou das atividades ofertadas. “Esse é um projeto muito importante para nós mulheres indígenas e representa um avanço”, destacou a jovem. 

A atividade contou ainda com oficinas de pipetagem e visualização de fungos e bactérias no microscópio. Além disso, as meninas puderam participar de uma oficina  sobre o uso de estratégias e ferramentas de comunicação para a Divulgação Científica, ministrada pelos jornalistas da Fiocruz Bahia, Caio Costa e Dalila Brito. 

Visita às lideranças indígenas 

Além da programação proposta pelo projeto Meninas Baianas na Ciência, a diretora Marilda Gonçalves visitou outros pontos da comunidade e conversou com as lideranças indígenas. Marilda esteve no posto de saúde da comunidade, onde conversou com enfermeiras e demais profissionais sobre os avanços e desafios para a saúde e melhoria da qualidade de vida desta população. A diretora também esteve com o cacique Louro Pataxó, importante líder do território. 

“A gente só tem a agradecer à Fiocruz por esse trabalho na nossa comunidade. Eu sei que isso, com certeza, terá um resultado”, afirmou o cacique que falou sobre as dificuldades enfrentadas pelas aldeias da região, especialmente em questões referentes ao atendimento de saúde. O líder falou ainda da importância de fortalecer a educação no território, utilizando a escola como importante ferramenta na preservação das tradições e garantia de avanços para toda a comunidade. “Nós cuidamos das nossas crianças, cuidamos dos nossos mais velhos. A criança é o futuro, o amanhã. E os mais velhos são como um livro  da nossa comunidade”, afirmou. 

Com 523 anos de resistência, a aldeia Coroa Vermelha está entre as mais antigas do país. O local abriga 1.200 famílias e mais de 5 mil indígenas que trabalham para a preservação da natureza, da língua patxohã e dos ensinamentos ancestrais, sem perder de vista a importância dos avanços e da garantia de direitos para toda a comunidade. 

twitterFacebookmail
[print-me]

PGPCT divulga lista de aprovados para bolsista de Pós-Doutorado Capes

A coordenação do Programa de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional (PPgPCT), torna pública a lista de candidatos aprovados na seleção de bolsista de Pós-Doutorado Capes, referente ao Processo Seletivo da Chamada Pública 03/2023. 

Confira a lista de convocados aqui.

twitterFacebookmail
[print-me]

Abertas as inscrições para estágio na Fiocruz Bahia

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em conjunto com o Centro de Integração Empresa Escola – CIEE, publicou o novo edital para recrutamento e seleção de estagiários(as) e formação de cadastro reserva para fins de estágio não obrigatório. As inscrições e uploads dos arquivos serão recebidas somente via internet, pelo site: www.ciee.org.br, no período de 17/07/2023 até às 12h00m (horário de Brasília) do dia 17/08/2023, incluindo sábados, domingos e feriados. Não serão aceitas outras formas de inscrições. 

Clique aqui para consultar o edital.

Para a Fiocruz Bahia, em Salvador, estão sendo oferecidas vagas para nível superior, nas seguintes perfis:

  1. Administração, Secretariado ou Sociologia;
  2. Administração, Gestão de Projetos, Gestão da Inovação, Gestão Pública ou Gestão de Processos Gerenciais (Bacharel ou Tecnólogo);
  3. Análise de Sistemas, Ciências da Computação, Engenharia de Software ou Tecnólogo em Redes de Computadores:
  4. Jornalismo;
  5. Comunicação Social ou Relações Públicas;
  6. Engenharia Civil ou Elétrica.

O resultado da seleção será publicado dia 25/09/2023 nos sites da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas www.cogepe.fiocruz.br e do agente integrador https://pp.ciee.org.br/vitrine/processos-seletivos/publico

twitterFacebookmail
[print-me]

PGPCT divulga homologação das inscrições para bolsista de Pós-Doutorado

A coordenação do Programa de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional (PPgPCT)  divulga as inscrições homologadas do processo para seleção de bolsista de Pós-Doutorado CAPES 2023.

Os recursos referentes à homologação das inscrições deverão ser encaminhados para o e-mail (pgpct@fiocruz.br), no prazo de um dia útil a partir da data de divulgação do resultado do processo seletivo. O recurso será julgado e a resposta será disponibilizada ao candidato no prazo estabelecido no cronograma. 

Confira a lista aqui.

twitterFacebookmail
[print-me]

Fiocruz Bahia realiza segunda edição do curso ‘Técnicas de teatro aplicadas à apresentação de seminários, aulas e concursos acadêmicos’

A segunda edição do curso ‘Técnicas de teatro aplicadas à apresentação de seminários, aulas e concursos acadêmicos’ foi marcada pelo clima de descontração e descobertas. Realizada entre os dias 03 e 05 de julho, a ação foi promovida pela Vice-Diretoria de Ensino e Informação da Fiocruz Bahia e pelo Serviço de Gestão de Trabalho por meio do projeto de capacitação de servidores em atividade de pesquisa, e destinada a estudantes dos programas de Pós-graduação em Patologia Humana (PPGPAT) e em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PPPGSMI), Iniciação Científica e PROFORTEC, além de pesquisadores, pós-doutorandos, servidores e toda a comunidade interna. Participaram ainda estudantes dos Programas de Pós-Graduação da Universidade Federal da Bahia em Ciências Sociais (PPGCS), em Farmácia (PPGFAR) e em Ciência Animal nos Trópicos (PPGCAT). 

Com aulas teóricas e práticas, o curso abordou técnicas de relaxamento/aquecimento, postura, voz, presença, relação e proficiência. Além de técnicas para preparação de apresentações de dissertações, teses, apresentações em congressos e concursos. A iniciativa tem como principal objetivo preparar o aluno e melhorar a sua desenvoltura em público, aumentando sua capacidade de transmitir os conteúdos estudados. 

O curso foi ministrado pelo pesquisador da Fiocruz Minas Gerais, Rodrigo Soares, que falou sobre esta segunda edição. “Esse foi um grupo extremamente coeso e participativo. Foi emocionante ver no olhar dos alunos cada descoberta sobre como as técnicas de teatro poderiam auxiliá-los na perda do medo de falar em público e também na criação de propostas de apresentações interessantes e humanizadas. A Fiocruz Bahia novamente sai na vanguarda com sua capacidade inovadora. Agradeço ao Instituto Gonçalo Moniz, da Fiocruz Bahia, pelo acolhimento e pelo reconhecimento ao curso de técnicas de teatro, que é estratégico para a pós-graduação brasileira”, afirmou. 

A vice-diretora de Ensino e Informação, Claudia Ida Brodskyn, descreveu a atividade como uma ação inovadora que contribui para a interação entre os membros da comunidade interna. “Para mim foi um aprendizado com a possibilidade de realizar melhores apresentações e mantendo a calma, com um equilíbrio entre a formalidade e a descontração. Além disso, foi muito divertido com uma interação entre todos muito agradável e prazerosa, e a chance de conhecer melhor as pessoas aqui do IGM”, destacou. 

Para Camila Almeida, pós-doutoranda da Fiocruz, o curso foi uma oportunidade de aprendizado em um modelo ainda pouco explorado. “Pra mim foi muito importante saber que o mercado anseia por novidades, que pessoas com ideias inovadoras têm espaço. Nós viemos de uma formação muito engessada e isso faz parecer que é o único caminho. Esse curso foi um divisor de águas na minha vida”, enfatizou. 

Raissa Vieira, estudante de mestrado do PGPAT,  também falou sobre a experiência e destacou a sua satisfação com o conteúdo compartilhado por Rodrigo Soares. “O curso foi enriquecedor tanto para a minha vida profissional, quanto para  pessoal. Gostaria que todos tivessem a oportunidade de participar. Minha eterna gratidão por esses três dias”, afirmou. 

Vitor Pina, estudante do Programa PPGCAT, da Universidade Federal da Bahia, também elogiou o curso e o professor na condução das técnicas. “Que curso maravilhoso! Foram três tardes sensacionais em que aprendemos técnicas essenciais para apresentações e concursos”, afirmou o aluno que também demonstrou interesse em edições futuras. 

twitterFacebookmail
[print-me]

Pesquisadores da Fiocruz Bahia, Maurício Barreto e Edgar Carvalho, recebem honraria por importantes contribuições à ciência

Os pesquisadores da Fiocruz Bahia, Maurício Barreto e Edgar Carvalho, receberam nesta quarta-feira (12/07) a Medalha Nacional de Mérito Científico. Criada em 1993, a honraria é concedida pela Ordem Nacional do Mérito Científico como forma de reconhecimento a profissionais com importantes contribuições à Ciência. A cerimônia foi realizada no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que entregaram as honrarias.

Maurício Barreto é médico graduado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com mestrado em Saúde Comunitária pela mesma instituição e Ph.D. em Epidemiologia pela University of London. Desde 2014 é pesquisador da Fiocruz Bahia.  Sua pesquisa abrange uma gama de diferentes tópicos, explorando questões relacionadas aos determinantes sociais e ambientais da saúde, desigualdades em saúde, impacto de intervenções sociais e integração do conhecimento social e biológico para explicações causais na saúde. Fundou e coordena, desde 2016, o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), focado no uso e reuso de grandes bases de dados para pesquisa. Entre os projetos do Cidacs destaca-se a Coorte de 100 milhões de Brasileiros, que tem por foco avaliar efeitos de diferentes programas de proteção social na saúde. Em 2023, o Cidacs recebeu o prêmio “The Information and Data Distribution Award 2023 “ da Federação Mundial de Associações de Saúde Pública (WFPHA) pelo trabalho no uso de dados e pela produção de conhecimento em contextos adversos como a pandemia de Covid-19. A honraria foi entregue a Mauricio Barreto durante o 17º Congresso Mundial de Saúde Pública, realizado na Itália, com a presença de pesquisadores, gestores e profissionais de saúde de todo o mundo.

Edgar Marcelino de Carvalho é graduado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), fez especialização em Reumatologia e Imunologia pela University of Virginia (EUA), mestrado e doutorado em Medicina e Saúde pela UFBA e pós-doutorado em Imunologia no Weill Cornell Medical College (EUA). É pesquisador da Fiocruz Bahia e do Serviço de Imunologia do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos e Professor Titular aposentado da UFBA e da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. É também Professor Adjunto do Weill Cornell Medical College (EUA) e Professor Adjunto da University of Iowa (EUA). 

Além dos pesquisadores da Fiocruz Bahia, também foram condecorados a sanitarista e diretora da Fiocruz Amazônia, Adele Benzaken, e o infectologista Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda. Em 2021, os dois cientistas tiveram as suas medalhas revogadas e, em protesto, outros 21 cientistas que seriam agraciados com a medalha assinaram uma carta renunciando à homenagem.

twitterFacebookmail
[print-me]

Pesquisadores da Fiocruz Bahia recebem Medalha Nacional do Mérito Científico

Os pesquisadores da Fiocruz Bahia, Maurício Barreto e Edgar Carvalho foram condecorados com a Medalha Nacional do Mérito Científico nesta quarta-feira, 12/07, durante uma cerimônia realizada no Palácio do Planalto. As medalhas foram entregues pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

Durante seu pronunciamento, o presidente da República destacou a importância da Ciência para o desenvolvimento e o futuro do país. “Somos uma nação muito grande, temos desafios demais e não podemos nunca acreditar que teremos alguma chance de futuro sem a Ciência e os cientistas. Foi por meio da Ciência que conseguimos os nossos maiores feitos, que transcendem a academia e os laboratórios e se fazem presentes na saúde, na indústria, no campo e no dia a dia de cada pessoa desse país”, afirmou. 

Lula lembrou ainda o papel desempenhado pelos institutos de pesquisa brasileiros no combate à pandemia de Covid-19. “Se não fossem os nossos institutos de pesquisas, se não tivéssemos uma Fiocruz ou um Butantan, a pandemia de Covid-19 teria sido ainda mais severa com as vidas de nossa população. A verdade é que a Ciência é aliada da vida e do desenvolvimento e é nesse momento histórico que ela se faz mais necessária para o futuro do Brasil”, ressaltou.   

A solenidade marcou, ainda, a retomada do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), órgão de assessoramento da Presidência que teve a última reunião realizada em agosto de 2018, além da assinatura do decreto que convocou a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, prevista para o primeiro semestre de 2024. 

Criada em 1993, a Ordem Nacional do Mérito Científico presta uma homenagem a profissionais com importantes contribuições para a Ciência, Tecnologia e Inovação.

*Com informações do Cidacs / Fiocruz Bahia

twitterFacebookmail
[print-me]

Fiocruz Bahia disponibiliza bens para doação a órgãos públicos

Em cumprimento ao Decreto 9.373/2018, alterado pelo Decreto 10.340/2020, a Fiocruz Bahia comunica que está colocando à disposição bens diversos classificados como inservíveis, na situação de irrecuperável. 

Os interessados deverão entrar em contato com a Seção de Patrimônio, pelo telefone (71) 3176-2222 ou e-mail olivia.reis@fiocruz.br, e tratar com Olivia Reis e Denilson Reis. Caberá aos interessados a retirada e transporte dos bens.

Clique aqui para acessar a lista de bens. 

twitterFacebookmail
[print-me]

Prorrogado prazo para a seleção de aluno especial do PGPAT

A Coordenação do Programa de Pós-graduação em Patologia Humana e Experimental (PgPAT), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Ampla Associação com a Fiocruz Bahia, divulga a prorrogação do prazo para a seleção de aluno especial, no semestre 2023.2, até o dia 10 de julho, às 13h59. 

Confira o edital

twitterFacebookmail
[print-me]

Em defesa da ciência, Fiocruz Bahia participa do desfile cívico do 2 de julho

A Fiocruz Bahia marcou presença no desfile cívico em homenagem à Independência da Bahia, realizado neste domingo (02/07). Vestindo a camisa do 2 de Julho pela Ciência, movimento promovido pela Academia de Ciências da Bahia, pesquisadores, alunos, colaboradores e demais membros da comunidade participaram do cortejo entre o Largo da Lapinha e a Praça do Campo Grande. A caminhada também contou com a presença da coordenadora nacional da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente, Cristina Araripe

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, participou do cortejo e falou sobre a importância de aproximar a ciência da população, especialmente neste dia de reverência aos heróis e heroínas na independência. “Nós estamos celebrando o bicentenário da Independência do Brasil na Bahia e é importante que a comunidade científica também esteja nas ruas para festejar as conquistas, mas também para nos unir em defesa da ciência. Esse é um dia importante para que possamos nos fortalecer para que juntos possamos superar os desafios que ainda temos pela frente”, afirmou. 

A pesquisadora da Fiocruz Bahia, Viviane Boaventura falou sobre a importância de aproveitar a data para relembrar a participação das mulheres e grupos historicamente invisibilizados nas lutas pela independência. “Participar do cortejo em comemoração ao 2 de julho tem um significado muito especial. Trata-se de um momento de resgate à memória da independência do Brasil iniciada na Bahia, feita pelo povo e representada pela cabocla e caboclo, com participação feminina, de negros e trabalhadores pobres. Representa o resgate das suas reivindicações, especialmente por melhoria nas condições de vida. Esses anseios são compartilhados pela Ciência que entende a sua importância para que haja pleno desenvolvimento do país”, afirmou.

Mesa de debate sobre a “A visão popular de Independência no 2 de Julho” finaliza a programação do  “Dois de Julho pela Ciência”

Na terça-feira (04/07), foi realizado o debate “A visão popular de Independência no 2 de Julho”, no Espaço Cultural 2 de Julho, na Reitoria do Instituto Federal da Bahia (IFBA). Marcando o encerramento das atividades promovidas pela Academia de Ciências da Bahia (ACB) para o “Dois de Julho pela Ciência”, a mesa redonda teve a participação de Sérgio Guerra, doutor em História Social pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e professor Adjunto da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), o Hendrik Kraay, doutor em História pela University of Texas at Austin e professor da University of Calgary e a Wlamyra Albuquerque, doutora em História Social pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e professora da UFBA. O debate foi moderado por João José Reis, doutor em História pela Universidade de Minnesota e professor da UFBA.

Abrindo a mesa, Manoel Barral, presidente da ACB e pesquisador da Fiocruz Bahia, falou sobre a necessidade de ações que promovam a importância da liderança feminina, não somente no contexto da discussão histórica sobre o 2 de julho, mas também no cenário atual. “Houve avanços, mas ainda existe a necessidade de ir além do diagnóstico das falhas, no que tange a falta de representatividade feminina em posições de liderança na ciência, planejando ações concretas com um prazo razoável para solução do problema”, sinalizou. Esteve presente também a Luiza Mota, reitora do IFBA, que reforçou, em sua fala, a importância de discussões sobre o bicentenário da independência que reflitam sobre os avanços das políticas públicas do ensino público brasileiro e o enfrentamento dos desafios atuais.

Durante o debate, ganhou destaque a discussão sobre a importância do reconhecimento das lutas contra as tropas portuguesas na Bahia para a independência do Brasil, assim como o trabalho de resgate da história de figuras emblemáticas durante este processo, especialmente figuras femininas e negras. “É importante a movimentação pela conscientização popular de que os eventos ocorridos em 7 de setembro de 1822 não foram um cessar dos confrontos contra tentativas de avanço das tropas portuguesas em diversas regiões do Brasil. Assim como ocorreu na Bahia, houve uma alta adesão de mulheres, pessoas escravizadas, negros e pobres livres nos processos de luta pela independência em conflitos pelo terrítorio nacional, diferente da narrativa disseminada sobre a data de 7 de setembro, que erroneamente faz parecer que a independência brasileira foi um resultado baseado unicamente em decisões feitas por gabinetes políticos”, argumentou Sérgio Guerra durante sua fala.

Em seguida, Hendrik Kraay apresentou alguns pontos-chave na história da comemoração da independência do 2 de julho na Bahia, focando no século 19, assim como a participação de mulheres, membros da classe trabalhadora e povos racializados nessas celebrações. “Como toda festa popular, as comemorações do 2 de julho tem a sua própria história em particular, constantemente renovada por aqueles que participam da festa, em um processo de invenção das tradições, através da criação, reinvenção e ressignificação dos elementos culturais e históricos que marcam a celebração”, pontuou.

Complementando o debate, Wlamyra Albuquerque reforçou a relevância nacional da história de independência do 2 de julho e a sua comemoração, não somente como um marco histórico regional, mas como um forte marcador na reconstrução narrativa sobre o Brasil enquanto república, em rompimento com a visão da independência nacional como uma conquista política alcançada por forças militares. Ainda em sua fala, a professora apontou que, ao longo da história, a festa do 2 de julho em Salvador os elementos presentes nas comemorações sempre tiveram um caráter plural , evidenciando as demarcações territoriais na cidade baseadas em raça e classe social. “A medida em que a festa se organiza, ela nos conta sobre as dinâmicas urbanas fundadas em hierarquias sociais, contudo, isso não significa que o Estado consegue totalmente moldar as comemorações com base na sua idealização de sociedade soteropolitana. A festa do 2 de julho é também um espaço de luta popular e construção da política cotidiana”, completou. 

Finalizando as falas apresentadas pela mesa, João José Reis destacou o papel fundamental executado pela população negra baiana nos campos de batalha pela independência na Bahia, não somente dos negros libertos, mas também de negros escravizados. “Muitos escravizados fugiram com o intuito de lutarem na guerra, acreditavam que a luta pela independência do país poderia também ser a luta pela sua própria independência e liberdade”, completou.

O 2 de Julho pela Ciência conta com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz, além da Academia Brasileira de Ciências, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Academia de Letras da Bahia, Academia de Engenharia da Bahia, Institutos de Ciência e Tecnologia, Sociedade Brasileira de Física, dentre outras instituições atuantes na produção de conhecimento, na defesa, divulgação e popularização da ciência. 

twitterFacebookmail
[print-me]

Fiocruz Bahia participa da 17ª edição da Conferência Nacional de Saúde

A Fiocruz Bahia participou da 17ª edição da Conferência Nacional de Saúde, realizada entre os dias 02 e 05 de julho, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília. O encontro, promovido pelo Ministério da Saúde e pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), teve como tema ‘Garantir direitos, defender o SUS, a vida e a democracia – Amanhã vai ser outro dia!’.

A cerimônia de abertura, realizada às 19h do domingo (02/07), contou com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, que falou sobre a importância da Conferência enquanto um ato de resistência e apoio à democracia. “Eu venho da Bahia, com muita alegria. Não pude participar do grande cortejo hoje, mas participei de um evento lindo da Academia de Ciências da Bahia e depois de um evento lindo de homenagem democrática, popular, neste 2 de julho. E hoje nós, por coincidência, realizamos essa 17ª Conferência Nacional de Saúde neste dia 2 de julho. E lá em Salvador eu pude cantar por duas vezes, além do hino nacional, o hino da Bahia. E agora vou pedir a contribuição de vocês. Vamos mencionar todos juntos esse trecho: “com tiranos não combinam brasileiros, brasileiros corações”. Viva a democracia! Viva o SUS!”, enfatizou. 

O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, reforçou o coro em defesa do SUS e falou sobre as conquistas e desafios na construção de políticas para a saúde pública. “Algumas vezes nos entristecemos por situações alheias à nossa vontade, mas sempre trabalhamos para fazer o melhor e assim seguiremos, de mãos dadas, superando desafios e fazendo do amanhã um novo dia”, afirmou. 

A Fundação Oswaldo Cruz foi representada por uma comitiva com cerca de duzentas pessoas que participaram das discussões em prol da defesa do SUS e de avanços para a saúde pública. Para a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, que esteve em Brasília, a Conferência é uma importante realização, especialmente neste momento de reconstrução das políticas públicas essenciais para toda a população brasileira. “Nós estamos aqui defendendo o nosso Sistema Único de Saúde, os procedimentos dos SUS e cada um dos nossos grupos populacionais. Estamos em defesa da saúde da população negra e da diversidade de gênero e raça”, afirmou. 

O último dia do evento, realizado na quarta-feira (05/07) contou com a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva que falou sobre a importância da participação de representantes de diferentes esferas da sociedade. “Há 37 anos foi realizada a primeira conferência nesse país e desde a primeira, as conferências têm determinado a qualidade da saúde. Todas as conquistas que temos são obra do trabalho de vocês que participam da Conferência Nacional da Saúde, exigindo do governo que faça as coisas melhorarem” afirmou Lula. 

Durante o evento, o presidente recebeu o apoio dos movimentos sociais, dentre eles, da Associação HTLVida, que atua no acolhimento, orientação e atendimento gratuito a pessoas que vivem com o HTLV, vírus que pertence à mesma família do HIV, o vírus causador da AIDS e afeta os linfócitos –  células de defesa do organismo. O grupo, que está realizando uma campanha para a compra de um imóvel que irá abrigar a sua sede, entregou uma camisa ao presidente. A ação chama atenção para a importância de informar e conscientizar as pessoas, além de reforçar a necessidade de políticas públicas que beneficiem esse grupo.  

Realizadas a cada quatro anos, as conferências de saúde são espaços de participação popular e diálogo entre gestores e sociedade, visando a construção de políticas públicas para o SUS. Em 2023, participaram do evento mais de 6 mil pessoas, entre membros da sociedade civil, profissionais da saúde, representantes de fóruns regionais, organizações e movimentos sociais. O principal objetivo é discutir propostas e políticas públicas para o campo da saúde, especialmente para o Sistema Único de Saúde (SUS). A conferência contou ainda com a participação do diretor geral da Organização Pan-Americana da Saúde Opas/OMS, Jarbas Barbosa; da ministra do meio ambiente, Marina Silva; da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; da ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves e do ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

twitterFacebookmail
[print-me]

Simpósio REDE-TB Bahia será realizado nos dias 17 e 24 de julho

O Simpósio REDE-TB Bahia será realizado nos dias 17 e 24 de julho, presencialmente, no Auditório do Instituto de Saúde Coletiva, da Universidade Federal da Bahia. As inscrições para o evento, que é uma atividade pré-congresso do X Workshop da REDE-TB, estão abertas até 24/07 através do link. A participação é gratuita. 

São oferecidas 100 vagas, sendo 50% preferenciais para profissionais da área. Para concorrer às vagas reservadas é preciso apresentar comprovação na inscrição.

O Simpósio REDE-TB Bahia é um evento de atualização com palestras de pesquisadores locais que atuam em diferentes temas, com impacto no manejo, tratamento e vigilância da tuberculose. Com este evento, pretendemos criar uma oportunidade de interlocução com pessoas que trabalham na assistência à saúde da nossa população e que são afeitas ao problema da tuberculose, uma das principais causas de morte por doenças infecciosas em nosso país e em todo o mundo. Os participantes terão também a oportunidade de conhecer melhor a Rede Brasileira de Pesquisas em Tuberculose.

Confira a programação completa: 

17 de julho de 2023

12h30 – Credenciamento e recepção

13h30 – Apresentação do evento

13h40 – Layana Alves – Cenário epidemiológico atual da tuberculose na Bahia

14h00 – Luciana Sobral – Tratamento da infecção tuberculosa latente (ILTB) em contatos de pacientes com tuberculose

14h20 – Tarcísio Silva – Tuberculose na população em situação de rua

14:40 – intervalo

15h00 – Erica Chimara – Vigilância da tuberculose multirresistente a fármacos

15h20 – Theolis Bessa – Candidatos a novas vacinas para o controle da tuberculose

15h40 – Debate com os palestrantes

16h20 – Encerramento

24 de julho de 2023

13h00 – Credenciamento e recepção

14h00 – Apresentação do evento

14h10 – Ramon Andrade – Resposta às cepas vacinais utilizadas no Brasil (BCG Moreau-RJ e BCG Russia)

14h30 – Joilda Nery – Tuberculose na população negra

14h50 – Ações do Comitê Baiano de Tuberculose

15h10 – Eliana Matos – Novo esquema terapêutico reduzido para TB-DR

15h40 – Debate com os palestrantes

16h10 – Encerramento

twitterFacebookmail
[print-me]

Fiocruz Bahia participa do Seminário Dois de Julho das Mulheres

A Fiocruz Bahia participou do Seminário Dois de Julho das Mulheres: Liderança feminina na ciência, realizado no salão nobre da reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O evento faz parte da programação do 2 de julho pela ciência, promovido pela Academia de Ciências da Bahia e contou com a presença da diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, do presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Mário Moreira, e da coordenadora nacional da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente, Cristina Araripe, além de pesquisadores, estudantes e demais membros da comunidade científica e da sociedade civil. A mesa foi composta pela ministra da saúde, Nísia Trindade; a secretária de educação do Estado da Bahia, Adélia Pinheiro; a representante do Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação, Julieta Palmeira; o presidente da Academia de Ciências da Bahia, Manoel Barral; o reitor da UFBA, Paulo Miguez; a presidente da Academia Brasileira de Ciências, Helena Nader e a secretária de saúde do Estado da Bahia, Roberta Santana.

Abrindo o seminário, o presidente da Academia de Ciências da Bahia, Manoel Barral falou sobre a importância de falar sobre o protagonismo feminino, especialmente no contexto do 2 de julho e dos grandes desafios atuais. “Hoje a Academia presta uma homenagem bastante importante à Drª Nísia Trindade Lima pela sua trajetória de liderança feminina que se maximizou pelo profícuo trabalho como presidente da Fiocruz, quando fomos assolados pela combinação de pandemia e pandemônio, e pela atual firme condução do Ministério da Saúde, com realizações rápidas e um planejamento do futuro”, pontuou.  

Em seguida, o reitor da UFBA, Paulo Miguez, saudou os presentes e abriu espaço para a leitura da moção de apoio à ministra Nísia Trindade, proferida pela vice-diretora do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA, Joilda Nery. A carta reconheceu avanços no campo da saúde coletiva proporcionadas através do Sistema Único de Saúde, destacando serviços como o SAMU, a Estratégia de Saúde da Família e o Programa Nacional de Imunizações. Também foram apontados os desafios enfrentados pela ministra durante os primeiros seis meses de seu mandato e a retomada de ações como a redução de filas para procedimentos eletivos, a campanha de vacinação, o relançamento do programa Mais Médicos e da Farmácia Popular. “Pela competência, pelo compromisso público e pela integridade moral, as dirigentes e os dirigentes das unidades acadêmicas da área de saúde da Universidade Federal da Bahia se manifestam publicamente em apoio à ministra Nísia Trindade Lima, que deve permanecer no cargo pelo bem da saúde dos brasileiros”, dizia a carta. 

A secretária de educação do Estado da Bahia, Adélia Pinheiro, falou sobre a importância do evento e da presença das mulheres nos espaços de poder e produção de conhecimento. “Neste dia, neste tempo, é importante falar para homens e mulheres, baianas, baianos, brasileiras e brasileiros, e para além desse recorte territorial, que as mulheres precisam estar na ciência, mas não somente. Em todos os postos de poder e de trabalho, da forma como quiserem, mas sempre em igual proporção a que nós estamos na população”, declarou.  

Na sequência, foi exibido um vídeo enviado pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que parabenizou pela realização da atividade e as contribuições femininas para a independência da Bahia. “Quero dizer que o empoderamento feminino é um tema prioritário para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, desde que assumimos temos buscado instrumentos para ampliar o acesso, garantir a permanência e viabilizar a ascensão das mulheres nas carreiras científicas e tecnológicas. Muito além da igualdade de oportunidade que queremos assegurar, a participação feminina na produção de conhecimento é uma questão de excelência”, pontuou. 

Representando o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a assessora do presidente da Agência Pública Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério, Julieta Palmeira reforçou a fala da ministra Luciana e falou sobre a necessidade de reafirmar a participação feminina nas lutas pela Independência da Bahia e as contribuições femininas em dias atuais. “É preciso resgatar o protagonismo feminino em nossa sociedade. Quando se fala em liderança de mulheres na ciência é muito importante se colocar a necessidade de dar visibilidade…Nós queremos uma educação de equidade, uma educação inclusiva, democrática e não sexista”, afirmou Julieta defendendo que as mulheres possam ocupar diversas áreas da ciência. 

A presidente da Academia Brasileira de Ciências, Helena Nader, também ressaltou a importância de promover políticas para o acesso e a permanência de mulheres nos espaços de produção do conhecimento. “Ciência é um pilar do desenvolvimento e em nenhum lugar do mundo é visto como gasto, mas sim como um investimento”, defendeu Helena, que é a primeira mulher presidente da Academia em mais de cem anos de existência. 

Por fim, a ministra da saúde, Nísia Trindade Lima, apresentou uma breve perspectiva histórica sobre a presença das mulheres na ciência, falou sobre os desafios enfrentados em sua gestão à frente do Ministério e ações que estão sendo postas em prática, como o  Programa Nacional de Equidade de Gênero, Raça e Valorização das Trabalhadoras que tem como principal objetivo promover a equidade de gênero e raça dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), prevendo a criação e ampliação de condições necessárias para o exercício desses princípios entre os profissionais do SUS. “Se nós não tivermos essa visão integrada, as ações se perdem e acabam sendo pontuais, que não fazem com o que o SUS, que é essa grande inovação, essa grande conquista democrática possa garantir maior inclusão social como é o seu projeto de origem. Nós precisamos trabalhar uma agenda de governo, mas nós também precisamos de uma agenda como sociedade, esse é o ponto.” concluiu. 

A programação do 2 de Julho pela Ciência foi realizada nos dias 1º, 2 e se estende até o dia 4 de julho, contando com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz, além da Academia Brasileira de Ciências, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Academia de Letras da Bahia, Academia de Engenharia da Bahia, Institutos de Ciência e Tecnologia, Sociedade Brasileira de Física, dentre outras instituições atuantes na produção de conhecimento, na defesa, divulgação e popularização da ciência. 

twitterFacebookmail
[print-me]