Abertas as inscrições para Curso Internacional de Patologia Molecular

BANNER-SITE_2Estão abertas, até o dia 20 de junho, as inscrições para o Molecular Diagnostic Pathology Course: The Pathologist Role in The Era of Precision Oncology, que acontece nos dias 27 e 28 de junho, nas dependências da Fiocruz Bahia. Promovido pela promovido pelo Hospital do Câncer A. C Camargo de São Paulo, através de sua Escola de Patologia Oncológica Avançada Humberto Torloni (EPOAHT), o Curso, nesta edição, é realizado em parceria com o Fiocruz Bahia e seu Programa de Pós-Graduação em Patologia Humana (PGPAT), além de contar com apoio do Sociedade Brasileira de Patologia (SBP). São oferecidas 110 vagas para participantes, as inscrições são gratuitas. A lista de selecionados para participar do curso será divulgada dia 21/06.

Destinado prioritariamente a estudantes do PGPAT, sócios da SBP e da EPOATH, residentes em programas de patologia humana, oncologistas e médicos em geral, o Curso terá uma programação inicial dividida em conferências, que visam situar a patologia molecular no mundo e debater os desafios da implementação no Brasil, além da apresentação e discussão sobre técnicas moleculares de última geração (Next generation Sequencing Tecnology).

Foram confirmadas as presenças de pesquisadores brasileiros da Fiocruz Bahia, e da A. C. Camargo Cancer Center e americanos de instituições como a North Shore University Health System, a University of California, e Johns Hopkins University. De acordo com um dos coordenadores do evento, o pesquisador da Fiocruz Bahia, Luiz Antonio Freitas, as técnicas moleculares, para situações específicas, serão apresentadas pelos palestrantes, inclusive com demonstração de casos clínicos para discussão.

Clique aqui e acesse o hotsite do curso.

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Conferências Clinocopatológicas 2016 debateram patologia renal, hepática e da pele

CCP_2016_02Com o objetivo de promover discussões acerca das questões inerentes à comunicação interdisciplinar e transdisciplinar na área médica, a Fiocruz Bahia realizou, de 19 a 21 de maio, as Conferências Clínico-patológicas 2016 – Nefrologia, Hepatologia e Dermatologia. Coordenado pelos pesquisadores Washington dos Santos, Luiz Freitas e Sérgio Arruda, o evento teve como tema a Transformação de lesões anatomopatológicas em informação.

De acordo com Sérgio Arruda, “o evento proporcionou correlações entre clínicos e patologistas, contribuindo para troca de informações e manejo dos pacientes”. Um dos pontos de destaque foi a necessidade crescente de traduzir imagens em linguagem computacional. “As conferências ampliam as Interfaces com ciências computacionais, permitindo até ideias inovadoras, como de desenvolver softwares capazes de reconhecer padrões de lesões em doenças humanas”, explicou Luiz Freitas.

Na programação, o primeiro dia contou com a realização do curso Interpretando Lesões Anatomopatológicas em Pele, Fígado e Rim, voltado para médicos e estudantes de medicina. O segundo dia, pela manhã, foi realizada uma conferência que reuniu especialistas nas áreas de nefrologia, hepatologia e dermatologia, com o objetivo de discutir os avanços em medicina investigativa e assistencial. “A reunião com dermatologistas contribuiu com um update importante na área de educação continuada e no desenvolvimento tecnológico”, frisou Washington dos Santos.

Já no período da tarde, aconteceu o Seminário Anual de Pesquisas do PathoSpotter, direcionado a médicos patologistas e profissionais e estudantes das áreas de matemática e ciências da computação, seguido da tradicional Sessão Anatomo-clínica para médicos e graduandos de medicina. O evento foi encerrado no sábado, com a realização de uma oficina de Dermatopatologia e as reuniões ordinárias dos clubes de especialidades em Patologia: o Clube do Fígado e o Clube do Rim.

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Fiocruz Bahia promove workshop em parceria com a UFBA e as universidades Sorbonne

Data-BahiaA Fiocruz Bahia promove, em conjunto com a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e as universidades Sorbonne (Paris, França), o Data Bahia, um workshop sobre o impacto, manipulação e utilização de grandes volumes de dados nas diversas áreas das ciências biomédicas, exatas e humanas. O evento acontece nos dias 25 e 26 de abril de 2016, na Faculdade de Medicina da Bahia, Terreiro de Jesus.

O encontro terá a participação de 12 palestrantes franceses, pesquisadores de duas das universidades Sorbonne (Paris 4 e Paris 6), e de 12 palestrantes brasileiros oriundos da UFBA, Fiocruz e Laboratório Nacional Computação Científica (LNCC). As apresentações serão feitas em inglês e/ou francês, e têm por objetivo identificar temas de interesse comum entre os cientistas das instituições participantes, com vistas a celebrar um forte e permanente programa de cooperação interinstitucional.

O evento é gratuito e voltado, prioritariamente, a pesquisadores das instituições envolvidas interessados tanto no estudo do impacto dos grandes volumes de dados nas diversas áreas quanto em ampliar ações de caráter internacional. Para participar, é necessário solicitar inscrição junto à Assessoria para Assuntos Internacionais (AAI) pelo telefone (71) 3283-7025 ou através do endereço eletrônico p4p6@ufba.br.

Clique aqui para acessar o programa do evento.

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Diretor da Fiocruz Bahia participa de lançamento do projeto Laboratórios Compartilhados da Secti

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O diretor da Fiocruz Bahia, Manoel Barral Netto, participou ontem, 23, do lançamento do site Laboratórios Compartilhados, uma iniciativa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). Trata-se de um projeto que reúne diferentes equipamentos de propriedade de universidades e institutos de pesquisa para uso coletivo por parte da comunidade científica.

A cerimônia, que ocorreu no Parque Tecnológico da Bahia, reuniu representantes do governo e de diversas instituições de pesquisa, como o chefe de Gabinete da Secti, Roberto de Pinho, o coordenador de Transferência de Tecnologia do Núcleo de Inovação Tecnológica da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Gesil Amarante, e o coordenador executivo de Pesquisa, Inovação e Extensão Tecnológica da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado, Orlando Pereira, dentre outros.

De acordo com Manoel Barral Netto, a iniciativa tem como objetivo facilitar a cooperação acadêmica e permitir maior interação com o setor empresarial. “Muitas vezes, materiais são enviados para análises em outras localidades brasileiras, apenas porque não se tem conhecimento da gama de equipamentos presentes na Bahia”, disse. “Espera-se, portanto, que um primeiro resultado tangível seja o barateamento e maior dinamização nas pesquisas e estudos realizados por cientistas que atuam no estado baiano”, completou.

[/media-credit] Cerimônia de lançamento do site aconteceu no Parque Tecnológico

Para Roberto de Pinho, o espaço virtual criado para reunir equipamentos que podem ser compartilhados nas instituições de ensino e pesquisa da Bahia pode ajudar a fortalecer relações com instituições externas, uma vez que pretende atender a demanda baiana, mas também auxiliar comunidades científicas de outros estados. Ele aproveitou a ocasião para convidar outras instituições que ainda não aderiram ao projeto.

Atualmente, o ambiente virtual conta com 50 dispositivos disponíveis para uso coletivo, a exemplo de impressoras 3D e diversos tipos de analisadores e espectrômetros. Dentre os equipamentos compartilhados pela Fiocruz estão o Microscópio Olympus BX-52, o Microscópio Eletrônico de Transmissão JEM-1230 JEOL e Analisadores Genéticos Applied Biosystem – modelos 3100 e 3500xl.

O site, que pode ser acessado por meio do endereço labcompartilhados.secti.ba.gov.br, é bastante intuitivo e a busca pelos aparelhos já pode ser feita na página inicial.

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Fiocruz lamenta falecimento do pesquisador Lain Carlos Pontes de Carvalho

IMG-20160415-WA0035 (1)A Direção da Fiocruz Bahia informa, como imenso pesar, o falecimento do pesquisador Lain Carlos Pontes de Carvalho. A cerimônia de cremação ocorrerá no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas, às 11h, deste sábado (16/04). Em nome de toda comunidade da instituição, formada por estudantes, pesquisadores e gestores, o diretor Manoel Barral-Netto externa sua solidariedade à família, parentes e amigos deste que foi um pesquisador de excelência, um nucleador de grupo e ex-diretor da Fiocruz Bahia. “Lain foi, acima de tudo, uma figura humana, muito especial. Uma enorme perda para toda a Fiocruz”, destaca.

Formado em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em 1975, Lain, como era carinhosamente chamado, era um dos mais importantes e respeitados pesquisadores da sua geração. Além de pesquisador e ex-diretor da Fiocruz Bahia, Lain atuava na pós-graduação, com contribuições relevantes na área de imunologia, principalmente visando a biointervenção em doenças de natureza inflamatória (leishmanioses, doença de Chagas, alergia e doenças autoimunes).

 

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Inscrições abertas para o VII Curso Avançado de Biologia Celular de Patógenos

CBAB2016Estão abertas as inscrições para a sétima edição do Curso Avançado em Biologia Celular de Patógenos, que acontecerá no período de 11 a 22 de julho de 2016, na Fiocruz Bahia. O evento é organizado pelo Laboratório de Biologia Parasitária (LBP) e tem como público-alvo estudantes de pós-graduação e pesquisadores interessados em pesquisas com enfoque em doenças infecto-parasitárias. A coordenação é dos pesquisadores Marcos André Vannier dos Santos e Paulo Filemon Pimenta.

A atividade tem como objetivo apresentar tecnologias inovadoras e avanços recentes da biologia celular de organismos patogênicos e de sua interação com células e tecidos hospedeiros de maior importância médica, particularmente, no continente sul-americano. Dentre as metas estão a difusão do uso apropriado de técnicas de microscopia e o entendimento de metodologias, promover o intercâmbio acadêmico entre nações do Cone-Sul e formar recursos humanos em biotecnologia.

As inscrições vão até o dia 27 de maio e devem ser feitas online. Ao todo são oferecidas 50 vagas para aulas teóricas e 15 para aulas práticas. O resultado da seleção será publicado no dia 15 de junho no site do curso.

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PubMed é tema de curso oferecido pela Biblioteca

Cursos-continuados-PUBMED-2016A Fiocruz Bahia, por meio da Biblioteca de Ciências Biomédicas Eurydice Pires de Sant’Anna, está com inscrições abertas para o Curso PubMed, edição 2016. O evento, que será realizado no dia 12 de abril, das 15h às 17h, na sala de aula da Biblioteca, visa dar treinamento continuado ao uso de ferramentas e fontes de informação científica. Este curso integra o Programa de Treinamentos continuados da Biblioteca.

Interessados deverão se inscrever pelo e-mail biblioteca@bahia.fiocruz.br, informando nome da instituição, setor, e-mail e telefones para contato. As vagas são limitadas.

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Artigo sobre a origem do Vírus Zika nas Américas é publicado na Science

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O pesquisador Luiz Alcântara e a pós-doutoranda Marta Giovanetti, da Fiocruz Bahia, assinam artigo publicado na Revista Science, no dia 24 deste mês, sobre a origem do Zika Virus nas Américas. O estudo, considerado a primeira análise genômica completa do vírus, até a data em que foi publicado, aponta que a doença chegou ao Brasil entre os meses de maio e dezembro de 2013, tendo seu primeiro diagnóstico feito apenas em maio de 2015. Desta maneira, os autores sugerem que o vírus desembarcou no país durante a Copa das Confederações, em 2013, e não no decorrer da Copa do Mundo de 2014, como se pensava anteriormente.

Entre os autores do trabalho, intitulado “Zika virus in the Americas: early epidemiological and genetic findings”, estão mais de cinquenta pesquisadores oriundos de diferentes instituições de ensino e pesquisa do Brasil e do exterior, como o Instituto Evandro Chagas, Universidade de Oxford, Instituto Adolpho Lutz, Fiocruz Bahia, Universidade Estadual de Feira de Santana, Universidade de Washington, Instituto Oswaldo Cruz, Universidade de Toronto, Li Ka Shing Knowledge Institute, Universidade do Texas e Ministério da Saúde.

Para chegar a essa conclusão os pesquisadores fizeram a análise do genoma de sete novas amostras isoladas do Brasil juntos com outras provenientes de diversos locais da América (Martinica, Colômbia, Haiti, Guatemala, Suriname, Puerto Rico) e da Ásia (Polinésia Francesa, Ilhas Cook, Tailândia). Por meio da análises evolutivas destes genomas, os pesquisadores conseguiram concluir que o Zika vírus encontrado no Brasil é oriundo da Polinésia Francesa, de onde teria vindo o primeiro indivíduo infectado.

Segundo os especialistas, o período de consolidação do microorganismo no território nacional condiz com um aumento das viagens originadas nos arquipélagos do Pacífico Sul, onde ocorria uma epidemia do mesmo agente infeccioso encontrado aqui.

De acordo com Luiz Alcântara, essa análise constitui-se como a base fundamental para futuros estudos e para que se possa responder algumas perguntas que permanecem sem respostas a respeito do vírus, a exemplo do período de incubação da doença até o surgimento dos sintomas, que só se manifestam em cerca de 20% dos pacientes, e das formas de contágio, ainda pouco compreendidas.

O pesquisador afirma ainda que a continuidade das ações de pesquisa de seu grupo estão voltadas para a execução de um projeto que ele possui parceria e que acaba de ser aprovado na Inglaterra, tendo como coordenador central, o pesquisador Nicholas James Loman, da Universidade de Birmingham. O novo estudo, que terá início entre os meses de maio e junho de 2016, visa sequenciar 750 cepas do vírus Zika provenientes das nove capitais brasileiras localizadas nas regiões Nordeste e uma da região Norte (Belém).

REPERCUSSÃO – A publicação na revista Science pautou reportagem na editoria de Saúde do jornal Correio Braziliense, com sede no Distrito Federal, nos jornais Washington Post e New York Times e também na rede de TV BBC. A matéria “Zika chegou ao Brasil em 2013” no Correio Braziliense, publicada no dia 25 de março, conta com depoimentos de Marta Giovanetti, da Fiocruz Bahia, Nuno Faria, da Universidade de Oxford e Pedro Vasconcelos, do Instituto Evandro Chagas. A publicação conta ainda com um infográfico contendo uma linha do tempo ilustrando a primeira vez que o vírus foi isolado em Uganda, em 1947, e o caminho percorrido da África, Ásia até as Américas. Também aparecem informações sobre os sintomas, informações e tratamento da doença.

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Prazo de inscrições para o curso de EndNote será encerrado hoje

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Encerra amanhã, 31/03 as 12h, o prazo das inscrições para o curso EndNote – edição 2016, que faz parte do programa de Treinamentos Continuados da Biblioteca de Ciências Biomédicas Eurydice Pires de Sant’Anna. O evento, que será realizado no dia 31 de março, das 15h às 17h, na sala de aula da Biblioteca. Interessados deverão se inscrever pelo e-mail biblioteca@bahia.fiocruz.br, informando nome da instituição, setor, e-mail e telefones para contato. As vagas são limitadas!

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Lançados editais de Cotas Fiocruz 2016 para bolsas PIBIC e PIBIT do CNPq

editais pibic pibitiA Coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) da Fiocruz Bahia informa que foram lançados hoje os editais para concorrer às Cotas Fiocruz 2016 para bolsas PIBIC e PIBITI/ do CNPq e convoca a sua comunidade científica e acadêmica para apresentar propostas em resposta a esta chamada.

Poderão solicitar bolsas pesquisadores com doutorado exercendo atividade de pesquisa, com vínculo comprovado com a Fiocruz em tempo integral (2 cotas), pesquisadores visitantes e pós-doutorandos da instituição que se dedicam exclusivamente a atividades de pesquisas na Fiocruz Bahia (1 cota).

O objetivo do PIBIC é estimular o envolvimento de estudantes de graduação nas atividades científica, tecnológica, profissional, artística e cultural, proporcionando ao bolsista, orientado por pesquisador qualificado, a aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa. O Programa tem como objetivo estimular os jovens do ensino superior nas atividades de pesquisa e aprendizagem de metodologias, conhecimentos e práticas próprias ao desenvolvimento tecnológico e processos de inovação.

As inscrições são online e podem ser realizadas até o dia 18 de abril para bolsas novas, renovação e para os bolsistas que ingressaram nos programas por substituição/banco de reserva no mês de março. O orientador deverá encaminhar, até o dia 19 de abril de 2016, a documentação referente à solicitação de Bolsa (nova e de renovação) à coordenação do PROIIC.

Os formulários para inscrição on-line e outros documentos estão disponíveis nos endereços: http://www.pibic.fiocruz.brhttp://www.pibiti.fiocruz.br. Os Editais também estão disponíveis na Intranet da Fiocruz Bahia.

Ressaltamos que, para os bolsistas que entraram no PIBIC e PIBIT no mês de março de 2016, o orientador deverá encaminhar solicitação de “bolsa nova”, conforme consta no edital anterior item 11.5. Quaisquer dúvidas pertinentes aos editais devem ser esclarecidas por meio endereço proiic@bahia.fiocruz.br.

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Inscrições abertas para I Simpósio de Inovação em Saúde (SIS)

SIS_2016A Fiocruz Bahia realiza, nos dias 29 e 30 de março, I Simpósio de Inovação em Saúde (SIS), que tem o objetivo de debater políticas e estratégias que visem o fortalecimento de ambientes inovadores, nos quais organizações e instituições interagem e se influenciam mutualmente, ao longo do processo de desenvolvimento e difusão de novas tecnologias. O público de interesse do evento, que acontecerá nas dependências da unidade da Fundação no estado, é formado por gestores das esferas pública e privada, profissionais interessados no tema e estudantes. As inscrições estão abertas no período de 9/3 a 18/03.

No primeiro dia do Seminário, estão agendadas duas mesas redondas e duas palestras sobre temas como os impactos da Política Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação, articulação entre academia e empresas no Brasil e o novo marco legal da ciência e tecnologia e inovação no país, além da experiência da implantação do Núcleo de Computação Científica da Fiocruz no Parque Tecnológico da Bahia. Serão reservadas 60 vagas para esta atividade. O acesso é mediante inscrição prévia.

O curso Gerenciamento da Informação para Converter “Big Data” em Decisões Estratégicas em Inovação Farmacológica encerra a programação do SIS, no dia 30. O curso, que será ministrado doutor Antero Macedo, especialista no provimento de informações científicas para academia, governo e indústria farmacêutica no Brasil a partir de bases de dados e ferramentas analíticas, abordará aspectos relacionados a obtenção, gerenciamento e uso de informações estratégicas para a tomada de decisões no processo de pesquisa e desenvolvimento tecnológico nesta área. Para esta atividade estão reservadas 20 vagas.

A coordenação do evento, que é uma iniciativa do Núcleo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e do Núcleo de Inovação Tecnológica, destaca que os interessados devem fazer as inscrições para as atividades em separado, em função da diferença nos parâmetros de seleção.

Clique aqui e faça sua inscrição no hotsite do SIS.

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Tríplice epidemia de dengue, zika e chikungunya é tema da aula inagural

9Aconteceu, na manhã desta segunda-feira, 7, a aula inaugural que deu as boas-vindas para os novos alunos de mestrado e doutorado dos cursos de pós-graduação da Fiocruz Bahia. O evento, que ocorreu na Biblioteca de Ciências Biomédicas Eurydice Pires de Sant’Anna, contou com a participação da vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, e do diretor da Fiocruz do Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio da Cunha, que proferiu a palestra “A tríplice epidemia: desafios para a sociedade, oportunidades para a pesquisa”.

A recepção aos estudantes ficou a cargo das vice-diretoras de Ensino e Pesquisa, Patrícia Veras e Marilda Gonçalves, respectivamente, que orientaram os “calouros” sobre o percurso acadêmico na instituição. As informações relativas aos Programas de Pós-graduação em Patologia (PGPAT) e Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI) foram apresentadas pelos coordenadores dos cursos Claudia Brodsky e Mitermayer Reis. Importante destacar a transferência da coordenação da PgBSMI para o pesquisador Guilherme Ribeiro ocorrerá ainda no primeiro semestre de 2016.

Também participaram da cerimônia o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Fameb/UFBA), Luis Fernando Adan, e Charbel Niño El-Hani, do Laboratório de Ensino, Filosofia e História da Biologia (LEFHBio/UFBA). Ambos professores possuem projetos em desenvolvimento com a Fiocruz Bahia no âmbito da PGPAT e do Curso Especialização em Ensino de Biociências, respectivamente.

Ao apresentar o panorama do ensino na Fiocruz, a vice-presidente Nísia Trindade elogiou algumas ações desenvolvidas pela Fiocruz Bahia, como a execução da disciplina Bioinformática Compartilhada, resultado da articulação de professores oriundos de diferentes unidades regionais. Segundo ela, a experiência foi exitosa e possibilitou aos programas de pós-graduação aproveitar mais a riqueza da instituição. “Esta iniciativa teve a capacidade de proporcionar aos alunos aulas com os melhores profissionais em determinadas áreas”, acrescentou.

Ainda segundo ela, outra ação de destaque comandada pela Fiocruz Bahia está a criação do Curso de Especialização em Ensino de Biociências, que tem como foco a capacitação de professores da rede pública, tendo mesclado Ensino à Distância com atividades presenciais.

Patrícia Veras afirmou que esta foi uma oportunidade para que todos pudessem se conhecer de forma integrada, bem como se informar sobre os procedimentos acadêmicos normatizados pela instituição. De acordo a pesquisadora, é fundamental uma boa recepção para os novos membros da comunidade Fiocruz Bahia aliada à oportunidade de debater temas atuais no campo da saúde. “A minha sensação é que devemos retribuir essa manifestação de confiança com empenho, para que os cursos sejam oferecidos em nível de excelência, impactando positivamente na vida acadêmico-profissional desses estudantes”, disse.

DESAFIOS E OPORTUNIDADES – Para tratar da tríplice epidemia, o diretor da Fiocruz Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio da Cunha, analisou dengue, zika e chikugunya, sob a ótica dos desafios impostos ao Brasil, que ultrapassam os limites do setor saúde, abrangendo as áreas de educação, comunicação social, saneamento básico, dentre outros. De acordo com o pesquisador, o momento atual, em que a comunidade de pesquisa se depara com uma doença ainda por investigar, onde causas e efeitos ainda precisam ser confirmados, pode ser comparado ao início da década de 1980, quando começaram os primeiros relatos da Aids.

“Assim como no passado, vivemos uma ebulição de descobertas onde, no meio da crise, tentamos sistematizar o conhecimento sobre novas enfermidades que chegaram para somar os problemas de saúde pública do Brasil”, afirma Venâncio. O pesquisador aproveitou a ocasião para salientar o fato de que vivemos uma epidemia de “zika congênita” e não de microcefalia.

Segundo ele, existem muitos casos de bebês sem microcefalia que apresentam calcificações no cérebro. “Mais tarde, esses problemas, que somente serão descobertos na fase escolar, vão afetar seriamente o desenvolvimento de muitas crianças, a exemplo da dificuldade de aprendizagem e catarata congênita”, completa.

O diretor da Fiocruz do Mato Grosso do Sul afirma que a solução para estes graves problemas está fora do setor de saúde, pois envolve determinantes sociais relacionados à pobreza e histórico de exclusão em que vive a sociedade dos países de terceiro mundo. “Trata-se de uma época de desafios e o papel da ciência é enxergar a adversidade como oportunidade. A solução não depende dos esforços de apenas uma área do conhecimento e sim da reunião de competências multidisciplinares”, conclui.

Para fechar o encontro, foi sorteado o livro “Dengue: teorias e práticas”, cujos organizadores são Denise Valle, Denise Nacif Pimenta e Rivaldo Venâncio da Cunha. A publicação, que aborda uma ampla variedade de temas, do histórico às inovações científico-tecnológicas em desenvolvimento, incluindo as vacinas preventivas e o controle vetorial por meio de mosquitos biológica ou geneticamente modificados, reúne textos de professionais de diferentes áreas, como medicina, jornalismo, educação, entomologia, epidemiologia, matemática, gestores, dentre outros.

 

 

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Curso de História da Medicina Tropical 2016.1: confiram resultados da seleção!

ResultadoA Fiocruz Bahia divulga o resultado da seleção para ingresso no Curso de História da Medicina Tropical 2016.1. Importante ressaltar que, devido ao expressivo número de inscrições para esta edição do curso e a necessidade de formação de pessoal na área, as vagas tiveram um aumento de 50%, totalizando 15 inscritos aprovados. As aulas terão início na próxima terça-feira, dia 8 de março, às 16 horas.

Segue abaixo a relação com os nomes:

Anderson Rodrigues Vaz
Betânia de Almeida Macedo Pedreira
Carla Ramos Silva Brito
Clarisse Dias Cruz
Denise da Nóbrega Ferreira
Juliana Cecília De Carvalho Gallo
Júlio César dos Santos
Larissa Xênia Silva de Oliveira Menezes
Leandro Cardoso Barbosa
Lívia Angeli Silva
Maria Patrícia O. M. Pereira De Almeida
Mário Figueiredo Vieira
Nelci dos Santos Gomes
Rúbia Laniedja Oliveira Silva
Saulo Reis Nery Santos

 

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Fiocruz Bahia desenvolve ferramenta online para identificar vírus da dengue, zika e chickungunya

RecursosFiocruz Bahia, através do Laboratório de Hematologia, Genética e Biologia Computacional (LHGB), desenvolveu uma ferramenta de bioinformática para tipagem, sorotipagem e genotipagem para os vírus de dengue, zika e chikungunya.

O mecanismo, que foi realizado em parceria com o “Africa Centre”, da Universidade de KwaZulu-Natal, na África do Sul, em colaboração com a Universidade de Oxford, na Inglaterra, Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, Centro de Controle de Doenças da Costa Rica e Instituto Evandro Chagas do Pará, no Brasil, já está disponível gratuitamente para toda a comunidade científica.
De acordo com os pesquisadores Luiz Alcântara (Fiocruz Bahia) e Tulio de Oliveira (Africa Centre), coordenadores do projeto, a aplicação foi desenvolvida com o objetivo de dar suporte aos estudos epidemiológicos sobre estes arbovírus que estão circulando no Brasil. O trabalho segue os moldes de outras sete ferramentas previamente publicadas, em 2009, no periódico Nucleic Acid Research, para os vírus HTLV-1, HIV-1, HIV-2, HCV, HBV, HPV e HHV8.

Para acessar a ferramenta, clique aqui.

 

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Pesquisadores da Fiocruz Bahia publicam artigo sobre zika e microcefalia no ‘The Lancet’

Microcephaly-zikaO periódico inglês ‘The Lancet’ publicou, no último dia 23 de fevereiro de 2016, artigo intitulado “Zika virus and microcephaly in Brazil: a scientific agenda”. Entre os autores do trabalho estão os pesquisadores da Fiocruz Mauricio Barreto, Manoel Barral-Netto, Rodrigo Stabeli, Paulo Buss, Pedro Vasconcelos e Paulo Gadelha. Para além destes, também assinam o documento Naomar Almeida-Filho, da Universidade Federal do Sul da Bahia e Mauro Teixeira, da Universidade Federal de Minas Gerais.

De acordo com o texto, desde 1981, a população brasileira teve epidemias de dengue e todos os esforços de controle têm sido infrutíferos. Em 2014, a febre chikungunya foi relatada pela primeira vez no país. Em 2015, a ocorrência de vírus Zika também foi relatado, juntamente com um aumento de microcefalia e danos cerebrais em recém-nascidos.

Os autores explicam que o mosquito Aedes aegypti é o vetor mais convencional destas três infecções virais e é amplamente disseminada em grande parte do Brasil urbano. Dessa maneira, com o crescimento de casos de doenças relacionadas ao vetor, as autoridades de saúde pública brasileiras declararam Emergência Nacional de Saúde Pública, em 11 de novembro de 2015, tendo intensificado a campanha de controle de vetores para combater a epidemia.

Poucos meses depois, em 1º de fevereiro de 2016, tendo em conta a propagação do vírus Zika em vários países da América Latina e do Caribe, o relato de casos em cidadãos norte-americanos e europeus que viajaram para as áreas endêmicas e as preocupações sobre a relação da zika com microcefalia e outros distúrbios neurológicos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.

Vários especialistas, um objetivo – No Brasil, os governos federal, estaduais e agências científicas estão implementando iniciativas para aumentar o conhecimento sobre esta inesperada, desconhecido e aterrorizante situação. Desta forma, cientistas de diferentes disciplinas estão trabalhando no problema e as suas consequências potencialmente devastadoras. Nacionalmente, duas atividades de coordenação devem ser destacadas: a força-tarefa criada pela Fundação Oswaldo Cruz, uma organização científica vinculada ao Ministério da Saúde, e o Grupo de Trabalho Científico sobre Virus Zika, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

De acordo com os pesquisadores para alcançar melhores chances de sucesso contra a zika e microcefalia, um plano estratégico para a ação governamental deve ser apresentado em torno de seis componentes centrais.

(1) Ampliar a base de evidência de infecção, doenças, e os resultados potenciais; (2) Desenvolver um teste serológico rápido e confiável; (3) Controlar a infestação por Aedes aegypti com o objetivo de reduzir a infecção e a doença; (4) Definir protocolos para o tratamento de casos agudos, em particular as mulheres grávidas, e prevenção das consequências de malformações congênitas graves e incapacitantes; (5) Iniciar as bases para o desenvolvimento de vacinas, prospecção e avaliação de possíveis estratégias tecnológicas; e (6) Reprogramar o sistema de saúde como consequência da epidemia.

Para acessar o texto completo no ‘The Lancet’, clique aqui.

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Workshop de Pesquisa Translacional em Leishmaniose: acompanhe programação

Cracha-Palest-DiagnoleishComeçou, no dia 15 de fevereiro, o “1º Workshop de Pesquisa Translacional em Leishmaniose: dos marcadores de susceptibilidade à acurácia no diagnóstico”, realizado na sede Fiocruz Bahia, em Salvador. O evento, que segue até o dia 26 de fevereiro, inclui aulas teóricas, conferências didáticas e práticas de laboratório.

De acordo com os pesquisadores Deborah Bittencourt Mothé Fraga e Washington Luis Conrado dos Santos, coordenadores do evento, os temas apresentados trarão novos enfoques no diagnóstico da leishmaniose em humanos e cães.

A mesa de abertura do Workshop contou com a presença do diretor da Fiocruz Bahia, Manoel Barral Netto, que evidenciou o fato de a Fiocruz Bahia estar entre os líderes de pesquisa sobre Leishmaniose em todo o país.

Na primeira palestra do dia, os participantes tiveram a oportunidade de ouvir o pesquisador do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná), Marco Krieger, que falou sobre “Perspectivas do Diagnóstico da leishmaniose humana e canina”.

No período da tarde, foram realizadas as seguintes aulas teóricas e prática: “Avaliação da resposta imune celular na leishmaniose” e “Remodelamento tecidual e susceptibilidade na leishmaniose visceral”, ministradas por Javier Moreno e Washington dos Santos, respectivamente.

Confira no link a seguir a programação completa do evento: http://cursos.bahia.fiocruz.br/diagnoleish.

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Inscrições do Curso de História da Medicina Tropical encerram hoje

Banner-site-3cursoEstão abertas as inscrições para a terceira edição do Curso de História da Medicina Tropical, que acontecerá de 8 de março a 28 de junho de 2016. As aulas serão realizadas todas as terças-feiras, das 16h às 17h, de acordo com programação disponível no site do evento. Os interessados em participar da atividade têm até o dia 24 de fevereiro para efetuar suas candidaturas.

A disciplina conta com a coordenação dos pesquisadores João Barberino e Manoel Barral Netto e possui um caráter cultural de conhecimentos gerais, visando evidenciar os fatos históricos que culminaram com a formação das bases do conhecimento sobre as chamadas doenças tropicais.

O público alvo do curso é composto por estudantes de pós-graduação, preferencialmente, mas profissionais da área da saúde e estudantes de graduação também podem se candidatar.

Candidatos de outras áreas do conhecimento que formalizarem o interesse e compromisso em participar do curso também podem se candidatar. Importante ressaltar que somente dez vagas serão disponibilizadas.

O Curso de História da Medicina Tropical emitirá certificado de participação e aprovação aos alunos que atenderem aos requisitos de desempenho estabelecidos, incluindo a frequência mínima de 75% das aulas. A exposição temática deverá dar uma visão da descoberta do agente etiológico, do modo de transmissão, das primeiras descrições clínicas e/ou anátomo-patológicas, das epidemias, da descoberta do tratamento e dos meios de profilaxia da doença em causa, principalmente.

Na avaliação final do aproveitamento, serão considerados: frequência às aulas (mínimo de 75%), qualidade da apresentação oral, interesse e participação do aluno nas discussões, qualidade, estruturação, fontes bibliográficas, pontualidade na entrega e aceite do artigo para publicação por parte do periódico.

A nota final será a média aritmética da nota da apresentação oral e do artigo, que deve seguir os moldes de publicação do Jornal Brasileiro de História da Medicina, da Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, ou de outro periódico científico, sobre o tema de artigo proposto.

 

 

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PLOS Current Outbreaks destaca epidemiologia do vírus Chikungunya na Bahia

O periódico PLOS Current Outbreaks publicou, no último dia 2 de fevereiro, artigo sobre a epidemiologia do vírus Chikungunya na Bahia, nos anos de 2014 e 2015. Entre os autores, estão o pesquisador da Fiocruz Bahia, Luiz Carlos Júnior Alcântara; Oliver Pybus, Nuno Rodrigues Faria e José Lourenço, da Universidade de Oxford e Maricélia Maia de Lima e Erenilde Marques de Cerqueira, da Universidade Estadual de Feira de Santana.

Chikungunya é um arbovírus emergente, caracterizado em quatro linhagens. Um deles, o genótipo asiático, espalhou-se rapidamente nas Américas após a sua introdução na ilha Saint Martin, em outubro de 2013. Inesperadamente, uma nova linhagem, o genótipo Centro-Leste-Sul-Africano, foi introduzida a partir de Angola, no final de maio 2014, em Feira de Santana, onde já foram notificados mais de 5,5 mil casos.

O estudo revelou a existência de duas ondas de transmissão do vírus. A primeira, ocorreu em junho de 2014 e cessou em dezembro do mesmo ano. A segunda onda começou em janeiro de 2015 e atingiu o pico no mês de maio, oito meses após o primeiro pico da onda. Desta vez, a doença manifestou-se juntamente com os vírus da Dengue e Zika.

PLoS Currents é um grupo de revistas científicas publicadas pela Public Library of Science. Os artigos submetidos são revisados por “moderadores”, que compõem um grupo seleto de pesquisadores para atuar com peer-review. Os artigos são de acesso público e indexados nas plataformas PubMed e Scopus. 

Clique aqui para acessar o artigo publicado em fevereiro de 2016.

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Fiocruz vai implantar Núcleo de Computação Científica no Parque Tecnológico da Bahia

Núcleo Parque tecnologicoA Fiocruz vai ampliar suas atividades no Parque Tecnológico da Bahia, com a implantação de um avançado Núcleo de Computação Científica. O novo espaço, cedido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (Secti) e ainda em processo de adaptação, funcionará numa perspectiva multidisciplinar, integrando grupos que já atuam em epidemiologia, bioinformática, estatística e computação. Os pesquisadores irão dispor de uma infraestrutura inédita em temos de capacidade de armazenamento, proteção e análise de dados.

Os pesquisadores do Núcleo irão trabalhar com o recém adquirido cluster da SGI, que será instalado no Cimatec e ligado, por fibra óptica, ao espaço da Fiocruz no Tecnocentro. No contexto da parceria entre a Fiocruz e o Senai/Cimatec, os pesquisadores também poderão acessar o Yemoja, o supercomputador do Cimatec. A estimativa é de que, até o início do mês de junho de 2016, as obras sejam finalizadas, os recursos computacionais instalados e as equipes de pesquisa possam ocupar o espaço em definitivo no local.

“Com o avanço do uso de recursos computacionais de alta performance, as pesquisas, tanto populacionais quanto biológicas, terão maior capacidade em trabalhar com bases de dados que antes não seriam possíveis frente aos recursos razoavelmente limitados”, explicou o pesquisador da Fiocruz Bahia, Maurício Barreto, que coordena o projeto Coorte de 100 Milhões de Brasileiros, uma das atividades âncora do Núcleo.

Segundo ele, o projeto Coorte tem o objetivo de desenvolver e institucionalizar uma plataforma de estudos e avaliações contínuas do efeito de determinantes sociais e o impacto de políticas sociais sobre a saúde, educação, trabalho e relações de gênero e raça na sociedade. “Isto será possível a partir do Cadastro Único, que agrega informações coletadas de todos os candidatos a ingressar no Programa Bolsa Família e outros programas sociais implementados pelo Governo Federal”, explica o pesquisador.
Alta performance – Considerado singular, por exigir grande capacidade computacional para processamento e vinculações de milhões de dados cadastrais, a exemplo do Cadastro Único, óbitos e hospitalizações, o projeto deve “alimentar informações nesse campo e a produção de conhecimentos, que antes não poderiam ser produzidos em função dos limites das amostras utilizadas ou das limitações de processamento, vinculação e análise de dados”, completou Barreto. “A Fiocruz terá autonomia sobre uso desse computador, mas seus cuidados ficam a cargo da Cimatec, um importante parceiro científico neste empreendimento, que no seu Centro de Supercomputação dispõe de qualificação e capacidade para isto”.

Para viabilizar o funcionamento do Núcleo, serão investidos cerca de R$2 milhões com recursos captados em projetos, além dos valores para a compra do cluster SGI UV 3000, pela Fiocruz, com recursos da FINEP CT-Infra. A solução da SGI possui arquitetura otimizada para processamento intensivo de dados em memória. A configuração atual é de 1 terabyte de memória, com 98 núcleos de processamento e capacidade de armazenamento de mais de 50 terabytes. A solução está instalada em um único rack e sua capacidade de processamento pode ser ampliada, sem a necessidade de expansão física, em até 3 vezes.

O Núcleo de Computação Científica será importante para a constituição de uma rede composta por grupos que trabalham com grandes bases de dados e problemas complexos, proporcionando parcerias com UFBA, outras universidades locais, instituições nacionais e internacionais. “Com a iniciativa poderemos integrar informações e conhecimentos de diferentes níveis, na busca de contribuir na superação de dilemas atuais vividos pelas ciências da saúde; as quais, não há dúvida de que estão produzindo novos conhecimentos em uma intensidade nunca vista. Este processo, porém, está se dando de forma fragmentada, dificultando a superação dos complexos problemas de saúde enfrentados pela sociedade humana”, sintetiza Barreto.

Atualmente, a Fiocruz já está presente, no Tecnocentro do Parque Tecnológico, com o projeto Tecnologias para o Sistema Único de Saúde (SUS). O seu principal eixo é o m-ACS, que busca desenvolver soluções tecnológicas, com a utilização de tablets e aplicativos específicos, que atendam às necessidades dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e gerem informações importantes para o gerenciamento do sistema de saúde.

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Estudo de coorte sobre leptospirose urbana é publicado no PLOS Neglected Tropical Diseases

coortePesquisadores da Fiocruz Bahia, Universidade Federal da Bahia, Escola Nacional de Saúde Pública, Yale University e Lancaster University divulgaram, na edição de 15 de janeiro da PLOS Neglected Tropical Diseases, os resultados de uma análise de quatro anos sobre os determinantes espaço-temporais da leptospirose urbana. O estudo, realizado em favelas brasileiras, tem como título Spatiotemporal Determinants of Urban Leptospirosis Transmission: Four-Year Prospective Cohort Study of Slum Residents in Brazil.

De acordo com o artigo, foi realizado um estudo prospectivo com 2,3 mil moradores de favelas localizadas em Salvador, durante os anos de 2003 a 2007. Para tanto, foi usada uma abordagem de modelagem espaço-temporal para delinear a dinâmica de transmissão da leptospirose. Foram realizadas, anualmente, entrevistas domiciliares e pesquisas de sistema de informação geográfica com o objetivo de avaliar as exposições a riscos e fontes de transmissão ambientais.

Fatores de risco – Ainda segundo os autores, o risco de infecção por leptospirose em favelas urbanas é determinado em grande parte pelas características estruturais, sociais e ambientais. “Através destas análises, verificou-se que a transmissão da Leptospiraem favelas urbanas ocorre devido à interação da pobreza, geografia e clima”, afirmam. “Nossa análise de dados prospectiva de longo prazo confirma estudos anteriores que identificaram fatores de risco socioeconômico e ambiental”, concluem.

A seguir, a relação dos autores do trabalho: José E. Hagan, Paula Moraga, Federico Costa, Nicolas Capian, Guilherme S. Ribeiro, Elsio A. Wunder Jr., Ridalva D. M. Felzemburgh, Renato B. Reis, Nivison Nery, Francisco S. Santana, Deborah Fraga, Balbino L. dos Santos, Andréia C. Santos, Adriano Queiroz, Wagner Tassinari, Marilia S. Carvalho, Mitermayer G. Reis, Peter J. Diggle, Albert I. Ko.

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Zika vírus: pesquisas da Fiocruz são destaque na Science Magazine

ScienceOs problemas relacionados ao zika vírus e sua ligação com o aumento dos casos de microcefalia em bebês no Brasil foram destaque na seção “In Depth” da Science Magazine, tendo como título da reportagem “A race to explain Brazil’s spike in birth defects”. Para saber como os centros de pesquisa do país vêm se preparando para enfrentar a surto da doença, a jornalista Gretchen Vogel entrevistou epidemiologistas de diversas instituições, como Albert Ko, da Yale University e Fiocruz Bahia, Ana Maria Bispo de Filippis, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), além de Manoel Sarno e Federico Costa, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), dentre outros.

Após o alerta global emitido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), indicando medidas preventivas e locais onde existem maior densidade de focos da doença, muitas mulheres grávidas no Brasil têm entrado em pânico. A OMS pede o reforço no combate ao mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, o aumento da capacidade de diagnóstico e atenção especial com as gestantes, para que elas não entrem em contato com o mosquito.

Diante deste cenário, o governo declarou uma emergência de saúde pública, sendo que alguns médicos recomendam às mulheres para que não engravidem até que se saiba mais sobre o assunto. As autoridades sanitárias brasileiras simplesmente recomendam que as mulheres grávidas evitem ser picadas. Isso significa vestir roupas de proteção, manter portas e janelas teladas, além do uso do repelente de insetos.

Na entrevista à Science Magazine, de acordo com Albert Ko, especialista em doenças tropicais, o vírus Zika nunca foi ligado a microcefalia. “O nosso grande desafio é que a epidemia explodiu e nossa comunidade ainda tem muito a conhecer sobre a história natural do vírus Zika”, diz. Ainda segundo a revista, a ligação entre Zika e microcefalia não vieram à tona antes porque surtos anteriores foram simplesmente muito pequenos.

Para chefe do Laboratório de Flavivírus do IOC, Ana Maria Bispo de Filippis, existem algumas teorias sobre como o agente pode ter se tornado mais patogénico. “Alguns virologistas suspeitam de uma alteração genética recente também permitiu que o vírus se espalhe mais facilmente”, disse. Ainda segundo ela, outra possibilidade é que as mulheres grávidas que possuem anticorpos contra a dengue podem ter uma resposta imune menos intensa à Zika e isso pode aumentar a chance de que o vírus atravessa a placenta e contamina o feto.

Perguntas sem respostas – Enquanto a comunidade científica se prepara para evitar a propagação da doença, muitas perguntas básicas ainda estão por ser respondidas, afirma Federico Costa. Se uma mulher teve Zika, mas se recuperou, as futuras gerações estão seguras? Quanto tempo o vírus Zika permanece em uma pessoa infectada? A zika está causando também outros tipos de danos em bebês em fase de gestação com o aparecimento de sequelas mais tarde, depois de nascidos?

São muitos os desafios a serem enfrentados e a velocidade com que o vírus se espalha não está necessariamente acompanhando o ritmo de pesquisas, já que muitos dos laboratórios brasileiros não estão equipados suficientemente para promover diagnósticos precisos. Enquanto isso, para além das fronteiras, já foram confirmados casos de zika em nove países das Américas: Brasil, Chile (Ilha de Páscoa), Colômbia, El Salvador, Guatemala, México, Paraguai, Suriname e Venezuela.

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Abertas inscrições para o curso internacional “Statistical Methods for Genetic Epidemiology”

staticalEstão abertas as inscrições para o curso “Statistical Methods for Genetic Epidemiology”, a ser realizado nos dias 16 de fevereiro a 24 de março de 2016, na sede do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, unidade da Fundação Oswaldo Cruz na Bahia. A atividade, coordenada pelos pesquisadores Mauricio Barreto e Manoel Barral-Netto, contará com os professores Bernd Genser, da University of Heidelberg, na Alemanha, Carlos Teles, da Fiocruz Bahia e Gustavo Costa, do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA).

Interessados têm até o dia 2 de fevereiro para efetuar suas candidaturas, que devem ser feitas por meio do site do evento:http://cursos.bahia.fiocruz.br/biostatgenetics. No site do evento é possível encontrar o conteúdo de toda a programação e horários de realização das aulas. Importante ressaltar que o curso será realizado em Inglês e não contará com serviço de tradução simultânea.

De acordo com os organizadores, a atividade visa fornecer uma introdução aos métodos e técnicas quantitativas para pesquisa em epidemiologia genética. Ao final, espera-se capacitar os participantes neste campo, levando-os a compreender os princípios básicos, projetos comuns de pesquisa e métodos estatísticos adequados de estudos epidemiológicos envolvendo dados genéticos.

Novas perspectivas – Para Maurício Barreto, a pesquisa genética sofreu profundas transformações recentes, o que permitiu ampliar os estudos populacionais e em especial os estudos epidemiológicos que visam associar variações genéticas e fatores ambientais com doenças em populações humanas. “No Brasil, vários grupos já estão estudando diferentes aspectos da epidemiologia genética e este curso fornecerá maior embasamento metodológico para aquele que incursionam nesta área”, afirma.

Segundo o pesquisador, existe uma série de questões específicas de doenças na população brasileira, as quais devidamente exploradas, inclusive, com métodos da epidemiologia genética, podem não somente contribuir para avançar o conhecimento e possíveis soluções de problemas prevalentes no nosso meio, como também, eventualmente, colocar o país na fronteira do conhecimento nestes temas.

 

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Trabalho que descreve os surtos de doença exantemática causado pelos vírus Zika, Chikungunya e Dengue é publicado na revista Emerging Infectious Diseases

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O artigo Outbreak of Exanthematous Illness Associated with Zika, Chikungunya, and Dengue Viruses, Salvador, Brazil, elaborado pelos pesquisadores da Fiocruz Bahia, Guilherme Ribeiro e Mitermayer Reis, além de Cristiane Cardoso, Igor Paploski, Mariana Kikuti, Moreno Rodrigues, Monaise Silva, Gubio Campos, Silvia Sardi e Uriel Kitron, foi publicado na edição de dezembro da importante revista científica Emerging Infectious Diseases (Vol. 21, Nº 12), publicada pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos. O trabalho descreve os surto de doença exantemática causado pelos vírus Zika, Chikungunya, e dengue em Salvador no ano de 2015.

De acordo com Guilherme Ribeiro, a publicação, que foi conduzida em uma colaboração entre a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a Fiocruz, a Universidade Federal da Bahia (Ufba) e a Emory University, nos Estados Unidos, merece destaque pela relevância do tema no cenário epidemiológico atual, já que tais achados são de interesse tanto para o meio acadêmico, quanto para sociedade em geral. “A equipe de pesquisadores continuam trabalhando com a SMS, dando apoio às ações de vigilância epidemiológica e investigação do surto de SGB e microcefalia”, afirma.

No primeiro semestre de 2015, o aumento do número de casos de pessoas com erupções cutâneas no corpo chamou a atenção de sanitaristas do Departamento de Vigilância Epidemiológica de Salvador, que, frente à situação, implementaram um sistema de vigilância sentinela nas Unidades de Pronto-Atendimento do município a fim de identificar outros casos semelhantes. De fevereiro a junho, a vigilância epidemiológica identificou 14.835 casos dessa doença de causa até então desconhecida na cidade de Salvador.

SURTO E SINTOMAS – Como resultado da união de esforços intelectuais por parte dos membros das quatro instituições envolvidas na publicação do artigo, foi identificado que a maior ocorrência da doença se deu no mês de maio e que os casos se caracterizavam pela frequente presença de prurido associado às lesões de pele. Além disso, os pesquisadores testaram amostras de 58 dos pacientes com métodos moleculares (RT-PCR) e demonstraram a presença de RNA dos vírus zika em três pacientes, do vírus chikungunya em outros três pacientes e do vírus dengue em mais dois pacientes.

Os resultados da investigação demonstram a dificuldade para distinguir com base nas manifestações clínicas essas três infecções virais e chamam atenção para a circulação simultânea dos três vírus em Salvador. Pela baixa frequência nos casos estudados de febre e artralgia (sintomas tipicamente presentes em casos de dengue e chikungunya) e pela identificação concomitante do vírus zika em pacientes com doença exantemática de vários estados do país, os pesquisadores concluíram que a mais provável causa para o grande surto de doença exantemática em Salvador seja o vírus zika.

Assim como os vírus da dengue e da chikungunya, o vírus zika também é transmitido por mosquitos do gênero Aedes spp.. Até o presente, os surtos causados pelo vírus zika tem ocorrido predominantemente na região Nordeste, mas dada a ampla distribuição do mosquito vetor no país, há um risco real de que outras regiões também venham a sofre com epidemias causadas por este vírus. Até o presente, a Bahia permanece como o estado brasileiro com o maior número de notificações de casos suspeitos de zika e de chikungunya, mas, em função da semelhança clínica entre estas arboviroses (infecções virais transmitidas por insetos), é provável que muitos dos casos notificados no país como sendo casos de dengue sejam na verdade casos de zika ou chikungunya.

MICROCEFALIA – Recentemente, o aumento na região Nordeste de casos de microcefalia, uma malformação congênita em que os recém-nascidos apresentam perímetro cefálico menor do que o normal, tem sido relacionado à infecção de gestantes pelo vírus zika. Da mesma forma, a Síndrome de Guillain-Barré, doença neurológica em que há perda progressiva da força muscular, também é suspeita de ser uma das possíveis complicações associadas à infecção pelo vírus zika. Até julho, somente a Bahia havia notificado 115 casos suspeitos dessa síndrome.

 

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Artigo sobre escolha e rejeição da especialidade médica é publicado na PloSOne

Plos one

Artigo sobre escolha e rejeição da especialidade médica, sob a orientação do pesquisador Manoel Barral Netto, da Fiocruz Bahia, foi publicado na edição de julho do periódico online PLoS ONE. Intitulado “Medical Specialty Choice and Related Factors of Brazilian Medical Students and Recent Doctors”, o trabalho aborda fatores relacionados à essa opção o que pode orientar a elaboração de estratégias que estimulem o interesse por determinadas especialidades de acordo com as necessidades do sistema de saúde do Brasil.

Além do orientador, os autores do artigo são Ligia Correia Lima de Souza, Gabriela Garcia, Ediele Brandão e Vitor Mendonça, oriundos, respectivamente, da Faculdade de Medicina e Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Fundação Técnico Educacional Souza Marques, do Rio de Janeiro, e Pós-graduação em Patologia da Fiocruz Bahia.
De acordo com Barral Netto, a linha de pensamento que guiou o estudo procurou entender o raciocínio dos futuros médicos. “Uma pergunta frequente ao estudante de medicina desde o primeiro dia do curso é: Qual especialidade seguir? O que realmente os motiva para uma escolha ou outra?”, indagou. Segundo ele, escolher uma especialidade médica é um momento importante, complexo, sendo o processo não compreendido em sua totalidade.

O pesquisador ressaltou que a investigação pode auxiliar no desenvolvimento de estratégias de intervenção, ou seja, programas informativos e atividades extracurriculares, de acordo com as necessidades do sistema de saúde brasileiro, em que o déficit de profissionais e a distribuição desta força de trabalho são assuntos recorrentes quando se trata de assistência médica.

MÉTODO – O estudo foi realizado nas cidades de Salvador e Rio de Janeiro, no ano de 2012, tendo sido investigados os fatores relacionados à intenção de escolha e de rejeição de especialidades médicas, bem como o momento em que essas decisões foram feitas. Para tanto, foram entrevistados 1.223 estudantes de medicina, que estavam cursando os dois últimos anos da faculdade, e médicos que iriam fazer concurso de residência no ano de 2013, pertencentes a quarenta escolas médicas brasileiras.

Foram aplicados questionários padronizados que investigavam os dados demográficos do participante, as experiências extracurriculares, os possíveis fatores que poderiam influenciar a escolha da especialidade, as especialidades provavelmente mais escolhidas, o momento da primeira escolha e as mais rejeitadas, dentre outros.

Os resultados demonstraram que a intenção da escolha de especialidades médicas ocorre, principalmente, no período final na faculdade de medicina, e, a rejeição, acontece nos primeiros anos de vida universitária. “O aluno, conforme o tempo vai passando na Escola de Medicina, vai definindo coisas que ele não quer fazer. A escolha do que ele vai fazer é mais tardia. Então, isso é muito importante. Ele usa a estratégia da eliminação”, disse Manoel Barral Netto.

O pesquisador explica que, se o Ministério da Saúde achar que precisa aumentar a atenção básica, é salutar um esforço de elaboração de atividades relacionadas a esta área nos primeiros semestres das grades curriculares dos cursos de medicina como, por exemplo, aumentando a exposição do aluno à especialidade, ofertando professores com melhor didática e remuneração mais adequada a estes profissionais. “Os quesitos importantes para uma tomada de decisão são construídos nos primeiros anos do estudante na universidade. Se ele notar que ele vai ter o controle do tempo para uma vida normal, não vai ficar escravo do trabalho”, frisou.

FATORES DE INFLUÊNCIA – Além disso, o pesquisador da Fiocruz Bahia explica que diferentes grupos de especialidades têm distintos fatores de influência. “Por incrível que pareça, a questão da remuneração é um dado que não apareceu muito e nossas conclusões se baseiam numa interpretação que possui um viés cultural”, apontou. “Deduzimos que, por causa dos nossos costumes judaico-cristãos, poucos irão admitir em um questionário de pesquisa que está fazendo uma determinada especialidade por causa das altas remunerações que ela proporciona”.

Além do fator “razão financeira”, o “papel de mentor” foi um resultado muito forte na pesquisa. Ou seja, a exposição de figuras importantes na vida universitária do aluno, como bons professores e exemplos de médicos bem sucedidos podem inspirá-los a seguir uma determinada especialidade. Outras questões que chamaram a atenção foram os índices “controle do tempo pessoal e “autonomia”. Manoel Barral Netto explica que existem algumas especialidades que, mesmo pagando bem, não são muito atrativas, como as ligadas à emergência, ginecologia e obstetrícia e pediatria, dentre outras, onde o médico é exigido com mais frequência, acarretando em inúmeras restrições em sua vida pessoal e familiar.

Ainda de acordo com o estudo, um fator de robusta correlação com a intenção de especialidade foram as experiências extracurriculares dos estudantes de medicina, sendo assim estratégias como aumento de pesquisas, ligas acadêmicas e estágios com ênfase na especialidade de necessidade para o sistema de saúde uma potencial estratégia para a atração de profissionais.
Por exemplo, os participantes que escolhem especialidades com o estilo de vida controlável, avaliam como fatores mais importantes tempo pessoal, razão financeira e autonomia. Já os profissionais que escolhem especialidades de atenção primária avaliam como importante para a escolha compromisso social, experiências durante o internato e atribuem pouco valor a motivo financeiro e tempo pessoal. “Estes fatores são compatíveis com uma maior orientação idealista e a uma menor preocupação por status”, afirmam os autores do artigo.

Para eles, o que falta mesmo no Brasil, principalmente, nas cidades do interior, são os médicos voltados para uma atenção mais primária, ou seja, uma atenção básica para não sobrecarregar o restante do sistema porque os problemas pequenos não foram resolvidos em tempo. De acordo com eles, sabendo isso, é possível para as autoridades intervir de alguma maneira. “Esperamos que nossa pesquisa permita que haja algum tipo de estímulo para as áreas que precisam ser mais expandidas no Brasil”, concluem.

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Trabalho sobre Leishmania é publicado na revista PlosOne

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O trabalho “Encapsulation of Living Leishmania Promastigotes in Artificial Lipid Vacuoles” publicado na revista PlosOne, mostra pela primeira vez a encapsulação de promastigotas vivas de Leishmania em vesículas artificiais. Foi demonstrado que os parasitas podem sobreviver por dias, sendo possível ajustar a composição da vesícula, pH e temperatura. O Estudo, desenvolvido em um parceria entre o Laboratório de Patologia e Biointervenção (Fiocruz Bahia) e o Centre Interdisciplinaire de Nanoscience de Marseille (CINaM-Aix Marseille Université) abre perspectivas para o desenvolvimento de um modelo de vacúolo ex vivo para o estudo da amastigogênese e compreensão da influência do parasita no desenvolvimento do vacúolo parasitóforo.

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