Revisão destaca importância da enfermagem na assistência a pacientes com Chagas

Um estudo revisou trabalhos sobre a atuação de profissionais de enfermagem na assistência e cuidado a pacientes com doença de Chagas. A pesquisa, realizada com o objetivo de aumentar a conscientização entre os profissionais de saúde sobre o papel essencial do atendimento de alta qualidade no tratamento de pacientes com a forma crônica da doença, foi coordenada pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Fred Santos, e publicada no periódico BMC Nursing.

O artigo destacou o papel desempenhado por enfermeiros na prestação de cuidados essenciais a portadores sintomáticos da doença de Chagas crônica, causada pelo parasito Trypanosoma cruzi. Esses profissionais são fundamentais no controle de sintomas, administração de medicamentos e monitoramento da saúde, contribuindo para a melhora da qualidade de vida dos pacientes.

Utilizando a metodologia de revisão de escopo, que analisa a literatura sobre um tema específico, a equipe seguiu o método PRISMA-ScR para selecionar os artigos. A busca foi realizada nas bases de dados SciELO Brasil, PubMed e LILACS, utilizando palavras-chave como “doença de Chagas”, “enfermagem”, “cuidados de enfermagem” e “assistência de enfermagem”, em português, inglês e espanhol, no período de 1980 a 2022. Inicialmente, 633 estudos foram identificados, dos quais 17 foram selecionados para análise final, incluindo dois estudos observacionais, duas séries de casos e sete revisões de literatura.

Os resultados reforçam o papel crucial dos enfermeiros no suporte a pacientes com manifestações cardíacas e/ou digestivas da doença de Chagas crônica. Também foram abordadas intervenções voltadas para neonatos infectados e usuários de dispositivos como marcapassos e desfibriladores cardioversores implantáveis.

Os pesquisadores concluíram que a enfermagem é essencial em equipes multidisciplinares de cuidado, desempenhando um papel crítico na melhoria da qualidade de vida de pessoas com doença de Chagas crônica, independentemente da forma clínica apresentada. O estudo destaca ainda a importância de avaliar as necessidades subjetivas e objetivas de cada paciente, a fim de elaborar planos de cuidados personalizados que atendam às condições clínicas e demandas individuais.

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Potencial terapêutico de vesículas extracelulares derivadas de células-tronco para dermatite é tema de tese

Estudante: Sérgio Ricardo Teixeira Daltro
Orientação: Milena Botelho Pereira Soares
Título da tese: Avaliação do potencial terapêutico de vesículas extracelulares derivadas de células-tronco mesenquimais de cordão umbilical humano em modelo experimental de dermatite atópica em camundongos
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana e Experimental
Data de defesa: 04/02/2025
Horário: 09h00
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 815 7196 6759
Senha: defesa

Resumo

A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória crônica da pele, caracterizada por lesões eczematosas e prurido intenso, configurando um grande desafio de saúde pública. As terapias convencionais, baseadas principalmente em corticosteroides e imunossupressores, apresentam eficácia limitada e estão associadas a efeitos adversos significativos. O uso terapêutico de células-tronco mesenquimais (CTMs) ou seu secretoma, incluindo vesículas extracelulares (VEs), tem demonstrado efeitos imunomoduladores promissores no tratamento de doenças imunomediadas. Neste estudo, foi avaliado o potencial terapêutico de VEs derivadas de CTMs de cordão umbilical humano em camundongos BALB/c com dermatite atópica induzida por epicutânea aplicação de 2,4-dinitroclorobenzeno (DNCB). As CTMs foram isoladas, caracterizadas e utilizadas para obtenção das VEs por ultracentrifugação. As VEs foram caracterizadas quanto ao tamanho, índice de polidispersão, potencial zeta e morfologia por microscopia eletrônica de transmissão. Os resultados demonstraram que as VEs reduziram significativamente os marcadores inflamatórios, como o número de mastócitos, a espessura da epiderme e as citocinas pró-inflamatórias IL-4 e TSLP, além de promoverem a recuperação da integridade da barreira cutânea, evidenciada pelo aumento dos lipídios no estrato córneo. A análise histológica revelou uma organização epidérmica superior nos grupos tratados, enquanto a avaliação clínica indicou melhora significativa das lesões. Em modelo in vitro de ativação de queratinócitos, as VEs modularem a expressão gênica de diversos genes associados à DA. Os efeitos terapêuticos observados foram comparáveis aos da dexametasona, consolidando as VEs como agentes imunomoduladores eficazes. Os achados reforçam o potencial das VEs derivadas de CTMs no tratamento da dermatite atópica, oferecendo uma abordagem inovadora e promissora com menor risco de efeitos adversos. Palavras-chave: células-tronco mesenquimais, vesículas extracelulares, dermatite atópica, imunomodulação.

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Tese avalia potencial de células-tronco para superexpressar fator inibidor da leucemia

Estudante: Girlaine Café Santos
Orientação: Milena Botelho Pereira Soares
Título da tese: Avaliação do potencial pró angiogênico/arteriogênico de células-tronco/estromais mesenquimais humanas geneticamente modificadas para superexpressar o fator inibidor da leucemia em modelo de isquemia crítica de membros
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana e Experimental
Data de defesa: 30/01/2025
Horário: 14h00
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 854 9013 8546
Senha: defesa

Resumo

INTRODUÇÃO: A doença arterial periférica (DAP) é uma afecção vascular crônica cujo desfecho mais extremo, a isquemia crítica de membros inferiores (ICM), é umas das principais causas de morbimortalidade mundial. Apesar da alta prevalência, a DAP segue sem tratamento eficaz para recuperação da vasculatura perdida. As células-tronco/estromais mesenquimais (MSC) são células com capacidade de secreção de moléculas mediadoras de efeitos biológicos como angiogênese e arteriogênese, representando uma opção terapêutica contra a ICM. O potencial terapêutico de MSC pode ser incrementado através da superexpressão de fatores de interesse, via modificação genética. O fator inibidor da leucemia (LIF) foi descrito como uma citocina capaz de aumentar o potencial pró-angiogênico quando superexpresso em MSC. OBJETIVOS: Gerar uma linhagem de MSC humanas superexpressando LIF (MSC_LIF) e avaliar o seu potencial pró-angiogênico/arteriogênico em modelos in vitro e in vivo. MÉTODOS: As MSC foram isoladas de cordão umbilical e transduzidas através de vetores lentivirais de segunda geração expressando o gene LIF. A eficiência da transdução e produção da proteína LIF foram confirmadas por RT-qPCR e ELISA, respectivamente. A caracterização das células geradas foi realizada por diferenciação nas três linhagens mesodérmicas e imunofenotipagem. A duplicação celular foi avaliada por Population Doubling e ensaio de UFC-F. A análise da expressão gênica dos principais marcadores de angiogênese, células perivasculares e arteriogênese foi realizada por RT-qPCR. O potencial de formação de microvasos in vitro foi investigado pelo ensaio de brotamento de anéis aórticos. O ensaio do plug de Matrigel® investigou o potencial de recrutamento e migração da vasculatura in vivo. O modelo de isquemia crítica de membros posteriores avaliou o potencial de MSC_LIF na formação de vasos arteriais colaterais e proteção tecidual contra isquemia in vivo. RESULTADOS: MSC_LIF apresentou um aumento de expressão e secreção de LIF em relação às células não transduzidas, indicando o sucesso da modificação genética. A imonofenotipagem e o ensaio de diferenciação mesodérmica mostraram que a MSC_LIF manteve o fenótipo e a multipotência característicos de MSC. Os ensaios de UFC-F e PD demonstraram aumento da duplicação celular em MSC_LIF. A análise de expressão gênica demonstrou regulação positiva de genes essenciais para a angiogênese, arteriogênese e para marcadores perivasculares. O ensaio de brotamento de anéis aórticos mostrou que MSC_LIF promoveu um maior surgimento de brotamentos de microvasos a partir do tecido arterial. O ensaio do plug de Matrigel® revelou que MSC_LIF foi mais eficaz em induzir migração de vasos sanguíneos CD31+ e arteríolas aSMA+ para o interior dos plugs. O tratamento com MSC_LIF restaurou o fluxo sanguíneo pela formação de arteríolas aSMA+, melhorou o escore isquêmico e o desempenho funcional, além de promover maior proteção tecidual contra isquemia no modelo de isquemia crítica de membros. CONCLUSÃO: A superexpressão de LIF é uma estratégia promissora para aumentar o potencial angiogênico/arteriogênico e de reparação tecidual de MSC para o tratamento da CLI. PALAVRAS-CHAVE: Doença arterial periférica, Células- tronco/estromais mesenquimais, LIF, Angiogênese, Arteriogênese, Isquemia crítica de membros inferiores.

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Dissertação busca caracterizar resposta imune após reforço das vacinas anti-Sars-CoV-2

Estudante: Victoria Cruz Paraná
Orientação: Maria Fernanda Rios Grassi
Coorientação: Luana Leandro Gois
Título da dissertação: AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE HUMORAL E CELULAR DE INDIVÍDUOS VACINADOS COM DOSES DE REFORÇO DA VACINA ANTISARS- COV-2
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 04/02/2025
Horário: 14h00
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 840 1173 1758
Senha: victoria

Resumo

Introdução: As vacinas contra o SARS-CoV-2 induzem respostas humoral e celular específicas, mas o surgimento de variantes tornou necessárias doses de reforço. Objetivos: Este trabalho caracteriza a resposta imune humoral e celular após doses de reforço das vacinas anti-Sars-CoV-2. Metodologia: A população do estudo foi composta por 25 profissionais de saúde que completaram o esquema vacinal primário (CoronaVac ou ChAdOx1) e duas doses de reforço (BNT162b2 ou Ad26.COV2.S). Os títulos de anticorpos neutralizantes (NAb) foram determinados com o kit SARS-CoV-2 nAb ELISA e o título de IgG com ELISA indireto. Células T produtoras de IFN-γ e subpopulações de células T de memória produtoras de IFN-γ e TNF em resposta a peptídeos da sequência original e variantes Delta, Gama, Ômicron, Ômicron BA.4-5 e Ômicron XBB.1 foram quantificadas por ELISPOT e por citometria de fluxo, respectivamente. Resultados: A idade média dos participantes foi de 63,0±4,4 anos, a maioria era do sexo feminino (68%) e sem infecção prévia por Sars-CoV-2 (53%). Após o 1º reforço (n=25), 100% apresentaram NAb detectáveis [título geométrico médio (GMT): 223,1±1,0] e títulos de IgG (média: 1785±2705). Após o 2º reforço (n=18), os níveis de IgG (média: 3301±3355) e nAb (GMT: 460,4±4,3) aumentaram (p<0,05). Em relação à resposta celular, a frequência de respondedores e o número de SFC/10⁶ PBMC em resposta aos peptídeos da variante Ômicron XBB.1 após o 1º reforço (n=14) (93%; Mediana: 438,7 SFC/10⁶ PBMC; IQR 336,2–470,0 SFC/10⁶ PBMC) foram maiores comparados ao 2º reforço (n=16) (25%; Mediana: 27,5 SFC/10⁶ PBMC; IQR 0,0–275,0 SFC/10⁶ PBMC) (p<0,05). Além disso, o 1º reforço (n=18) vacinal teve maior frequência de células T de memória efetora (TEM) e transicional (TTM) CD4+ em resposta à sequência original e variantes. Após o 2º reforço (n=18), houve redução das células TTM CD4+, exceto para a variante Delta, enquanto as TEM CD8+ aumentaram. Houve predomínio de predomínio de células monofuncionais (IFN-γ+ ou TNF-α+). O 1º reforço elevou células monofuncionais IFNγ+ na subpopulação T de memória central (TCM) em resposta à Ômicron (Mediana: 1,1%; IQR 0,04 – 3,2%), mas essa resposta (Mediana: 0,00%; IQR 0,00 – 0,42%) e a produção de IFN-γ por linfócitos T CD4+ TTM para Ômicron XBB.1 (Mediana: 0,56%; IQR 0,04 – 1,40% vs Mediana: 0,07%; IQR 0,00 – 0,24%) diminuíram após o 2º reforço (p<0,05). Respostas TNF-α+ em T CD8+ TTM a Ômicron BA.4-5 também reduziram após o 2º reforço (Mediana: 0,87%; IQR 0,03 – 2,22% vs Mediana: 0,17%; IQR 0,12 – 0,84%) (p=0,02). Conclusão: Houve persistência da resposta humoral e celular após o 1º reforço vacinal em resposta à sequência do SARS-CoV-2 original e variantes. Todavia, não foi observado incremento da resposta celular após o 2º reforço. São necessários mais estudos para compreender as respostas imunológicas com doses adicionais e avaliar a necessidade de novos reforços

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Atividade imunomoduladora da fisalina F é tema de tese

Estudante: Dahara Keyse Carvalho Silva
Orientação: Milena Botelho Pereira Soares
Título da tese: Avaliação da atividade imunomoduladora da fisalina F em células humanas e de camundongos
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana e Experimental
Data de defesa: 30/01/2025
Horário: 09h00
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 856 3388 8298
Senha: defesa

Resumo

Distúrbios no sistema imune são responsáveis pelo desenvolvimento de diversas doenças. Os medicamentos utilizados no tratamento dessas condições apresentam efeitos adversos graves, e por isso, há a necessidade de novos fármacos. Dentro desse contexto, as fisalinas possuem diversas atividades farmacológicas já descritas em literatura, sendo a fisalina F um importante composto com atividade imunomoduladora. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos imunomoduladores da fisalina F em esplenócitos de camundongo BALB/c e em células mononucleares do sangue periférico (PBMC) humanas. Inicialmente, foi realizado o ensaio de citotoxicidade em esplenócitos de camundongos BALB/c e PBMC. Posteriormente, foi avaliado o efeito do tratamento na linfoproliferação ativada por mitógeno por marcação com CFSE ou Celltiter Glo® e o efeito do composto na produção de mediadores inflamatórios, através do ELISA ou ELISPOT. A interferência da fisalina F no ciclo celular e no padrão de morte celular foram avaliados por citometria de fluxo. Investigou-se a terapia combinada da fisalina F com dexametasona utilizando Celltiter Glo®. Para investigação dos possíveis mecanismos de ação, avaliou-se o efeito do composto na atividade da calcineurina, a partir do kit de ensaio de atividade celular de calcineurina. O efeito in vivo foi avaliado em modelo de hipersensibilidade tardia. A interferência da molécula na expressão gênica foi avaliada por RT-PCR ou PCRarray. Em adição, foi avaliado o docking molecular entre a fisalina F com a calcineurina. A fisalina F, nas concentrações testadas (0,5, 1 e 2 µM), não apresentou citotoxicidade em esplenócitos de camundongos BALB/c e PBMC humanas. Após o tratamento com a fisalina F, houve inibição da linfoproliferação, apresentando ação sinérgica com a dexametasona. O tratamento com a fisalina F reduziu os mediadores inflamatórios IL-2, IFN-γ, IL-10, IL-4 e IL-13 e diminuiu células produtoras de IFNγ. O tratamento também induziu parada na fase G1 do ciclo celular e morte celular por apoptose. A fisalina F reduziu a atividade da calcineurina, além de reduzir o edema de pata em modelo de hipersensibilidade tardia. O composto modulou genes importantes da via do NFAT, como calcineurina, calmodulina e NFAT1. Os resultados demonstram uma potente atividade imunossupressora da fisalina F. Palavras-chaves: fisalina F; imumomodulação; linfócitos.

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Dissertação avalia marcadores histológicos na glomeruloesclerose

Estudante: José Nathan Andrade Muller da Silva
Orientação: Washington Luis Conrado dos Santos
Título da dissertação: Marcadores histológicos de cronicidade e progressão da glomeruloesclerose segmentar e focal.
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana e Experimental
Data de defesa: 24/01/2025
Horário: 10h00
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 899 5614 8774
Senha: defesa

Resumo

Glomeruloesclerose segmentar e focal sem outras especificações (GESF SOE) é uma glomerulopatia de possível causa primária ou secundária. Identificamos 33 casos de GESF SOE para aplicação de escore experimental de predição de progressão. Foi identificado especificidade 0.66 e sensibilidade de 0.80 pelo escore de predição num ponto de corte de pelo menos 4 na pontuação geral. A hialinose arteriolar foi o parâmetro com melhor performance obtendo sensibilidade de 0.83 e especificidade de 0.91. Dos 35 casos, 25 foram obtidos pesquisa de alelo de risco da APOL1. Digitalizamos as lâminas para futuro estudo em Patologia computacional e uso de modelo IA copiloto para melhor calibração dos parâmetros.

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Dissertação do PGPAT recebe menção honrosa em evento da CAPES

O autor da dissertação, Leonardo Siquara, e a orientadora, Clarissa Gurgel.

O estudante Leonardo de Oliveira Siquara da Rocha, doutorando no Programa de Pós-Graduação em Patologia Humana (PGPAT) da Fiocruz Bahia, foi reconhecido com uma menção honrosa no XIV Encontro Nacional de Pós-Graduação nas Áreas de Medicina da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), em outubro, em São Paulo.

Orientado pela pesquisadora da Fiocruz Bahia, Clarissa Gurgel, o estudante recebeu o prêmio pelo trabalho de mestrado, onde investigou o uso de esferóides tumorais como modelo para estudar interações complexas entre células tumorais. Essa pesquisa inovadora, focada na identificação e estudo das estruturas denominadas “cell-in-cell” em carcinoma de células escamosas, oferece novos insights sobre a dinâmica da comunicação celular no microambiente tumoral e, principalmente, o papel dos fibroblastos associados ao câncer, com potencial para avanços no entendimento da biologia das metástases e agressividade do tumor. A premiação ressalta o rigor científico do estudo e a contribuição da equipe para o conhecimento na área.

Leonardo compartilhou que ficou honrado com a menção honrosa. “Sei que o nosso trabalho está entre vários outros excelentes ao redor do Brasil, e é gratificante perceber a excelência do PGPAT através dos estudos que realizamos, especialmente por estarmos na região Nordeste que conta com poucos cursos nota 6, como é o nosso caso”, destacou.

A 14ª edição do Encontro Nacional de Pós-Graduação nas Áreas de Avaliação de Medicina I, II e III da CAPES reuniu gestores de instituições de ensino superior, coordenadores de programas, professores, estudantes, pesquisadores, secretários e outros profissionais que atuam nos mestrados e doutorados.

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Estudo com participação da Fiocruz Bahia é selecionado entre os mais notáveis do ano pelo New England Journal of Medicine

O periódico New England Journal of Medicine (NEJM) publicou uma coleção de estudos selecionados por seus editores como os mais notáveis ​​e impactantes do ano de 2024, na medicina clínica. Entre os 14 selecionados está o trabalho “Vacina Butantan–Dengue Tetravalente, Atenuada e Viva em Crianças e Adultos”, no qual participaram as pesquisadoras da Fiocruz Bahia, Aldina Barral e Viviane Boaventura.

A Butantan–Dengue (Butantan-DV) é uma vacina experimental, de dose única, viva, atenuada e tetravalente contra a dengue, que avaliou a eficácia geral em um estudo de fase 3 em andamento, duplo-cego, no Brasil. Os participantes foram designados aleatoriamente para receber Butantan-DV ou placebo, estratificados de acordo com a idade (2 a 6 anos, 7 a 17 anos e 18 a 59 anos). Os pesquisadores concluíram que uma dose única de Butantan-DV preveniu dengue nos sorotipos 1 e 2 sintomáticos, independentemente do estado sorológico da dengue no início do estudo, durante 2 anos de acompanhamento.

O editor Scott B. Halstead destacou a relevância dos ensaios clínicos da vacina experimental brasileira, no texto intitulado “Three Dengue Vaccines — What Now?”. Halstead ressaltou que as vacinas existentes atualmente são administradas em três doses, no caso da Dengvaxia, e duas doses, no caso da Takeda, mais conhecida como Qdenga, que no Brasil está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). “Dadas as realidades das dimensões da pandemia de dengue nos séculos XX e XXI, uma vacina tetravalente de dose única altamente eficaz continua em alta demanda. Os ensaios clínicos do Butantan-DV devem continuar e, se possível, ser expandido”, afirmou.

No conteúdo da publicação podem ser encontrados os resumos de artigos, editoriais de acompanhamento e resumos em linguagem simples dos estudos selecionados, além de uma carta do editor-chefe Eric J. Rubin. Acesse aqui.

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Projeto é aprovado em chamada de programa de atenção oncológica do Ministério da Saúde

O projeto da Fiocruz Bahia “Integração da Medicina de Precisão ao SUS: Implementação de Rede Multi-institucional para inovação no diagnóstico e tratamento de leucemias e linfomas” foi aprovado na chamada do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON), do Ministério da Saúde. A iniciativa tem como objetivo viabilizar a organização de uma rede colaborativa de pesquisas em tumores malignos hematológicos, liderada por uma equipe baiana, buscando benefícios para pesquisa científica na região Nordeste e para pacientes atendidos na região.

A rede, liderada pelas pesquisadoras da Fiocruz Bahia, Karine Damasceno e Eugênia Granado, trabalhará com ferramentas de inovação em saúde, no desenvolvimento de imunoterapias, definição de biomarcadores e no aprimoramento do diagnóstico e caracterização das patologias estudadas. O projeto também vai avaliar os fatores de risco e características socioeconômicas da população em estudo e contribuirá para o desenvolvimento de estratégias de promoção de saúde pública.

Durante o desenvolvimento, o projeto irá possibilitar o acesso de pacientes do SUS a testes importantes na definição do tratamento e prognóstico, como preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), dos quais poucos são realizados na Bahia, o que possibilita a formação de uma equipe com expertise para a realização desses diagnósticos localmente, sendo estratégico para o desenvolvimento de novas tecnologias na região.

Um dos eixos do estudo pretende explorar a complexidade do microambiente tumoral no linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), por meio da identificação e validação de biomarcadores moleculares. Aliado ao uso de tecnologias de ponta, como imunofluorescência multiplex, ferramentas de patologia digital e inteligência artificial, essa inovação estratégica nos posicionará à frente no uso de tecnologias avançadas para diagnóstico, aprimorando nossa capacidade de fornecer análises detalhadas e precisas, fundamentais para o avanço da pesquisa e tratamento na área oncológica.

Além da participação de pesquisadores da Fiocruz Bahia, a rede será composta de hospitais oncológicos da Bahia, instituições de referência em pesquisa e inovação como a Fiocruz Ceará, o Instituto Carlos Chagas no Paraná, o Instituto Oswaldo Cruz e o Instituto Nacional de Câncer, no Rio de Janeiro.

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Fiocruz Bahia inaugura biobanco com capacidade para mais de 600 mil amostras

A segunda-feira, 16/12, foi marcada pela inauguração do Bio-IGM, o biobanco da unidade da Fundação Oswaldo Cruz na Bahia. Com capacidade para armazenar mais de 600 mil amostras, a estrutura reúne amostras biológicas coletadas através das pesquisas desenvolvidas no âmbito da instituição. O biobanco representa um importante avanço, contribuindo para o fortalecimento da ciência aberta e o compartilhamento de dados e amostras, respeitando normas técnicas e éticas necessárias para o seu funcionamento. 

Com uma estrutura robusta, o biobanco conta com ultrafreezers que alcançam a temperatura de -80ºC, refrigeradores, freezers -30ºC, um grande contêiner de nitrogênio líquido e equipamentos que garantem a qualidade e a segurança do armazenamento das amostras. O biobanco já conta com cerca de 40 mil amostras derivadas do diagnóstico da Covid-19, doença de Chagas e esquistossomose. 

A mesa de abertura contou com a participação da diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves; do Vice-Diretor de Pesquisa da Fiocruz Bahia, Ricardo Riccio; da superintendente de Desenvolvimento Científico da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação – SECTI, Isabel Sartori; da representante da Rede Fiocruz de Biobancos e da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas, Daiane Sertório; do Deputado Federal, Jorge Solla; e do superintendente de Assistência Farmacêutica, Ciência e Tecnologia, representando a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), Luiz Henrique Gonzales D’utra. Em seguida, as curadoras do biobanco, Eugênia Granado e Adriana Lanfredi apresentaram o percurso desde a criação até a instalação de toda a estrutura. 

A cerimônia também contou com a presença da diretora de Hematologia da Fundação Hemoba, Anelisa Costa Streva, da diretora do Laboratório Central de Saúde Pública-LACEN, Arabela Leal; e do assessor parlamentar Gabriel Carvalho, representando a deputada federal, Alice Portugal. 

Durante o evento, a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves falou sobre a importância do biobanco para a realização de pesquisas. “A importância de um biobanco se dá exatamente para que essas etapas (construção e validação de métodos diagnósticos) sejam feitas de maneira rápida para que nós possamos dar respostas de Saúde Pública para a nossa população… Esse biobanco representa uma organização para que nós possamos enfrentar futuros agravos de Saúde Pública”, afirmou. 

O Vice-diretor de Pesquisa, Ricardo Riccio, falou da importância de tornar a ciência aberta e acessível a todos, respeitando os critérios éticos e legais. “Temos hoje um dia festivo, um dia de muita felicidade para todos nós e esperamos que esse biobanco possa fortalecer todo o ecossistema de pesquisa da Bahia e da nossa região”, afirmou. 

O Deputado Federal Jorge Solla destacou a importância de acompanhar e contribuir para conquistas como a criação do biobanco. “Conquistas como essa são fundamentais para o desenvolvimento das pesquisas em saúde em nosso estado. Então, para nós é muito importante estar acompanhando, contribuindo e presenciando as conquistas que estão sendo feitas”, ponderou. 

A representante da Rede Fiocruz de Biobancos,  Daiane Sertório, parabenizou a equipe de trabalho e destacou que, a partir de agora, o Bio-IGM passa a integrar a rede oficial da instituição, prestando um serviço para toda a comunidade científica. “Os biobancos não são só um repositório, eles são fontes de colaborações, de parcerias, são um fomento à translação do conhecimento para que pesquisa básica possa virar produtos e serviços para o SUS”, ponderou. 

Representando a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, Isabel Sartori, reforçou o compromisso da SECTI com o desenvolvimento científico e tecnológico, destacando a parceria com a Fiocruz Bahia. “Esse é um momento de crescimento e de aprendizagem que eleva o desenvolvimento da ciência do estado da Bahia e do Brasil, e a importância da Bahia nesse cenário nacional e internacional”, destacou. 

Representando a SESAB, Luiz Henrique Gonzales D’utra destacou a necessidade de investir em políticas e ações que ajudem a fortalecer o Sistema Único de Saúde. “Essa iniciativa é uma importante ferramenta para o desenvolvimento da pesquisa, para o desenvolvimento e apoio às políticas públicas e para a colaboração nacional e internacional em pesquisas”, enfatizou.  

A cerimônia foi concluída com o descerramento da placa e uma visita guiada pelas instalações do biobanco. 

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Fiocruz Bahia realiza 5ª edição do Prêmio Gonçalo Moniz 

Realizada entre os dias 11 e 13 de dezembro, a 5º edição do  Prêmio Gonçalo Moniz de Pós-Graduação – Jornada Científica contou com apresentações de trabalhos em diferentes modalidades, premiando estudantes dos programas de mestrado e doutorado da Fiocruz Bahia nas categorias: Mestrado em Andamento, Mestrado Egressos, Doutorado em Andamento, Doutorado Egressos, Divulgação Científica e Sessão de Pôster. 

A edição foi marcada pela homenagem do pesquisador Mitermayer Galvão à memória do médico e ex-dirigente da unidade, Aluízio Prata (1920-2011). Durante o evento, Mitermayer relembrou as experiências vividas ao lado do homenageado, destacando as suas contribuições para a instituição, para saúde e para a ciência. “O professor Prata é merecedor de todas as homenagens. Nós precisamos fazer justiça àquelas pessoas que contribuíram direta ou indiretamente para as nossas vidas e para a ciência”, afirmou. 

Natural da cidade de Uberaba, em Minas Gerais, Aluízio nasceu em 1 de junho de 1920. Aos 16 anos, deixou a cidade mineira e concluiu seus estudos preparatórios no Rio de Janeiro. Em 1945, completou sua formação médica na Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, depois denominada Universidade Federal do Rio de Janeiro. No ano seguinte à formatura, foi admitido como oficial médico na Marinha, no Mato Grosso do Sul, e logo depois transferido para Salvador, em 1952. Com uma trajetória científica marcante,  Aluizio desenvolveu importantes estudos relacionados à esquistossomose, doença de Chagas e a leishmaniose.

A programação também contou com a Sessão Científica Terapias de Edição Gênica com CRISPR: Passado, Presente e Futuro, ministrada pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Bruno Solano, na sexta-feira, 13/12.

Para a coordenadora do Prêmio e pesquisadora da Fiocruz Bahia, Natália Machado, essa foi uma edição de excelência, empenhada em valorizar a dedicação e o trabalho dos alunos e orientadores do IGM. “Ser idealizadora do Prêmio é um orgulho e ver, nessa 5ª edição, como toda a comunidade IGM abraçou e entendeu a importância desse evento no calendário anual da instituição é motivo de grande alegria. O resultado disso foi um recorde de inscrições, mostrando o interesse dos alunos em participar do Prêmio. Fizemos mais uma edição de excelência, podendo valorizar a dedicação e o trabalho dos alunos e orientadores do IGM”, disse.

Confira a lista de premiados:

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Fiocruz Bahia vai inaugurar biobanco

O biobanco do Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia), Bio-IGM, será inaugurado no dia 16 de dezembro, às 14 horas. A atividade acontece no Auditório Sônia Andrade e contará com visitação ao espaço físico do biobanco.

O Bio-IGM tem como objetivo realizar armazenamento de material biológico humano para o desenvolvimento de pesquisas biomédicas e melhor entendimento na patogênese, patogenia, evolução, tratamento e diagnóstico de doenças infecto-contagiosas, crônico-degenerativas e neoplasias de interesse estratégico para a instituição. 

A estrutura tem aproximadamente 55 m², composta por uma sala equipada com freezers com temperaturas de -30°C e -80°C e outra com container de nitrogênio líquido para 40 mil amostras, além de área administrativa, recepção e processamento de amostras. Além disso, o biobanco conta com um sistema automatizado de organização e monitoramento de dados associados às amostras armazenadas, com os softwares REDCap e NorayBanks. O protocolo de funcionamento da estrutura foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

Fruto de um projeto institucional de mais de dez anos, o financiamento para o Bio-IGM vem da captação de recursos pelo Núcleo de Excelência em Gestão de Projetos da Fiocruz Bahia, através de emendas parlamentares e do apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT-BA), e do apoio financeiro e organizacional da Rede Fiocruz de Biobancos (RFBB), ligada à Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB) da Fiocruz.

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Rede de Vigilância Genômica da Tuberculose realizou capacitação na Bahia

A Fiocruz Bahia realizou o I Workshop da Rede de Vigilância Genômica da Tuberculose (REVIGET), no dia 02 de dezembro. A iniciativa tem como objetivo a capacitação para a vigilância genômica da tuberculose nas regiões Norte e Nordeste, desde a condução de experimentos laboratoriais e de bioinformática em sequenciamento completo do genoma, com foco nos Laboratórios Centrais (LACENs) dos estados do Amazonas, Bahia, Ceará e Pará.

A edição local do REVIGET contou com a participação da coordenadora geral do projeto, Karla Valéria de Batista Lima; com a diretora do LACEN Bahia, Arabela Leal e Silva de Mello; o representante da Diretoria de Vigilância Epidemiológica e do Comitê Baiano para o Controle da Tuberculose, Francisco Santana; com a representante da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, Andrea Salvador; a médica pneumologista do serviço técnico especializado do Ministério da Saúde, Eliana Matos, e a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves. Foram 80 inscritos, entre estudantes e docentes de pós-graduação, profissionais de saúde do estado e do município de Salvador, além de servidores das plataformas institucionais de vigilância molecular e de sequenciamento.

A coordenadora local do evento e pesquisadora da Fiocruz Bahia, Theolis Bessa, explica que a capacitação permitirá um avanço nas ações de vigilância e manejo dos pacientes com resistência aos fármacos, bem como o monitoramento, em especial das mutações que produzirem resistência aos novos fármacos utilizados para a redução do tempo de tratamento da tuberculose droga-resistente. 

“Com isso, esperamos que seja possível agilizar a adoção do esquema de fármacos mais adequado às necessidades desses pacientes, com redução do tempo de tratamento, da transmissão, do número de mortes e do custo com o controle da tuberculose, conduzindo aos objetivos da Agenda 2030 que estabelece como meta a redução da incidência para até 10 casos por 100 mil habitantes”, declarou.

A pesquisadora destacou ainda que o treinamento específico das equipes dos LACENs iniciou agora e continua por um ano, ao final do qual está previsto que os laboratórios adquiram independência para a realização do sequenciamento e para a análise de dados. “Para a equipe, o workshop foi um grande sucesso, com vários retornos positivos e o amplo apoio dos gestores estaduais e municipais”, avaliou Bessa.

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Pesquisador da Fiocruz Bahia é eleito titular da Academia Brasileira de Ciências

O pesquisador da Fiocruz Bahia, Mitermayer Galvão dos Reis, foi eleito membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na categoria Ciências da Saúde. Os novos membros são eleitos anualmente por indicação dos membros titulares da ABC. Foram eleitos 17 membros titulares, 6 correspondentes e 30 afiliados.

Os titulares e correspondentes receberão seus diplomas durante a Reunião Magna da ABC, no Rio de Janeiro, entre os dias 6 e 8 de maio de 2025. Já os afiliados terão suas cerimônias de diplomação associadas a simpósios científicos em cada região.

Sobre o pesquisador

Mitermayer Galvão dos Reis é médico formado pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, é especialista em Anatomia Patológica, mestre e doutor em Patologia Humana pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (FMB-UFBA). Cursou o pós-doutorado na Case Western Reserve University e na Harvard School of Public Health (EUA).

Atualmente, é Pesquisador Titular da Fiocruz Bahia, Professor Titular do Departamento de Patologia e Medicina Legal (DPML) da FMB-UFBA, Professor Adjunto da Universidade de Yale nos EUA; Pesquisador categoria 1A e Membro de Comitê de Assessoramento de Biotecnologia do CNPq. É chefe do Laboratório de Patologia e Biologia Molecular, da Fiocruz Bahia. Além disso, foi professor titular por 38 anos da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e chefe do DPML por dois mandatos.

O cientista também é membro da Academia de Ciência da Bahia, da Academia de Medicina da Bahia e membro Honorary International Fellows of ASTMH, da American Society of Tropical Medicine and Hygiene.

Realiza estudos sobre epidemiologia clínica e molecular e de imunopatogênese das doenças infecciosas parasitárias orientados para o desenvolvimento tecnológico e inovação com ênfase em arboviroses, câncer, doença de Chagas, esquistossomose, hepatites virais, leptospirose, meningites bacterianas e viroses respiratórias.

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Fatores para desenvolvimento da artralgia crônica após chikungunya são avaliados em tese

Estudante: Leile Camila Jacob Nascimento
Orientação: Mitermayer Galvão dos Reis
Título da tese: Aspectos imunológicos, clínicos e virais associados à imunopatogênese da artralgia persistente após infecção pelo vírus Chikungunya.
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana e Experimental
Data de defesa: 13/12/2024
Horário: 14h00
Local: Sala de Videoconferência – Fiocruz Bahia

Resumo

INTRODUÇÃO: Desde sua reemergência em 2013, o vírus chikungunya (CHIKV) causou diversos surtos ao redor do mundo, afetando principalmente a América Latina e o Brasil. Os sintomas que mais frequentemente acometem os indivíduos infectados são: febre, artralgia intensa, edema articular, mialgia e dor de cabeça. A artralgia pode persistir por meses ou até anos após o início dos sintomas e, embora já tenham sido descritos alguns fatores de risco, os mecanismos e a imunopatogênese da artralgia persistente após a infecção pelo CHIKV permanecem desconhecidos. OBJETIVO: Investigar fatores de risco clínicos, biomarcadores imunológicos e virais para desenvolvimento da artralgia crônica após a infecção pelo CHIKV durante o curso da doença. MATERIAL E MÉTODOS: Avaliação de 71 pacientes com diagnóstico positivo de Chikungunya por RT-qPCR, seguidos em uma coorte para obtenção de informação sobre desfecho de cronificação da artralgia ou resolução dos sintomas e coleta de amostras biológicas. Para todos os pacientes selecionados foram avaliadas características clínicas e sociodemográficas em visitas realizadas 0-7 e 10-45 dias após o início dos sintomas (DPS), respectivamente, e para um subgrupo (n=25), foi realizado pelo menos um atendimento adicional com coleta de amostras >45 dias de início dos sintomas. Nas amostras destes pacientes foram ainda avaliados: IgM e IgG anti-CHIKV, dosagem de 19 citocinas, quimiocinas e fatores de crescimento além de dosagem de carga viral de CHIKV e sequenciamento de genoma completo. RESULTADOS: A maioria dos pacientes estudados era do sexo feminino, representando 67% (48/71) do total, com uma mediana de idade de 40 anos. Entre eles, 59% (42/71) desenvolveram artralgia crônica (>90 dias após o início dos sintomas). Esses indivíduos apresentaram maior frequência de edema e eram, em média, mais velhos durante a fase inicial da doença (0-7 DPS), em comparação ao grupo que não desenvolveu artralgia crônica. Nas amostras pareadas, observou-se soroconversão de anticorpos IgM e IgG em 96% (70/71) e 100% (71/71) dos pacientes, respectivamente. Aproximadamente 30% dos pacientes que desenvolveram artralgia crônica mantiveram níveis detectáveis de anticorpos IgM por mais de dois anos após o início dos sintomas. Além disso, níveis mais elevados de GM-CSF e IP10/CXCL10 foram observados nas amostras coletadas entre 0-7 e 10-45 DPS, respectivamente, no grupo que evoluiu para artralgia crônica. Por outro lado, a carga viral não demonstrou associação com o desenvolvimento de artralgia crônica, e as mutações encontradas nos genomas virais não apresentaram relevância clínica significativa. CONCLUSÕES: Presença de edema e idade elevada foram identificados neste estudo como fatores associados ao desenvolvimento de artralgia crônica. Observou-se que o uso de opioides na fase inicial da doença foi mais comum em pacientes que evoluíram para esse quadro, sugerindo a presença de sintomas mais intensos e a necessidade de um manejo específico da dor. Características intrínsecas do indivíduo e resposta imune parecem desempenhar um papel mais importante do que as do vírus na evolução para artralgia crônica. Palavras-chave: Chikungunya, Artralgia crônica, Biomarcadores, Carga viral

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Tese busca identificar o risco para transmissão de T. cruzi na zona rural de Irecê.

Estudante: Márcio Cerqueira de Almeida
Orientação: Mitermayer Galvão dos Reis
Título da tese: Pesquisa Translacional da Doença de Chagas no Município de Irecê, Bahia, Brasil
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana e Experimental
Data de defesa: 19/12/2024
Horário: 14h00
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 840 4145 9767
Senha: defesa

Resumo

INTRODUÇÃO: A doença de Chagas (DC) tem como agente etiológico, o protozoário flagelado Trypanosoma cruzi, e como vetores, insetos hematófagos denominados triatomíneos. A Organização Mundial da Saúde estima que 6-7 milhões de pessoas estejam infectadas por T. cruzi em todo o mundo. Estas estimativas variam consideravelmente, em virtude da negligência, do pouco conhecimento dos profissionais de saúde e a realização de poucos estudos nas áreas endêmicas. O estado da Bahia é endêmico para a DC, e o município de Irecê, é classificado como de alto risco para a transmissão vetorial do T. cruzi. OBJETIVO: Identificar o risco para transmissão de T. cruzi na zona rural de Irecê-Bahia. MATERIAL E MÉTODOS: No inquérito soroepidemiológico os participantes foram submetidos ao exame sorológico, através de dois testes de matrizes antigênicas distintas, e para determinação do perfil socioeconômico e demográfico foram realizadas entrevistas com os participantes. No inquérito entomológico, foi realizada a busca ativa de triatomíneos no ambiente domiciliar e exame parasitológico direto para estimar a prevalência de infecção por T. cruzi. Além disso, avaliamos o conhecimento dos profissionais de saúde através de entrevistas realizadas com todos os profissionais de 22 Unidades de Atenção Primária à Saúde. RESULTADOS: Visitamos 156 domicílios na zona rural e 273 pessoas participaram do estudo. Os resultados disponíveis neste momento, indicam que 97,5% apresentaram sorologias não reagentes e 2,5% reagentes. A análise do perfil socioeconômico e das condições estruturais do domicílio, permitiram também identificar fatores de riscos. Dos 268 triatomíneos coletados, identificamos até o presente momento 127, sendo 29 da espécie Triatoma sórdida. Do total de triatomíneos coletados, 93,6% foram encontrados no peridomicilio e 60,1% eram ninfas. Em relação a infecção natural, em 4,5% foram detectadas a presença de formas flageladas. Em relação aos profissionais de saúde, 257 participaram do estudo e 87,9% reconheceram o agente etiológico, e identificaram as formas de transmissão: vetorial (100%), transfusão sanguínea (55,3%) e oral (61,9%); apenas 39,7% reconheceram a transmissão vertical; os principais órgãos acometidos e identificados foram: coração (99,2%) e baço (58,4%); os sinais/sintomas identificados na fase aguda foram febre (76,6%), edema (85,2%), esplenomegalia (68,0%) e hepatomegalia (65,2%); nos casos crônicos, reconheceu-se que pode ocorrer de forma assintomática, mas podem ter alterações eletrocardiográficas (99,2%), megacólon (64,6%), megaesôfago (59,1%), insuficiência cardíaca congestiva (99,2%), fenômenos tromboembólicos (58,4%) e desconforto respiratório (80,9%); 72,0% reconheceram a existência de tratamento etiológico, mas 47,5% não souberam informar qual medicamento era recomendado; e para 73,5% dos participantes, a doença é incurável; a orientação a ser dada diante de uma picada de inseto em humanos foi a realização de testes sorológicos (91,8%). CONCLUSÃO: Com os resultados apresentados, sugerimos que o município de Irecê apresenta transmissão ativa do T. cruzi e que a pesquisa translacional pode contribuir para superar essas limitações, promovendo a conversão dos dados gerados em aplicação prática no âmbito da saúde pública. Palavras-chave: doença de Chagas. Inquérito sorológico. Inquérito entomológico. Profissionais de saúde. Pesquisa translacional.

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Pesquisa sugere desenvolvimento de antimalárico através da união da atovaquona com metais

Um estudo propõe o desenvolvimento de novos fármacos antimaláricos mais eficientes através da união do medicamento atovaquona (um medicamento já utilizado no tratamento da malária) com os metais prata, ouro e cobre. O trabalho foi realizado em colaboração com grupos de pesquisas do Brasil, Portugal e França, incluindo o grupo do pesquisador da Fiocruz Bahia, Diogo Moreira, e a estudante do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Medicina Investigativa (PGBSMI), Adrielle Sacramento. O artigo foi publicado no periódico Inorganic Chemistry.

A malária é uma doença infecciosa, aguda e potencialmente grave, causada pelo parasito do gênero Plasmodium, transmitido pela picada de mosquitos do gênero Anopheles infectados, mas também pode ser transmitido pelo compartilhamento de seringas, transfusão de sangue ou até mesmo da mãe para feto, na gravidez.

O estudo teve como objetivo verificar se há aumento da eficiência desses compostos frente ao Plasmodium falciparum, especialmente em cepas resistentes a outros tratamentos, além de evidenciar o mecanismo de ação base dos compostos.

A partir de ensaios padronizados como o de crescimento parasitário e citotoxicidade celular, os cientistas apontam que os complexos metálicos desenvolvidos apresentaram alta estabilidade, tanto no estado sólido quanto em solução, o que é crucial para garantir sua eficácia durante o tratamento. Também foi evidenciada sua capacidade de inibir o crescimento do Plasmodium falciparum de forma comparável à atovaquona, sem apresentar toxicidade significativa para células humanas.

A fim de compreender melhor acerca do possível mecanismo envolvido na ação desses compostos, foi realizado um ensaio de “inibição da β-hematina”. No curso normal da doença, durante a infecção, o parasito ataca os glóbulos vermelhos e consegue ingerir em pouco tempo boa parte da hemoglobina, composta pelas proteínas heme e globina, cuja função mais importante é fixar o oxigênio para ser transportado pelo sangue. No ambiente parasitário, a fração “heme” é tóxica ao parasito, mas o Plasmodium consegue convertê-la numa substância cristalina inofensiva, a hemozoína.

O ensaio da β-hematina revelou que os compostos são promissores, já que, além de preservar a eficácia da atovaquona, eles conseguiram inibir a formação de hemozoína, o “pigmento malárico”, deixando a “fração heme” livre, causando toxicidade ao parasito. Ao interromper esse processo de desintoxicação, os compostos metálicos aumentam a concentração de heme tóxico dentro do parasito, levando à sua morte.

Os pesquisadores concluíram que o estudo abre novas perspectivas para o tratamento da malária, especialmente em áreas onde a resistência aos medicamentos atuais é um problema crescente. A combinação de atovaquona com metais pode representar uma solução inovadora para combater a malária de forma mais eficaz e com menor risco de resistência.

Por Jamile Araújo, com supervisão de Júlia Lins

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Inscrições abertas para pós-doutorado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa

O Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Medicina Investigativa (PgBSMI) torna público o calendário e as normas para a seleção de bolsistas do Programa Nacional de Pós-Doutorado (PIPD/CAPES), de acordo com o estabelecido nas portarias CAPES nº 282, de 4 de setembro de 2024, e nº 307, de 24 de setembro de 2024.

As inscrições vão até 17 de janeiro de 2025. Será uma vaga, na modalidade de brasileiro com título de doutor, com duração de 12 meses, prorrogável até 24 meses. Clique aqui e consulte o edital.

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PROIIC divulga resultado da chamada interna para auxílio permanência

A Coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) do Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia) informa à comunidade científica e acadêmica o resultado dos alunos aprovados na Chamada Interna – 02/2024 – AUXÍLIO PERMANÊNCIA DO ESTUDANTE DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA.

Clique aqui e confira.

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Dissertação avalia potencial citotóxico de fármacos em carcinoma oral

Estudante: Marina Silva Rodrigues de Souza
Orientação: Clarissa Araújo Gurgel
Título da dissertação: “IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DO POTENCIAL CITOTÓXICO DE FÁRMACOS CANDIDATOS AO REPOSICIONAMENTO EM CARCINOMA ORAL DE CÉLULAS ESCAMOSAS”
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana e Experimental
Data de defesa: 13/12/2024
Horário: 14h00
Local: Sala de Aula II da Biblioteca – Fiocruz Bahia

Resumo

INTRODUÇÃO: O Carcinoma Oral de Células Escamosas (COCE) é um desafio global de saúde pública, com prevalência importante no Brasil. Apesar das opções terapêuticas disponíveis, as opções de fármacos para quimioterapia ainda são limitantes. Neste cenário, o reposicionamento de fármacos por meio de métodos computacionais (in silico) em conjunto com a validação em modelos tridimensionais (3D) surge como uma tática promissora para expandir o leque de opções farmacológicas. OBJETIVO: Identificar e validar o potencial citotóxico de fármacos candidatos ao reposicionamento selecionados através de estratégias in silico, em modelo de esferoides de COCE. MATERIAL E MÉTODOS: Uma lista de 237 fármacos foi gerada através de uma busca no DrugBank, a partir da identificação de alvos drogáveis, por metodologias in silico. O ranqueamento de fármacos candidatos ao reposicionamento foi realizado considerando as vias de sinalização presentes e a centralidade dos mesmos. Os 21 compostos selecionados foram submetidos a triagem de dose única (10μM), e aqueles que reduziram a viabilidade celular em até 65% avançaram para ensaios de CI50 com curvas dose-resposta em modelos 2D e 3D para avaliação da citotoxicidade. Para aumentar a representatividade do modelo 3D no contexto do COCE, foi realizada a padronização do tempo de bioimpressão (bioprinting) magnética para a linhagem H357. Em seguida, os esferoides foram obtidos por bioprinting utilizando as linhagens H357 e HSC3. RESULTADOS: O ranqueamento destacou compostos com alta centralidade em vias-chave para o COCE. Nos ensaios de triagem, a linhagem H357 demonstrou maior sensibilidade, com menor média de viabilidade celular, em comparação à HSC3. Três compostos (Erlotinibe, Daunorrubicina e Romidepsina) foram selecionados para determinação de CI50. No modelo 2D, a Romidepsina apresentou a maior citotoxicidade, com os menores valores de CI50 em ambas as linhagens. Para o modelo 3D a padronização do tempo de bioprinting da H357 demonstrou que 4 horas são suficientes para implementação do modelo, formando esferoides íntegros. Nos esferoides de ambas linhagens, os fármacos também demonstraram efeito citotóxico, e a romidepsina novamente se destaca como composto com menor CI50. CONCLUSÕES: O reposicionamento de fármacos, orientado por estratégias in silico, pode revelar compostos promissores para o tratamento de COCE. A utilização de modelos tridimensionais aumenta a relevância translacional dessas descobertas, ressaltando seu potencial para a medicina personalizada no enfrentamento do câncer oral. Palavras-chave: Bioprinting, bioinformática, câncer oral, esferoides, reposicionamento de fármacos.

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Seminário propõe reflexões e ações para a equidade racial

Promovido pela Fiocruz Bahia, através do Núcleo Pró-Equidade de Gênero e Raça, o Seminário Novembro Negro: Reflexões e Ações para a Igualdade Racial foi realizado na sexta-feira, 29/11, no auditorio Sonia Andrade. O evento, que integra as celebrações em homenagem ao mês da Consciência Negra, contou com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-Bahia) e do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (APUB).

A programação teve início com a Sessão Científica, apresentada pela professora da Universidade Federal da Bahia, Barbara Coelho. Com o tema Racismo e Inteligência Artificial: Desafios Éticos e Tecnológicos, a pesquisadora líder do Laboratório de Pesquisas em Tecnologias Informacionais e Inclusão Sociodigital (Lti Digital) falou sobre como o racismo está presente nas tecnologias e suas formas de operar. A convidada também falou sobre a importância de discutir o tema com a comunidade durante o mês de novembro. “Esse é um mês muito especial pra gente, de muito trabalho e muitas reflexões porque nós temos a oportunidade de parar e repensar algumas questões no âmbito da universidade, da pesquisa, da extensão e do ensino, envolvendo questões relacionadas ao racismo, mas também aos avanços que tivemos nos últimos anos”, ponderou. 

Em seguida, a mesa institucional foi formada pela diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves; pela coordenadora de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas da Presidência da Fiocruz (CEDIPA), Hilda Gomes e pela coordenadora do Sistema de Promoção da Igualdade Racial, Aline Teles, que representou a secretária da Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia, Ângela Guimarães.

A representante da Sepromi, Aline Teles, reiterou a parceria entre a Fiocruz Bahia e a secretaria estadual, reforçando o compromisso com ações voltadas para uma sociedade com mais diversidade e equidade. “Espero que possamos fomentar diálogos abertos, construtivos, onde possamos ouvir diversas vozes e perspectivas. Eu acredito na troca de conhecimento e na colaboração de diferentes entes para que possamos avançar na construção de uma sociedade mais justa e mais igualitária”, disse. 

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, defendeu a relevância do evento para a instituição e a importância de promover ações de combate ao racismo. “O racismo está impregnado em cada canto da nossa sociedade e do mundo, e é obrigação de cada um de nós combatê-lo. Nós precisamos disseminar a equidade na nossa sociedade. Hoje o IGM está em festa e o meu coração está resplandecendo”, afirmou. 

Hilda Gomes, coordenadora de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (CEDIPA), falou sobre as ações para equidade e diversidade promovidas pela Fiocruz e da importância de ações como o Seminário Novembro Nebro, que ampliam discussões importantes em meio à comunidade interna. “Eu li uma frase que dizia que apagar as trajetórias é uma tecnologia do racismo. Então a gente reconhece, cada dia mais, que o racismo é super sofisticado…as palavras que nos cercam são: luta, resistência e resiliência”, disse.   

Na sequência, Hilda Gomes mediou a mesa: Ações Afirmativas nas Instituições de Ciência e Tecnologia, composta pela professora da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Dina Maria do Rosário; pela professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Lorena Pinheiro Figueiredo; da diretora do Campus dos Malês da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Mirian Reis e pela estudante de medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e estudante do Projeto Institucional de Iniciação Científica da Fiocruz Bahia (Pibic/ Ações Afirmativas), Caroline Pinho. 

A programação continuou durante a tarde com a mesa Racismo e Saúde, mediada pela diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves. A mesa foi formada pela professora da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Suyane Costa Ferreira; pela psicóloga e representante do Coletivo Nacional de Saúde Quilombola (CONAQ), Amanda Glayce Sacramento e pela assessora especial da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi/BA), Ubiraci Matildes de Jesus. 

A programação foi encerrada com a mesa Decolonialidade e Saúde, mediada pelo pesquisador do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde  – (CIDACS/Fiocruz Bahia), Gustavo Matta. A mesa foi composta pela pesquisadora Pós-Doc do CIDACS, Emanuelle Freitas Goés e pela pesquisadora associada do CIDACS / Fiocruz Bahia,  Andréa Jacqueline Ferreira.

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PGPCT divulga resultado dos recursos da Etapa I e a convocação para entrevistas

A Coordenação da Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional (PGPCT) torna público o resultado dos recursos contra a homologação da Etapa I, referente à Chamada Pública 2025 para seleção de discentes do Mestrado Profissional. Clique aqui e confira.

Também divulga a convocação de candidatos para Entrevista Presencial da Etapa 2 (clique aqui) e a Entrevista de Heteroidentificação (disponível aqui), referente ao Processo seletivo 2025.

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Tese avalia impacto da antibioticoterapia na infecção por Enterobacterales resistentes a carbapenêmicos

Estudante: Lorena Galvão de Araújo
Orientação: Joice Neves Reis Pedreira
Título da tese: “INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA CAUSADAS POR ENTEROBACTERALES RESISTENTES A CARBAPENÊMICOS: IMPACTO DA ANTIBIOTICOTERAPIA COM CEFTAZIDIMA-AVIBACTAM.”
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 12/12/2024
Horário: 14h00
Local: Auditório do Lasp/ Fiocruz Bahia e Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 852 4186 6078
Senha: lorena

Resumo

Introdução: Infecções de Corrente Sanguínea (ICS) causadas por Enterobacterales resistentes a carbapenêmicos (ERC) estão associadas a elevada morbimortalidade e representam ameaça à saúde pública mundial. A antibioticoterapia com Ceftazidima-avibactam (CAZ-AVI) é recomendada como monoterapia para tratamento de ERC produtor de betalatamases das classes A e D de Ambler, e em combinação com Aztreonam (ATM) para as metalometalactamases (MBL). A despeito disso, dados provenientes de ensaios clínicos randomizados que respaldem essa estratégia são escassos. Objetivo: Avaliar o impacto da introdução da antibioticoterapia com ceftazidima-avibactam no desfecho de pacientes com ICS por ERC, num estudo de vida real, além de descrever letalidade, características epidemiológicas e clínicas de pacientes com ICS por Enterobacterales, identificando as principais enterobactérias isoladas, seu perfil de sensibilidade antimicrobiana e fatores de risco para o óbito. Método: Trata-se de coorte retrospectiva em que foram incluídos casos de ICS por enterobactérias provenientes de dois hospitais terciários de Salvador, Bahia, no período de 01/04/2016 a 28/02/2018 e 01/01/2022 a 30/06/2024. Dados epidemiológicos foram coletados por meio de revisão de prontuários e os isolados bacterianos foram identificados por espectrometria de massa e pelo VITEK-2®. O perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos foi realizado através de automação. Resultados: No primeiro período do estudo, foram identificados 252 casos de ICS, dos quais 14,3% dos isolados foram resistentes a carbapenêmicos, sendo este um fator de risco para o óbito. A mortalidade geral foi de 37,3%, chegando a 75% no grupo de ICS por ERC. Em relação às ICS por bactérias sensíveis a carbapenêmicos, as ICS for CRE foram associadas a desfecho adverso (óbito) (71.6% vs. 28.4%, p valor < 0.001 e OR = 6.53, 95% CI [3.01–15.41]). Na segunda fase do estudo, foram identificados 89 casos de ICS por ERC, sendo 75,3% deles causados por K. pneumoniae. O principal mecanismo de resistência aos carbapenêmicos identificado foi a produção de serinocarbapenemases (38,2%), seguido de metalobetalactamases (31,5%). A mortalidade geral foi de 62,9%. Quando comparado com outros esquemas antimicrobianos, antibioticoterapia com CAZ-AVI ± ATM foi fator protetor para o óbito (48,4% versus 70,7%, valor de p < 0,04 e OR = 0,39, 95% IC [0,16 – 0,96]. Conclusões: ICS por Enterobacterales apresentam elevada letalidade, sendo a infecção por ERC um fator de risco para o óbito. Tratamento antimicrobiano com CAZ-AVI ± ATM foi fator protetor para o óbito em adultos com ICS por ERC em dois hospitais terciários no Brasil. Estudos adicionais são necessários.

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Encontro celebra culminância do projeto Bora Checar

No dia 22/11, sexta-feira, foi realizado o encontro de culminância do Bora Checar, projeto da Fiocruz Bahia desenvolvido com o apoio da Embaixada dos Estados Unidos e da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (SECTI). O objetivo do projeto foi estimular o desenvolvimento de competências informacionais e midiáticas por meio de oficinas de combate à desinformação voltadas para jovens estudantes de escolas públicas do estado da Bahia.

O evento, que contou com palestras e apresentações culturais, ocorreu no Colégio Estadual da Bahia (Central), uma das escolas participantes da iniciativa. Estiveram presentes também estudantes e professores do Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes, localizado no município de Catu (BA), e o Colégio Estadual Quilombola da Bacia do Iguape, da comunidade quilombola Santiago do Iguape, distrito de Cachoeira (BA).

Durante a abertura, Antonio Brotas, coordenador da Gestão e Divulgação Científica da Fiocruz Bahia e do projeto, agradeceu à comunidade escolar pela adesão, além de parabenizar estudantes e professores pela dedicação durante as oficinas. “O evento de hoje simboliza o encerramento do ciclo inicial de um processo construído de forma extremamente cuidadosa, desde a elaboração dos materiais didáticos até a relação de confiança entre a instituição e a escola, em prol do combate à desinformação entre os estudantes, especialmente sobre saúde, ciência e meio ambiente”, destacou.

Emmeline Bezerra de Oliveira, superintendente de Inovação da SECTI, também esteve presente e ressaltou a importância de iniciativas como o Bora Checar para aproximar estudantes da rede pública do conhecimento científico. “É fundamental para a SECTI apoiar ações que fomentem a ciência dentro das escolas. Mesmo com o encerramento deste ciclo do projeto, sabemos que o aprendizado levado às escolas será mantido”, afirmou.

Em mensagem de vídeo, Kaitlin Turck, diretora da seção de Educação e Cultura da Embaixada dos EUA, reforçou a relevância de iniciativas que incentivam os jovens a verificarem a veracidade das informações disseminadas nas mídias digitais. “Atividades como o Bora Checar representam um esforço conjunto entre o Brasil e os EUA para fortalecer a promoção da educação, a ciência e a cultura entre os jovens, capacitando-os como agentes multiplicadores em suas comunidades”, pontuou.

Fernanda Brito, professora do Colégio Central, destacou o impacto do projeto na formação crítica dos estudantes sobre o conteúdo compartilhado nas redes sociais. “O evento de culminância não apenas celebrou o projeto, mas também criou um espaço de diálogo entre as escolas participantes sobre as aprendizagens adquiridas”, observou.

Além das palestras, os estudantes acompanharam apresentações culturais realizadas por colegas que representaram cada escola, além de atividades como a criação de mensagens em murais, cartas e memes, relacionadas ao conhecimento adquirido durante o projeto. Para Ian Santos, estudante do 2º ano do ensino médio do Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes, o Bora Checar foi uma oportunidade de aprendizado e de conscientização sobre o consumo de informações nas redes sociais. “Agradeço a todos que tornaram o projeto possível e espero que futuras edições sejam realizadas”, comentou.

Daniela Silva, pesquisadora de pós-doutorado em Ciência da Informação (PPGCIN/UFRGS) e parceira pedagógica do projeto, afirmou que o Bora Checar demonstra como os estudantes se interessam por fenômenos como a desinformação, pois vivenciam seus impactos no cotidiano. “Para além de vítimas, as juventudes precisam ser reconhecidas como agentes capazes de transformar os ambientes digitais em espaços mais saudáveis, éticos e democráticos. A educação midiática é uma estratégia essencial para fortalecer a formação cidadã, a democracia, a ciência, a saúde e o meio ambiente”, afirmou.

Esteve presente também Ana Mascarenhas, professora do Colégio Estadual Quilombola da Bacia do Iguape, que classificou o evento de encerramento como um momento lúdico e crucial para a consolidação dos conteúdos abordados nas oficinas, assim como a Izabel Silva Bomfim, vice-diretora do Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes, que agradeceu à Fiocruz Bahia e à Embaixada dos EUA pela realização do projeto.

Realizado entre abril e novembro deste ano, o Bora Checar integra os esforços da Fiocruz Bahia para aproximar os jovens da ciência, saúde e cultura, além de disseminar o conhecimento produzido pela instituição em diversas regiões do estado.

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Fiocruz Bahia vai realizar ensaio clínico com células-tronco para tratamento de paraplegia

Milena Soares, pesquisadora da Fiocruz Bahia, coordena o estudo.

A Fiocruz Bahia vai realizar o primeiro estudo clínico da Fiocruz de terapias avançadas (com células-tronco do próprio indivíduo) aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o objetivo de testar um tratamento para pacientes paraplégicos que sofreram trauma raquimedular. 

Terapias avançadas são as terapias celulares, gênicas e de bioengenharia de tecido, e são consideradas uma nova categoria de medicamentos pela Anvisa. O ensaio, coordenado pela pesquisadora da Fiocruz Bahia, Milena Soares, foi aprovado em novembro, após análise dos dossiês encaminhados. 

“Para a realização de qualquer estudo clínico envolvendo terapias avançadas, é necessário primeiramente a aprovação da Anvisa, e essa é uma notícia importante neste momento em que a Fiocruz está ampliando o programa de desenvolvimento de terapias avançadas. O Brasil é um país fortemente regulado quando se trata de terapias com uso de células, o que é importante para proteção e cuidado com a população brasileira”, afirma Milena.

A aprovação do estudo é fruto da parceria da Fiocruz com o Senai Cimatec, instituição na qual as células-tronco dos pacientes serão produzidas em laboratório certificado. Com a participação de 40 pacientes e duração prevista de três anos, o ensaio vai avaliar o tratamento com células-tronco da medula óssea do próprio paciente. 

“É uma linha de pesquisa que desenvolvemos há mais de 15 anos e que pretendemos validar, avaliando a eficácia e a segurança do tratamento. Caso seja demonstrado que a terapia é eficaz e segura, esperamos que ela possa ser, futuramente, oferecida no Sistema Único de Saúde (SUS) para ajudar a melhorar a qualidade de vida dessas pessoas”, explica a coordenadora.

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Seminário Novembro Negro discute caminhos para a educação antirracista

A Fiocruz Bahia participou do ‘Seminário Novembro Negro: Caminhos para uma Educação Antirracista’. Realizado na segunda-feira, 25/11, o evento tem como objetivo contribuir para tornar a escola um espaço de formação permanente para os professores no âmbito da educação antirracista, reconhecendo e reforçando a contribuição dos povos africanos e afro-brasileiros na construção do país. A ação é uma iniciativa da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, através do Instituto Anísio Teixeira (IAT), e conta com o apoio da Fiocruz Bahia.

A atividade contou com um público de 200 participantes no formato presencial, dentre eles professores, pesquisadores e estudantes da rede estadual de ensino que participaram ativamente das discussões durante toda a programação. O Seminário também foi transmitido pelo canal do IAT no Youtube para os mais de 430 inscritos no evento.

A atividade teve início com a apresentação cultural do Coletivo MUSA, sob orientação do professor Leonardo Gomes, do Colégio Duque de Caxias. A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, participou da mesa institucional ao lado do diretor geral do Instituto Anísio Teixeira (IAT), Iuri Rubim; mediada pelo professor da rede estadual, Adelmo dos Santos; da Deputada Estadual e presidente da Comissão de Educação na Assembleia Legislativa da Bahia, Olívia Santana; da escritora, pedagoga e arte educadora, Madu Costa; da representante da Secretaria de Políticas para Mulheres do Estado da Bahia (SPM), Candida Silva e da diretora de Cultura, Direitos Humanos e Diversidade de Camaçari, Ana Paula Phiton. 

Durante a sua fala, Marilda Gonçalves destacou a importância de combater o racismo no campo da educação, da saúde e das relações sociais. “Nós temos que resistir e não podemos esmorecer porque a luta é de todos. Eu fico muito feliz em ver esse auditório superlotado e saber que estamos comungando com a ideia desse seminário pela educação antirracista”, afirmou.

O professor do IAT e idealizador do evento, Adelmo dos Santos, falou sobre a iniciativa de promover a atividade e da colaboração da equipe de educadores comprometidos com a educação antirracista. “Para mim é motivo de grande alegria estar aqui, não é fácil elaborar uma atividade como essa e por isso eu quero agradecer a toda a nossa equipe” disse.

Para Iuri Rubim, professor e diretor do IAT, a atividade marca a necessidade de entender como a questão racial afeta todos os  processos sociais e educacionais. “O Seminário Caminhos para a uma Educação Antirracista é profundamente importante. Nós enfrentamos um cenário de racismo estrutural muito impactante no nosso estado e isso influencia todas as relações sociais existentes. A educação só consegue chegar no seu objetivo se ela enfrentar e entender profundamente como a questão racial afeta os processos educacionais”, ponderou. 

A programação teve sequência com a conferência de abertura ‘O empoderamento da mulher negra na sociedade racista’, ministrada por Madu Costa. Durante a sua fala, a palestrante, que é escritora, pedagoga, arte educadora, cordelista, narradora de histórias, compositora, cantora e assessora pedagógica, defendeu o papel da educação como uma importante ferramenta de empoderamento. “A cabeça sempre erguida e olhar no horizonte. Saiba aonde você quer chegar”, incentivou. 

A manhã foi encerrada com a mesa ‘O processo de descolonização do negro na sociedade racista’, mediada pelo administrador e tesoureiro da Federação das Indústrias do Estado da Bahia – FIEBE, Rosaldo Alves. A mesa foi formada pela Deputada Estadual, Olívia Santana; pela teóloga, historiadora e professora, Gicélia Cruz e pelo presidente da Associação de Pesquisadores Negros da Bahia – APUB, Romilson da Silva Sousa. 

No turno vespertino, a programação foi aberta com a exibição do vídeo ’Vozes e presenças negras’. Em seguida, a mesa ‘Afrobetizar: uma Educação Antirracista’, foi ministrada por Bianca Barreto, professora, mestra em Educação; Doutoranda em dança e finalista do Prêmio Educador Transformador(SEBRAE), com o projeto “Educação Física e Letramento: construindo um Afrobeto voltado para a Educação Antirracista.  

‘Educação e Saúde da população negra’ foi o tema da mesa mediada por Marlene França Braga, contando com a participação da professora e escritora, Selma Santos e do professor Henrique Santiago, ambos professores da Educação Básica da Rede Estadual,  e da assessora da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), Ubiraci Matildes. O evento contou ainda com a apresentação musical de Rap do Colégio Estadual Eraldo Tinoco. 

A programação foi encerrada com a mesa ‘Violência e Vulnerabilização contra a população negra’, mediada por Liane Amorim. Participaram da discussão o delegado da Polícia Civil, Ricardo Amorim; a co-vereadora da Mandata Coletiva Pretas Por Salvador, Laina Crisóstomo e a gerente de Projetos na Plan International Brasil / Escritório Salvador, Elaine Amazonas. 

O seminário é mais um fruto da parceria entre Fiocruz Bahia e o IAT/SEC Bahia com o objetivo de contribuir para a discussão da temática antirracista, buscando fortalecer a intersetorialidade entre saúde e educação em torno do tema.

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