A Secretaria Acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Patologia Humana e Experimental (PGPAT) divulga que houve necessidade de ajustes no editais de seleção 2025, conforme abaixo:
Edital de doutorado: Alteração na Tabela de Vagas Doutorado. Editais de mestrado e doutorado: Alteração na data da Prova da Etapa 2 (Eliminatória e Classificatória) – Avaliação de interpretação de artigos científicos em língua inglesa.
A Fiocruz, por meio da coordenação nacional da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma), disponibilizou (4/10) a lista geral dos 37 trabalhos selecionados como destaques regionais na 12ª edição do certame. Ao todo, a Olimpíada da Fiocruz teve 1012 trabalhos validados, sendo 57 da Regional Centro-Oeste; 106 da Regional Minas-Sul; 254 da Regional Nordeste I; 206 da Regional Nordeste II; 59 da Regional Norte; e 330 da Regional Sudeste.
Da Regional Nordeste II foram destaque cinco escolas da Bahia e uma de Sergipe. Na categoria Produção Audiovisual se destacaram a Escola Edimonica, de Utinga (BA), e o Colégio Estadual Antônio Gonçalves, de Ribeirão do Largo (BA). Em Produção de Texto, o destaque foi para a Escola Municipal Edwaldo Brandão Correia, de Cachoeira (BA) e o Colégio Estadual João Francisco da Silva, do Sítio do Quinto (BA). Em Projeto de Ciências, de destacaram a Escola Estadual Professora Maria Berenice Barreto Alves, de Capela (SE) e o Centro Estadual de Educação Profissional da Floresta do Cacau e do Chocolate, de Milton Santos Arataca (BA).
Os vencedores da etapa regional concorrem na premiação nacional, em novembro próximo, quando um professor e um aluno representantes de cada trabalho premiado participarão da cerimônia de premiação no Rio de Janeiro. A premiação no Rio de Janeiro contará com uma programação de visitas técnicas culturais e pedagógicas, organizadas pela Fiocruz e parceiros. A lista com os nomes dos trabalhos, autores e escolas selecionados está disponível no site da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente.
Cada Regional avaliou trabalhos nas modalidades Produção Textual, Produção Audiovisual e Projeto de Ciências, nas categorias ensino fundamental e ensino médio. A avaliação regional contou com mais de 50 jurados de Norte a Sul, de Leste a Oeste, com trabalhos selecionados das mais diferentes localidades do país. A diversidade de projetos este ano chamou atenção da Coordenação Nacional da Obsma. Foram 37 trabalhos sobre os mais variados temas relacionados à Saúde e Meio Ambiente, de escolas tanto das capitais quanto de municípios do interior dos estados. Em uma das categorias da Regional Norte, houve empate na seleção do trabalho ganhador.
Entre os assuntos abordados, estão reciclagem, biopirataria, biomas, recursos hídricos, violência sexual, energia eólica, racismo ambiental, horta medicinal, prevenção à dengue, pandemia de Covid-19, entre muitos outros. Estão no páreo cidades como Palmas (TO), Cacoal (RO), Rondonópolis (MT), Caucaia (CE), Cuité (PB). Sobral (CE), Abreu e Lima (PE), Capela (SE), Marituba (PA), Manacapuru (AM), Cachoeira (BA), Baldim (MG), São Leopoldo (RS), Paraíba do Sul (RJ) e Botocatu (SP), além das capitais Manaus, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia e Brasília.
Diversidade
“Este ano, a diversidade de projetos da 12ª edição da Obsma foi um demonstrativo da capilaridade que a iniciativa vem obtendo junto às escolas da Educação Básica de todo o país, a partir das atividades de divulgação e popularização da Ciência, desenvolvidas pelas coordenações regionais, com o apoio da Coordenação Nacional, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)”, afirma a coordenadora de Divulgação Científica da Fiocruz, Cristina Araripe. São trabalhos desenvolvidos por professores e alunos de escolas de pelo menos 35 cidades diferentes. “Tivemos uma participação significativa de escolas das capitais e também do interior dos estados, mostrando que a Obsma é acima de tudo um projeto que prioriza a inclusão e a diversidade”, salientou.
O alcance regional da Obsma é resultado do trabalho pela Fiocruz em todo o território nacional e da mobilização realizada pelas coordenações regionais, seja por meio de oficinas pedagógicas de saúde e meio ambiente nas escolas, mostras itinerantes de promoção da saúde e educação ambiental, atividades Alunos em Ação, visitas técnicas a escolas e participação em eventos nacionais, como a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
A Coordenação da Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional (PGPCT) torna pública a errata com as alterações da COMISSÃO AVALIADORA e do item 10. CRONOGRAMA DO PROCESSO SELETIVO, referente à Chamada Pública para seleção de discentes do Mestrado Profissional 2025.
Realizado nesta terça-feira, (08/10), no auditório do Instituto Anísio Teixeira (IAT), o ‘Seminário Divulgação e Educação Científica: Caminhos para inclusão, equidade racial e de gênero’ reuniu professores da rede pública, pesquisadores, representantes de instituições públicas e membros da sociedade civil.
A iniciativa é uma parceria entre a Fiocruz Bahia; o Instituto Anísio Teixeira; a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia; Secretaria de Promoção da Igualdade Racial; Secretaria de Educação do Estado da Bahia e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia.
A programação teve início com a apresentação ‘Eu sou o samba’, do Coral Naomar Alcântara, formado por estudantes da Escola Estadual Naomar Alcântara e regido pelo professor Caio Almeida. A mesa de abertura foi composta pela diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves; pelo diretor-geral do Instituto Anísio Teixeira, Yuri Rubim; pela coordenadora de prevenção e enfrentamento à violência contra as mulheres da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia, Francileide Araújo e pela técnica pedagógica da Superintendência de Educação Profissional e Tecnológica da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, Marcia Rodrigues.
O diretor-geral do IAT, Yuri Rubim, abriu o evento falando sobre a importância de unir esforços para discutir temas que impactam diretamente na formação dos estudantes, destacando a necessidade de promover uma educação antirracista. “A gente considera a missão de trazer um pouco mais de equilíbrio para a nossa sociedade, construindo uma sociedade com cada vez menos preconceito, encarando o problema de frente”, afirmou.
A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, falou sobre as ações afirmativas realizadas pela instituição, com ênfase nas iniciativas voltadas para inclusão e equidade, citando o seminário como mais uma importante oportunidade de discutir temas relevantes para toda a sociedade. “Esse seminário representa uma discussão de pautas muito duras, mas que precisam ser enfrentadas. Nós precisamos falar do racismo estrutural, do letramento racial e precisamos falar que todo mundo precisa de oportunidade. A educação transforma e nós estamos aqui plantando essa semente de transformação. Eu desejo que esse seminário traga frutos e que juntos possamos modificar um cenário que é cercado de violência e discriminação”, disse.
A representante da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia, Francileide Araújo, ressaltou a urgência em discutir temas relacionados ao reconhecimento e preservação dos saberes e tecnologias ancestrais, além de promover ações voltadas para a inclusão e permanência de mulheres, especialmente as mulheres negras, no campo da produção científica. “Quando a gente fala de ciência é preciso reafirmar que existe uma ciência que é feminista, posicionada, que debate raça e classe. E isso também é produção de ciência”, ponderou.
Márcia Rodrigues, representante da Secretaria de Educação, reforçou a importância de fortalecer o discurso antirracista, colocando negros e negras no centro da discussão. “Aproveitemos esse seminário, estejamos vigilantes e atentas. Sou muito feliz pelo enegrecimento desse auditório e vamos empretecer esse discurso também”, disse.
Após a mesa de abertura foi realizada a conferência ‘Vamos conversar sobre racismo ambiental?’, ministrada pela pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais, Rosy Mary dos Santos Isaias. Durante a sua fala, a convidada fez um apanhado histórico abordando temas como os impactos da mineração e do desmatamento, o uso de agrotóxicos, o consumo exagerado de plástico e a urgência de pensar estratégias de sustentabilidade, especialmente em comunidades vulnerabilizadas. “A saúde do meio ambiente impacta em nossa saúde, direta ou indiretamente. É preciso pensar que a poluição impacta muito mais as populações periféricas, mas ela também vai bater em quem não está nas periferias”, alertou.
A programação da manhã foi finalizada com a mesa ‘Comunicação e divulgação científica para a equidade racial e de gênero’, mediada pelo assessor de comunicação da Fiocruz Bahia, Antonio Brotas. A mesa contou com a participação de Daniel Damasceno, pesquisador do Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT); de Douglas Falcão, pesquisador do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST); da fundadora, diretora executiva e tutora do Instituto Sumaúma, Taís Oliveira e da coordenadora do Grupo de Pesquisa de Comunicação Antirracista e Pensamento Afrodiaspórico do Intercom, Márcia Guena.
Educação científica e comunicação antirracista
Durante a tarde, a programação teve início com a mesa ‘Educação Científica e Antirracista’, composta pela professora do Instituto de Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia, Barbara Coelho Neves; pela professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, Joelma Santos e pela técnica pedagógica da Coordenação do Ensino Médio da Secretaria de Educação do Estado, Gizele Souza. A mesa contou com a mediação de Adelmo dos Santos, professor do Instituto Anísio Teixeira.
Em seguida, a mesa ‘Experiência de Educação e Comunicação Antirracista no Contexto Brasileiro’, mediada pelas professoras do Instituto Anísio Teixeira, Liane Amorim e Simone Alves, foi formada pelas professas da Universidade Federal da Bahia, Deboraci Brito Prates e Leticia dos Santos Pereira; pela professora do Colégio Estadual Edvaldo Brandão Correia, Jucy Silva; da representante da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, Larissa Ferreira Gonçalves, pela professora do Colégio Estadual Cosme de Farias, Moselene Costa dos Reis e pela professora da Educação Básica de Camaçari, Vitalina Silva.
O encerramento do evento ficou por conta do recital dos alunos do Colégio Estadual Edvaldo Brandão Correia: Aída Sacramento, Ana Beatriz da Silva, Vitória Barros e Lais Raelle Cruz.
Uma pesquisa avaliou se o uso tópico do antígeno rSm29 em combinação com o antimoniato de meglumina intravenoso no tratamento da leishmaniose cutânea aumentaria as taxas de cura dos pacientes. Os resultados do trabalho, coordenado pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Edgar Carvalho, foram publicados no International Journal of Infectious Diseases.
A leishmaniose cutânea é observada em mais de 90% dos casos de leishmaniose tegumentar americana e é caracterizada pela presença de uma ou mais úlceras bem delimitadas com bordas elevadas. O principal agente causador dessa forma da doença é o protozoário Leishmania (Viannia) braziliensis.
O medicamento mais comumente usado para tratar a doença na América Latina é o antimoniato de meglumina, mas nessa área endêmica, quando usado em doses de 20 mg/kg por 20 dias cura menos de 50% dos pacientes e o tempo de cura na maioria dos enfermos leva 90 dias ou mais. De acordo com o artigo, a gravidade da doença e a falha na terapia estão associadas ao nível de granzima B, uma proteína produzida pelo sistema imune.
O rSm29 é um antígeno que pode ser usado para tratar a leishmaniose cutânea, uma vez que tem a capacidade de reduzir a produção de citocinas pró-inflamatórias. O ensaio clínico foi composto por um estudo de fase I com o objetivo de avaliar reações adversas ao rSm29 e um ensaio de fase II controlado por placebo, comparando a taxa de cura e o tempo de cicatrização dos pacientes nos três braços do estudo.
No trabalho, 91 pacientes com leishmaniose cutânea foram alocados em três grupos, em que todos os casos receberam antimoniato de meglumina (20 mg/kg/peso) por 20 dias. O grupo 1 usou rSm29 tópico (10 µg), o grupo 2 recebeu um placebo aplicado topicamente, e o grupo 3 recebeu apenas antimoniato de meglumina.
Os achados apontam que a taxa de cura no dia 90 foi de 71% em indivíduos tratados com rSm29 mais o antimoniato de meglumina, e 43% em pacientes que receberam antimoniato de meglumina apenas ou com o placebo. Houve uma diminuição em granzima e um aumento na citocina IFN-γ (que exerce papel crucial na imunidade contra patógenos intracelulares) em biópsias de pele das lesões obtidas no dia 7 da terapia em pacientes que receberam rSm29.
Os pesquisadores concluíram que o uso do rSm29 associado ao antimoniato de meglumina reduz os níveis de granzima, que é mais eficaz que o antimoniato de meglumina sozinho e diminui o tempo de cicatrização das lesões na leishmaniose cutânea.
O pesquisador da Fiocruz Bahia, Mitermayer Galvão dos Reis, será condecorado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (CREMEB) com o Diploma Honorífico, na categoria Ensino e Pesquisa. A homenagem é dedicada aos profissionais da medicina como forma de reconhecimento conferida a médicos regularmente inscritos no CREMEB e que tenham atuação proeminente em favor dos médicos e da medicina.
A solenidade será realizada no dia 18 de outubro de 2024, sexta-feira, às 20h, durante a Sessão Plenária Solene Pública, na Casa Salvatore, localizada no Cabula.
O pesquisador
Mitermayer Galvão é médico formado pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, especialista sob a forma de residência em Anatomia Patológica, mestre e doutor em Patologia Humana pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (FMB-UFBA). Fez pós-doutorado na Case Western Reserve University e na Harvard School of Public Health (EUA).
Atualmente, é Pesquisador Titular da Fiocruz Bahia, Professor Titular do Departamento de Patologia e Medicina Legal (DPML) da FMB-UFBA, Professor Adjunto da Universidade de Yale nos EUA e Pesquisador categoria 1A e Membro de Comitê de Assessoramento de Biotecnologia do CNPq e chefe do Laboratório de Patologia e Biologia Molecular, da Fiocruz Bahia. Além disso, foi professor titular por 38 anos da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e chefe do DPML por dois mandatos.
O cientista também é membro da Academia de Ciência da Bahia e da Academia de Medicina da Bahia e membro Honorary International Fellows of ASTMH, da American Society of Tropical Medicine and Hygiene.
Realiza estudos sobre epidemiologia clínica e molecular e de imunopatogênese das doenças infecciosas parasitárias orientados para o desenvolvimento tecnológico e inovação com ênfase em arboviroses, câncer, doença de Chagas, esquistossomose, hepatites virais, leptospirose, meningites bacterianas e viroses respiratórias.
Entre os dias 20 e 22 de novembro de 2024 será realizado o 1º Encontro Brasileiro de Patologia Digital e Computacional, na Fiocruz Bahia. As inscrições podem ser feitas até o dia 15 de novembro, no site do evento. Antes de realizar a inscrição, é necessário fazer o cadastro do UNA-SUS no próprio site. Será oferecido certificado aos participantes.
Alguns dos objetivos do encontro são reunir competências e experiências brasileiras emergentes na área de Patologia Digital e Computacional; compartilhar, em linguagem acessível, conhecimentos referentes à área; fomentar a criação de redes nacionais de cooperação em telepatologia e patologia computacional para apoio diagnóstico de doenças endêmicas e emergentes no país; e definir estratégias de integração de interesses e competências dispersas para desenvolvimento tecnológico, de pesquisa e atualização científica na área.
O evento responde ao anseio de patologistas e profissionais da ciência da computação em alcançar os desenvolvimentos produzidos na área no Brasil e no mundo. A ideia do encontro surgiu durante eventos promovidos pela Sociedade Brasileira de Patologia e nas Conferências Clínico-Patológicas, realizadas pela Fiocruz Bahia, que culminaram na proposta da criação de uma Associação Brasileira de Patologia Digital e Computacional.
A Fiocruz Bahia participou da XXII Feira de Saúde do Terreiro Casa Branca, realizada no dia 28/09, sábado. O evento contou com atividades como exposição de insetos, extração de DNA vegetal, simulação de experimentos, visualização de tecidos em microscópio, quiz sobre vacinação e oficina de autoexame para detecção do câncer de mama, além de materiais informativos voltados para educação em Saúde e Divulgação Científica. Neste ano, a Feira de Saúde abordou o tema “Compartilhando saberes na contemporaneidade: acolher, incluir e educar – como evitar a superexposição nas redes sociais e cuidar melhor das crianças e adolescentes?”
A chefe do Serviço de Histotecnologia e coordenadora do Núcleo Pró-equidade de Gênero e Raça da Fiocruz Bahia, Lorena Magalhães, esteve presente no evento e destacou a importância dessa parceria. “A participação da Fiocruz é extremamente essencial, é uma oportunidade de aproximação com a comunidade tão importante para a nossa cidade. Fazer com que o conhecimento adquirido na Fiocruz chegue ao seu público alvo é extremamente gratificante”, afirmou.
Paula Castro, membro da organizadora da Feira, também destacou a importância das atividades para a comunidade. “A Fiocruz vem reforçando essa parceria a cada ano, sempre atraindo jovens e adultos que se interessam pelas exposições e por todo conteúdo científico. Nós só temos a agradecer por saber que podemos contar com a instituição”, afirmou.
Durante o evento, foi realizado um quiz sobre vacinação, no qual os visitantes do stand testaram seus conhecimentos e tiveram acesso à verificação de informações sobre o tema, esclarecendo desinformações que circulam frequentemente nas redes sociais. A ação faz parte de uma série de atividades realizadas pelo projeto “Bora Checar”, uma iniciativa da Fiocruz Bahia que tem como objetivo estimular o desenvolvimento de competências informacionais e midiáticas de jovens baianos, especialmente os estudantes de escolas públicas do estado, desenvolvendo atividades que ajudem a detectar e enfrentar a desinformação sobre saúde, ciência e meio ambiente.
Para o jornalista Caio Santos, integrante do projeto, a dinâmica foi relevante não só como uma forma de reforçar a importância da vacina para os participantes, mas também uma oportunidade de apresentar a instituição como uma das fontes com autoridade para conduzir o discurso em torno de assuntos relacionados à ciência e saúde. “Foi uma importante oportunidade de apresentar a instituição como uma das fontes com autoridade para conduzir o discurso em torno de assuntos relacionados à Ciência e Saúde”, afirmou.
O grupo de Oncologia Comparada do Laboratório de Investigação em Saúde Global e Doenças Negligenciadas também esteve presente falando sobre a importância da prevenção do câncer de mama. Para Lorena Queiroz, integrante do grupo, falar sobre o assunto de forma aberta para a população é uma ação fundamental, desmistificando e popularizando a ciência em torno de uma doença que ainda afeta milhares de mulheres, mas que também pode acometer homens. “O autoexame é uma ferramenta essencial para o autoconhecimento e para o diagnóstico precoce, o que pode melhorar significativamente o prognóstico”, informou.
A Feira de Saúde do Terreiro Casa Branca é aberta a toda a comunidade e tem como principal objetivo promover e garantir serviços de qualidade para todas as pessoas. A programação inclui atendimento médico, apoio psicológico, atividades socioeducativas e culturais.
A Coordenação da Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional (PGPCT) torna público o cronograma e as normas para a seleção de candidatos ao curso de mestrado profissional 2025. As inscrições podem ser feitas até o dia 04 de novembro, neste link.
O curso stricto sensu tem como áreas de concentração Pesquisa Clínica e Translacional em Oncologia e Vigilância em Saúde, no desenvolvimento de novos compostos com capacidade antitumoral, estudos pré-clínicos e clínicos; mecanismos de tumorigênese e identificação/validação de marcadores tumorais; pesquisa epidemiológica das neoplasias sólidas e hematológicas; e vigilância em saúde voltada para agravos transmissíveis e não transmissíveis.
Um estudo utilizou a técnica de mineração de texto para extrair dados não estruturados de uma pesquisa sobre Covid longa conduzida num hospital universitário em São Paulo. O objetivo do trabalho é contribuir para uma compreensão mais profunda dessa condição crônica e suas implicações para os sistemas de saúde global. O modelo desenvolvido tem potencial para aplicação em outros ambientes de saúde, apoiando esforços de pesquisa mais amplos e a tomada de decisão clínica para pacientes com Covid longa.
O trabalho tem autoria da pesquisadora Pilar Tavares Veras Florentino, do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) da Fiocruz Bahia, e foi coordenado pelos pesquisadores Manoel Barral-Netto, da Fiocruz Bahia, e Soraya S. Smaili, da Universidade Federal de São Paulo (USP). O artigo foi publicado no periódico da Nature, Cell Death and Disease.
A Covid longa é caracterizada pela persistência dos sintomas do coronavírus por mais de 1 mês, e que ainda necessita uma caracterização clínica definitiva. Sua apresentação variada em diferentes populações e sistemas de saúde representa desafios significativos para a compreensão de suas manifestações e implicações clínicas.
Para o estudo, os especialistas analisaram os Registros Eletrônicos de Saúde (EHR) e criaram um modelo que pode ser aplicado em outros hospitais. O método de agrupamento de texto fonético (PTC) permite a exploração de dados não estruturados de EHR para unificar diferentes formas escritas de termos semelhantes em uma única representação fonêmica.
Foi construído um fluxo de trabalho de mineração de texto capaz de extrair informações médicas estruturadas de notas clínicas em português brasileiro. Este método, em conjunto com os tokens de texto validados, poderia ser usado como uma plataforma para análises futuras de Covid longa em hospitais que usam sistemas diferentes. O método foi aplicado de volta ao conjunto de dados de treinamento (SIVEP-Gripe), enriquecendo o banco de dados nacional e resultando em caracterizações clínicas mais detalhadas da SARS no Brasil na última década.
Os pesquisadores concluíram que o modelo desenvolvido no estudo tem potencial para escalabilidade e aplicabilidade em outros ambientes de saúde, inclusive em áreas com configurações de recursos limitados, apoiando assim esforços de pesquisa mais amplos e informando a tomada de decisão clínica para pacientes com Covid longa. Apontam ainda, que o método e a modelagem apresentados no trabalho e o uso de coortes de dados para prever e tratar pacientes com a doença serão cruciais, e mais estudos devem ser realizados para não apenas aumentar o conhecimento, mas também desenvolver os métodos de cuidado e reabilitação necessários, além do planejamento do sistema de atenção primária à saúde.
A pesquisadora da Fiocruz Bahia Claudia Brodskyn recebeu o Prêmio SBI Women in Science, no 48º Congresso da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), o Neuro Immunology 2024, realizado em Fortaleza, Ceará. O congresso aconteceu entre os dias 25 e 29 de setembro, e propôs uma jornada na neuroimunologia, com o objetivo de aprofundar na área que preenche a lacuna entre imunologia e neurociências, bem como os avanços inovadores e novos paradigmas neste campo.
Claudia Brodskyn, que já foi presidente da SBI, compartilhou que receber o prêmio foi algo que a emocionou muito. “A SBI é minha segunda casa, com muitos amigos e colaboradores, ter sido escolhida para o prêmio Women for Science representou o reconhecimento da minha carreira, mas também a contribuição que pude fazer para a Sociedade”, pontuou.
Para a cientista, é de grande importância premiar e valorizar a contribuição de mulheres na ciência. “Apesar de sermos maioria em muitas áreas da ciência, principalmente nas biológicas, ainda não conseguimos ocupar cargos de liderança ou mesmo de protagonismo nos eventos nacionais e internacionais. Assim, a premiação é a representação de muita luta e perseverança. E vamos continuar”, ressaltou Brodskyn.
O Prêmio SBI Women in Science destaca grandes contribuições de cientistas brasileiras para pesquisas em imunologia. A iniciativa parte do reconhecimento de que muitas ações precisam ser feitas para superar as barreiras que as mulheres enfrentam para ingressar e progredir na pesquisa, e compreende que as cientistas do sexo feminino estão sub-representadas na pesquisa global, logo existe a necessidade de iniciativas para aumentar suas oportunidades e participação. Em 2022, a pesquisadora da Fiocruz Bahia, Aldina Barral, também conquistou a honraria.
A cientista
Claudia Ida Brodskyn é graduada em Biomedicina pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e tem mestrado e doutorado em Imunologia pela Universidade de São Paulo (USP). Realizou o pós-doutorado na CSU-Fort Collins (EUA). Atualmente é pesquisadora titular da Fiocruz Bahia, e aposentada como professora titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
A imunologista também integrou o Comitê de Assessoramento de Imunologia do CNPq. Além disso, é reconhecida pela expressiva orientação de estudantes de graduação e pós-graduação, em sua maioria, mulheres. Claudia Brodskyn tem experiência na área de Imunologia, com ênfase em Imunoparasitologia, atuando principalmente nos seguintes temas: imunidade inata e adaptativa, imunorregulação, Leishmania amazonensis, Leishmania chagasi, Leishmania braziliensis e vetores.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está com as inscrições abertas para seleção de estágio não obrigatório 2024.2. A Fiocruz Bahia está com duas vagas disponíveis nos perfis listados abaixo. As inscrições encerram em 16 de outubro.
Clique aqui para consultar os editais, que estão disponíveis na página do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).
Confira:
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Uma pesquisa avaliou os efeitos da inflamação numa proteína chamada conexina 43 (Cx43), em camundongos infectados com Trypanosoma cruzi, protozoário causador da doença de Chagas. O trabalho, que foi tese de doutorado de Breno Cardim pelo Programa de Pós-Graduação em Patologia (PGPAT), da Universidade Federal da Bahia em ampla associação com a Fiocruz Bahia, foi coordenado pela pesquisadora Milena Soares, da Fiocruz Bahia, e publicado no periódicoFrontiers in Immunology.
As arritmias cardíacas são a principal causa de morte súbita em pacientes com cardiomiopatia chagásica crônica (CCC), uma complicação da doença de Chagas. No estudo publicado, investigou-se a expressão e padrão de fosforilação da conexina 43 (Cx43), uma proteína essencial para a comunicação entre células cardíacas vizinhas, localizada na região dos discos intercalares (junções especializadas que conectam as células do músculo cardíaco, permitindo a sincronização da contração cardíaca), e sua relação com a ocorrência de arritmias.
Utilizando camundongos infectados pelo parasita Trypanosoma cruzi, os pesquisadores realizaram avaliações cardíacas nos animais aos 6 e 12 meses após a infecção, por meio de testes ergométricos e eletrocardiogramas e, posteriormente, amostras cardíacas desses animais foram utilizadas para avaliação dos níveis de inflamação, fibrose, expressão gênica e distribuição da Cx43 total e suas formas fosforiladas no tecido cardíaco.
Os resultados mostraram que a infecção crônica levou a uma piora na função cardíaca, com aumento da inflamação, fibrose e expressão elevada dos genes das citocinas pró-inflamatórias IL-1β, TNF e IFNᵧ. Análises com microscopia confocal revelaram que a expressão e localização das Cx43 estavam alterados, assim como as suas formas fosforiladas, com a proteína dispersa em áreas fora dos discos intercalados, incluindo as membranas laterais e o citoplasma das células.
Além disso, em amostras de corações humanos com CCC, os mesmos padrões de redistribuição da Cx43 foram observados, reforçando a hipótese de que essa desorganização contribui para a geração de distúrbios de condução elétrica e arritmias.
Adicionalmente, foi testado um modelo de microambiente inflamatório em culturas de células cardíacas de rato e humanas (cardiomiócitos derivados de células-tronco de pluripotência induzida), onde foi utilizada uma combinação de citocinas (IL-1β, TNF e IFNᵧ) para simular o ambiente inflamatório da CCC, e com isso os pesquisadores observaram uma redução na duração do potencial de ação (importante para a contratilidade cardíaca) e na transferência de corante entre células, sugerindo uma redução na comunicação celular.
Esses achados indicam que a inflamação crônica no coração afeta diretamente a função da Cx43, contribuindo para a ocorrência de arritmias em pacientes com doença de Chagas, e abre portas para estudos futuros que busquem uma compreensão mais profunda das vias de sinalização que podem ser ativadas por citocinas pró-inflamatórias na CCC, resultando na desregulação de Cx43. Além disso, os pesquisadores destacaram a importância de explorar potenciais alvos terapêuticos que poderiam melhorar a função de Cx43 e prevenir o desenvolvimento de arritmias graves em pacientes com doença de Chagas.
Estudante: Patrícia Lima Junqueira Orientação: Marilda de Souza Gonçalves Co-orientação: Martha Silvia Martinez Silveira Título da dissertação: EFEITOS DOS ANTICOAGULANTES ORAIS DIRETOS NO ENDOTÉLIO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa Data de defesa: 16/10/2024 Horário: 14h00 Local: Sala Virtual do Zoom ID da reunião: 868 5449 9855 Senha: patricia
Resumo
INTRODUÇÃO: o tromboembolismo venoso (TEV) representa a terceira causa de mortalidade cardiovascular no planeta, com impacto negativo na qualidade de vida. Desde 1856, a trombose venosa tem sido reconhecida como condição multifatorial, destacando-se, entre esses fatores, a alteração da função endotelial, importante órgão para manutenção da saúde vascular, uma vez que as células endoteliais apresentam atividades antiplaquetária, anticoagulante e anti-inflamatória. A terapia anticoagulante tem sido o pilar para o tratamento e prevenção do TEV e desde a sua incorporação ao arsenal terapêutico, os anticoagulantes orais diretos (inibidor direto da trombina: dabigatran e os inibidores diretos do Xa) têm sido amplamente utilizados na prática clínica. O uso crescente desses anticoagulantes e o reconhecimento da doença trombótica como evento multifatorial, motivou a busca por possíveis efeitos dos anticoagulantes orais diretos no endotélio vascular, além da sua atividade antitrombótica, tal como descrito com as moléculas de heparina, para que sirvam como ponto de partida para investigação desses efeitos e potenciais benefícios em determinados subgrupos de pacientes. OBJETIVO: realizou-se com o objetivo de buscar evidências sobre efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e de modulação endotelial dos anticoagulantes orais diretos disponíveis no Brasil (dabigatrana, rivaroxabana, apixabana e edoxabana), foi feita uma revisão sistemática da literatura, visando subsidiar a realização de um estudo pré-clínico acerca desses possíveis efeitos nas células endoteliais de veias humanas. METODOLOGIA: a busca foi realizada nas bases de dados Medline/PubMed, Embase e Lilacs, após confecção de protocolo, registrado no PROSPERO (ID: CRD42023442124), de acordo com as recomendações PRISMA. Foram coletados dados referentes ao modelo experimental utilizado, doses das medicações avaliadas, parâmetros de disfunção endotelial e efeitos dos anticoagulantes estudados nas células endoteliais de veias humanas. RESULTADOS: foram selecionados nove estudos. Todos tiveram como modelo experimental as células endoteliais de veia de cordão umbilical humano (HUVECs), onde foi testada uma ou mais de uma das drogas incluídas nesta revisão sistemática. Seis dos nove estudos avaliaram os efeitos da rivaroxabana; quatro, os da dabigatrana e apenas um avaliou os efeitos da edoxabana e outro da apixabana. Dos 9 estudos selecionados, três deles avaliaram a rivaroxabana e a dabigatrana em conjunto. Dois dos nove, estudaram os efeitos dos anticoagulantes na migração celular, outros dois na permeabilidade endotelial e efeito de barreira, um dos estudos avaliou o efeito nos danos ao DNA, todos os 9 trabalhos selecionados estudaram o efeito anti-inflamatório no endotélio através da análise de vias moleculares e/ou expressão gênica de moléculas de adesão, citocinas anti-inflamatórias e pró-inflamatórias, espécies reativas de oxigênio (ROS). CONCLUSÃO: ainda que os dados sejam escassos na literatura, os resultados descritos sugerem que os anticoagulantes orais diretos estudados (dabigatrana, rivaroxabana, edoxabana e apixabana) não parecem ter impacto na função da célula endotelial quiescente, porém, quando essas células são estimuladas e se tornam disfuncionais, essas medicações apresentam efeitos anti-inflamatórios, de redução da permeabilidade celular, contribuição na reparação de danos ao DNA, além de efeito positivo no crescimento dessas células. Tais achados servem como alicerce para investigação futura direcionadas para a amplitude dos possíveis efeitos benéficos não antitrombóticos desses anticoagulantes no endotélio.
Estudante: Nicole Juriti Nazareth Orientação: Marilda de Souza Gonçalves Co-orientação: Martha Silvia Martinez Silveira Título da dissertação: μRNA E PROGNÓSTICO DO MIELOMA MÚLTIPLO: DADOS DE REVISÃO SISTEMÁTICA Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa Data de defesa: 17/10/2024 Horário: 14h00 Local:Sala Virtual do Zoom ID da reunião: 894 8450 2300 Senha: nicole
Resumo
Introdução: o Mieloma Múltiplo (MM) é uma neoplasia hematológica, sendo, desta classe, a segunda mais incidente. Existem diversos biomarcadores, já estabelecidos e utilizados no protocolo, tanto de diagnóstico quanto de prognóstico desta doença. O grupo internacional de trabalho em mieloma (IMWG) vem, periodicamente, atualizando as formas de otimizar a rotina, tanto do diagnóstico quanto do prognóstico desta doença. Biomarcadores novos podem ser o próximo passo para predizer padrões de prognóstico, resposta ao tratamento, monitorização e acompanhamento terapêutico, que são etapas necessárias nesse tipo de câncer, que é heterogêneo. Biomarcadores, tais como, de resposta imune, células de tumor circulantes, μRNA, cDNA circulante, dentre outros. Objetivo: o presente estudo teve como objetivo realizar uma revisão sistemática visando estimar a influência do μRNA no prognóstico do MM e sua correlação com biomarcadores já padronizados ou com biomoléculas já conhecidas na literatura e relacionadas a sua fisiopatologia, com a finalidade de, futuramente, criar, operacionalizar e realizar estudos que busquem responder ou agregar conhecimentos ao cuidado dos pacientes e na tomada de decisão da equipe médica. Métodos: a estratégia de busca foi realizada em diferentes plataformas, tais como, CENTRAL, EMBASE, PUBMED e WEB OF SCIENCE, nas quais foram realizadas buscas para identificar artigos que respondam à pergunta norteadora. Em seguida, ocorreu a triagem, seleção, extração, resultados e para esta revisão foi seguido o PRISMA e o guia ROBIS 1 como controle de qualidade e síntese das informações da metodologia predominante, curvas de sobrevida, caracterização dos pacientes, correlações com biomarcadores estabelecidos clinicamente ou na literatura. Resultado: O total de 1255 artigos foram triados, 82 passaram pela etapa de seleção e 33 artigos foram selecionados. Os quais foram subdivididos em 2 subgrupos, grupo 1 contendo curvas de sobrevida e grupo 2 curvas envolvendo regressão de Cox aliada ao Kaplan-Meier de sobrevida. Foram descritas correlações entre genes e μRNA, anormalidades citogenéticas, parâmetros clínicos contínuos/categóricos ou não e lesões ósseas (77,53%) /renais (35,43%). Além disso, foi possível correlacionar os níveis de expressão com resposta ao tratamento dos pacientes. Níveis elevados de miR-(146b; 548d; 554; 373; 888; 20a; 148a; 125b-5p; 767-5p) e níveis reduzidos de miR-(153; 490; 642; 455; 500; 575;19a; 214; 33b; 15a; 16-1; 483-5p; 34a; 125a) e let-7b ambos estiveram associados ao mau prognóstico. Conclusão: com a realização do presente estudo, foi possível caracterizar a grande maioria dos pacientes com MM, além de identificar os tipos e níveis de μRNAs relacionando-os a sobrevida, resposta ao tratamento com relação as curvas de sobrevida ou em relação a mediana de expressão do μRNAs, biomarcadores estabelecidos de mau prognóstico, com longos RNA não codificantes, genes e a lesões ósseas e renais.
O Curso de Citometria: da Teoria à Prática foi elaborado para fornecer uma compreensão abrangente do pipeline de citometria, desde os conceitos fundamentais até as práticas mais avançadas. A capacitação será realizada durante seis dias, de 29 a 31 de outubro e de 05 a 07 de novembro, das 09h às 18h, na Fiocruz Bahia. Estão disponíveis 6 vagas.
O público-alvo é de pessoas com doutorado em andamento ou concluído, que tenham como objetivo a utilização da citometria em seus projetos. As inscrições podem ser feitas através do envio de uma carta de intenção para o e-mail laila.horta@fiocruz.br, até o dia 14 de outubro. O curso é promovido pela pós-doutoranda Laila Horta, coordenado pela pesquisadora Viviane Boaventura e tem o apoio técnico de Liliane Cunha, da Fiocruz Bahia. Para outras informações acesse o site do curso.
Programação
A atividade iniciará com os conceitos gerais que definem a citometria, explorando sua função e aplicabilidade nas diversas áreas da pesquisa e da medicina. Será realizada uma introdução aos fluidos e lasers, essenciais para o funcionamento dos citômetros, e o participante aprenderá a construir um painel eficaz. Serão discutidos temas como a configuração do equipamento, escolha de marcadores e titulação de anticorpos, que irão preparar o aluno para as práticas em seguida.
As sessões práticas incluirão a revisão de protocolos de marcação e a aplicação de boas práticas no uso do citômetro. O participante terá a oportunidade de realizar leituras de amostras utilizando o software FACS Diva, proporcionando uma experiência direta com a tecnologia. Também haverá um aprofundamento em ferramentas como o software FlowJo e o público aprenderá a analisar resultados e entender o Stain Index, visando um conhecimento sólido e aplicável.
Além disso, as atividades permitirão que os painéis montados sejam testados, solidificando as habilidades dos participantes e preparando-os para aplicar esse conhecimento em contextos reais. A introdução à compensação e à análise de resultados completarão a formação, para uma atuação na área com confiança.
A Fiocruz Bahia promoverá o ‘Seminário Divulgação e Educação Científica: caminhos para a inclusão e equidade racial e de gênero’, que ocorrerá no dia 08 de outubro, das 09h às 17h, no auditório do Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador. As inscrições podem ser realizadas neste link. O evento será transmitido no canal do Youtube do IAT.
A atividade busca fortalecer o desenvolvimento de ações que possam contribuir para a divulgação e educação científica, com o objetivo de pautar e estimular a inclusão sociocultural e a promoção da equidade étnico-racial e de gênero nas ciências.
O seminário destina-se a professores da educação básica, pesquisadores, membros de coletivos e movimentos sociais, populações quilombolas e indígenas, além de estudantes do ensino médio e superior. Com isso, busca-se promover a descolonização da concepção de educação e comunicação científica, tomando a perspectiva antirracista, a partir das leis 10.639/03 e 11.645/05 na abordagem da educação da relações étnico-raciais e os referenciais de pesquisadores negros na construção do pensamento brasileiro.
Na programação, estão previstas palestras com pesquisadores, professores e profissionais das ciências da saúde, ciências sociais, humanidades e divulgação científica, além da presença de secretários e representantes de secretarias estaduais. As mesas redondas vão abordar temas como equidade racial e de gênero, comunicação científica e antirracista, gestão de projetos e experiências em educação e comunicação antirracista.
O evento é realizado em parceria com a Secretaria da Educação (SEC), através do IAT; Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI); e apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb).
Estudante: Fênix Alexandra Araújo Orientação: Darízy Flávia Silva Amorim de Vasconcelos Título da tese: POTENCIAL TERAPÊUTICO DO MENTOL PARA TRATAMENTO DA DISFUNÇÃO ERÉTIL ASSOCIADA AO DIABETES MELLITUS: FOCO NOS EFEITOS SOBRE ARTERIAS PUDENDAS E CORPOS CAVERNOSOS DE CAMUNDONGOS db/db Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa Data de defesa: 26/09/2024 Horário: 09h00 Local: Auditório Sonia Andrade
Resumo
INTRODUÇÃO: O diabetes mellitus é um grave problema de saúde com a estimativa de crescente aumento da população acometida. Há diversas complicações crônicas associadas ao diabetes, inclusive disfunções sexuais. A disfunção erétil (DE) é mais grave por ser um marcador de doença arterial coronariana e possui maior prevalência em pacientes diabéticos comparado aos pacientes não diabéticos, que infelizmente, não respondem de maneira satisfatória ao tratamento farmacológico oral disponível. Sendo necessária a busca por novas ferramentas farmacológicas para abranger a terapia à esses pacientes. Neste sentido, o mentol é um candidato ao induzir sensação de frescor, por ativar canais termossensores ao frio (clássico agonista de canal TRPM8), e por isso ser amplamente utilizado em produtos relacionados a função sexual; mas, ainda não se sabe se o mentol teria efeito vascular, para além da termossensação, para melhorar o aporte sanguíneo para a região genital. OBJETIVO: Descrever o potencial farmacológico do mentol para o tratamento da DE-associada ao diabetes utilizando modelo experimental murino. MATERIAL E MÉTODOS: Artéria pudenda e corpos cavernosos de camundongos adultos db/db e os controles lean foram utilizados. Histologia e microscopia confocal foi utilizada para descrever a estrutura das artérias pudendas e corpos cavernosos de lean e db/db. A artéria pudenda foi utilizada em miógrafo de fio e pressão, enquanto o corpo cavernoso em miógrafo de tira. Western blott e imunofluorescência foi realizada para avaliar a expressão do TRPM8. A pressão intracavernosa foi verificada após administração do mentol. RESULTADOS: As artérias pudendas e corpos cavernosos de db/db apresentam alterações morfológicas que indicam prejuízo de resposta funcional adequada para a ereção, com menor razão entre célula muscular lisa e colágeno. As artérias pudendas de db/db apresentam remodelamento para dentro, com menor resposta a vasorrelaxamento a acetilcolina e sildenafil comparado ao lean. Os corpos cavernosos de db/db tem área de secção transversa menor que o lean e com maior detecção de espécies reativas de oxigênio. O mentol induziu importante relaxamento destes tecidos tanto em lean quanto em db/db, de maneira independente do endotélio vascular, parcialmente dependente do canal TRPM8 (que está expresso igualmente entre os grupos) e TRPA1, sem participação do GABA-A. A exposição prévia ao mentol reduziu a contração posterior à fenilefrina, sem alterar a potência ou eficácia da acetilcolina. Mentol inibe a contração induzida por influxo de Ca2+ e aumenta a dilatação em resposta ao aumento de pressão intraluminal em pudenda. Interessantemente, mentol (1 mM) administrado no corpo cavernoso reduz a pressão arterial tanto de lean quanto db/db e aumenta a pressão intracavernosa de db/db. CONCLUSÕES: Mentol é uma molécula promissora para desenvolvimento de fármacos para o tratamento de DE-associado ao diabetes ao induzir relaxamento de artérias pudendas e corpo cavernoso de lean e db/db, bem como aumentar a pressão intracavernosa de db/db sendo sugestivo de melhora da função erétil.
A Fiocruz Bahia realizará diversas atividades durante a 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2024), nos dias 16 a 18 de outubro, nas dependências da instituição. Estudantes da rede pública vão participar de palestras, visitas técnicas, exposições de divulgação científica e oficinas.
O tema desta edição é “Biomas do Brasil: Diversidade, Saberes e Tecnologias Sociais”, com o intuito de reconhecer, valorizar e proteger a biodiversidade dos biomas brasileiros e a riqueza dos saberes tradicionais das comunidades que neles habitam.
A SNCT, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), é o maior evento de divulgação científica do Brasil e tem o objetivo de mobilizar a população, em especial crianças e jovens, em torno de temas e atividades de ciência e tecnologia, valorizando a criatividade com a ideia de despertar o interesse sobre esse tema desde a infância.
Na semana que comemora 14 anos de sua fundação, a Academia de Ciências da Bahia (ACB) cumpriu um importante rito da organização: realizou a Solenidade de Posse dos Novos Acadêmicos e Acadêmicas. A cerimônia aconteceu na quarta-feira, 18 de setembro, na Fiocruz Bahia. Dentre os novos membros estão os pesquisadores da Fiocruz Bahia, Guilherme Ribeiro, e Maria Fernanda Grassi, na área de Ciências da Vida.
O presidente da ACB e pesquisador da Fiocruz Bahia, Manoel Barral, presidiu a sessão, com a mesa de abertura composta pelo Presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Mário Moreira, a representante da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Olívia Oliveira, e o ex-presidente da ACB, Jailson Andrade. Da Fiocruz Bahia, esteve presente no evento a diretora, Marilda de Souza Gonçalves, além de pesquisadores e estudantes.
Moreira, que representa a maior instituição de pesquisa em Saúde da América Latina, logo após o Hino da Bahia, lembrou o contexto atual e que estamos em outros tempos, pois a ciência não combina com tiranos (parafraseando o trecho, “Com tiranos não combinam, brasileiros corações”). Já a representante da UFBA, Olivia Oliveira, lembrou que a universidade segue sendo o espaço de grande contribuição para a ciência, visto inclusive na quantidade de pesquisadores já acadêmicos e dos novos que são formados e ou atuam na Federal. O ex-presidente Jailson Andrade ressaltou a equidade de gênero no atual ingresso: foram três homens e três mulheres.
O discurso de recepção foi feito pela acadêmica Evelina Hoisel, vice-presidente da ACB, que destacou a importância da tradição da academia. “Vocês darão continuidade a uma tradição de excelência”, afirmou Hoisel. No entanto, ela enfatizou que a cerimônia de posse vai além de reafirmar o legado da instituição. A cerimônia sempre serve para trazer renovação – renovação das ideias, renovação do conhecimento, atualização da própria academia no seu lugar social. Suas palavras refletem o compromisso da ACB em manter-se contemporânea, renovando-se continuamente para se adaptar aos desafios do presente e do futuro.
Manoel Barral reforçou em seu discurso que a Academia de Ciências “não é um clube só de cientistas, mas de pessoas que colocam a ciência à frente”, destacou, mostrando que os acadêmicos são pessoas que fazem da ciência um projeto de vida e que querem promover a ciência para além daquela que eles mesmos já realizam.
Ele destacou o compromisso da academia e de seus membros em agir em benefício da sociedade, sublinhando que “a evolução da ciência não é apenas saber o que fazer, mas agir em benefício da humanidade.” Barral utilizou a questão das mudanças climáticas como exemplo, explicando que, embora já saibamos muito sobre os impactos iminentes, pouco tem sido feito para mitigar os danos. “Nós já sabemos o que vai acontecer, mas pouco tem sido feito de fato para evitar os danos decorrentes desses impactos”, alertou.
Os novos
Maria Fernanda Grassi possui graduação em Medicina pela UFBA, mestrado e doutorado em Imunologia na Université de Paris VII e fez pós-doutorado na Fiocruz. Atualmente é pesquisadora titular da Fiocruz Bahia e professora da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), da Pós-graduação em Medicina e Saúde Humana da EBMSP e da Pós-graduação em Biotecnologia e Medicina Investigativa da Fiocruz Bahia, onde coordena a disciplina de Bioética. Na pesquisa, atua principalmente na modulação da resposta imune nas infecções por retrovírus humanos (HTLV-1, HIV).
Guilherme Ribeiro é graduado em Medicina pela UFBA, fez residência médica em Infectologia na UNIFESP, tem mestrado em Epidemiologia pela Harvard School of Public Health (EUA) e doutorado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PGBSMI) pela Fiocruz Bahia. Realizou pós-doutorado na Emory University (EUA). É pesquisador associado da Fiocruz Bahia, onde também é professor do PGBSMI. Na UFBA, é professor da Faculdade de Medicina, da Pós-Graduação em Saúde Coletiva e da Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho. Tem experiência na área de epidemiologia clínica e aplicada à saúde coletiva. Desenvolve pesquisas sobre problemas de saúde associados à iniquidade social e à pobreza urbana. Suas principais linhas de investigação incluem a eco-epidemiologia, a clínica e o diagnóstico de doenças transmissíveis, particularmente sobre as arboviroses emergentes.
Além dos pesquisadores da Fiocruz Bahia, os novos acadêmicos empossados na Academia de Ciências da Bahia em 2024 são Leone Pieter Andrade, conhecido por seu trabalho na inovação e desenvolvimento tecnológico, criador do Centro Universitário Senai Cimatec; Leila Denise Amorim, professora da UFBA de Bioestatística; Mônica Nunes de Torrenté, reconhecida por suas contribuições à educação científica e sua atuação na Antropologia da Saúde e Roberto Rivelino Moreno, que traz uma vasta experiência na Física.
A palestra “Disfunção vascular na subnutrição: papel terapêutico da Taurina e do TUDCA” será ministrada por Ana Paula Couto Davel, professora livre docente do Departamento de Biologia Estrutural e Funcional do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). A atividade será realizada no dia 26 de setembro, às 15 horas, no auditório do LASP, na Fiocruz Bahia.
Na ocasião, haverá a roda de conversa “Mulheres na Ciência: avanços e desafios”, mediada por Darizy Vasconcelos, professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O evento é gratuito e não necessita inscrição.
A Fiocruz Bahia recebeu a visita da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB) da Fundação Oswaldo Cruz, no dia 16/09. O encontro teve como principal objetivo discutir assuntos referentes ao desenvolvimento de pesquisas na instituição. A equipe, liderada pela Vice-Presidente, Maria de Lourdes Aguiar Oliveira, foi recebida pela Diretora da unidade, Marilda Gonçalves, pelo Vice-Diretor de Pesquisa, Ricardo Riccio e pela Vice-Diretora de Ensino, Cláudia Brodskyn.
A programação teve início pela manhã com uma reunião entre os servidores em atividade de pesquisa. Em seguida, a equipe se reuniu com os coordenadores de projetos apoiados pela VPPCB. Durante a tarde, a programação se estendeu à toda a comunidade interna, abordando questões referentes à gestão, plataformas, programas de iniciação científica, dentre outros temas.
A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves deu as boas-vindas à equipe e falou sobre a importância de receber o apoio da Vice-Presidência de Pesquisa, proporcionando um diálogo ainda mais próximo com pesquisadores e demais servidores de diferentes áreas de atuação. “Essa visita é um passo importante para o fortalecimento das áreas finalísticas da Fiocruz Bahia, tendo em vista a nossa produtividade e desempenho na captação de recursos para o desenvolvimento de projetos importantes em Saúde Pública e para áreas estratégicas do SUS”, pontuou.
Para a Vice-Presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas, Maria de Lourdes Aguiar Oliveira, a visita representa uma oportunidade de unir esforços em prol da melhoria dos serviços e estudos realizados na Fundação Oswaldo Cruz, a partir de uma aproximação entre as unidades. “É juntos que vamos conseguir avançar na pesquisa e atender a um conjunto de desafios super complexos. A cooperação de cada pessoa na atividade de pesquisa é fundamental para que possamos aprimorar todos os nossos processos, fazendo entregas importantes para a sociedade”, ponderou.
O último dia da programação foi realizado na terça-feira, 17/09, com reunião no Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs / Fiocruz Bahia).
O Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) e o Núcleo Pró-Equidade de Gênero e Raça do Instituto Gonçalo Moniz (IGM) tornam público o edital para seleção de bolsistas de Iniciação Científica – Ações Afirmativas IGM/FIOCRUZ – 2024/2025. As inscrições estão abertas até 07/10/2024.
O Projeto Institucional de Iniciação Científica – Ações Afirmativas concederá bolsas com duração de 12 meses, podendo se candidatar estudantes de graduação que se autodeclaram negros e negras ou indígenas, regularmente matriculados em instituições de ensino superior (pública ou privada) localizadas no estado da Bahia.
No dia 24 de setembro, será realizado o Seminário sobre cooperação internacional entre Brasil e Japão: Avanços na detecção de patógenos e estratégias de Saúde Pública, na Fiocruz Bahia, a partir das 09 horas. Aberto ao público e sem necessidade de inscrição, o evento será transmitido pelo canal do YouTube.
Um estudo concluiu que a vacina viva atenuada contra a chikungunya, VLA1553, é segura e induziu títulos soroprotetores em adolescentes em áreas endêmicas. O ensaio clínico, realizado em 10 centros do Brasil, foi conduzido pelo Instituto Butantan, que licenciou a vacina fabricada pelo laboratório europeu Valneva para produção e distribuição na América Latina. O trabalho teve a participação do pesquisador da Fiocruz Bahia, Edson Duarte, e os resultados foram publicados na Lancet Infectious Diseases.
Esse foi o primeiro estudo da vacina VLA1553 a incluir adolescentes e indivíduos soropositivos para chikungunya numa área endêmica. O imunizante foi recentemente licenciado nos EUA para indivíduos com 18 anos ou mais e a pesquisa estende essa faixa de adultos a adolescentes. Para o ensaio, os especialistas acompanharam 754 adolescentes saudáveis, entre fevereiro de 2022 e março de 2023, após 28 dias da vacinação por via intramuscular em dose única. Destes, 502 receberam a vacina e 252 placebo. Quase todos os participantes que receberam o imunizante tiveram resposta imunológica alta e sustentada contra o vírus.
Resultados
Em participantes que não tinham sido expostos ao vírus da chikungunya antes de receber o imunizante, a VLA1553 induziu proteção em 98,8%. Já nos adolescentes que tiveram infecção por chikungunya anteriormente, a taxa de soroproteção inicial de 96,2% aumentou para 100% após a vacinação.
A ocorrência de eventos adversos foi menor em participantes que já tiveram chikungunya em comparação com os que eram soronegativos no início do estudo. Mais de 90% dos eventos foram de intensidade leve ou moderada, como dor de cabeça, dor no corpo, fadiga e febre. Quatro eventos adversos graves foram relatados, três no grupo que recebeu a vacina e um no grupo placebo, sendo um deles possivelmente relacionado à vacina, que foi febre alta.
Entre 20 eventos adversos de interesse especial, que são de sintomas sugerindo doença semelhante à chikungunya, 15 foram relatados no grupo que recebeu a vacina e um no grupo placebo, com sintomas graves relatados em quatro participantes, como febre, dor de cabeça ou dores nas articulações.
O estudo fornece dados tranquilizadores de segurança e tolerabilidade para uso em populações com exposição à chikungunya e infecção, mas ainda é necessário um conjunto maior de dados nesse grupo. Os pesquisadores avaliam que para ampliar o conhecimento quanto à segurança e à capacidade de a vacina gerar proteção, adultos com condições médicas e crianças devem ser as próximas populações do estudo a ser investigadas.
A coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) do Instituto Gonçalo Moniz (IGM) e o Núcleo Pró-Equidade de Gênero e Raça do Instituto Gonçalo Moniz (IGM) informam à sua comunidade científica e acadêmica o resultado dos projetos aprovados na Chamada Interna – Indicação de projetos para bolsas de Iniciação Científica – Ações Afirmativas IGM/FIOCRUZ – 2024/2025 do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC).
O seminário ‘Formas de enfrentamento à desinformação em ciência e saúde’ será realizado no dia 18 de setembro, quarta-feira, às 14 horas, no auditório da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O encontro, gratuito e sem necessidade de inscrição, é promovido pela Fiocruz Bahia em parceria com o Sindicato APUB, o Instituto de Ciência da Informação e o Laboratório de Tecnologias Informacionais e Inclusão Sociodigital.
As apresentações serão ministradas pelas professoras Thaiane Oliveira, da Universidade Federal Fluminense (UFF), Janine Bargas, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), e Bárbara Coelho, do Instituto de Ciência da Informação da UFBA, mediadas por Antonio Brotas, coordenador da Gestão de Comunicação e Divulgação Científica da Fiocruz Bahia.
O evento integra a terceira fase do projeto Bora Checar, que, de 17 a 19 de setembro, além do seminário, promove uma série de encontros presenciais com 120 estudantes do ensino médio de escolas dos municípios de Salvador, Cachoeira e Catu. A iniciativa tem o objetivo de estimular o desenvolvimento de competências informacionais e midiáticas de jovens estudantes de escolas públicas do estado da Bahia.
O projeto, que tem apoio do Consulado dos EUA, teve início em abril deste ano e já realizou duas rodadas de oficinas presenciais e dois encontros síncronos com as escolas contempladas, com mediadores especializados.