Presidente Nísia Trindade visita a Fiocruz Bahia

A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, realizou uma visita a Fiocruz Bahia, nos dias 31 de janeiro e 01 de fevereiro, para uma agenda de reuniões e eventos. No primeiro dia, a Nísia participou do seminário “Febre Amarela: Vigilância de Epizootia”, que teve o objetivo de articular e refletir sobre o cenário epidemiológico no caso da febre amarela.

O evento contou com a participação de representantes do Ministério da Saúde, da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e de diversos profissionais no campo da saúde. No final da tarde a presidente se reuniu com a Secretária de Políticas para as Mulheres da Bahia, Julieta Palmeira. No dia seguinte, Nísia abriu a palestra “Desenvolvimento e CT&I: desafios para o país e o papel nacional da Fiocruz”, ministrada pelo coordenador das Ações de Prospecção da Fiocruz, Carlos Gadelha, e logo após, se reuniu com o Conselho Deliberativo da Fiocruz Bahia.

Em entrevista, Nísia Trindade fez um balanço dos principais resultados da instituição em 2018, nas diversas áreas de atuação, destacando os resultados na política de inovação e no fomento à pesquisa com o lançamento dos editais Inova. De acordo com a presidente, em março de 2019, está prevista a assinatura dos acordos de cooperação com o governo da Bahia, reforçando o papel da Fiocruz Bahia na consolidação do sistema nacional da Fundação.

“A Fiocruz Bahia exerce um papel não só local, no âmbito do estado da Bahia, mas também dentro do sistema Fiocruz como um todo. Muitas vezes um curso que possa ter surgido aqui pode inspirar outras iniciativas, e há vários exemplos disso. A minha ideia é ter fronteiras móveis, digamos assim, e estimular muito os programas de intercâmbio de estudantes e pesquisadores. Dessa forma, com mais diálogos e processos mais fluidos, nós podemos de fato fazer com que esse sistema seja realidade”, avaliou a presidente, que também antecipou algumas ações que serão realizadas em função da comemoração dos 120 anos da Fiocruz.

Confira o vídeo!

 

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Confira a programação do II Simpósio Internacional em Autofagia, Fagocitose e Imunidade Inata

O II Simpósio Internacional em Autofagia, Fagocitose e Imunidade Inata tem como objetivo apresentar tecnologias inovadoras e avanços recentes relacionadas ao tema a estudantes de graduação e pós-graduação e pesquisadores nesta área de importância médica. O evento será realizado nos dias 06 a 08 de fevereiro, na Fiocruz Bahia. Nessa segunda edição, o simpósio terá como meta principal o incentivo à criação e ampliação de núcleos de pesquisa nessas três áreas de investigação na Bahia, bem como em outros Estados do Brasil, além de formar recursos humanos em biotecnologia.

Confira a programação:

 

 

 

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Dia Nacional da Saúde – 5 de agosto

 

Hoje é o Dia Nacional da Saúde. A data foi criada na década de 60, em homenagem ao médico sanitarista Oswaldo Cruz. O paulista nasceu em 5 de agosto de 1872 e foi fundamental na construção da saúde no Brasil, além de ter sido um dos grandes defensores da vacinação em massa.

A data também é um excelente momento para pensar sobre o seu estado de saúde. Afinal, a Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como “um estado de completo bem estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”.

 

 

A trajetória do médico dedicado à ciência

Imagem de Oswaldo CruzO médico e cientista Oswaldo Gonçalves Cruz nasceu em São Luís do Paraitinga (SP), em 5 de agosto de 1872. Filho de Bento Gonçalves Cruz e Amália Bulhões Cruz. Sua família se transferiu para o Rio de Janeiro em 1877 e, na capital, estudou no Colégio Laure, no Colégio São Pedro de Alcântara e no Externato Dom Pedro II. Graduou-se na Faculdade de Medicina do Rio de janeiro em 1892, apresentando a tese de doutoramento A vehiculação microbiana pelas águas. Antes de concluir o curso, já publicara dois artigos sobre microbiologia na revista Brasil Médico.

Seu interesse pela microbiologia levou-o a montar um pequeno laboratório no porão de sua casa. Contudo, a morte de seu pai, no mesmo ano de sua formatura, impediu o aprofundamento de seus estudos por um tempo. Dois anos depois, a convite de Egydio Salles Guerra, que se tornaria seu amigo e biógrafo, trabalhou na Policlínica Geral do Rio de Janeiro, onde era responsável pela montagem e a chefia do laboratório de análises clínicas. Em 1897 Oswaldo Cruz viajou para Paris, onde permaneceu por dois anos estudando microbiologia, soroterapia e imunologia, no Instituto Pasteur, e medicina legal no Instituto de Toxicologia.

Grandes desafios

Retornando da capital francesa, o médico reassumiu o cargo na Policlínica Geral e juntou-se à comissão de Eduardo Chapot-Prévost para estudar a mortandade de ratos que gerou surto de peste bubônica em Santos. De volta ao Rio de Janeiro, assumiu a direção técnica do Instituto Soroterápico Federal, que era construído na Fazenda Manguinhos. A instituição, sob o comando do barão de Pedro Affonso, proprietário do Instituto Vacínico Municipal, foi fundada em 1900.

Dois anos depois, o jovem bacteriologista assumiu a direção do Instituto e trabalhou para ampliar suas atividades para além da fabricação de soro antipestoso, incluindo a pesquisa básica aplicada e a formação de recursos humanos. No ano seguinte, chegou ao comando da Diretoria-Geral de Saúde Pública (DGSP).

Capa de O Malho, com caricatura de Oswaldo Cruz

O desafio não era pequeno. O jovem médico e cientista teve que empreender uma campanha sanitária de combate às principais doenças da capital federal: febre amarela, peste bubônica e varíola. Para isso, adotou métodos como o isolamento dos doentes, a notificação compulsória dos casos positivos, a captura dos vetores – mosquitos e ratos –, e a desinfecção das moradias em áreas de focos. Utilizando o Instituto Soroterápico Federal como base de apoio técnico-científico, deflagrou campanhas de saneamento e, em poucos meses, a incidência de peste bubônica diminuiu com o extermínio dos ratos, cujas pulgas transmitiam a doença.

Ao combater a febre amarela, na mesma época, Oswaldo Cruz enfrentou vários problemas. Grande parte dos médicos e da população acreditava que a doença se transmitia pelo contato com as roupas, suor, sangue e secreções de doentes. No entanto, Oswaldo Cruz acreditava em uma nova teoria: o transmissor da febre amarela era um mosquito. Assim, suspendeu as desinfecções, método tradicional no combate à moléstia, e implantou medidas sanitárias com brigadas que percorreram casas, jardins, quintais e ruas, para eliminar focos de insetos. Sua atuação provocou violenta reação popular.

Em 1904, a oposição a Oswaldo Cruz atingiu seu ápice. Com o recrudescimento dos surtos de varíola, o sanitarista tentou promover a vacinação em massa da população. Os jornais lançaram uma campanha contra a medida. O congresso protestou e foi organizada a Liga contra a vacinação obrigatória. No dia 13 de novembro, estourou a rebelião popular e, no dia 14, a Escola Militar da Praia Vermelha se levantou. O Governo derrotou a rebelião, que durou uma semana, mas suspendeu a obrigatoriedade da vacina. Mesmo assim, em 1907, a febre amarela estava erradicada do Rio de Janeiro. Em 1908, em uma nova epidemia de varíola, a própria população procurou os postos de vacinação.

Consagração nacional e internacional

Apesar da crise, entre 1905 e 1906, Oswaldo Cruz empreendeu uma expedição a 30 portos marítimos e fluviais de Norte a Sul do país para estabelecer um código sanitário com regras internacionais. A luta contra as doenças ganhou reconhecimento internacional em 1907, quando Oswaldo Cruz recebeu a medalha de ouro no 14º Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim, na Alemanha, pelo trabalho de saneamento do Rio de Janeiro. Oswaldo Cruz ainda reformou o Código Sanitário e reestruturou todos os órgãos de saúde e higiene do país.

Em 1908 o sanitarista foi recepcionado como herói nacional e, no ano seguinte, o instituto passou a levar seu nome. Com a equipe do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) fez o levantamento das condições sanitárias do interior do país. Em 1910 combateu a malária durante a construção da Ferrovia Madeira-Mamoré (viajou a Rondônia com Belisário Penna), e a febre amarela, a convite do governo do Pará.

Em 1909, deixou a Diretoria Geral de Saúde Pública, passando a se dedicar apenas ao Instituto de Manguinhos, que fora rebatizado com o seu nome. Do Instituto lançou importantes expedições científicas que possibilitaram a ocupação do interior do país. Erradicou a febre amarela no Pará e realizou a campanha de saneamento da Amazônia. Permitiu, também, o término das obras da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, cuja construção havia sido interrompida pelo grande número de mortes entre os operários, provocadas pela malária.

Em 1913, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Em 1915, por motivos de saúde, abandonou a direção do Instituto Oswaldo Cruz e mudou-se para Petrópolis. Eleito prefeito daquela cidade, traçou vasto plano de urbanização, que não pode ver construído. Sofrendo de crise de insuficiência renal, morreu a 11 de fevereiro de 1917, com apenas 44 anos.

Texto adaptado da edição edição nº 37 da Revista de Manguinhos, publicada em maio de 2017.

 

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Fiocruz vai sediar Congresso da Abrasco no Rio de Janeiro

Pela primeira vez a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) irá abrigar um Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva da Abrasco, que terá como tema central: Fortalecer o SUS, os direitos e a democracia. A 12ª edição do evento acontecerá de 26 a 29 de julho de 2018 e as inscrições estão abertas. O envio de resumo de trabalhos poderá ser feito até o dia 21 de fevereiro.

Clique aqui e saiba mais sobre o congresso que acontece a cada três anos e reúne milhares de participantes entre “sanitaristas, epidemiologistas, cientistas políticos, cientistas sociais, comunicadores, especialistas em políticas públicas, profissionais e trabalhadores da saúde, gestores e técnicos da saúde, além de militantes de movimentos sociais e de entidades da sociedade civil atuantes na área da saúde”.

 

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