Uso da Anfotericina B no tratamento de fungo e leishmaniose é tema de publicação do Colloids and Surfaces B: Biointerfaces

Getting your Trinity Audio player ready...

46-topical-amphotericin-b-in-ultradeformable-liposomesEm trabalho publicado no periódico científico Colloids and Surfaces B: Biointerfaces, pesquisadores discutem tratamentos com a Anfotericina B (AmB-UDL) para infecção fúngica cutânea e leishmaniose. Intitulado Topical amphotericin B in ultradeformable liposomes: Formulation, skin penetration study, antifungal and antileishmanial activity in vitro, o artigo conta com a co-autoria de Camila Indiani de Oliveira, pesquisadora do Laboratório de Imunoparasitologia (LIP), da Fiocruz Bahia.

Infecções fúngicas e leishmaniose são graves problemas de saúde pública. Fungos do gênero Candida são responsáveis pela segunda maior causa de cegueira do mundo, denominada ceratite fúngica. A doença atinge numerosamente pacientes soro positivos e foi observado um aumento exponencial no número de infecções e micoses causadas por fungos do mesmo gênero, nos últimos 30 anos, em pacientes que fazem uso de medicações imunossupressoras.

A leishmaniose, causada por protozoários eucariontes do gênero Leishmania, é uma doença não contagiosa, presente em 88 países do mundo. É de difícil tratamento e atinge cães e seres humanos. A infecção causa graves lesões na pele nariz, boca, queixo e orelhas. Em alguns casos o parasita pode atingir baço, fígado e medula óssea causado lesões ainda mais severas.

Com o intuito de viabilizar novas alternativas de tratamento para essas infecções, os pesquisadores testaram lipossomas ultra deformáveis contendo anfotericina B. A equipe mediu sua citotoxicidade e, após uma hora de incubação não oclusiva, a acumulação total de anfotericina em pele humana foi 40 vezes maior que com outras substâncias, mostrando que essa formulação apresenta grande potencial clinico no tratamento dessas infecções.

A pesquisa foi realizada em parceria entre a Fiocruz Bahia e as universidades localizadas na Argentina Universidad Nacional de Quilmes e Facultad de Ciencias Bioquímicas y Farmacéuticas, Suipacha. Clique aqui para ler o artigo publicado na edição de novembro de 2015.

twitterFacebookmail