Tese investiga a modificação de aminoácidos e do envelope do vírus Zika

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Autoria: Jamile Gomes Conceição
Orientação: Ramon dos Santos El-Bachá
Título da tese: Estudo da interação da fenilfluorona com aminoácidos da glicoproteína e do envelope do vírus Zika e seus efeitos em células in vitro
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana
Data de defesa: 30/11/2021
Horário: 14h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

Zika é uma doença que se tornou um problema de saúde pública mundial. O vírus pertence a família Flavivírus, e possuem resíduos de arginina, lisina e cisteína que são altamente preservados na glicoproteína E. Catecóis ao se oxidarem geram quinonas e semiquinonas altamente reativas, que são capazes de se ligar a resíduos de arginina, lisina e cisteína de proteínas. Catecóis podem modificar covalentemente a estrutura de aminoácidos da glicoproteína E, alterá-los covalentemente e interferir na infectividade viral. OBJETIVO: Este trabalho investigou a modificação de aminoácidos da glicoproteína e do envelope do vírus Zika através da Fenilfluorona. METODOLOGIA: Foram analisados os locais de ligação da fenilfluorona com resíduos de aminoácidos da glicoproteína E in silico. Foi identificada a concentração não citotóxica da Fenilfluorona em linhagem de glioblastoma U-251 através de testes de viabilidade celular. Comparou-se a infectividade do vírus selvagem (não modificado com Fenilfluorona) com a do vírus modificado em cultura de células Vero pela formação de unidades formadoras de placas (PFU). Investigou-se a resposta imunológica por ELISA através da expressão de citocinas TNF,IL-8 e IL-10. RESULTADOS: Os resultados demonstraram que a fenilfluorona interage com a glicoproteína E do zika vírus. A fenilfluorona não apresenta citotoxicidade para células de glioblastoma U-251 em uma mediana de 49,9 µM. O vírus modificado com a fenilfluorona apresentaram redução da PFU em células Vero. Não houve alteração estatisticamente significativa de interleucinas IL-8, IL-10 e TNF nas células infectadas com o vírus modificado. CONCLUSÃO: Entende-se que a fenilfluorona interage com a glicoproteína E do vírus da Zika. Concentrações não tóxicas de Fenilfluorona não interferem na viabilidade de linhagens de células de glioblastomas U-251. Os vírus modificados com fenilfluorona tem sua infectividade reduzida em células Vero. Não há mudança na expressão de interleucinas. O vírus modificado não altera o perfil de expressão de das interleucinas IL-8 IL-8, IL-10 e TNF em glioblastomas.

Palavras-chave: células de glioblastoma, Zika vírus, Fenilfluorona.

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