Tese analisa complexos de rutênio contendo piplartina contra diferentes tipos de células tumorais

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AUTORA: Cinara Oliveira D’Sousa Costa
ORIENTADOR: Daniel Pereira Bezerra
TÍTULO DA TESE: “Potencial citotóxico de novos complexos de rutêncio contendo piplartina como ligante”
PROGRAMA: Doutorado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
DATA DE DEFESA: 12/07/2017

RESUMO

A quimioterapia ainda é uma importante forma de tratamento de diversos tipos de cânceres; entretanto, as células cancerosas podem adquirem resistência aos agentes quimioterápicos, que por sua vez, também induzem efeitos colaterais graves. Em busca de novos tratamentos, se busca nas plantas com fins medicinais, novos fármacos. Uma dessas moléculas que vem sendo bastante estudada é a piplartina, também conhecida como piperlongumina. Adicionalmente, com o objetivo de potencializar os efeitos citotóxicos em células tumorais, tem sido realizado a síntese de complexos metálicos, tais como rutênio, com diferentes bioligantes. Assim, no presente trabalho propomos a síntese e o estudo da atividade citotóxica de novos complexos de rutênio contendo piplartina como ligante. Os complexos de rutênios [Ru(dppb)(bipy(piplartina)]2(PF6) e [Ru(dppf)(bipy(piplartina)]2(PF6) foram sintetizados e testado contra diferentes tipos de células tumorais (K562, HL-60, B16-F10, HepG2, SCC4, SCC9, HSC3 e HCT116) e não tumorais (MRC-5 e PBMC), através do ensaio do alamar blue após 72 h de incubação. Posteriormente, células HCT116 foram incubadas por 24 e 48 h com os complexos e o número de células viáveis foi determinado pelo ensaio de exclusão com o azul de tripam. A análise do ciclo celular, o potencial transmembrânico mitocondrial, marcação para anexina V/iodeto de propídeo e a quantificação de espécies reativas de oxigênio foram determinadas por citometria de fluxo. O efeito sobre a expressão gênica foi determinado por PCRarray. Ambos os complexos sintetizados apresentaram potencial citotóxico superior a piplartina. Na análise por exclusão com o azul de tripam, ambos os compostos reduziram o número de células viáveis, sem aumentar o número de células não viáveis. Um aumento da fragmentação do DNA internucleosomal sem afetar a permeabilidade da membrana citoplasmática, redução do potencial transmembrânico mitocondrial e um aumento da externalização de fosfatidilserina foram observados, sugerindo indução de morte celular apoptótica. Um aumento expressivo das espécies reativas de oxigênio também foi observado. O nível de expressão de mRNA de vários genes, incluindo proliferação celular, ciclo celular, apoptose e estresse oxidativo também foram alterados após o tratamento. Os resultados demostram que apesar dos complexos de rutênio contendo piplartina como ligante serem mais potente do que a piplartina, o mecanismo de ação parece ser semelhante. Os resultados obtidos contribuem para melhor compreensão dos efeitos desses compostos como moléculas úteis para o tratamento do câncer.

Palavras-Chaves: Piplartina, piperlongumina, produtos naturais, quimioterápicos naturais.

 

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