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Aluno: Felipe Pessoa de Oliveira
Orientador: Dr. Daniel Pereira Bezerra
Coorientadora: Dra. Rosane Borges Dias
Título: “POTENCIAL ANTINEOPLÁSICO DE NOVOS COMPLEXOS DE RUTÊNIO COM COMPOSTOS NITROGENADOS FRENTE A CÉLULAS-TRONCO DE CÂNCER DE MAMA TRIPLO-NEGATIVO”.
Programa: Pós-Graduação Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data: 30/10/2025
Horário: 9h
Local: Sala virtual Zoom Educacional 03 ID da reunião: 898 6454 3839 Senha: felipe
Banca:
Dr. José Delano Barreto Marinho Filho – UFDPar
Dra. Gardenia Carmen Gadelha Militão – UFPE
Dra. Juliana Perrone Bezerra de Menezes Fullam – IGM/Fiocruz (Presidente da Banca)
Suplente:
- Dra. Eugênia Terra Granado Pina – IGM/Fiocruz
RESUMO:
INTRODUÇÃO: O câncer de mama é a neoplasia maligna mais prevalente e incidente entre
mulheres, correspondendo a 30,1% dos casos estimados para o triênio de 2023-2025 no Brasil.
Dentre seus subtipos, destaca-se o câncer de mama triplo-negativo (CMTN), reconhecido por
sua elevada agressividade e por apresentar particularidades histológicas que limitam as opções
de tratamento quimioterápico, contribuindo para o prognóstico desfavorável para os pacientes
oncológicos. Além disso, a presença de células-tronco cancerosas (CTCs) nos tumores
representa um dos grandes desafios para a eficácia da quimioterapia. Nesse contexto,
complexos de rutênio (Ru) constituem alternativas promissoras aos fármacos atualmente
disponíveis por apresentarem seletividade tumoral e propriedades químicas notáveis,
permitindo grande possibilidade de inovação no tratamento do CMTN. OBJETIVO: Avaliar
o potencial antineoplásico de três novos complexos de rutênio (CR1, CR2 e CR3) em modelos
in vitro e in vivo frente a CTCs de CMTN. MÉTODOS: Os complexos de Ru foram testados
frente a um amplo painel de células cancerosas e não-cancerosas utilizando o ensaio de
viabilidade com o corante alamar blue. Em células MDA-MB-231, os corantes fluorescentes
YO-PRO e iodeto de propídio foram empregados para identificar a morte celular apoptótica
induzida pelos complexos de Ru. A polarização da membrana mitocondrial foi analisada por
meio do corante fluorescente rodamina 123. Para a análise das alterações na expressão gênica
após o tratamento, utilizou-se o qPCR array. Já as proteínas relacionadas à via de sinalização
PI3K/Akt/mTOR foram quantificadas por citometria de fluxo com anticorpos específicos. Os
efeitos anti-CTC dos complexos de Ru foram avaliados em relação à formação de mamosferas
e colônias, bem como pela quantificação da atividade da enzima aldeído desidrogenase
(ALDH). Por fim, os camundongos NSG e BALB/c foram inoculados com células de CMTN
MDA-MB-231/Luc e 4T1, respectivamente, para analisar os efeitos antitumorais in vivo dos
complexos de Ru. RESULTADOS: Os complexos de Ru induziram potente citotoxicidade na
maioria das linhagens tumorais testadas. Em células MDA-MB-231, observaram-se evidências
de morte celular por apoptose, incluindo fragmentação do DNA internucleossomal, ativação de
caspases, despolarização da membrana mitocondrial e aumento da expressão de PARP1
clivada. A análise da expressão gênica revelou que os complexos de Ru causam a
superexpressão de um gene inibidor (PTEN) da via PI3K/Akt/mTOR, concomitante à redução
da expressão de proteínas relacionadas a essa via. Os efeitos anti-CTC dos complexos de Ru
foram observados por meio da inibição da formação de colônias, redução do volume das
mamosferas e diminuição da atividade de ALDH. Finalmente, foi demonstrado que os
complexos de Ru apresentam efeito antitumoral em modelos in vivo, singênico e de
xenoenxerto. CONCLUSÃO: Os novos complexos de Ru apresentaram atividade antitumoral
promissora ao induzir morte celular apoptótica em CTCs de CMTN e por inibir o crescimento
tumoral in vivo, apresentando, como principal alvo, a via de sinalização PI3K/Akt/mTOR. Esses
achados evidenciam que os novos complexos de Ru possuem potencial translacional para o
tratamento do CMTN.

