Tese avalia intervenção por dispositivos móveis para promoção de vacinação contra HPV em pessoas com HIV

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Autoria: Kaliane Caldas de Brito
Orientação: Edson Duarte Moreira Junior
Título da tese: “INTERVENÇÃO EM DISPOSITIVO MÓVEL PARA AUMENTAR A COBERTURA DA VACINA HPV EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS: RESULTADOS DE UM ENSAIO RANDOMIZADO CONTROLADO”.
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 15/09/2022
Horário: 15h00
Local: Sala virtual do Zoom
ID da reunião: 852 8519 7235
Senha de acesso: 416317

Resumo

INTRODUÇÃO: Em comparação com a população em geral, pessoas que vivem com HIV/AIDS (PVHA) têm um risco consideravelmente aumentado para todos os tipos de cânceres anogenitais associados ao Papilomavírus Humano (HPV). Ele é responsável por praticamente todos os casos de câncer cervical, de ânus e verrugas genitais, e pela maioria dos casos de cânceres de vagina, vulva, pênis e orofaringe. Apesar alta efetividade e eficácia da vacina serem altas, a cobertura vacinal ainda é baixa. OBJETIVO: Avaliar a viabilidade, a aceitabilidade e a eficácia de uma intervenção baseada em dispositivos móveis para promover a vacinação contra o HPV em PVHA. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizado um estudo de intervenção, tipo ensaio randomizado controlado com PVHA de 18 a 45 anos. Os participantes foram recrutados entre janeiro e junho de 2022 e randomizados em dois grupos: Grupo Experimental (GE), que recebeu informações sobre o HPV e vacina HPV, elaboradas sob as bases da Teoria da Motivação para Proteção (TMP) e Grupo Controle (GC), que recebeu um recorte de informações da página mantida pelo Ministério da Saúde dedicada a informar a população sobre o HPV e a vacina HPV. O desfecho primário foi o percentual de PVHA com intenção de receber a vacina contra o HPV e o desfecho secundário foi a taxa de iniciação da vacinação (recebimento de pelo menos uma dose da vacina). RESULTADOS: Um total de 654 indivíduos foram alocados aleatoriamente: 327 no GE e 327 no GC. A média de idade foi de 29,7 anos, a maioria eram homens (71,4%), de cor preta ou parda (63,2%). A intenção de se vacinar contra o HPV foi cerca de duas vezes maior entre os participantes no GE vs GC (OR = 1,92, IC 95%: 1,09–3,38; p = 0,02). Além de um aumento de aproximadamente 11% na intenção de se vacinar pós-intervenção, o GE também estava mais propenso a iniciar a vacinação contra HPV (1ª. dose) comparado àqueles no GC (12,6% vs. 8,2%; RP= 1,54, 95% CI: 0,60–3,96; p = 0,37), mas a diferença não foi estatisticamente significante. A variável preditora que mostrou maior força de associação com a intenção de se vacinar contra o HPV foi recomendação médica para tomar a vacina HPV (OR = 11,01, IC 95%: 1,46–83,12; p = 0,02). A crença na eficácia da vacina HPV, a percepção de risco e a gravidade de uma infecção por HPV foram os motivos mais reportados pelos participantes com intenção de se vacinar. CONCLUSÕES: A intervenção foi eficaz em aumentar a intenção de se vacinar e a iniciação da vacinação entre PVHA na faixa etária do estudo. A recomendação da vacina pelos médicos deve ser estimulada.
Palavras-chave: Papilomavírus Humano; Vacina HPV; Vírus da Imunodeficiência Humana; Intervenção

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