Tese avalia impactos clínicos e epidemiológicos da Covid-19

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Estudante: Rodrigo Carvalho de Menezes
Orientação: Bruno de Bezerril Andrade
Título da Tese: “Impactos clínicos e epidemiológicos da Covid-19: estudo dos determinantes diagnósticos e prognósticos dos efeitos da pandemia na síndrome de Burnout em profissionais de saúde e nas características clínicas e epidemiológicas de vírus respiratórios em crianças”.
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana
Data de defesa: 31/05/2023
Horário: 14h00
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 845 1278 9667
Senha de acesso: defesa

Resumo

Introdução: O impacto da pandemia da COVID-19 possui dimensões ainda não totalmente mensuráveis. Foram, até o momento, 624 milhões de pessoas acometidas, 6,5 milhões de mortes diretas e 18,2 milhões de indiretas. No Brasil, a rápida ascensão no número de casos, potencializada pela inequidade socioeconômica e pela magnitude continental do país, o tornou um dos epicentros da pandemia. Por conta do grande número diário de novos casos, configurara-se um cenário de escassez de insumos, leitos e recursos humanos, tensionando os serviços de saúde públicos e privados. Com isso, no intuito de possibilitar maior eficácia na alocação de recursos, buscamos identificar os determinantes associados ao diagnóstico e prognóstico de pacientes acometidos pela COVID-19. Metodologia: Trata-se de uma tese que reúne cinco manuscritos que abordam diferentes aspectos da COVID-19. Esses trabalhos resultaram de quatro coortes, sendo três delas frutos de colaborações locais entre hospitais e uma composta por dados públicos disponibilizados pela Secretaria de Vigilância em Saúde, nas quais se analisaram dados clínicos e sociodemográficos por meio de estatística descritiva, de concordância, e regressão logística com desenvolvimento de escores prognósticos. Resultados: No primeiro manuscrito, reportamos uma ferramenta acurada o diagnóstico dos pacientes que se apresentam à emergência de hospitais terciários. No segundo, acessamos as diferenças sintomatológicas dos agentes causadores de síndrome gripal em crianças e observamos um padrão distinto de manifestação no SARS-CoV-2, com maior associação à sintomas gastrointestinais, ageusia, anosmia e acometimento nosocomial. No terceiro, desenvolvemos
um escore prognóstico de fácil aplicação, que não necessita de exames de imagem, capaz de discriminar o risco de morte intra-hospitalar do paciente acometido pela COVID-19. Em seguida, no quarto manuscrito, recalibramos uma ferramenta prognóstica, previamente desenvolvida por nosso grupo para pneumonia comunitária no UTI, para o cenário da COVID19. Por fim, no quinto manuscrito, investigamos a associação entre características de profissionais de saúde que atuaram na linha de frente contra a COVID-19 e a síndrome de burnout, e identificamos que o consumo de álcool apresentou forte associação com o desenvolvimento da síndrome, enquanto o hábito de rezar diariamente e atuar nas unidades de terapia intensiva associaram-se inversamente. Conclusão: os trabalhos que compõem essa tese evidenciam os diferentes determinantes associados à COVID-19, do seu diagnóstico, diagnóstico diferencial até prognóstico. Essas informações permitiram o desenvolvimento de ferramentas capazes de auxiliar no manejo clínico e na alocação de recursos, bem como servir de substrato para a adaptação de novos modelos frente a futuros desafios, a fim de reduzir os impactos negativos de eventos de saúde de grande magnitude.
Palavras-chave: COVID-19, prognóstico, mortalidade, diagnóstico, burnout.

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