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TÃtulo da Tese: “TEMPO ENTRE O DIAGNÓSTICO E O PRIMEIRO TRATAMENTO PARA NEOPLASIA CERVICAL NO BRASIL, 2000 A 2019“
Discente: Dândara Santos Silva
Orientação: Edson Duarte Moreira Júnior
Titulares:
Dra. Cristiane Wanderley Cardoso – UFBA
Dra. Maria Aparecida Araújo Figueiredo – UNEB
Dr. Mitermayer Galvão dos Reis – IGM/Fiocruz (Presidente da Banca)
Suplente:
Dra. Maria da Conceição Chagas de Almeida – IGM/Fiocruz
Data: 27/10/2025
Horário: 14h,
Sala virtual Zoom Educacional 03
ID da reunião: 868 7330 9223
Senha: dandara
RESUMO:
O câncer do colo do útero (CCU) é um problema de saúde pública que afeta milhares de mulheres em todo o mundo, sobretudo aquelas residentes em paÃses em desenvolvimento. No Brasil, está regulamentado o prazo máximo de 30 dias entre a suspeição e o exame diagnóstico e de 60 dias entre o diagnóstico anatomopatológico e o primeiro tratamento. Objetivo: Avaliar o tempo transcorrido entre o diagnóstico e inÃcio do tratamento dos casos de CCU no Brasil no perÃodo de 2000 a 2019, determinando a prevalência de atrasos (>60 dias), conforme a Lei dos 60 dias (Lei Federal nº 12.732/2012). Métodos: Trata-se de um estudo observacional descritivo do tipo série temporal de casos. A fonte de dados principal foi o sistema web de Registro Hospitalar de Câncer denominado Integrador RHC. Os casos de CCU foram identificados através do CID C53 (CID10). Neste estudo tivemos acesso à s informações referentes a todas as pessoas diagnosticadas com CCU que realizaram o primeiro tratamento oncológico em instituição credenciada ao Registro Hospitalar de Câncer no Brasil, no perÃodo de 2000 a 2019. Foi realizada uma análise descritiva a partir da determinação das frequências absolutas e relativas de cada uma das variáveis de exposição e de desfecho. Em seguida, realizou-se uma análise bivariada. Resultados: O estudo apresenta uma série histórica de 177.554 casos de câncer cervical invasivo, tendo aumento progressivo do número de casos ao longo dos anos. Os achados revelam um padrão persistente de atraso no cuidado oncológico, com importantes desigualdades regionais, sociais e estruturais. Cerca de 59% dos casos analisados iniciaram o tratamento mais de 60 dias após o diagnóstico. O atraso foi maior entre pessoas de 30 a 69 anos, pretas ou pardas, com baixo grau de escolaridade e que residiam mais distantes do centro de tratamento. Conclusões: Os resultados demonstram falhas persistentes na efetivação do direito ao tratamento oncológico no tempo oportuno, revelando uma barreira estrutural no cuidado oncológico no Brasil.

