Seminário propõe reflexões e ações para a equidade racial

Promovido pela Fiocruz Bahia, através do Núcleo Pró-Equidade de Gênero e Raça, o Seminário Novembro Negro: Reflexões e Ações para a Igualdade Racial foi realizado na sexta-feira, 29/11, no auditorio Sonia Andrade. O evento, que integra as celebrações em homenagem ao mês da Consciência Negra, contou com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-Bahia) e do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (APUB).

A programação teve início com a Sessão Científica, apresentada pela professora da Universidade Federal da Bahia, Barbara Coelho. Com o tema Racismo e Inteligência Artificial: Desafios Éticos e Tecnológicos, a pesquisadora líder do Laboratório de Pesquisas em Tecnologias Informacionais e Inclusão Sociodigital (Lti Digital) falou sobre como o racismo está presente nas tecnologias e suas formas de operar. A convidada também falou sobre a importância de discutir o tema com a comunidade durante o mês de novembro. “Esse é um mês muito especial pra gente, de muito trabalho e muitas reflexões porque nós temos a oportunidade de parar e repensar algumas questões no âmbito da universidade, da pesquisa, da extensão e do ensino, envolvendo questões relacionadas ao racismo, mas também aos avanços que tivemos nos últimos anos”, ponderou. 

Em seguida, a mesa institucional foi formada pela diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves; pela coordenadora de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas da Presidência da Fiocruz (CEDIPA), Hilda Gomes e pela coordenadora do Sistema de Promoção da Igualdade Racial, Aline Teles, que representou a secretária da Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia, Ângela Guimarães.

A representante da Sepromi, Aline Teles, reiterou a parceria entre a Fiocruz Bahia e a secretaria estadual, reforçando o compromisso com ações voltadas para uma sociedade com mais diversidade e equidade. “Espero que possamos fomentar diálogos abertos, construtivos, onde possamos ouvir diversas vozes e perspectivas. Eu acredito na troca de conhecimento e na colaboração de diferentes entes para que possamos avançar na construção de uma sociedade mais justa e mais igualitária”, disse. 

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, defendeu a relevância do evento para a instituição e a importância de promover ações de combate ao racismo. “O racismo está impregnado em cada canto da nossa sociedade e do mundo, e é obrigação de cada um de nós combatê-lo. Nós precisamos disseminar a equidade na nossa sociedade. Hoje o IGM está em festa e o meu coração está resplandecendo”, afirmou. 

Hilda Gomes, coordenadora de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (CEDIPA), falou sobre as ações para equidade e diversidade promovidas pela Fiocruz e da importância de ações como o Seminário Novembro Nebro, que ampliam discussões importantes em meio à comunidade interna. “Eu li uma frase que dizia que apagar as trajetórias é uma tecnologia do racismo. Então a gente reconhece, cada dia mais, que o racismo é super sofisticado…as palavras que nos cercam são: luta, resistência e resiliência”, disse.   

Na sequência, Hilda Gomes mediou a mesa: Ações Afirmativas nas Instituições de Ciência e Tecnologia, composta pela professora da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Dina Maria do Rosário; pela professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Lorena Pinheiro Figueiredo; da diretora do Campus dos Malês da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Mirian Reis e pela estudante de medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e estudante do Projeto Institucional de Iniciação Científica da Fiocruz Bahia (Pibic/ Ações Afirmativas), Caroline Pinho. 

A programação continuou durante a tarde com a mesa Racismo e Saúde, mediada pela diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves. A mesa foi formada pela professora da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Suyane Costa Ferreira; pela psicóloga e representante do Coletivo Nacional de Saúde Quilombola (CONAQ), Amanda Glayce Sacramento e pela assessora especial da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi/BA), Ubiraci Matildes de Jesus. 

A programação foi encerrada com a mesa Decolonialidade e Saúde, mediada pelo pesquisador do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde  – (CIDACS/Fiocruz Bahia), Gustavo Matta. A mesa foi composta pela pesquisadora Pós-Doc do CIDACS, Emanuelle Freitas Goés e pela pesquisadora associada do CIDACS / Fiocruz Bahia,  Andréa Jacqueline Ferreira.

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Seminário Novembro Negro discute caminhos para a educação antirracista

A Fiocruz Bahia participou do ‘Seminário Novembro Negro: Caminhos para uma Educação Antirracista’. Realizado na segunda-feira, 25/11, o evento tem como objetivo contribuir para tornar a escola um espaço de formação permanente para os professores no âmbito da educação antirracista, reconhecendo e reforçando a contribuição dos povos africanos e afro-brasileiros na construção do país. A ação é uma iniciativa da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, através do Instituto Anísio Teixeira (IAT), e conta com o apoio da Fiocruz Bahia.

A atividade contou com um público de 200 participantes no formato presencial, dentre eles professores, pesquisadores e estudantes da rede estadual de ensino que participaram ativamente das discussões durante toda a programação. O Seminário também foi transmitido pelo canal do IAT no Youtube para os mais de 430 inscritos no evento.

A atividade teve início com a apresentação cultural do Coletivo MUSA, sob orientação do professor Leonardo Gomes, do Colégio Duque de Caxias. A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, participou da mesa institucional ao lado do diretor geral do Instituto Anísio Teixeira (IAT), Iuri Rubim; mediada pelo professor da rede estadual, Adelmo dos Santos; da Deputada Estadual e presidente da Comissão de Educação na Assembleia Legislativa da Bahia, Olívia Santana; da escritora, pedagoga e arte educadora, Madu Costa; da representante da Secretaria de Políticas para Mulheres do Estado da Bahia (SPM), Candida Silva e da diretora de Cultura, Direitos Humanos e Diversidade de Camaçari, Ana Paula Phiton. 

Durante a sua fala, Marilda Gonçalves destacou a importância de combater o racismo no campo da educação, da saúde e das relações sociais. “Nós temos que resistir e não podemos esmorecer porque a luta é de todos. Eu fico muito feliz em ver esse auditório superlotado e saber que estamos comungando com a ideia desse seminário pela educação antirracista”, afirmou.

O professor do IAT e idealizador do evento, Adelmo dos Santos, falou sobre a iniciativa de promover a atividade e da colaboração da equipe de educadores comprometidos com a educação antirracista. “Para mim é motivo de grande alegria estar aqui, não é fácil elaborar uma atividade como essa e por isso eu quero agradecer a toda a nossa equipe” disse.

Para Iuri Rubim, professor e diretor do IAT, a atividade marca a necessidade de entender como a questão racial afeta todos os  processos sociais e educacionais. “O Seminário Caminhos para a uma Educação Antirracista é profundamente importante. Nós enfrentamos um cenário de racismo estrutural muito impactante no nosso estado e isso influencia todas as relações sociais existentes. A educação só consegue chegar no seu objetivo se ela enfrentar e entender profundamente como a questão racial afeta os processos educacionais”, ponderou. 

A programação teve sequência com a conferência de abertura ‘O empoderamento da mulher negra na sociedade racista’, ministrada por Madu Costa. Durante a sua fala, a palestrante, que é escritora, pedagoga, arte educadora, cordelista, narradora de histórias, compositora, cantora e assessora pedagógica, defendeu o papel da educação como uma importante ferramenta de empoderamento. “A cabeça sempre erguida e olhar no horizonte. Saiba aonde você quer chegar”, incentivou. 

A manhã foi encerrada com a mesa ‘O processo de descolonização do negro na sociedade racista’, mediada pelo administrador e tesoureiro da Federação das Indústrias do Estado da Bahia – FIEBE, Rosaldo Alves. A mesa foi formada pela Deputada Estadual, Olívia Santana; pela teóloga, historiadora e professora, Gicélia Cruz e pelo presidente da Associação de Pesquisadores Negros da Bahia – APUB, Romilson da Silva Sousa. 

No turno vespertino, a programação foi aberta com a exibição do vídeo ’Vozes e presenças negras’. Em seguida, a mesa ‘Afrobetizar: uma Educação Antirracista’, foi ministrada por Bianca Barreto, professora, mestra em Educação; Doutoranda em dança e finalista do Prêmio Educador Transformador(SEBRAE), com o projeto “Educação Física e Letramento: construindo um Afrobeto voltado para a Educação Antirracista.  

‘Educação e Saúde da população negra’ foi o tema da mesa mediada por Marlene França Braga, contando com a participação da professora e escritora, Selma Santos e do professor Henrique Santiago, ambos professores da Educação Básica da Rede Estadual,  e da assessora da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), Ubiraci Matildes. O evento contou ainda com a apresentação musical de Rap do Colégio Estadual Eraldo Tinoco. 

A programação foi encerrada com a mesa ‘Violência e Vulnerabilização contra a população negra’, mediada por Liane Amorim. Participaram da discussão o delegado da Polícia Civil, Ricardo Amorim; a co-vereadora da Mandata Coletiva Pretas Por Salvador, Laina Crisóstomo e a gerente de Projetos na Plan International Brasil / Escritório Salvador, Elaine Amazonas. 

O seminário é mais um fruto da parceria entre Fiocruz Bahia e o IAT/SEC Bahia com o objetivo de contribuir para a discussão da temática antirracista, buscando fortalecer a intersetorialidade entre saúde e educação em torno do tema.

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Seminário Novembro Negro abordará reflexões e ações para a igualdade racial

O Seminário Novembro Negro: Reflexões e Ações para a Igualdade Racial será realizado no dia 29 de novembro, das 9h às 17h, no auditório Sonia Andrade, na Fiocruz Bahia. O evento, que integra as celebrações do Novembro Negro, é organizado pelo Núcleo Pró-equidade e Gênero e Raça da Fiocruz Bahia, em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-Bahia).

As inscrições podem ser realizadas através do link e contará com certificado com carga horária de 8h. O evento também terá transmissão online pelo Canal no Youtube da Fiocruz Bahia.

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