Publicação do BMC Microbiology discute potencial antibiótico do N-acetil-cisteína (NAC) na tuberculose

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tuberculose-bmc-microbiologyEstudo conduzido pelo pesquisador da Fiocruz Bahia Bruno Andrade foi publicado no periódico científico BMC Microbiology. O artigo intitulado N-acetyl-cysteine exhibits potent anti-mycobacterial activity in addition to its known anti-oxidative functions, divulgado no dia 28 de outubro, discute o estresse oxidativo causado pela infecção do agente causador da tuberculose e possíveis alternativas antibióticas à infecção.

A tuberculose, também conhecida como doença do peito, é uma doença infectocontagiosa, provocada pelo Bacilo de Koch, bactéria integrante do complexo Mycobacterium tuberculosis. Além de causar grande estresse oxidativo, a infecção do Bacilo afeta diretamente os pulmões e pode se alastrar para outros tecidos do corpo humano. A alta taxa de mortalidade faz com que a doença seja considerada um dos mais graves problemas de saúde pública no Brasil e no mundo.

Sabe-se que o estresse oxidativo causado pela doença é um fator agravante na infecção, pois há acúmulo de radicais livres que causam oxidação de lipídeos e proteínas, dessa forma, os pesquisadores realizaram um estudo para averiguar o potencial do antioxidante N-acetil-cisteína (NAC) e seu potencial antibiótico no contexto da tuberculose. Presente na lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS), o NAC já é utilizado como uma terapia auxiliar em pacientes com diversas doenças respiratórias, caracterizadas pela formação de muco espesso, como a fibrose cística.

A equipe realizou uma comparação em plasma entre pacientes com tuberculose pulmonar e infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis. Mediu-se também a acumulação de espécies ativas de oxigênio em culturas de macrófagos derivados de monócitos infectados. Além disso, um modelo animal utilizando camundongos foi utilizado para que se testasse a capacidade do NAC no controle da infecção in vivo. Ao final do estudo, os especialistas puderam concluir que o N-acetil-cisteína exibe potentes efeitos antibióticos, mostrando-se um limitador da doença através da supressão da resposta oxidativa no hospedeiro e possuir atividade antimicrobiana direta.

A pesquisa foi uma parceria entre os especialistas do Laboratório Integrado de Microbiologia e Imunorregulação (LIMI) da Fiocruz Bahia, do National Institutes of Health (EUA), Universidade Federal da Bahia, Universidade de São Paulo, Hospital Octávio Mangabeira e Universidade do Estado do Amazonas.

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Fonte: Ascom Fiocruz Bahia

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