Produção da proteína do envelope do Zika modificada é abordada em dissertação

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Autoria: Marcos Antonio Amorim Santos Junior
Orientação: Maria Fernanda Rios Grassi
Título da dissertação: “PRODUÇÃO DA PROTEÍNA DO ENVELOPE DO ZIKA VÍRUS MODIFICADA PARA FORMAÇÃO DE DÍMEROS”
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 05/02/2021
Horário: 09h
Local: Sala Virtual do Zoom | ID da reunião 915 0792 9248

RESUMO

O vírus Zika emergiu na América Latina em 2015 e se somou a outras arboviroses como um problema de saúde pública no Brasil, principalmente na região nordeste. Apesar dos esforços da comunidade científica, ainda há lacunas importantes no enfrentamento da doença causada por esse vírus. Os métodos de diagnóstico ainda possuem limitações e são poucos acessíveis a população. Além disso, não há vacinas. A proteína E é o principal alvo de anticorpos neutralizantes e há evidências que sua produção na conformação nativa em forma de dímeros, que é a forma encontrada nas partículas virais, é importante para produção de anticorpos neutralizantes. Primeiro, métodos cujo antígenos são partículas virais, como Mac-Elisa e testes de neutralização, são mais específicos quando comparados com métodos sorológicos onde se utiliza a proteína recombinante selvagem. Além disso, a utilização da proteína recombinante com sequência selvagem, em forma de monômero, estimulam uma baixa produção de anticorpos neutralizantes se comparada a imunizações com partículas virais. Dessa forma, a produção de uma proteína E recombinante em conformação nativa e com formação de dímeros poderia ser uma importante ferramenta para buscar novos métodos diagnósticos mais específicos e simples de reproduzir. Além disso, possibilitaria também o desenvolvimento de vacina utilizando essa proteína como imunógeno. Nesse trabalho, realizamos duas modificações em aminoácidos da proteína E para aumentar sua atração eletrostática, aumentando assim a possibilidade de formação de dímeros. Nosso objetivo, é estabelecer um método de produção dessa proteína modificada para formação de dímero e da proteína selvagem em células de inseto. Para isso, baculovírus recombinantes contento os genes da proteína E selvagem e modificada para formação de dímero foram utilizados para infectar células de inseto High Five. Ambas as proteínas foram produzidas em sua forma solúvel, porém a maior parte ficou retira nas células não alcançando a sua conformação nativa. O maior rendimento para a produção da proteína foi alcançado quando a proteína retida nas células foi solubilizada com ureia. Não houve diferença na produção das proteínas recombinantes na sua forma de monômero (selvagem) ou modificada para formar dímeros. Estudos adicionais são necessários para avaliar se as proteínas produzidas possuem sua conformação nativa e se as modificações favorecem a formação de dímeros.

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