PGPCT APRESENTA DISSERTAÇÃO “EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO COM WHEY PROTEIN ISOLADO NA COMPOSIÇÃO CORPORAL DE MULHERES OBESAS COM CÂNCER DE MAMA EM QUIMIOTERAPIA”

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Aluna: Daniela Souza Almeida Dantas

Orientadora: Dra. Patrícia Sampaio Tavares Veras

Coorientador: Dr. Thiago José Martins Gonçalves

Título da Dissertação: “EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO COM WHEY PROTEIN ISOLADO NA COMPOSIÇÃO CORPORAL DE MULHERES OBESAS COM CÂNCER DE MAMA EM QUIMIOTERAPIA”.

Data: 22/10/2025

Horário: 14h

Local: Sala de Videoconferência e Sala Zoom 04

ID: 87543674436 Senha: defesa

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Titulares:

Dra. Maria Helena Lima Gusmão – UFBA

Dra. Maria da Conceição Chagas de Almeida – IGM/FIOCRUZ

Dra. Patrícia Sampaio Tavares Veras – IGM/FIOCRUZ (Orientadora e Presidente da Banca)

Suplente:

Dra. Deborah Bittencourt Mothé – IGM/FIOCRUZ

DANTAS, Daniela Souza Almeida. Efeitos da suplementação com whey protein isolado na composição corporal de mulheres obesas com câncer de mama em quimioterapia. 2025. 73f. il. Dissertação (Mestrado Profissional em Pesquisa Clínica e Translacional) – Instituto Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, 2025.

RESUMO

Introdução: O câncer de mama é a neoplasia mais incidente entre mulheres em todo o mundo. Entre 50 e 96% de mulheres diagnosticadas apresentam ganho de peso durante o tratamento, afetando drasticamente sua composição corporal. O excesso de gordura nessa fase está associado a um pior prognóstico, pois parece impactar na diminuição da massa e força muscular. A intervenção nutricional com o whey protein isolado (WPI) durante a quimioterapia pode minimizar as mudanças na composição corporal e nos efeitos colaterais, contribuindo para melhor tolerância ao tratamento. Objetivo: Avaliar o efeito da suplementação nutricional com WPI na composição corporal de mulheres obesas com câncer de mama em tratamento quimioterápico. Método: Trata-se de um estudo experimental prospectivo randomizado aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa sob n.º CAAE: 77138224.6.0000.0040 e 77138224.6.3002.0052 e Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (REBEC). Para a construção da base de dados e do processo de randomização foi utilizado o programa REDCap. A análise de poder estatístico para a determinação do cálculo amostral foi feita através do software G*Power. Foram randomizadas 13 mulheres para o grupo whey protein (GWP) que receberam 30 g diárias de WPI (Protein PT Whey Prodiet®) e 14 para o grupo de aconselhamento nutricional (GAN). As variáveis de interesse foram a massa muscular esquelética (MME) estimada através do aparelho de bioimpedância elétrica (Tanita®), a força muscular a partir da força de preensão manual (FPM), mensurada em dinamômetro (Saehan®) e os efeitos colaterais representados pelo questionário PRO-CTCAE® adaptado, todas avaliadas na inclusão e após 45 e 90 dias. Outras variáveis, como peso, altura, índice de massa corporal (IMC), circunferências do braço (CB) e panturrilha (CP) e índice de músculo esquelético (IME) foram complementares às análises da composição corporal. Todas as participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Resultados: As análises incluíram 27 pacientes com idade média de 50,7 ± 11,4. Aos 90 dias após o início da intervenção, o GWP apresentou discreta redução no %MG (p = 0,040) e elevação no %MM (p = 0,028). No GAN, houve um aumento discreto do %MG (p = 0,040) e redução do %MM (p = 0,028). Quanto à FPM, ambos os grupos não apresentaram diferença estatística significativa. Foi verificada uma associação entre MME e FPM mais forte no GWP (68,9% de variação) quando comparada ao GAN (48,9%). Com relação aos efeitos colaterais, observou-se efeito significativo de grupo (p = 0,031), indicando diferenças nos escores entre os grupos; efeito de tempo (p = 0,002) e entre grupo e tempo (p = 0,002), sugerindo que a evolução temporal dos escores difere entre os grupos. Quando avaliada a adesão ao uso do WPI e a presença dos efeitos colaterais, observou-se um efeito negativo significativo (p = 0,003), ou seja, quanto maior a adesão, menor o escore de efeitos colaterais. Conclusão: O uso de WPI foi associado a melhora na composição corporal e correlação mais robusta entre MME e FPM no grupo suplementado. Além disso, observou-se redução significativa dos efeitos colaterais com maior adesão, sugerindo efetividade da intervenção nutricional. 

Palavras-chave: câncer de mama; composição corporal; obesidade; quimioterapia; suplemento nutricional.

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