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A Fiocruz Bahia participou de um mutirão de ecocardiograma e eletrocardiograma realizado em Feira de Santana entre os dias 24 e 27 de agosto, pela Santa Casa de Feira de Santana em parceria com a Edwards Lifescience Foundation e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A ação contemplou mais de 1400 pessoas entre crianças e adultos para o diagnóstico de miocardiopatias e problemas congênitos, além de encaminhamentos diversos para tratamento cardiológico.
O pesquisador da Fiocruz Bahia, Fred Luciano Neves Santos contou que a participação no mutirão ocorreu por meio do Projeto Oxente Chagas Bahia, que recebeu o convite para contribuir com o suporte diagnóstico para a doença de Chagas. “Atuamos na realização de testes sorológicos em indivíduos que apresentavam alterações eletrocardiográficas ou ecocardiográficas sugestivas de Chagas, colaborando com a identificação de casos suspeitos e confirmando o diagnóstico da doença em um ambiente de alta demanda e acesso limitado a exames especializados”, pontuou Santos.
Para ele, a realização de mutirões como esse é importante para a saúde pública, principalmente em áreas onde o acesso a exames especializados, como o ecocardiograma, pode ser limitado. “Esses eventos possibilitam a identificação precoce de alterações cardíacas, que são muitas vezes subdiagnosticadas, especialmente em doenças negligenciadas como a doença de Chagas. A detecção precoce permite uma intervenção mais eficaz, ajudando a evitar complicações graves e melhorando a qualidade de vida dos indivíduos afetados”.
Além disso, Santos acredita que ações como essa têm um impacto significativo ao aumentar a conscientização sobre a doença e promover a integração entre diagnóstico e tratamento, contribuindo para a redução da morbidade e mortalidade na população. “A participação do Oxente Chagas foi de extrema relevância para o sucesso do mutirão”, finalizou.
Por Jamile Araújo, com supervisão de Júlia Lins