Pesquisador da Fiocruz Bahia tem projeto selecionado pelo Instituto Serrapilheira

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Tiago Gräf é um dos 23 jovens pesquisadores selecionados pela chamada do Serrapilheira.

O pesquisador da Fiocruz Bahia, Tiago Gräf, foi um dos jovens pesquisadores contemplados na 3ª Chamada Pública de Apoio à Ciência do Instituto Serapilheira, com o projeto “Identificação de vírus neuroinvasivos em casos de encefalite aguda no Nordeste do Brasil”, que tem como coautora a pesquisadora Isadora Cristina de Siqueira, também da Fiocruz Bahia.

Com o crescimento dos casos de encefalite no Nordeste do Brasil, o projeto pretende investigar quais os patógenos causadores dessa emergência em saúde, focando na endemia ou circulação de novas arboviroses na região.

A encefalite é uma síndrome neurológica grave, com alta mortalidade e potencialmente incapacitante, podendo ser ocasionada por infecção bacteriana ou viral no cérebro. A identificação do agente etiológico dos casos de encefalite ainda é desafiadora e poucos estudos buscaram investigar a epidemiologia desta patologia no país.

“Nossa hipótese é que as arboviroses estão causando esse elevado número de casos de encefalite no nordeste brasileiro, que pode ter relação com vírus endêmicos na região ou novos vírus recentemente introduzidos”, explicou Tiago Gräf.

A pesquisadora da Fiocruz Bahia, Isadora Siqueira, é coautora do projeto selecionado.

Segundo o pesquisador, o projeto tem uma abordagem abrangente de métodos, incluindo metagenômica e cultura de vírus, para identificar os patógenos causadores de encefalite no Brasil. Isso pode revelar novas informações sobre os agentes causadores da doença que podem ser usadas para desenvolver uma abordagem de diagnóstico mais focada.

O Serrapilheira procurou selecionar pesquisadores com perguntas ambiciosas que buscassem, sobretudo, compreender questões fundamentais da ciência, ainda que os projetos envolvessem estratégias de risco.

Os contemplados receberão até R$ 100 mil, cada, para investir em seus projetos e serão reavaliados após um ano. A partir daí, até três projetos terão o apoio renovado e receberão até R$ 700 mil – com bônus de R$ 300 mil destinados à integração e formação de pessoas de grupos sub-representados na ciência – para investir em suas pesquisas por três anos.

 
 

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