Papel de L. amazonensis e L. braziliensis na reprogramação metabólica em macrófagos é tema de dissertação

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Autoria: Elaine Carvalho de Oliveira
Orientação: Cláudia Ida Brodskyn
Título da dissertação: “Investigação do papel de Leishmania amazonensis e Leishmania braziliensis na reprogramação metabólica em macrófagos murinos infectados” 
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana e Experimental
Data de defesa: 15/01/2021
Horário: 09h
Local: Sala Virtual do Zoom 

RESUMO

INTRODUÇÃO: A leishmaniose é causada por protozoários de diversas espécies do gênero Leishmania que parasitam mamíferos, utilizando o flebotomíneo como vetor de transmissão. Evidências indicam que Leishmania spp. têm a capacidade de modular o metabolismo de macrófagos durante sua infecção, o que resulta na interferência em etapas importantes da respiração celular. OBJETIVO: Assim, o objetivo deste estudo consiste na avaliação do perfil metabólico em macrófagos murinos infectados por L. amazonensis e L. braziliensis. MATERIAL E MÉTODOS: Precursores hematopoiéticos de macrófagos foram obtidos da medula óssea de camundongos C57/BL6, e cultivados até sua diferenciação em macrófagos. Os macrófagos foram infectados com Leishmania spp. e as taxas de acidificação extracelular (ECAR) e consumo de oxigênio (OCR), foram mensuradas através do Seahorse. Posteriormente, foi avaliada a carga parasitária e a taxa de infecção, mediante o tratamento prévio dos BMDMs com os inibidores da via glicolítica, fosforilação oxidativa e síntese de ácidos graxos. Além disso, a funcionalidade das mitocôndrias foiavaliadas através de sondas “MitoTrackers”, aferindo a massa mitocondrial e o potencial de membrana. A produção de espécies reativas de oxigênio foi mensurada através da sonda “Cellrox”. Os dados obtidos foram então submetidos à análise estatística, e os valores foram considerados significativos quando p < 0,05. RESULTADOS: Este estudo mostra que macrófagos derivados de medula óssea (BMDMs) infectados por L. amazonensis e L.braziliensis exibem um perfil glicolítico e possuem um aumento no consumo de oxigênio. BMDMs tratados com inibidores que atuam no metabolismo mitocondrial apresentaram diminuição na carga parasitária e taxa de infecção, mostrando a importância do metabolismo mitocondrial para a sobrevivência do parasito. Além disso, interferências no metabolismo dos macrófagos estão relacionadas com o aumento do estresse oxidativo, aumentando a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) que ajudam na eliminação do parasito. CONCLUSÃO: Este estudo demonstra que a infecção por L. amazonensis interfere no metabolismo mitocondrial do hospedeiro, ficando evidente que na presença do parasito ocorre um aumento nas taxas de glicólise para alimentar a fosforilação oxidativa. Esse trabalho destaca o potencial do metabolismo mitocondrial dos macrófagos como alvo terapêutico para modular a infecção por Leishmaniose. Palavras-chave: Fosforilação oxidativa; Glicólise; Leishmania spp.; Metabolismo Mitocondrial; Modulação metabólica.

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