Níveis de proteína C reativa e ferritina podem identificar pacientes que permanecem com culturas positivas durante tratamento anti-tuberculose

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tb ferritina proteina c reativaUm estudo coordenado pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Bruno Andrade, envolvendo 11 instituições de saúde, pesquisa e ensino, testou se os níveis de proteína C-reativa (CRP) e ferritina no sangue refletem a carga bacilar e inflamação sistêmica em pacientes com tuberculose pulmonar submetidos a terapia anti-tuberculose (ATT).

Publicado no periódico científico PlosOne, no dia 6 de abril, o artigo intitulado “Sustained elevated levels of C-reactive protein and ferritin in pulmonary tuberculosis patients remaining culture positive upon treatment initiation”, descreve o trabalho realizado com amostras de soro criopreservados de uma coorte de 165 pacientes brasileiros.

De acordo com os autores, ensaios clínicos que avaliam novos fármacos anti-tuberculose e regimes de tratamento levam anos para concluírem devido à depuração lenta da infecção por Mycobacterium tuberculosis, bactéria causadora da doença, e à falta de biomarcadores iniciais que prevêem os resultados do tratamento.

Os pesquisadores realizaram medições prospectivas de PCR e ferritina, utilizadas como leituras de inflamação sistêmica, em pacientes com tuberculose pulmonar no início do tratamento. Também foram testadas associações entre os níveis desses parâmetros laboratoriais com a carga de micobactéria presente no escarro no 60º dia do ATT.

Como resultado, os níveis circulantes de ferritina e CRP gradualmente diminuíram ao longo do tempo no ATT. No pré-tratamento, as concentrações desses parâmetros não conseguiram distinguir os pacientes com resultados positivos daqueles com bacilos ácidos negativos em culturas de escarro.

No entanto, os pacientes que permaneceram com culturas positivas no 60º dia do ATT apresentaram níveis elevados desses marcadores inflamatórios em comparação com aqueles com culturas negativas. Os achados levaram os pesquisadores a concluírem que os níveis de CRP e ferritina no soro podem ser úteis para identificar pacientes com culturas positivas com 60 dias de tratamento.

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