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Foi realizado, nesta segunda-feira, 19/05, o lançamento do Programa Mais Ciência na Escola na Bahia (MCE-BA), uma iniciativa da Fiocruz Bahia em parceria com instituições de ciência, tecnologia e inovação, Secretaria Municipal de Educação de Salvador (SMED), Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC), Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb). Realizado na Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Salvador, o evento contou com a presença da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, além de autoridades e lideranças acadêmicas.
Além do MCE-BA, durante o evento, foram lançadas uma série de iniciativas que visam incentivar a disseminação da cultura científica entre jovens estudantes baianos, como o Programa PopCiência Bahia – Trilha da Inovação, uma realização da SEC e da Secti, e o Edital Clubes de Ciências – FAPESB/SEC/SECTI, que tem como objetivo promover a seleção de 400 professores para coordenar clubes de ciências em escolas da rede pública estadual.
No ato, estiveram presentes a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Marly Cruz, representando o presidente da instituição, Mário Moreira, a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, e Antonio Brotas, gestor da Comunicação e Divulgação da Fiocruz Bahia e coordenador do MCE-BA.
Durante sua fala, a ministra Luciana Santos ressaltou a importância de políticas que estimulem a formação científica na região do Nordeste. “Durante os últimos anos, as regiões Norte e Nordeste sofreram cortes na educação e no incentivo à educação. Com essas iniciativas, assumimos o compromisso de retomar o incentivo ao interesse pelo conhecimento entre os jovens baianos”, disse a ministra. Por sua vez, o governador Jerônimo Rodrigues pontuou a importância de ações que permitam que os estudantes criem uma visão mais ampla sobre o que é o fazer científico. “Conhecimento ancestral é científico; o saber transmitido de um para o outro faz parte da ciência, desde transformar o conhecimento em um aparato tecnológico a um método de combate à fome”, concluiu o governador.
O Mais Ciência é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Na Bahia, o projeto assume um caráter de promoção da educação científica crítica, inclusiva e com perspectiva antirracista. O MCE-BA integra a Rede Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Inovação em Territórios Escolares (Rede-ICTITE), que conta com 90 escolas públicas localizadas em 51 municípios do estado.
Fernanda Brito, professora do Colégio Estadual da Bahia Central, uma das escolas parceiras da Rede-ICTITE, esteve presente no evento e creditou aos clubes de ciência uma mudança significativa na vida de seus alunos. “Viva a ciência e a possibilidade de transformar vidas através de programas de incentivo científico”, afirmou.
No final da cerimônia, também foi apresentado o projeto Caravana da Ciência, uma das ações de celebração aos 40 anos do MCTI, que tem como objetivo visitar todos os estados do país, promovendo a divulgação de iniciativas de apoio à pesquisa e inovação para empresas e cientistas, além de oferecer oficinas gratuitas ao público em geral.
Inauguração do primeiro laboratório Maker do Mais Ciência na Escola na Bahia
Ainda como parte dos compromissos dos 40 anos do MCTI, foi inaugurado, nesta terça-feira, 20/05, o primeiro laboratório maker do Mais Ciência na Escola Bahia, no Centro Estadual de Educação, Inovação e Formação da Bahia Mãe Stella (CEEINFOR Mãe Stella), localizado no Cabula, em Salvador.
Marilda Gonçalves reforçou a importância da parceria entre o governo, instituições de pesquisa e agências de fomento à pesquisa na elaboração de iniciativas que incentivem a formação científica na educação básica. “Projetos como o Mais Ciência na Escola são importantes porque o impulsionamento para que os jovens construam um interesse na carreira científica começa durante a educação básica”, comentou a diretora da Fiocruz Bahia.
Seguindo o objetivo de promoção do letramento digital e da formação científica, a instalação de laboratórios makers nas unidades de ensino proporciona o acesso a recursos tecnológicos e ferramentas de prototipagem, que possibilitam o desenvolvimento e acompanhamento de projetos educativos. Ana Carolina, estudante do 2º ano do Ensino Médio do CEEINFOR Mãe Stella, expressou animação pela disponibilização de recursos tecnológicos para o corpo estudantil. “Espero que os alunos do colégio possam usufruir das novidades e seja possível que adquiramos mais conhecimento científico no laboratório”, concluiu.
Abrangendo 21 dos 27 territórios de identidade da Bahia, é estimado que a implantação dos laboratórios makers tenha um impacto direto em mais de 1 mil estudantes do estado.


























Por: Caio Costa | Fotos: Márcio Santana