Fiocruz marca presença no Fórum Social Mundial 2018

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“Povos, Territórios e Movimentos em Resistência” é tema do evento com mais de 1300 atividades que iniciou nesta terça-feira, 13/3, e vai até sábado, 17/3. Com o slogan “Resistir é criar, resistir é transformar”, o Fórum Social Mundial (FSM) pretende promover uma resistência a retrocessos e ataques à democracia brasileira e promete reunir mais de 60 mil pessoas, em Salvador, nestes cinco dias.

A programação vasta e diversificada ocorrerá em vários pontos da cidade, com sede no Campus de Ondina da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e contará com a participação, também, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Na abertura do evento, os participantes foram recepcionados ao Salão Nobre da Reitoria, no Canela, ao som da Orquestra de Frevo e Dobrados, sob regência do maestro Fred Dantas, para participar da homenagem da Universidade a personalidades da ciência e cultura baiana, entre eles estão os pesquisadores eméritos Sônia e Zilton Andrade.

Amanhã, 14/03, às 8h, a Fiocruz participa da Sessão Audiovisual Saúde e Cidadania na sala 13 da Faculdade de Comunicação da UFBA, em Ondina. A programação será iniciada com a exibição do filme “Mulheres das Águas”, lançado pelo Selo Fiocruz Vídeo, seguida de debate com Paulo Pena (UFBA), Thaís Gomes (UFBA) e Eliete Paraguaçu, além de representantes de movimentos sociais. Na ocasião, a diretora do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia) Marilda Gonçalves, fará parte do evento de lançamento do 3º Concurso Selo Fiocruz (10h), edital de seleção pública para produções audiovisuais sobre saúde, com apoio da TVE Bahia/Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb). Está previsto o apoio financeiro de R$85 mil a R$200 mil para os projetos selecionados.

Já na sexta-feira, 16/3, o FSM receberá na Tenda do Conselho Nacional de Saúde a mesa “Acesso a medicamentos no mundo: vivemos uma crise de desabastecimento”, às 14h30, com a presença de Carlos Gadelha, Coordenador das Ações de Prospecção da Fundação Oswaldo Cruz, e Leandro Safatle, Secretário Executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamento, e Tomás Pippo, Coordenador da Unidade de Medicamentos, Tecnologia e Pesquisa em Saúde da OPAS/OMS no Brasil.

Para o último dia de evento, 17/3, o pesquisador Fernando Carneiro (Fiocruz Ceará) irá promover uma atividade devolutiva do livro Campos, Florestas e Águas: Práticas e Saberes em Saúde, em que fará um “toxiturismo” denuncia a poluição, o genocídio e o racismo ambiental na Baía de Todos os Santos, em solidariedade às comunidades da Ilha de Maré. A participação da Fiocruz também conta com o trabalho “Múltiplas estratégias de resistências populares para o horizonte e territórios saudáveis”, do coordenador do Ecomuseu de Manguinhos, Filipe Eugênio. O estudo aborda a questão da cultura e das artes em territórios vulnerabilizados nas periferias das cidades do país, com enfoque na literatura.

Além desses, muitos outros pesquisadores e estudantes da instituição estão participando da programação do fórum. “A Fiocruz participa do FSM a partir da necessidade em estreitar o diálogo com os movimentos sociais e territórios em situação de vulnerabilidade social e ambiental, comunidades tradicionais e povos originários dentro duma perspectiva de promoção da saúde”, afirma José Leonídio, coordenador de Cooperação Social da Fiocruz. Pretende-se fomentar o debate para a co-construção de propostas de enfrentamento às desigualdades sociais e inequidades e aprofundar o debate sobre qual o modelo de desenvolvimento para o Brasil. Para ele, o FSM “é um ambiente propício para que possamos construir propostas mais sinérgicas em que a Fiocruz contribua com sua capacidade de pesquisa, ensino e serviços em diálogo com movimentos e grupos sociais historicamente minorizados”.

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