Fiocruz Bahia promoveu workshop sobre segurança no trabalho 

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A campanha do Abril Verde é dedicada à conscientização da segurança no trabalho. Por isso, o mês iniciou na Fiocruz Bahia com um workshop voltado à promoção e incentivo de práticas de prevenção de acidentes. O evento “Segurança no trabalho – Prevenção de acidentes com as mãos” foi realizado durante os dias 4 e 5 de abril, no auditório Aluízio Prata, na sede da Fiocruz Bahia. As atividades estiveram abertas a toda a comunidade, mas se voltaram, especialmente, para os grupos operacionais da instituição.  

O workshop foi uma iniciativa do Núcleo de Saúde do Trabalhador (NUST) e o setor de Manutenção da Fiocruz Bahia, com apoio do Sindicato dos Servidores de Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública (Asfoc-BA). A assistente administrativa do NUST, Ariadne Veloso, afirmou que este foi o primeiro grande evento realizado na instituição voltado apenas para a segurança do trabalho.  

“Diante de uma demanda, levantada pelo próprio setor de Manutenção para incentivar a prevenção de acidente com as mãos, resolvemos realizar esse workshop. Pretendemos fazer outras edições em breve, com outros temas”, afirma. Veloso recorda que todos os trabalhadores estão suscetíveis a sofrerem acidentes com as mãos, tanto quem trabalha na parte operacional, quanto no laboratório.  

Por isso, foi de grande relevância a presença da equipe de manutenção e limpeza. O tecnologista em saúde, Waldney Souza, conta que essa participação fez parte da meta principal do evento. “A intenção era ter algo mais direcionado para essas equipes, que são as que mais se expõem na Fiocruz Bahia. Essas equipes têm trabalhos menos visíveis, e as vezes não contam com um evento mais direcionado para os riscos que as envolvem”.  

Atividades 

O primeiro dia contou com uma oficina promovida pelo professor no ramo de Segurança do Trabalho e Mestre em Ciência da Educação, André Cavalcanti, junto com demonstrações de práticas seguras. Já o segundo dia, contou com a coordenação dos trabalhadores da própria comunidade Fiocruz Bahia, com uma roda de conversa sobre os riscos nos laboratórios promovida pela conveniada do Laboratório de Enfermidades Infecciosas Transmitidas por Vetores (LEITV), Juqueline Cristal; e uma palestra sobre a percepção dos riscos físicos e químicos com a especialista em segurança do trabalho Adriana Carvalho. A última atividade foi uma roda de conversa com o NUST, com orientações sobre as medidas a serem tomadas em caso de acidente. Houve ainda uma exposição com os Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs). 

Para Cavalcanti, é preciso assegurar que todos os colaboradores compreendam a importância das práticas de prevenção. “Meu objetivo não é corrigir o trabalho que vocês executam há tanto tempo. Meu objetivo é agregar informações que são necessárias para que vocês estejam atentos e busquem formas mais seguras de trabalhar”, declarou. O professor lista algumas medidas simples que podem ser empregadas, como verificar um local pouco iluminado antes de realizar uma manutenção, e se alongar antes de realizar um trabalho que exija força física.  

“Existe uma teoria chamada de ‘Árvore de falhas da segurança do trabalho’. Ela diz que todo tempo gasto para reparar um acidente custa 44 vezes mais do que teria sido feito na prevenção”. Ele reitera ainda que a vigilância empregada é uma necessidade que vai além do trabalho, pois também garante a proteção para a família dos colaboradores da comunidade Fiocruz Bahia.  

Juqueline buscou reforçar o perigo dos riscos biológicos e químicos. “Nós precisamos entender que riscos são esses. No momento em que alguém estiver no microscópio ou em algum equipamento que manipulamos, nós vemos que o ambiente laboratorial é um ambiente de contaminação. Estamos expostos ali o tempo todo”, assevera.  

Adriana Carvalho concorda, reafirmando a importância da percepção do trabalhador para o ambiente externo. “O perigo não é um risco. Perigo se caracteriza por ser uma fonte de lesão ou dano à saúde; agora, se o trabalhador estiver exposto a essa fonte, podemos dizer que haverá um risco. Se o trabalhador se expõe a esse perigo, ele se coloca em situação de risco”.  

Na visão de Rogério de Jesus Silva, auxiliar de manutenção predial, as instruções relativas ao levantamento de cargas e caixas foi a que mais o marcou. “Acredito que nós iremos tomar mais cuidado, entendo que tem os meios certos de se utilizar os EPIs e a segurança para carregar os materiais. O evento foi bastante interessante”, avalia. Já Taise dos Santos, auxiliar de serviços gerais, acredita que o evento incentiva maiores cuidados por parte dos trabalhadores. “Por mais que tenhamos conhecimento de tudo o que ocorre aqui, as vezes podemos esquecer de algum detalhe”. 

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