Fiocruz Bahia participou da abertura do 1º Encontro Nacional da Periferia Brasileira de Letras em Salvador

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Teve início na manhã desta quinta-feira, 11 de abril, o 1º Encontro Nacional da Periferia Brasileira de Letras (PBL), no Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador, que segue até dia 12/4. O evento é uma iniciativa da Cooperação Social da Presidência da Fiocruz, e conta com a participação dos 12 coletivos literários que compõem a Rede PBL. A programação teve debates sobre experiências literárias, políticas públicas em cultura, saúde, literatura e periferias, assim como apresentações artísticas.

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, esteve na mesa de abertura do encontro, com também a participação do presidente da Academia de Letras da Bahia, Ordep Serra; a diretora geral da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), Piti Canella; o diretor Geral da Fundação Pedro Calmon, Vladimir Pinheiro; o deputado estadual Robinson Almeida; o Assessor Especial da Secretaria de Educação da Bahia, Manoel Calazans; Leonídio Madureira, coordenador da Cooperação Social da Presidência da Fiocruz; e por vídeo, a presidenta da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Maria Marighella. A mesa de abertura foi apresentada por Fabrício Brito, do grupo de arte popular A Pombagem, um dos coordenadores do evento.

Na apresentação da mesa, Fabrício Brito falou sobre as muitas mãos e cabeças que contribuíram para a realização do primeiro encontro nacional da PBL. “Nesse sentido é importante fazer algumas menções, a começar pela Fiocruz, que é o nosso sustentáculo que é a base institucional, e que realiza muitos projetos e um deles é a PBL. Esse projeto tem ganhado uma dimensão de movimento, e não é à toa, porque se trata de uma rede composta por coletivos incríveis que atuam em quebradas, em comunidades no Brasil como um todo”.

Leonídio Madureira explicou a importância de iniciativas como a do encontro para a Fiocruz e que a experiência tem gerado muito aprendizado. “Nós sabemos que saúde não é só ausência de doença. Nós sabemos que é muito mais que isso, é um bem-estar, é o próximo do bem viver, e isso se constroi como? Com as pessoas, com o movimento organizado, com as pessoas na rua”, observou.

Marilda Gonçalves ressaltou que nos quase 124 anos de Fiocruz, há um forte movimento democrático e de apoio a todos os movimentos que estão relacionados à democracia, à saúde, e à implementação da saúde em todos os territórios. “Essa relação da Fiocruz com a democracia vem desde muito tempo, inclusive quando nós tivemos a cassação de direitos de vários pesquisadores nossos durante episódios ligados à ditadura. A Fiocruz é uma instituição de resistência e ela está sempre ao lado de todas as comunidades”, destacou.

Além disso, a diretora falou sobre a atuação da Fiocruz Bahia, que completa 67 anos em 2024, na integração com os movimentos populares e com o fórum de bairros periféricos de Salvador, que teve papel importante na pandemia de covid-19, quando a instituição atuou com lideranças desses bairros para traçar diretrizes para comunicação dentro das comunidades.

“É muito gratificante estar aqui e ver esse movimento literário onde a gente está exaltando e popularizando a cultura, porque nós precisamos que todos tenham acesso à cultura, à educação, à saúde, a uma vida digna e que possamos todos juntos festejar o nosso país e a diversidade que ele representa, a diversidade cultural e de raças. E estamos aqui nesse auditório bastante colorido e isso representa a nossa população, o nosso povo, os nossos saberes tradicionais e toda a nossa energia que vibra aqui nessa cidade tão maravilhosa que é a cidade de Salvador”, concluiu Marilda.

Além de Leonídio, estavam presentes Felipe Eugênio e Mariane Martins, que também coordenam o projeto PBL. A Cooperação Social da Presidência da Fiocruz tem o compromisso de ampliação da presença institucional, prioritariamente, junto Movimentos Sociais, Grupos Sociais historicamente minorizados em seus direitos e Territórios sócio, civil e ambientalmente vulnerabilizados a partir de bases teórica, conceitual e metodológica voltadas para construção de processos de desenvolvimentos territorializados, equânimes e sustentáveis na perspectiva estratégica da Saúde em sua dimensão ampliada.

Por Jamile Araújo, com supervisão de Júlia Lins.

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