Exposição Oswaldo Cruz: Médico do Brasil é inaugurada na Fiocruz Bahia

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O Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia) inaugurou, na segunda-feira (9/4), a exposição itinerante “Oswaldo Cruz: Médico do Brasil”, que ocupará a biblioteca da instituição até o dia 9 de julho. Durante a abertura, mais de 200 estudantes do ensino fundamental e médio de escolas próximas à Fiocruz Bahia foram recepcionados pela diretora da instituição, Marilda Gonçalves; pela vice-diretora de Ensino, Patrícia Veras; e pelo Diretor Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Paulo Elian.

Marilda abriu o evento e, em seu discurso, incentivou os estudantes a seguirem a carreira de cientista. “Quando concluí o nível médio, nunca imaginei que pudesse me tornar uma pesquisadora ou professora de pós-graduação e, hoje, estou aqui. Cada um de vocês pode se prover dessa vontade de ser um cientista e melhorar nossa saúde pública que está tão necessitada de cabeças e corações. Essa aproximação com a escola é importante para germinar essa semente e vocês saberem que podem ser os cientistas de amanhã”, declarou.

Paulo Elian contou que a Fundação “se preocupa em se relacionar com a sociedade e procura desconstruir a ideia de que a ciência é produzida em um ambiente fechado e hermético, sem o diálogo com a sociedade. Recebê-los é desmistificar a ciência”, afirmou. Logo após, Patrícia Veras conversou com os alunos e respondeu perguntas sobre a carreira de cientista e as pesquisas da Fiocruz: “a instituição vai além do tratamento das doenças e possui um conjunto de professores e pesquisadores que as estudam”.

Em seguida, os estudantes assistiram a um vídeo, que exibiu a história da evolução das políticas de saúde pública do Brasil, e à apresentação de “O avental de história”, contracenado pela servidora da Fiocruz Bahia e atriz Carla Cavalcanti, que conta a chegada de Oswaldo Cruz à antiga Fazenda Manguinhos (RJ) e sua ideia de construir um imponente castelo para chamar a atenção da população para a importância da ciência. A exibição lúdica, realizada através de um avental com fantoches, foi escrito pela museóloga Claudia Oliveira (Museu da Vida/ Fiocruz), pensado especialmente para o público infantil.

A vida do médico do Brasil

Na exposição, organizada pelo Museu da Vida, a trajetória do médico sanitarista Oswaldo Cruz é contada por meio de 18 painéis com textos e imagens. A curadoria de conteúdos é da Casa de Oswaldo Cruz (COC/ Fiocruz), o texto é do jornalista e escritor Humberto Werneck e o projeto gráfico é assinado por Karyn Mathuiy. A parceria com a Fiocruz Bahia foi proporcionada através de Ana Carolina de Souza, servidora do Museu da Vida, e Flavia Sousa Lima. Além disso, a mostra também dispõe de microscópios que possibilitam ver de forma ampliada o mosquito Culex (muriçoca) e o Schistosoma Mansoni (parasita causador da esquistossomose) e de coleções de artrópodes, besouros, aracnídeos e moluscos. Até o dia 12 de abril, mais de 400 estudantes já visitaram a exposição. A mostra está aberta ao público, de segunda a sexta, das 9h às 16h. Para visitas guiadas e assistir ao “Avental de história” é necessário solicitar agendamento prévio, pelo e-mail ascom@bahia.fiocruz.br.

Oswaldo Cruz foi um importante sanitarista que obteve vitórias sobre a peste bubônica, a febre amarela e a varíola. Falecido aos 44 anos, por insuficiência renal, ainda representa um ícone de pesquisa e ações em saúde na história brasileira e científica. Neste ano, o Castelo em Manguinhos, projeto desenvolvido junto à Luís Moraes Junior, arquiteto e engenheiro, completou 100 anos, sendo uma das ambições de Oswaldo Cruz para desenvolvimento cientifico na saúde do país. Hoje, a obra é o símbolo da Fundação Oswaldo Cruz.

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