Biomedicine & Pharmacotherapy publica estudo sobre mielopatia associada ao HTLV-1

Getting your Trinity Audio player ready...

22-hysalin-f-a-seco-steroid-fromCom o objetivo de investigar os efeitos da fisalina F em células mononucleares do sangue periférico de indivíduos (PBMC, na sigla em inglês) com mielopatia associada ao vírus HTLV-1, as pesquisadoras Maria Fernanda Grassi e Milena Botelho Pereira Soares, da Fiocruz Bahia, lideraram um estudo cujos resultados foram descritos no artigo Physalin F, a seco-steroid from Physalis angulata L., has immunosuppressive activity in peripheral blood mononuclear cells from patients with HTLV1-associated myelopathy, publicado no periódico científico Biomedicine & Pharmacotherapy.

O HTLV-1 atinge entre 5-10 milhões de pessoas, principalmente na América Latina, Caribe, África do Sul e Central e Japão. O vírus é o agente etiológico de duas doenças graves: a leucemia e linfoma de células-T adultas e a mielopatia (ou paraparesia espástica tropical), uma doença neurológica progressiva que ocorre em menos de 5% de indivíduos infectados com o vírus.

Neste estudo, aprovado pela abordagem de pesquisa Institucional da Fundação Oswaldo Cruz, foram analisadas amostras de sangue venoso de 21 indivíduos infectados com HTLV-1 e com diagnóstico de mielopatia. As amostras foram rastreadas para anticorpos HTLV-1/2. O grupo avaliado abrangeu 14 mulheres e 7 homens, com uma média de idade de 61 anos.

Os resultados mostraram que o tratamento com fisalina F aumentou a população apoptótica de PBMC em indivíduos com mielopatia. A análise da transmissão de microscopia eletrônica de PBMC mostrou que a fisalina F induz alterações ultra-estruturais, tais como núcleos picnóticos, mitocôndrias danificadas, formação de vacúolo autofágica melhorada, e a presença de figuras do tipo mielina.

Neste contexto, os pesquisadores concluíram que a fisalina F, além de induz a apoptose de PBMC, implica na diminuição da proliferação e produção de citocinas espontânea causada por infecção por HTLV-1.

O estudo é fruto de parceria com o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Escola Bahiana de Medicina. Além das coordenadoras, estão dentre os pesquisadores da Fiocruz Bahia envolvidos no trabalho Lorena A. Pinto, Cássio S. Meira, Cristiane F. Villarreal, Marcos A. Vannier e Bernardo Galvão-Castro. Clique aqui para acessar o artigo completo, publicado em janeiro de 2016.

 

 

 

twitterFacebookmail