Equipe da Fiocruz Bahia é premiada no Inova Labs

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A equipe liderada pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Fred Luciano Neves, recebeu o prêmio Especiação, no encerramento da segunda rodada do Inova Labs Fiocruz. O evento aconteceu no dia 27 de outubro e foi transmitido pelo YouTube.

O grupo criou a SerdYtech, uma spin-off que desenvolveu um teste rápido para o diagnóstico da doença de Chagas em cães. Da Fiocruz Bahia, também participaram a equipe coordenada pela pesquisadora Deborah Bittencourt, com a Leish Detect, cujo produto foi um teste rápido para leishmaniose visceral canina, que ficou em 3º lugar no programa; e o grupo da Sickle Prog, liderado pela pesquisadora Marilda Gonçalves, que desenvolveu um teste para caracterização clínica de pacientes com doença falciforme. 

O Inova Labs Fiocruz é um programa de empreendedorismo científico e de pré-aceleramento de start-ups realizado pela Fiocruz, o Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT) do Ministério da Saúde e a Fundação Biominas, no qual as equipes participantes identificam um problema de saúde pública, a sua solução, os potenciais clientes da solução proposta e um modelo de negócio. 

O programa oferece suporte na construção de estratégias adequadas para a inserção de uma nova solução (produto/processo/serviço/sistema) no mercado e o desenvolvimento de habilidades empreendedoras da equipe. O objetivo é identificar oportunidades junto aos pesquisadores da Fiocruz em todo o país para o desenvolvimento de soluções que possam resolver lacunas relevantes do sistema público de saúde nas áreas de oncologia, emergências sanitárias e doenças negligenciadas.

O treinamento é dividido em 4 momentos: o “4Team Selection”, em que são selecionadas até 40 equipes para a fase de entrevistas, ao final, no máximo 21 equipes podem participar. O “BioBusiness Model”, etapa que as equipes são instruídas a criar, desenvolver e testar a viabilidade do modelo de negócio da solução que pretendem levar ao mercado. O “Labs”, fase em que as equipes contam com o suporte de especialistas e elaboram um pitch paper (plano de negócio simplificado). E o “Demoday”, evento em que as equipes mais bem pontuadas apresentam a sua solução e a sua estratégia para investidores e potenciais parceiros e onde será anunciada a equipe vencedora.

Além de Fred Luciano, a equipe da SerdYtech foi formada pelos estudantes de mestrado do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI) da Fiocruz Bahia, Emily Ferreira, Natália de Freitas e Ramona Daltro. O pesquisador explica que, durante o Demoday, a equipe despertou o interesse da unidade produtora de imunobiológicos da Fiocruz, Bio-Manguinhos, para investimento no kit diagnóstico. “Ao final, nós ganhamos o prêmio de Especiação, pois fomos a equipe com maior evolução ao longo do programa, tanto com resultados quantitativos, qualitativos, incluindo os aspectos comportamentais”, comemora.

Deborah Bittencourt considera a participação no programa transformadora. “Participar do Inova Labs foi maravilhoso!! É um programa de formação excelente, conduzido de forma muito competente pela Biominas, que é um divisor de águas na vida de um pesquisador que trabalha com inovação. Muda muito a forma de conduzir o dia a dia da equipe, da pesquisa e do desenvolvimento de produtos. Minha equipe teve um grande aprendizado e crescimento profissional durante o Inova Labs. Agradeço a Fiocruz pela excelente oportunidade”, comenta.

Fizeram parte da equipe de Deborah a pesquisadora Claudia Brodskyn, o servidor Claudio Damasceno e os estudantes Matheus de Jesus e Yuri Silva, do PgBSMI; Bruna Leite, do Programa de Pós-graduação em Patologia (PgPAT – UFBA/ Fiocruz Bahia); e João Victor Andrade, de Iniciação Científica.

A Sickle Prog, liderada por Marilda Gonçalves, foi composta pelo pesquisador Jaime Ribeiro, também por Claudio Damasceno e pelos estudantes do PgPAT, Setondji Cocou Modeste e Luciana Fiuza. “A participação no Inova Lab foi muito importante para a estratégia de inovação do nosso produto, despertando o potencial de inovação que possuímos ao desenvolvermos as atividades de pesquisa. O contato com os comitês de avaliação e com as unidades de produção possibilitou delinear um futuro promissor para o produto proposto”, avalia a cientista.

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