Ensino por Investigação foi tema do 4º módulo da Formação de Metodologias Ativas

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Com o tema “Ensino por Investigação”, o 4º módulo da Formação em Metodologias Ativas e Participativas de Ensino foi realizado nos dias 14, 17 e 18 de setembro. O curso teve como público-alvo docentes dos Programas de Pós-graduação, discentes que não estavam inscritos na disciplina Didática, pós-doutorandos e servidores da Fiocruz.

Nesta edição, o foco principal foi mostrar diferentes modos de investigação em sala de aula ou fora das universidades e laboratórios formais, voltados aos cursos de graduação e pós-graduação. Visando, também, pessoas com baixa renda, houve tópicos de debates sobre investigações de baixo custo.

A formação, que é construída coletivamente, tem como propósito mostrar à professores e futuros docentes várias formas de ensino através de Metodologias Ativas, que faz o aluno ser um elemento ativo na sua aprendizagem, fomentando a investigação em ciência em salas de aula. 

As atividades foram ministradas por Daniel Manzoni, professor da Escola de Ciências da Saúde, Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Manzoni, há 5 anos, é professor da disciplina Didática Especial do Programa de Pós-graduação em Patologia Humana (PgPAT), que esse ano foi incluída também no Programa Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PGBSMI).

Para Manzoni, o conteúdo do curso é importante para modificar o ensino e melhorar a introdução dos estudantes à ciência. “O pesquisador também é professor. Portanto, quando o cientista cursa uma disciplina como essa, ele vai aprender formas metodológicas de ensinar ciência dentro da sala de aula, principalmente com o objetivo de alfabetização científica. Cada ano que venho, eu trago um tema diferente para trabalhar com os alunos. Esse ano, trabalhamos com Ensino por Investigação nas aulas de ciências, em especial nas aulas de Biologia”, explicou.

Claudia Brodskyn, ex-coordenadora do PgPAT, disse que disciplinas que abordam metodologias e didáticas alternativas de ensino são necessárias para a pós-graduação. “Nós tínhamos necessidade de um professor que tivesse uma didática que pudesse contribuir com a proposta de tirocínio docente”, contou, ao se referir à parceria com o professor realizada a partir de convite da pesquisadora. 

Durante a formação, os estudantes foram ao Parque da Cidade aplicar as metodologias ensinadas na disciplina de didática. A atividade, chamada de “Extra Muros”, foi proposta como forma de mostrar aos estudantes como a investigação fora dos laboratórios formais e fora da universidade pode funcionar. Integrada ao curso, o professor também apresentou, no dia 14, a Sessão Científica intitulada “O ensino de imunologia por investigação: da pesquisa básica à sala de aula”.

Importância para o Ensino

Os participantes do curso e da disciplina veem as metodologias como novas formas de reformular e melhorar o ensino dentro dos ambientes de aprendizagem. Para Valéria Borges, coordenadora do PgPAT, é essencial o ensino das Metodologias Ativas para os discentes, inclusive para melhora dos programas de pós-graduação da Fiocruz Bahia. “Nosso curso, tem se preocupado em se atualizar e implementar metodologias ativas de ensino nas disciplinas da pós-graduação. Estas ações têm dado muito certo, pois temos tido um retorno positivo dos nossos estudantes, durante o processo de formação acadêmica”, salientou.

Débora Bittencourt, pesquisadora da Fiocruz Bahia e participante do curso, que dá aula a estudantes de graduação, afirmou que as aulas de Metodologias Ativas foram importantes como uma nova forma de ensino que estimulasse os estudantes. “Foi um divisor de águas. Eu fiz os cursos de Metodologias Ativas, tomei coragem, e mudei a minha disciplina. Foi impressionante como os alunos aderiram. Vários estudantes que eram repetentes tiveram o desempenho muito melhor e foram aprovados. Então, eu acho que realmente é transformador e não impede que você complemente as vezes as aulas expositivas para não deixar faltar conteúdo”, comentou.

Filipe Rocha, monitor da disciplina de Didática Especial e mestrando do PGPAT, acha a experiência do curso e da disciplina uma forma de renovação das metodologias de ensino em sala de aula. “Com essas experiências, a gente vem verificando como as metodologias são construídas para serem executadas com a turma. Acabam gerando realmente um valor no aprendizado dos estudantes, porque a aula deixa de ser apenas uma simples aula expositiva e o aluno mesmo vai construindo o conhecimento junto com o professor”.

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