É #FAKE que pintura previu a pandemia de Covid-19

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Foto: Reprodução/Denver International Airport

Circula nas redes sociais a foto de uma pintura que mostra 28 crianças com rostos cobertos por máscaras de proteção contra o coronavírus estampadas com as bandeiras de diferentes países. A legenda diz que se trata de um mural exposto no aeroporto de Denver, nos Estados Unidos, que foi pintado em 1994. É #FAKE.

A mensagem diz assim: “O mural do aeroporto de Denver pintado em 1994. Com que antecedência eles planejam esse tipo de coisa?” O teor corrobora teorias da conspiração segundo as quais o coronavírus foi criado artificialmente e espalhado pelo mundo propositalmente.

Procurado pela CBN, o aeroporto de Denver diz que a pintura, que traz representações das bandeiras de países como China, Estados Unidos, Filipinas, Brasil, Espanha e Japão, jamais esteve no terminal.

“Ela não é da nossa coleção, embora se pareça com um mural que está no aeroporto e se chama ‘Crianças do mundo sonham com a paz’ (neste, há crianças de diferentes nações e etnias felizes)”, explica uma porta-voz. Não há, porém, máscaras como na pintura viral.

Além de não estar no aeroporto de Denver, a pintura que acompanha a mensagem falsa, intitulada “Maskcommunication” (na tradução, “Comunicação por máscara”), não é premonitória. A obra foi realizada neste ano, e é uma reflexão sobre a pandemia.

A foto consta da página no Facebook de um artista das Filipinas chamado Christian Joy Trinidad. A imagem foi postada na rede social no dia 25 de fevereiro. A pintura foi estampada em camisetas, bolsas e máscaras de proteção contra o coronavírus, mostram posts do artista.

A equipe do Fato ou Fake já desmentiu informações falsas sobre obras do passado que as mensagens diziam ter retratado a pandemia. Foi o caso de uma carta atribuída ao autor norte-americano F. Scott Fitzgerald (1896-1940), que, na verdade, era uma paródia, redigida em março deste ano, e do texto “Covid-19: a pandemia do medo”, que a mensagem dizia ser de um livro de 1943 do irlandês C.S. Lewis (1898-1963). Mas não é verdade: quem escreveu foi uma brasileira.

Fonte: G1

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