É #FAKE que OMS pediu desculpas por erro, mudou posicionamento e agora recomenda hidroxicloroquina para tratar a Covid-19

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Foto de JESHOOTS.com no Pexels
Circula nas redes sociais que a Organização Mundial de Saúde (OMS) voltou atrás em seu posicionamento contrário à prescrição de hidroxicloroquina para tratamento da Covid-19, e que agora a agência pede desculpas por isso. É #FAKE.

A mensagem falsa diz: “OMS pede desculpas pelo erro na controvérsia sobre a hidroxicloroquina”. Procurada pela CBN, a Organização Pan-Americana de Saúde, escritório regional da OMS para as Américas, esclarece que não houve mudanças no entendimento sobre a inadequação destes medicamentos para a Covid-19.

Ou seja, como não há estudos que embasem a prescrição da hidroxicloroquina e da cloroquina para conter o coronavírus, ainda que estes sejam medicamentos com ação para outras doenças, eles não são recomendados.

Diz o site da organização, na seção de perguntas e respostas a respeito da Covid-19, atualizada no último dia 28: “Todo país é soberano para decidir sobre seus protocolos clínicos de uso de medicamentos. Embora a hidroxicloroquina e a cloroquina sejam produtos licenciados para o tratamento de outras doenças – respectivamente, doenças autoimunes e malária –, não há evidência científica até o momento de que esses medicamentos sejam eficazes e seguros no tratamento da Covid-19″.

A agência entende ainda que “as evidências disponíveis sobre benefícios do uso de cloroquina ou hidroxicloroquina são insuficientes”, e que “a maioria das pesquisas até agora sugere que não há benefício”. Relembra também que já foram feitos alertas sobre efeitos colaterais relevantes dos medicamentos.

“Por isso, enquanto não haja evidências científicas de melhor qualidade sobre a eficácia e segurança desses medicamentos”, a recomendação é que “eles sejam usados apenas no contexto de estudos devidamente registrados, aprovados e eticamente aceitáveis”, afirma.

Ao longo da pandemia, a OMS já mudou de conduta sobre o uso da hidroxicloroquina nos pacientes infectados pelo coronavírus. Houve testes no passado, mas eles foram interrompidos em junho, conforme o conhecimento sobre o vírus foi aumentando e os resultados não se revelaram promissores.

A conclusão da agência é: os resultados anunciados até o momento mostram que “a hidroxicloroquina não resulta na redução da mortalidade de pacientes com Covid-19 hospitalizados, quando comparados com o padrão de atendimento”.

Apesar da ausência dessas evidências científicas positivas, o Ministério da Saúde brasileiro adota um protocolo com a hidroxicloroquina e a cloroquina no tratamento precoce da Covid-19 no Sistema Único de Saúde. A indicação é para casos leves, moderados e graves.

Fonte: G1

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