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A mensagem diz: “Médicos franceses tiram roupa de médico, indo embora do hospital porque descobriram o golpe do [sic] Covid. A mentira por trás da nova ordem mundial”.
Só que o protesto em questão, realizado no Hospital Saint-Louis, de Paris, nada teve a ver com a pandemia do coronavírus. Foi realizado no dia 14 de janeiro, sendo que o primeiro caso de coronavírus na França seria registrado apenas no dia 24 daquele mês.
O vídeo foi publicado no Twitter no mesmo dia do protesto, 14 de janeiro, e nas imagens é possível ver os profissionais lançando os jalecos no chão, enquanto se ouve um discurso de repúdio às más condições de trabalho no serviço público de saúde.
Ou seja, o ato nada teve a ver com a crise do coronavírus. À época, no noticiário sobre coronavírus, o foco era a situação na China – onde o vírus surgiu, em dezembro.
A mobilização de médicos e outros trabalhadores da área da saúde na França cresce desde o ano passado. A categoria pressiona o governo de Emmanuel Macron a investir mais nas unidades públicas. Os profissionais já fizeram uma série de atos e entraram em greve.
Continuamente, denunciam falta de pessoal e de equipamentos, além de má renumeração.
A deterioração das condições de trabalho ficou em maior evidência na esteira da emergência em saúde desencadeada pela pandemia da Covid-19 no país, que matou mais de 30 mil franceses. Vistos como heróis pela população, pelos esforços no atendimento dos pacientes com a doença, médicos, enfermeiros e técnicos buscam estender o apoio popular às suas causas trabalhistas.
Fonte: G1