Diversidade genética do HTLV-1 em portadores do vírus com diferentes condições clínicas é avaliada em dissertação

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Autoria: Melina Mosquera Navarro Borba
Orientação: Maria de Lourdes Farre Vallve
Título da dissertação: “ESTUDO DA DIVERSIDADE GENÔMICA DO HTLV-1 EM PORTADORES DO VÍRUS COM DIFERENTES CONDIÇÕES CLÍNICAS”.
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 18/12/2020
Horário: 09h
Local: Sala Virtual do Zoom | ID da reunião 930 1674 6967

RESUMO

INTRODUÇÃO:O vírus linfotrópico de células T humanas tipo 1 (HTLV-1) foi o primeiro retrovírus humano descrito e estima-se que aproximadamente 5 a 10 milhões de pessoas são infectadas pelo HTLV em todo o mundo. O HTLV-1 é o agente etiológico da paraparesia espásticatropical/mielopatia associada ao HTLV (HAM/TSP), Leucemia/Linfoma de Células T do Adulto (ATLL), Dermatite Infecciosa associada ao HTLV-1 (DIH), entre outros processos inflamatórios. Sabe-se os indivíduos infectados pelo HTLV-1 podem desenvolver as patologias associadas ao vírus ou serem considerados portadores assintomáticos (AC). As pesquisas em relação aos fatores que determinam o perfil clínico em um indivíduo infectado ainda não são conclusivas. Acredita-se na possível influência do modo de transmissão, da carga proviral, além de fatores genéticos do hospedeiro e do vírus. Considerando que as células infectadas circulantes em um indivíduo portador não são idênticas, existindo diferentes grupos de células infectadas (diferentes clones), a clonalidade dessas células infectadas é um parâmetro que precisa ser considerado também no estudo da diversidade genômica do HTLV-1. Apesar de ser uma infecção endêmica, os indivíduos infectados permanecem sem opções terapêuticas eficazes. 

OBJETIVO: Avaliar a diversidade genética do HTLV-1 em portadores do vírus com diferentes condições clínicas e desenvolver uma nova estratégia de análise da clonalidade de células infectadas.

MATERIAL E MÉTODOS: Inicialmente foi avaliado o grau de conservação genética da ORF-I em 32 sequências provenientes de portadores comdiferentes perfis clínicos de e os resultados foram comparados com 2.406 sequências da ORF-I disponíveis no GenBank. Em seguida, 242sequências de genoma completo do HTLV-1 disponíveis no GenBank foram submetidas à análises moleculares e análise de Machine Learning em busca de associações entre mutações e sintomatologia. Ainda, foi desenhado iniciadores para sequenciamento do genoma completo do HTLV-1 utilizando o nanosequenciamento e por fim, uma nova estratégia para avaliação da localização da integração viral foi desenvolvida.

RESULTADOS: No primeiro trabalho os dados demonstraram uma baixa diversidade genética da região ORF do HTLV-1, confirmando a estabilidade genômica do provirus. Em seguida, evidenciamos uma correlação entre mutações no gene LTR e na região pX que podem estar associados a indivíduos sintomáticos. Foi iniciada uma prova de conceito para a avaliação da clonalidade combinando a técnica clássica da PCR invertida longa com o nanosequenciamento. 

CONCLUSÃO: Esse trabalho possibilitou a disponibilização no GenBank de sequências da ORF-I do HTLV-1 provenientes de pacientes com DIH, ATLL, HAM/TSP e pacientes assintomáticos. Além de evidenciar possíveis alvos para desenvolvimento da vacina. Ainda, permitiu iniciar o desenvolvimento de uma nova estratégia para identificação da localização da integração virale avaliação dos clones circulantes para portadores do HTLV-1 com padrão de policlonal, o que não era possível com as técnicas clássicas de avaliação da clonalidade.

Palavras-chave:HTLV-1; Mutações; Clonalidade.

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