Dissertação descreve perfil farmacoepidemiológico de pacientes com mieloma múltiplo

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Estudante: Monique Almeida da Costa
Orientação: Darizy Flávia Silva Amorim de Vasconcelos
Título da Dissertação: “PERFIL FARMACOEPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM MIELOMA MÚLTIPLO (MM) ATENDIDOS EM CLÍNICA ESPECIALIZADA PARA TRATAMENTO ONCOLÓGICO NO MUNICÍPIO DE SALVADOR”.
Programa: Pós-Graduação em em Pesquisa Clínica e Translacional
Data de defesa: 14/06/2023
Horário: 14h00
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 883 7307 8604
Senha de acesso: monique

Resumo

INTRODUÇÃO: O mieloma múltiplo é uma neoplasia hematológica maligna caracterizada pela proliferação de células plasmáticas. É mais comum em idosos e seu tratamento envolve várias opções farmacológicas, sem um padrão bem definido. Nesse contexto, a farmacoepidemiologia é uma importante ferramenta para avaliar o uso desses medicamentos na prática clínica, identificar padrões de prescrição e avaliar a eficácia e segurança dessas terapias, além de fornecer informações importantes para melhorar a qualidade do tratamento e a gestão dos recursos de saúde. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico, sociodemográfico e terapêutico de pacientes com diagnóstico de MM em um ambulatório especializado no tratamento oncológico no município de Salvador, caracterizando os pacientes segundo aspectos sociais e demográficos descrevendo a farmacoterapia, enfatizando os possíveis sinais de toxicidade e efeitos adversos apresentados para fornecer informações clínicas para cooperação técnica dentro da equipe multidisciplinar. DESENHO DO ESTUDO: Estudo observacional, descritivo, de corte transversal, de pacientes com diagnóstico de Mieloma Múltiplo atendidos entre 1º de janeiro de 2020 e 31 de dezembro de 2022, em uma clínica privada e especializada em tratamento oncológico no município de Salvador, Bahia, Brasil. RESULTADOS: A análise dos dados indicou que a maioria dos pacientes era do sexo feminino (60,5%) e tinha idade média de 69 anos. A maior parte dos pacientes autodeclaram a cor parda (83,9%) e apresentava comorbidades, como hipertensão arterial (67,6%), dislipidemia (29,4%) e diabetes mellitus (20,6%). A terapia de primeira linha mais comum foi o esquema terapêutico com associação de bortezomibe, ciclofosfamida e dexametasona (37,2%), chamado de VCD, e o uso de bisfosfonatos também foi comum (53,5%). O uso de VCD foi associado a um maior risco de anemia grau 3, enquanto a lenalidomida foi associado a um maior risco de evento neutropênico grave. No geral, esses resultados fornecem informações importantes sobre o perfil farmacoepidemiológico dos pacientes com MM, destacando a importância da escolha adequada do tratamento e da avaliação cuidadosa do perfil de risco dos pacientes. CONCLUSÃO: O presente estudo contribui para a compreensão da farmacoepidemiologia do mieloma múltiplo, identificando as terapias mais comuns e os possíveis efeitos adversos associados. Isso pode auxiliar na tomada de decisão clínica e no desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com MM. No entanto, é importante considerar as limitações do estudo, como o tamanho da amostra e a seleção por conveniência dos pacientes. Palavras-Chave: mieloma múltiplo; farmacoepidemiologia; efeitos adversos.

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