Epidemiologia e sobrevida por tumores renais em pacientes pediátricos é tema de dissertação

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Estudante: Lilian Caroline de Melo Moreira
Orientação: Edson Duarte Moreira Júnior
Título da dissertação: “TUMORES RENAIS EM CRIANÇAS NA BAHIA: EPIDEMIOLOGIA E SOBREVIDA”
Programa: Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional
Data de defesa: 24/04/2023
Horário: 15h00
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 827 1396 4769
Senha de acesso: mayanna

Resumo

INTRODUÇÃO: Tumores renais malignos correspondem a 5% de todos os cânceres que ocorrem na faixa etária pediátrica. São classificados como Tumor de Wilms (90%), tumor rabdóide do rim (1 a 2%), sarcoma de células claras do rim (4%), carcinoma renal (3% a 6%) e tumor renal maligno indeterminado. O Tumor de Wilms e o tumor renal mais comum na infância e sua incidência mostrou-se variar internacionalmente em diversos estudos. No que se refere ao Tumor rabdóide do Rim (TRR), o Sarcoma de Células Claras (SCC) e Carcinoma de Células Renais (CCR) são patologias mais raras. Conhecer a situação epidemiológica dos tumores renais infantis do nosso estado é o primeiro passo para melhoria do tratamento e sobrevida dos pacientes. Identificar as características e evolução desses pacientes auxiliará no aperfeiçoamento do manejo dessas crianças e poderá trazer maior chance de sobrevida. OBJETIVO: O objetivo desse estudo é descrever a epidemiologia e a sobrevida por tumores renais dos pacientes oncológicos pediátricos cadastrados nos serviços públicos de oncologia pediátrica na Bahia, buscando alcançar os seguintes objetivos específicos: Identificar aspectos associados à caracterização e evolução clínica dos pacientes com tumor renal, assim como e sobrevida global e específica para cada tipo tumoral; Identificar possíveis fatores prognósticos; Aperfeiçoar o melhor manejo e seguimento dos pacientes. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram selecionados pacientes entre 0 e 19 anos com diagnóstico de tumor renal, identificados através do CID C64 e cadastrados nos serviços de oncologia pediátrica com atendimentos pelo SUS na Bahia no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2019. As variáveis estudadas foram: idade, sexo, cor/raça, data do início dos primeiros sintomas e/ou sinais, data da primeira consulta, data do diagnóstico, presença de malformações genéticas associadas e data do desfecho (óbito ou cura), além de informações sobre o tipo tumoral e estadiamento, baseado no achado de doença localizada ou metastática. RESULTADOS: Foram identificados 156 pacientes atendidos com diagnóstico de tumor renal, sendo o subtipo histológico com maior frequência o Tumor de Wilms (94,2%). A faixa etária com maior frequência de acometimentos foi a de 0 a 4 anos (68%) e o tempo do início dos sintomas até o diagnóstico não ultrapassou 3 meses em 92,9% dos casos. Houve uma discreta predominância do sexo feminino (52,6%) e 85,2% foram considerados pardos. Os sintomas mais comumente apresentados foram: aumento do volume abdominal (75,2%), dor abdominal (48,1%) e febre (37,9%). A frequência de tumores bilaterais foi de 7,9%. Dos pacientes analisados, 40 deles (27,4%) apresentavam doença metastática ao diagnóstico e 20,5% evoluíram para óbito. O tempo de sobrevida médio dos pacientes avaliados foi de 10,6 anos IC95% (9,84-11,43). Palavras-Chave: Tumor renal, crianças, sobrevida, epidemiologia.

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