Dissertação avalia uso de apps no monitoramento de tratamento de câncer

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Discente: Vanessa Maria Rodriguez Malvar
Orientação: Deborah Bittencourt Mothé Fraga
Título da Dissertação: “MAPEAMENTO CIENTÍFICO E PATENTÁRIO DO USO DE APLICATIVOS NO MONITORAMENTO REMOTO DE TOXICIDADE MEDICAMENTOSA E ADESÃO AO TRATAMENTO, EM PACIENTES COM CÂNCER”.
Programa: Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional
Data de defesa: 27/02/2023
Horário: 14h00
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 883 8611 1893
Senha de acesso: vanessa

Resumo

Introdução: O câncer é um problema de saúde pública no mundo e está entre as principais causas de morte prematura, na maioria dos países. Existem três formas principais de tratamento do câncer: cirurgia, radioterapia e tratamento medicamentoso. Apesar dos benefícios que os medicamentos proporcionam, as reações adversas ainda são uma causa comum de internação hospitalar, incapacidade permanente ou até mesmo óbito. Dessa forma, faz-se necessário controlar a segurança e eficácia dos fármacos disponíveis. Diante das inúmeras dificuldades encontradas no seguimento clínico do paciente com câncer, o uso da tecnologia (aplicativos) surge como uma oportunidade de aparar arestas e implementar melhorias na assistência, ao eliminar barreiras geográficas e temporais. Estudos sugeriram que o monitoramento remoto poderia auxiliar não só no acompanhamento de eventos adversos, como também na adesão aos quimioterápicos orais. Objetivo: Realizar um mapeamento científico e patentário do uso de aplicativos no monitoramento remoto de toxicidade medicamentosa e/ou adesão ao tratamento, em pacientes com câncer. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória e de característica documental, que visa identificar informações qualificadas, contidas em publicações científicas e patentárias. Para a seleção dos artigos e patentes foram utilizadas as bases de dados Pubmed e Derwent World Patents Index (DWPI), respectivamente. Resultados: Sobre os registros científicos, foram encontradas 76 publicações, nos últimos 10 anos. Os três principais países envolvidos foram Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, com 80% dos trabalhos encontrados. O ranking das 10 organizações mais produtivas, liderado pela Harvard University (11 publicações), está envolvido em 71% dos artigos analisados e, desse total, 80% correspondem a instituições americanas. Além disso, 60% são Universidades e 40% são hospitais e centros de pesquisa. Os três principais locais de publicação (revistas/periódicos) são vinculados à JMIR Publications, editora de pesquisa em saúde digital. De acordo com os dados levantados, o ensaio clínico randomizado, publicado por Mooneye colaboradores, em 2017, foi o artigo mais referenciado por outros estudos na área (62 citações). Sobre os registros patentários, foram encontradas 12 tecnologias, entre 1995 e 2022. Os três países de publicação das patentes foram Estados Unidos, China e Coréia. Ao todo, foram identificadas 13 organizações envolvidas, todas integrando o ranking de depositantes, com apenas um registro cada. Desse total, 69% correspondem a instituições americanas. Além disso, 23% são Universidades, 31% pesquisadores independentes e 46% empresas envolvidas na busca de soluções digitais e melhorias nos resultados em saúde. Do total de tecnologias analisadas, 8% possuem registro ativo até 2040, 67% não apresentavam o ano de vencimento e 25% encontram-se com seu registro expirado. Considerando a classificação IPC, 100% das tecnologias estão classificadas dentro da área do conhecimento da “Física”, 25% dentro de “Necessidades Humanas” e 8% dentro de “Eletricidade”. As duas subclasses com maior representatividade correspondem à G06F e G16H. Conclusão: Espera-se, com o presente estudo, fomentar ações de pesquisa e desenvolvimento, com foco em inovação, permitindo agregar segurança na assistência e redução dos custos em saúde, por meio de tecnologias promissoras.  

Palavras-chave: Câncer, Reação adversa a medicamento (RAM), mHealth

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