Dissertação avalia perfil de mamografias realizadas pelo SUS na Bahia

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Autoria: Lorena Christiane Fonseca Almeida
Orientação: Maria da Conceição Chagas de Almeida
Título da dissertação: “RASTREAMENTO MAMOGRÁFICO: PERFIL E TRAJETÓRIA DAS USUÁRIAS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NA BAHIA”.
Programa: Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional
Data de defesa: 11/01/2023
Horário: 09h30
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 830 5874 5505
Senha de acesso: Lorena

Resumo

Introdução: De todos os tipos de neoplasias, exceto de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente nas mulheres no mundo. O rastreamento dessa neoplasia tornou-se objetivo de ações de políticas públicas para sua prevenção e controle. Estudos evidenciam que o diagnóstico e tratamento precoce do câncer de mama podem reduzir a mortalidade específica. Há indícios de que o acesso ao diagnóstico do câncer de mama pelo SUS, não está ocorrendo como preconizado pela Lei do MS, Nº. 13.896/19, podendo impactar no prognóstico e sobrevida das pacientes. Objetivo geral: Avaliar o perfil dos exames de mamografia realizados por usuárias do SUS no estado da Bahia na faixa etária de 50 a 69 anos, descrever os resultados suspeitos de câncer e a trajetória no tempo dos exames. Metodologia: Trata-se de um estudo avaliativo investigativo com dados secundários dos Sistema de Informação do Câncer – SISCAN, referentes ao estado da Bahia, no período compreendido entre 2018 e 2021. Serão analisados dados secundários do SISCAN, disponibilizados nos Sistemas de Informações em Saúde do DATASUS e acessados acessadas pelo TabNet. Os dados tiveram abordagem descritiva. Resultados: O rastreamento foi a principal indicação clínica (98,8%) e população alvo (faixa etária de 50 a 69 anos) foi responsável por 96,3% dos exames; as macrorregiões afastadas dos grandes centros apresentaram as maiores taxas brutas de realização de exames; a produção de mamografia de rastreamento do estado vem diminuindo gradativamente nos anos de estudo; na população-alvo elegível do estudo, aproximadamente 68% dos exames de rastreamento estavam na faixa etária preconizada; foram realizados na periodicidade bienal 25% dos exames; A indicação de encaminhamento para investigação diagnóstica por biópsia foi de 0,7% (Categorias BI-RADS® 4 e 5); no tempo total de exame 60,4 % dos exames, foram liberados em até 30 dias. Conclusão: Evidenciamos baixa cobertura da população ao programa de rastreamento do câncer de mama na Bahia, nas macrorregiões com maiores valores interno bruto, exceto em 2021 e diminuição gradativa do número de mamografia de rastreamento na faixa etária de 50 a 69 anos. A maioria dos exames estavam na faixa etária preconizada, porém fora da periodicidade bienal em desacordo com as recomendações das Diretrizes de Detecção do Câncer de Mama no Brasil. O acesso ao exame está sendo efetivo e a maioria foi realizado em até 10 dias. Somente, aproximadamente 60,4% das usuárias de Sistema Único de Saúde, tiveram seus direitos respeitados, em concordância com a Lei do MS, nº. 13.896, de 30 de outubro de 2019. Enfatizamos a importância da implantação de um rastreamento organizado e o imprescindível o papel dos profissionais envolvidos na Detecção Precoce do Câncer de Mama para um rastreamento de qualidade. Impacto: os resultados do obtidos irão apoiar políticas de saúde relacionadas ao acesso em tempo oportuno ao diagnóstico câncer de mama, possuindo interesse estratégico para o SUS ao demostrar a importância dos dados do SISCAN nas ações dessas políticas públicas para a detecção precoce do câncer de mama. Palavras-chave: Neoplasias de Mama; Detecção Precoce de Câncer; Mamografia; Programa de Rastreamento

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