Marcadores para diagnóstico da tuberculose são avaliados em dissertação

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Estudante: Thainá Matos Horta da Silva
Orientação: Adriano Queiroz Silva
Coorientação: Jéssica Dias Petrilli
Título da dissertação: “AVALIAÇÃO DE MARCADORES MOLECULARES PARA O DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE PULMONAR”
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 17/01/2024
Horário: 13h00
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 865 8578 7914
Senha: thaina

Resumo

INTRODUÇÃO: Em muitos países onde a Tuberculose pulmonar (TB) é endêmica, o diagnóstico ainda é realizado a partir de exames como a baciloscopia e a cultura de escarro. Essas técnicas possuem limitações, sobretudo devido ao uso da amostra de escarro para a realização dos exames. O GeneXpert MTB/RIF representa uma alternativa com sensibilidade e especificidade superiores a 95%, no entanto, além de utilizar a amostra de escarro, o alto custo dos equipamentos impede o seu uso nas redes de atenção primária. Diante disso, Organização Mundial da Saúde (OMS) sugeriu o desenvolvimento de um novo teste que não utilizasse o escarro, e que apresentasse sensibilidade >98% em pacientes com baciloscopia positiva e cultura positiva, e >68% em pacientes com baciloscopia negativa e cultura positiva. OBJETIVO: Avaliar marcadores moleculares no sangue total para o diagnóstico da tuberculose pulmonar. METODOLOGIA: Esse trabalho foi dividido em duas etapas. No estudo de fase 01, os níveis de expressão dos genes FCGR1A, GBP5, IRAK3, PDCD1LG2, MAPK14, CD274, CD59, ICAM1, IFITM1, PML, C1QA e CR1 foram determinados por RTqPCR em amostras de sangue total de indivíduos sadios (HC) (N=9) e com TB pulmonar (N=10). Na fase 02 do trabalho, a capacidade diagnóstica dos genes previamente selecionados na fase 01, individualmente ou em assinaturas transcricionais, foram avaliadas em amostras de sangue total de 75 pacientes sintomáticos respiratórios com suspeita clínica de TB. Após o diagnóstico laboratorial, esses indivíduos foram classificados como TB pulmonar (N=27) ou sintomáticos respiratórios negativos para TB (SR) (N=48). RESULTADOS: Na fase 01 do trabalho, os genes FCGR1A, GBP5, IRAK3 e PDCD1LG2 foram os que apresentaram o melhor desempenho em diferenciar os indivíduos com TB e sadios com a área sob a curva (AUC) = 0.93 (IC 95% 0.81 – 1.00), 0.83 (0.64 – 1.00), 0.75 (0.52 – 0.98), 0.75 (0.53 – 0.97), respectivamente. As análises de fase 02 do trabalho revelaram que, os genes FCGR1A com AUC de 0.89 (0.8106 – 0.9710), PDCD1LG2 com AUC de 0.85 (0.7629 – 0.9508) e GBP5 com AUC de 0.82 (0.7163 – 0.9265), apresentaram os melhores desempenhos. O gene IRAK3 não foi capaz de distinguir os pacientes com TB e SR. Análises das assinaturas transcricionais revelaram AUC de 0.88 para as assinaturas FCGR1A+PDCD1LG2 e IRAK3+PDCD1LG2, 0.87 para FCGR1A+PDCD1LG2+GBP5 e FCGR1A+PDCD1LG2+GBP5+IRAK, 0.86 para GBP5+IRAK3+PDCD1LG2, GBP5+PDCD1LG2 e IRAK3+FCGR1A e 0.73 para IRAK3+GBP5. CONCLUSÃO: Os dados sugerem um elevado poder diagnóstico dos genes FCGR1A, PDCD1LG2 e GBP5 para tuberculose pulmonar ativa na população avaliada.

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