Dissertação avalia detecção precoce de proteína recombinante (rLci5) na leishmaniose visceral canina

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Autoria: Matheus Silva de Jesus
Orientação: Deborah Bittencourt Mothé Fraga
Título da dissertação: “Detecção precoce e persistência de resultados positivos de um ELISA utilizando rLci5 no diagnóstico da leishmaniose visceral canina em uma coorte de cães infectados”
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 19/02/2021
Horário: 09h
Local: Sala Virtual do Zoom | ID da reunião 987 2738 6772

RESUMO

Introdução: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença zoonótica na qual os cães são os principais reservatórios de parasitas urbanos. Medidas de controle e tratamento de animais infectados são essenciais para reduzir os casos de LV. A detecção precoce e acurada de cães infectados com Leishmania infantum pode estar limitando o sucesso do controle da LV. Com o objetivo de aprimorar o sorodiagnóstico da leishmaniose visceral canina (LVC), objetivamos avaliar a precocidade de uma proteína recombinante (rLci5) em um ensaio imunoabsorvente (ELISA) na detecção de cães infectados. Adicionalmente, avaliamos a persistência dos resultados positivos obtidos pelo rLci5 ELISA em cães acompanhados quando comparados a outros testes diagnósticos usuais de LVC, como DPP-LVC, EIE-LVC, cultura e qPCR ao longo do tempo de infecção desses animais. Métodos: Amostras de soro de 48 cães infectados com L. infantum de um estudo de coorte foram avaliadas para LVC usando diferentes testes diagnósticos (qPCR, EIE-LVC, DPP-LVC e cultura esplênica), seus resultados foram comparados com a detecção do ELISA rLci5 para determinar qual desses testes foi capaz de diagnosticar a infecção por L. infantum precocemente. Além disso, comparamos os resultados para LVC de cada cão, usando os mesmos testes diagnósticos durante a coorte para avaliar a persistência dos resultados positivos ao longo do tempo. Resultados:O ELISA rLci5 detectou LVC em 69% dos cães não detectados por cultura, em 35% dos não detectados por EIE-LVC, em 25% dos não detectados por DPP-LVC e em 17% dos não detectados por qPCR. O rLci5 ELISA detectou a LVC  mais cedo em 86% dos cães detectados por cultura e em quase 50% dos cães detectados por outros testes. O tempo médio da primeira detecção positiva de cada teste variou de 4 a 15,6 meses. O ELISA rLci5 apresentou o menor tempo médio (4 meses). O diagnóstico de CVL pode ser reduzido em 3,6 a 11,6 meses utilizando o ELISA rLci5. A comparação da persistência de resultados positivos entre o ELISA rLci5 e outros testes diagnósticos mostrou diferenças significativas (p <0,01), exceto quando comparado ao EIE-LVC. O ELISA rLci5 apresentou a maior taxa de persistência de resultados positivos (45,8%).Conclusão: Quatro testes diagnósticos para LVC foram comparados ao ELISA rLci5, que apresentou diagnóstico de infecção mais precoce e maior persistência de resultados positivos. Portanto, o uso de rLci5 em ensaios ELISA pode melhorar o desempenho do diagnóstico da LVC, diagnosticando cães infectados mais cedo do que outros testes diagnósticos e tendo detecção persistente ao longo do curso da infecção. Palavras-chave: Imunodiagnóstico; Proteína recombinante; Leishmaniose Visceral Canina.

 

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