Detecção de células produtoras de anticorpos para Leishmania é observada em dissertação

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Autoria: Jonathan Luís Magalhães Fontes
Orientação: Washington Luís Conrado dos Santos
Título da dissertação: “Detecção de células produtoras de anticorpos específicos para Leishmania infantum  em tecido esplênico”.
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana- UFBA /FIOCRUZ
Data de defesa: 09/12/2019
Horário: 09h

RESUMO

INTRODUÇÃO: A leishmaniose visceral zoonótica (LV) é uma enfermidade causada pela Leishmania infantum, acomete seres humanos e também animais. O baço está envolvido na imunopatogênese da LV e apresenta alterações nos microambientes da polpa branca que estão associadas ao aumento da susceptibilidade à coinfecções e a morte. A plasmocitose é uma das alterações observadas no baço na LV, porém a fração dessas células produtora de anticorpos específicos para moléculas de Leishmania e a distribuição dessas células nos compartimentos esplênicos ainda não é conhecida.

OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi padronizar a técnica para detecção de células produtoras de anticorpos contra antígenos de L. infantum e determinar a proporção e distribuição dessas células no baço de cães com LV.

MATERIAL E MÉTODOS: Antígenos solúveis biotinilados de membrana de promastigots de L. infantum foram utilizados como sondas em uma reação de imunohistoquímica modificada para detectar a presença de células secretoras de anticorpos anti-L. infantum. Utilizamos baços de 8 cães oriundos de área endêmica para LV e como controle, 3 cães normais do canil do Instituto Gonçalo Moniz. As amostras foram criopreservadas, seccionadas e coletadas em lâminas para imunohistoquímica. A quantidade de células marcadas e não marcadas foi quantificada, e calculada a proporção na PV e PALS do baço.

RESULTADOS: Cães com LV possuem hiperglobulinemia e mais plasmócitos na PV que cães sem LV. Desses cães, 75% (6/8) apresentavam menos de 42% de células secretoras de anticorpos anti-L. infantum na PV. A proporção de plasmócitos marcados é maior na PALS (59,3%) do que na PV (29,8%) e quanto maior a proporção na PALS, menor é a proporção de células positivas na PV.

CONCLUSÕES: A baixa frequência de plasmócitos produtores de Ig anti-L. infantum pode ser relacionada à ativação policlonal de linfócitos B, resultando em produção não específica de imunoglobulinas e hiperglobulinemia.

Palavras-chave: Plasmocitose esplênica; leishmaniose visceral; imunohistoquímica; desestruturação esplênica.

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